Minha Vida Fora De Casa! escrita por Jade Potter


Capítulo 2
Capítulo 2




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 Assim que acordei, me senti viva de novo, não que eu não me sentisse viva nunca, é que hoje eu vou PARA STANFORD!

Me levantei e me vesti, não estava ansiosa pra rever aquele ser, mas estava ansiosa pra sair desse lugar, no quarto a secretaria eletrônica apitou e eu falei:

---Ninguém merece! Mãe e pai... ---falei e a secretaria eletrônica continuou:

---Você tem três mensagens: PIIIII. ---fez um barulho estranho e a voz da minha mãe falou: filha? Filha eu te amo. Ai meu deus, como você ta? Eu to morrendo de saudades... VOLTA PRA CASA... Ai meu deus, saí daqui Derek, me deixa falar com a minha filha. PIIIIIII. Filha? É o seu pai, não fique com medo eu não vou fazer um arerê no telefone, e alem do mais eu não tenho dinheiro pra isso. PIIIIIII. Seu pai é um maluco, aqui é o Estevão, o único normal da família. Por favor, não volte pra casa, sua mãe vai ter um enfarte. Quer dizer, é ao contrario. PARA DE FALAR BESTEIRA NO TELEFONE, DEIXA EU FALAR COM A MINHA FILHA! , pára mulher, deixa eu terminar... PIIIIIII.

Meu... Deus...

Que maluquice.

A secretaria eletrônica apitou mais uma vez:

---você tem mais duas mensagens: PIIIIII. ---O mesmo barulho estranho... ---OIIII? Desculpa eu nem sei com quem eu to falando, aqui é a empresa ‘’faça o melhor’’ e garanta... CALA A BOCA, FERNANDA, DESSA VEZ QUEM VAI MANDAR MENSAGEM Sou EU. Desculpe minha senhora, ou meu senhor, tanto faz! Meu deus! Desse jeito vai ser despedido... CALA A BOCA, FERNANDA, DEIXA EU FAZER O MEU TRABALHO! Meu deus, eu só falei! ENTÃO PARE DE FALAR... Enfim, pessoa. Eu só queria dizer que cortar as arvores é o melhor, garanta o seu futuro no novo prédio... Desculpa... A linha... Ta falhando... PIIIIII.

NOSSA! Eu to completamente pasma.

Que tipo de pessoa faz um trabalho tão mal feito.

Eu tenho pena do chefe dessa pessoa aí.

E a secretaria apitou de novo, ai meu deus! Já to preparada.

---você só tem mais uma mensagem: PIIIII. ---o barulho infernal... ---... Desculpe, liguei errado! PIIIIIIII.

Eu estava de boca aberta, o que foi isso?

Nada vai me tirar do meu bom humor.

***

Eu não devia ter dito isso, primeiro por que Miguel estava no café da manha e ficou falando um bocado de coisas sem lógica e... Nós brigamos.

Novidade! Ele ficou dizendo que eu era fraca e medrosa, só por que uma barata voou na minha cara. Eu não tenho culpa, toda menina tem medo disso.

E nós brigamos outra vez, por que Miguel estava com o seu carro e todos iam nele, só que eu não quis ir no carro dele, quis ir de ônibus, ele se retou e começou a brigar comigo, e eu também abri o berreiro com ele, não ia levar desaforo dele pra faculdade, e agora nós estamos no ônibus lotado, e com um calor da merda.

---Eu quero te matar! ---falou ele do meu lado, só estava eu, ele, e Alex, por que o Vitor foi de carro com um amigo, que eu acho que seja mais que isso.

---Quem mandou vir comigo? Eu disse que eu não ia, por que veio junto se não queria? ---falei quase berrando de tanto barulho que tinha no lugar.

---Por que eu sou um cavalheiro. Ao contrario de você, que não é nem um pouco uma dama. ---falou ele com raiva, eu já estava me enraivecendo.

---Você? Um cavalheiro? É mais fácil você ser um cavalo, do que um cavalheiro. ---falei rindo ironicamente, ele me olhou irritado.

---Olha aqui... ---falou ele mais foi interrompido por Alex que estava do seu lado.

---Querem parar? Estamos no meio dessa mulvuca, e vocês estão discutindo? Me poupe.

E depois disso sem conversa, ate eu avistar a coisa mais linda que eu já vi: a faculdade de Stanford.

