A Queda escrita por Maria Leal


Capítulo 2
A Verdade


Notas iniciais do capítulo

Bom... É a primeira história séria que escrevo entao espero que gostem



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Ele parou de falar comigo, e isso dói, eu não queria fazer o que tinha feito, ao invés de suspirar e ficar olhando para ele eu devia ter falado que eu não gostava mais do Rafael, o problema é que seria mentira e eu não sei mentir, mas se Jordan souber que eu também gosto dele é capaz disso acabar com a nossa amizade e tudo que eu não preciso agora é que eu perca meu melhor amigo. Como eu sempre faço quando estou triste fui até a biblioteca, eu tinha que falar com alguém sobre o que tinha acontecido mas eu não tinha Jordan para escutar o que eu tinha a dizer, minha irmã ? Não, ela está com o namorado dela e me chamaria de louca. Minha avó ? Também não ela como sempre se trancou no quarto e provavelmente diria o que sempre diz quando eu vou contar algo para ela ‘’Você não precisou de ajuda para cometer seus erros, também não precisa para corrigi-los’’, voltei para o meu quarto e me coloquei a pensar em tudo o que tinha acontecido e meus pensamentos foram interrompidos pela campainha, alguém estava lá fora, me levantei para abrir a porta e lá estava ele. Rafael.O problema é que sempre que eu estou perto dele eu fico muito boba e geralmente faço besteira, foi assim enquanto estávamos namorando, antes de namorarmos e é assim atuamente, mas não é porque eu gosto dele, antes de começar a gostar dele eu já sentia isso, é como se uma energia me envolvesse, como se ele simplemente transmitisse um tipo de proteção, sempre me sinto mais segura perto dele, sinto aquela pulsação sendo transmitida para ele e é como se eu não precisasse de mais nada para viver.

–Posso entrar ?- Ele perguntou- Eu tenho que te dizer algo

– Claro, e... entra- gaguejei, aquela sensação de novo ! Isso é normal ? É como se eu pudesse ver a alma dele... Literalmente, por um momento achei ter visto uma luz azul clara saindo de suas mãos e chegando perto de mim- Quer uma água ? Alguma coisa?

– Não, tudo bem. Você está bem ? Eu queria ter ido até o hospital te ver mas não consegui sair da escola- Disse ele se aproximando- Todos perguntaram sobre você. Agora feche os olhos

Desconfiada fechei os olhos. O que ele queria me mostrar ? Sinto ele pegando minha mão e colocando algo dentro dela. Quando abro minha mão sinto algo frio tomando conta do meu corpo e percebo que o que ele colocou na minha mão era uma espécie de colar, tinha formato de um arco, parecia completar o dele. O meu tinha um arco, o dele uma flecha, como se estivesse lendo meus pensamentos ele falou

– Sim, eles se completam, mas na hora certa você descobrirá o que acontecerá se eles se juntarem, por isso no momento, eles tem que se manter separados, por precaução. Agora nós temos que sair daqui, agora! Depois a gente volta, só peço uma coisa, pegue o diário da sua mãe e uma caixa que está na gaveta de baixo.

– Como você sabe que tem uma caixa na gaveta de baixo no quarto da minha mãe? E de qualquer forma, não tem chave e está trancada eu já tentei abrir.

– Eu conheci sua mãe, e agora tenho que terminar um trabalho começado por mim e seus pais. E acredite a caixa vai abrir... Eu tenho a chave- Ele disse isso me empurrando para dentro do quarto da minha mãe e me apressando para pegar o que ele havia pedido.

Após pegar tudo ele me entregou uma adaga, era linda, sua lâmina brilhava, estava nova e polida, e seu cabo era preto com o punho em formato de asas e adornos dourados, não entendi o porque ele me deu aquilo, mas após vermos uma sombra ele tinha me feito correr quase uma hora.

–Vou ali ver se está tudo certo, não saia daí, por favor, não saia por nada.- E ele se foi, sumindo atrás de uma loja cheia de fantasias e itens para colecionadores.

Ouvi um barulho e fiquei tensa, não sabia o que era e tinha a impressão de ter visto algo negro com olhos vermelhos. Esses olhos me eram familiares, sempre que eu sofria um acidente eu via essas luzes vermelhas mas sempre achava que era só uma consequência do acidente e de onde saíram os olhos eu vi um homem normal, com olhar cansado e amigável, ele passou perto de mim, nada de mais, só uma pessoa normal andando, até que ele me derrubou.

Quando acordei só vi o homem me olhando sentado em uma cadeira, tentei me mover mas estava amarrada então o homem começou a chegar perto de mim e enquanto chegava mais perto ele começou a mudar de forma, seus olhos cansados se transformaram em enormes bolas vermelhas e em chamas e ele começou a ficar totalmente preto e suas roupas começaram a ficar escuras então com uma voz macabra falou :

– Finalmente lindinha, te peguei, aquele seu namoradinho idiota que diz ser seu protetor não conseguiu te proteger tão bem assim né ? Agora que estou com você finalmente Lúcifer vai poder transformar essa terra em um inferno, de um jeito que sua mãe nunca permitiu que nós fizessemos.- Então ele chegou perto de mim e colocou uma faca no meu pescoço e prosseguiu cortando as cordas que estavam em minhas pernas e usando-as para amarrar minha cintura em uma espécie de templo na qual eu estava deitada – Agora se você não resistir, sua morte será rápida e você não sentirá dor alguma.

Nesse momento tudo ficou lento, então senti o colar em forma de arco queimando em meu pescoço, chutei o homem para longe de mim fazendo ele bater a cabeça contra o chão, enquanto ele tentava se recuperar eu cortava as cordas que me prendiam e ao me libertar fiquei de pé. O homem tirou sua capa e percebi que seu rosto escuro era pintado, mas que seus olhos ardiam em chamas vermelhas então peguei a adaga para tentar me proteger dele, mas ele foi mais rápido e se jogou contra mim com sua faca ,me abaixei, e enquanto ele corria para ir recuperar a faca levantei a adaga, que acabou cortando um de seus braços. Enquanto seus braços começaram a derreter, ele se contorcia no chão

ultionis causa exortus est, qui casum angelorum meruit potestatem semper.

Eu não sabia como, mas eu entendi, já havia tomado algumas aulas de latim, mas não o suficiente para entende-la então como eu entendia aquilo ? ‘’ A vingança fará com que a queda dos anjos seja a ascensão daquele que sempre mereceu o poder’’. O que isso significava ? Quem era aquele homem que estava aos poucos derretendo? Então ela olhou para sua adaga, estava suja de sangue, sangue preto, agora a adaga não parecia mais tão linda, parecia perigosa, assassina. Suas mãos estavam sujas de sangue preto, enquanto entrava em uma espécie de pânico, Rafael entrou correndo e a abraçou, e assim permaneceram enquanto o homem desaparecia em uma mistura de sangue negro, roupas escuras, pó, uma faca e algumas chamas que de vez em quando se ascendiam em meio ao que sobrou daquele corpo inumano.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem... E comentem falando o que acharam, ou o que precisa melhorar



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