 ***

Assim que entramos nela, Miguel falou:

---Estamos atrasados! ---disse. ---E sabe por quê?Por que a senhorita não fez o precioso favor de entrar no carro.

---Eu não tenho culpa se você QUIS ir de ônibus, eu, meu caro amigo, não te forcei. ---falei rispidamente, Alex estava revirando os olhos e disse:

---Eu sei que a coisa ta legal, mas estamos atrasados.

---certamente estamos, graças a você! ---falou Miguel pra mim. E quando eu ia responder, Alex nos interrompe.

---CALEM A BOCA! Uma vez na vida, calem a boca. ---falou ela e começou a andar irritada na nossa frente.

Eu andei sem dar explicação nenhuma, e Miguel continuou logo atrás de mim. A faculdade era perfeita, eu nunca tinha visto nada mais bonito, eu era a única novata entre Miguel, Alex e Vitor. E em falar em Vitor, onde ele está?

Nem precisei perguntar ele apareceu bem na minha frente e falou:

---Oi, fofa! É o seu primeiro dia não é? ---disse. ---parabéns!

---obrigado, Vitor. ---falei sincera. --- e então... Pra onde eu vou?

---Pra sala de aula, né anta! Vocês chegaram atrasados, se resolvam com os professores.

---Culpa sua! ---falou Miguel andando na minha frente.

---HEI!

***

Depois de uma longa conversa com os professores e de um sufoco também, nós nos sentamos na nossas cadeiras e aprestamos atenção á aula, até que um idiota me manda um recado no papel.

Não se irrite por eu te mandar isso! E por favor, não jogue na minha cara.

Mais eu vou falar serio. Eu nunca me atraso.

E por culpa sua, nós dois vamos pra detenção, por nossa ótima briga lá na diretoria.

Satisfeita?

Eu olhei aquilo chocada, e depois olhei pra ele que estava fingindo aprestar atenção na aula, eu resolve escrever de volta.

Quase não deu pra entender nada da sua letra, mas fiz o possível.

E primeiro: Já falei isso e repito: NÃO FOI MINHA CULPA!

Você entrou naquele maldito ônibus por que quis.

E alem do mais, aquela briga na diretoria foi culpa sua também.

Eu não bati em você de propósito e você começou a soltar os cachorros pra cima de mim.

E aí o resultado foi uma semana de detenção, e não foi culpa minha.

Satisfeito?

Quando terminei de escrever joguei pra cima dele, e ele pegou.

Demorou uns 4 minutos e outro bilhete estava na minha mesa.

Você é uma ótima manipuladora.

Agora está querendo que eu acredite que tudo isso foi culpa minha?

Nem venha me dizer que aquele murro que você me deu, foi sem querer.

E sinceramente, eu nem sei se eu vou conseguir agüentar uma semana de detenção com você.

E não foi culpa minha. Repito: não foi culpa minha!

Eu agora eu estava irritada, que menino insuportável.

Eu quero matar ele. E aquilo que eu dei sem querer, nem foi um murro, foi um toque de leve. Que dramático!

Eu apenas amassei o papel e joguei pela janela, não ia querer ficar com papo de papel no meu primeiro dia de aula. Principalmente com ELE.

Assim foi meu dia, e eu pensando que seria o melhor dia da minha vida!

***

Não nos falamos nem um pouco na volta pra casa, e eu nem tomei café, estava passando mal. Quer dizer, DETENÇAO NO PRIMEIRO DIA? Horrível!

No outro dia, eu começaria o meu primeiro dia de detenção.

Acordei sem nenhuma disposição pra nada, alias, eu pensando que eu seria a melhor da turma e agora os professores acham que eu sou algum de tipo de pessoa do mal.

Levantei da cama, e fui tomar café, todos já estavam acordados e ninguém falou nada no café, parecia que todos sabiam que eu estava de mal humor.

Toda vez que Miguel queria falar alguma coisa Alex, o mandava calar a boca.

Vitor sempre come no quarto, ele diz que comer na sala é coisa de pobre, me poupe.

Depois do nosso café da manha, Alex, eu e Miguel saímos por ultimo já que Vitor vai com o ‘’amigo’’dele.

Miguel apenas abriu a porta do carona pra mim, me impedindo de ir de ônibus, eu não falei nada estava com tanto ódio que se eu falasse era capaz de sair fogo do que palavras.

Assim que chegamos na porta do colégio, todos ainda não tinham entrado, e isso, graças a deus, era a prova de que não estávamos atrasados.

---Que bom...

---Não fala nada. ---falei pra Miguel, que provavelmente ia me lembrar de ontem. Ele me olhou irritado.

---Sabe eu...

---Cala a boca, Miguel! ---falou Alex, mas ela parecia divertida. Ele apenas olhou pra nos duas com uma cara de ódio e falou:

---Querem parar de me mandar calar a boca? ---falou. ---Eu passei a manha toda querendo falar, por que uma garota histérica acordou de mal humor.

---Eu não vou discutir com você por que isso provavelmente vai nos causar uma detenção. ---falei estressada ---ou você vai achar que eu te dei um murro.

---E você me DEU! ---falou irritado, eu virei ás costas e não quis nem saber.

---Eu não quero estar perto, quando vocês estiverem na detenção. ---falou Alex.

Depois o sinal tocou e eu, Miguel e Alex entramos para a primeira aula.

Eu sentei na mesa de sempre e um garoto de cabelos escuros e olhos verdes sentou do meu lado, eu me senti incomodada, quer dizer, a quanto tempo um menino não me canta? HÁ muito tempo, pode crer.

---Oi! ---falou ele do meu lado.

---Oi! ---respondi indiferente, ele continuou me olhando. ---quem é você?

---Marcelo. E você? ---falou ele. ---Bella não é?

---Na verdade é Isabella. Só que eu prefiro Bella. ---falei normalmente.

---ótimo, combina com você. ---falou ele com um sorriso encantador.

Quando eu ia responder, um papel é jogado na minha cabeça. Eu olho e vejo que foi Miguel, eu olhei pra ele e ele estava rindo.

Desculpe atrapalhar o seu encontro amoroso, mas é que é proibido namorar em sala de aula.

E esse menino já namorou com todas as meninas desse hemisfério.

E então pode tirar o cavalinho da chuva, Você não é a única!

Há uma pergunta: qual você acha que vai ser a nossa detenção?

Quando eu terminei de ler, eu só faltei ter treco, que garoto idiota!

Escrevi de volta.

Olha aqui, seu idiota!

Se namorar é proibido, imagine mandar recadinhos.

E alem do mais, eu não quero ficar com ele, ele é um idiota, igual a você.

E eu to pouco me lixando para a porcaria dessa detenção, eu só quero acabar logo com isso.

E NUNCA mais ver a sua cara!

Mandei pra ele, e ainda joguei na cabeça dele.

Ele olhou e depois me encarou com os olhos arregalados.

Depois começou a escrever. Em poucos minutos o recado parou na minha mesa. O menino do meu lado pigarreou e eu me assustei, já tinha esquecido que o menino estava do meu lado conversando comigo.

---Desculpe, é importante. ---falei.

---Tudo bem. Fazer o que! ---falou ele e saiu da cadeira, se sentando com uma ruiva aguada, continuei e olhei para o papel na minha frente.

Nossa, eu estou com medo de você!

Sinceramente, eu não sabia que era isso que você pensava de mim.

Mais eu to pouco me ‘’lixando’’ como você diz.

Meu deus! O garoto se mandou, não agüentou sua presença nem cinco minutos.

Eu não o culpo, nem eu sei como eu vou te agüentar a semana toda, imagine!

Eu li, e fiquei com raiva, que pessoa sem noção, ele realmente não tem um pingo de idéia, do que eu penso dele.

Mandei outro:

Pare de me responder, essa é a ultima que eu mando.

E sobre o que você botou: idem.

E alem do mais, o professor esta olhando pra mim, então PARE de me mandar recados, se não eu te mato.

Satisfeito? Ele esta vindo pra cá.

Joguei pra ele nervosa, e ele pegou, e riu com o que eu botei.

Ele gosta de rir da desgraça dos outros.

O professor chegou perto de mim, e falou:

---Está pronta para a detenção, senhorita?

---Sim, senhor.

---E o seu amigo?

---Ele não é meu amigo, mas acho que ele está preparado sim.

---Então ele é o seu namorado?

Comecei a tossir desesperadamente, todos estavam me olhando, Miguel estava rindo no canto.

---Claro que não.

O professor agora estava confuso, saiu sem dar explicação e continuou a aula, UAU QUE HORROR.

Assim que ás aulas acabaram, eu e Miguel estávamos indo ate a diretoria, onde nós saberíamos que detenção faríamos.

---Você precisava ver a sua cara. ---falou ele rindo do meu lado, eu o olhei estressada.

---E você não falou nada. Ficou lá com aquela cara de tacho, enquanto o cara dizia que agente namorava. ---falei completamente irritada.

---É claro que eu não ia falar nada. E eu não me arrependo. A sua cara foi muito engraçada. ---falou. ---A tosse já acabou?

---Seu idiota! ---falei o batendo. Ele ainda estava dando risada, quando a diretora apareceu do nosso lado e falou:

---Por que sempre quando eu vejo vocês, você está batendo nele? ---falou ela, e eu parei na hora a encarando, Miguel a olhou com as sobrancelhas erguidas.

---estávamos...

---eu não quero saber, podem me acompanhar? ---falou a diretora e eu e Miguel a seguimos, e sinceramente? Eu estava com medo.

Assim que entramos na diretoria eu me afastei do Miguel, não queria que ele pensasse que eu o esfaqueei, ficamos olhando para a diretora que tinha uma cara muita estranha, parecia um buldogue,

---Enfim... A detenção de vocês será limpar o Central parque, TIM, TIM, por TIM, TIM. ---falou ela.

---Mais, só por curiosidade, isso não é abuso? ---falei e senti alguém me dando uma cotovelada.

---Não. Isso se chama trabalho comunitário, é a detenção melhor para vocês.

---Como assim...

---Cala a boca. ---falou Miguel.

---Aceitamos. ---falei.

---Vocês querendo ou não, iram fazer. ---falou ela depois simplesmente se dirigiu a porta. ---começaram hoje. podem se arrumar para irem.

Quando ela já não estava mais lá eu falei:

---QUE DROGA! –gritei sem me conter.

---Se controle. Isso tudo é culpa sua. Ninguém mandou você me dar um murro.

Eu estava tentando me controlar pra não dar um murro nele de verdade.

---Quer parar de falar disso? Eu. Não. Te dei um murro.

---Não, você me esmurrou. ---falou ele.

---Se não calar a boca eu vou esmurrar você de verdade.

---Ohhh que medo!

***

Nós nesse momento estávamos limpando o gramado do parque, não falamos nem um minuto, também né? Se nós falássemos era capaz de nos matarmos.

---Acabei! ---falou ele depois de um tempo. Eu olhei pasma para o loiro na minha frente que só tinha limpado uma partidinha.

---Você enlouqueceu? Nem limpou a metade. ---falei irritada.

---Eu não vou limpar o mesmo que você, pois você tem muito mais culpa do que eu. ---falou ele, eu fui mais pra frente dele.

---Eu não tenho não. Foi culpa sua. Você não estaria aqui se não tivesse se atrasado, por que você não iria a diretoria comigo e não teríamos motivo para discutir.

---é mais não estaríamos na detenção se você não tivesse me dado um murro.

---Eu não te dei um murro.

---Me deu sim.

---Você quer ver eu te dar um murro de verdade?

---Você não faria isso...

E eu dei. Bem na cara!

---AIIII você fez mesmo isso! ---falou ele com a mão no rosto. ---Eu não acredito!

---Viu? Agora eu te dei murro.

---Deixa a diretora saber disso!

---HOOO me poupe! Pelo menos agora você sabe o que é um murro de verdade!

 Ele não falou nada, e eu também não falei, pois tinha conseguido o fazer limpar a metade.

***

Assim que chegamos em casa, sujos e cansados, Alex estava assistindo televisão e Vitor estava sentado em uma poltrona lendo a revista capricho.

---Como foram? ---falou Alex.

---Sem comentário, ele não quis limpar a metade.

---E ela me deu um murro.

---Você ainda ta com isso? ---falou Alex.

---É! Mais dessa vez eu dei de verdade. ---falei normalmente subindo as escadas.

Alex ficou abismada, e mexeu a cabeça como se não acreditasse no que eu havia falado.

Assim que entrei no meu quarto, deitei na cama. Não a nada melhor do que ela nesse momento.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Por favor, comentem, e acompanhem os próximos capítulo!



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