Filhos Da Máfia escrita por Thalia Tsukiyomi


Capítulo 29
Capítulo 29




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Capítulo 29 - Laços Quebrados De Mãe e Filha

– Midori-San, você não pode amar a Amu-chan como filha. Por tanto, quebre todos os laços com ela...

~~*~~*~~

"Onee-Chan, que tipo de pessoa era a mamãe?"

Foi essa pergunta que se repetia na mente da garota de cabelos rosados. Desde que Ami fez essa pergunta para a sua irmã mais velha, desde então, aquela pergunta não saia de sua cabeça.

Amu não sabia que tipo de pessoa era a sua própria mãe...

A pequena Ami havia feito essa estranha pergunta quando Amu teve permissão de sair do hospital e, com isso a garotinha a pegou de surpresa. A única coisa que a rosada fez foi virar a cabeça e abaixá-la. A ignorando completamente. Deixando cada vez mais aquela criança com curiosidade a respeito disto.

Amu estava na sala de aula, com um lápis em sua mão direita e na mesma uma faixa branca em volta. Ela encarava fixamente o seu caderno que só tinha umas linhas escritas, mas a sua mente estava naquela irritante pergunta de sua irmã mais nova. Quando Amu pensou em que tipo de pessoa era a sua mãe, ela serrou os dentes e fechou a mão direita fortemente, um barulho de algo se quebrando chamou a atenção de todos na classe.

– Magamashi-San, o que foi isso? - Perguntou o Professor Nikaidou se aproximando da mesma.

– Ahn? - Amu o olha sem entender, depois ela olha para a mesma direção que ele. - Que droga... o meu lápis...

– Magamashi-San, você está bem? - A garota não entende novamente. Então, o homem suspira. - Bem, digo isso porque as suas feridas parece que elas se abriram...

Amu olha novamente para a sua mão direita e vê que a faixa de antes branca, estava com uma pequena mancha de sangue, que em um ritmo muito lento, ela se expandia aos poucos.

– Por favor, vá à enfermaria cuidar disto. - Disse Nikaidou. - Tasubasa, acompanhe a senhorita!

A garota se levantou e o rapaz de cabelos azulados e olhos safiras também. Ambos caminhando pelo o corredor da escola, em silêncio. Amu, falou que não precisava de sua companhia, mas Ikuto apenas ignorou o comentário dela.

Quando eles chegaram à enfermaria, bateram na porta e depois olharam por uma pequena janelinha que havia na porta, mas não tinha ninguém presente no local. Então, Ikuto abriu a porta e foi ver se achava alguma coisa no armário, enquanto Amu se sentava em uma cadeira. O rapaz achou um Kit de Primeiros Socorros, pegou uma outra cadeira e levou para perto da garota, colocou a cadeira de frente dela e se sentou. Ele pegou a mão direita dela e foi retirando cuidadosamente a faixa

– Viu? Você sempre precisará de mim por perto. - Disse Ikuto dando um leve sorriso

– Humf! Talvez... - Amu vira o rosto.

A garota o olha de perfil para o rapaz a sua frente, ele estava muito focado em cuidar de seus ferimentos. Ela sorrir e assim chamou a atenção dele.

– Do que você está rindo? - Perguntou Ikuto pegando um pedaço de algodão e um líquido.

– Ahn.. Bom, só quero saber até quando eles vão continuar "brincando" comigo e com uma outra peça do jogo...

– Eles? Peça? Do que ou de quem você está falando?

– De umas pes... AAIII!! Vai com calma, ainda não me recuperei! - Reclamou ela.

– Desculpa. - Pediu o garoto terminando de enfaixar a mão dela. - Mas porque tantos machucados?

Ikuto retira uma mecha de cabelos que caia sob a testa dela, e leva aqueles fios de cabelos sedosos e rosados para a trás da orelha dela, mostrando um pequeno curativo em sua testa.

– Sua pele está mais branca do que de costume... - Comentou Ikuto passando a sua mão pelo o rosto pálido da garota, depois passou o seu dedo, o polegar, na boca dela. - Seus lábios estão secos e sem vida... Ele costumava ser rosados... O que aconteceu com você? - Perguntou Ikuto com um tom de voz calmo e sensual, parecia realmente preocupado. Ele aproximava aos poucos seu rosto do dela.

– Eu... Eu apenas fiquei...

Os lábios de ambos estavam tão próximos que sentiam a respiração um do outro.

A cortina branca que estava atrás de Ikuto, foi afastada para o lado e assim aparecendo uma figura de um garoto de cabelos repicados e prateados.

– Amu, você estar...Bem...? - Perguntou Lucca encarando os dois.

A garota se afasta de Ikuto, e o mesmo virou-se um pouco para encarar o outro garoto.

– Claro que estou! - Respondeu a garota se levantando. - Não são esses ferimentos que vão me derrubar!

– Você é muito teimosa! Você deveria ficar em casa de repouso! - Reclamou Lucca.

– Humf! - Amu virou o rosto e saiu daquela sala deixando os dois garotos sozinhos. Ela simplesmente odiava receber ordem, ou ficar de repouso por qualquer coisa.

Ikuto se levanta e se aproxima do garoto que estava atrás de si, parou do lado direito, mas de frente para a porta da sala.

– Se eu ver a Amu desse jeito novamente... Eu te mato!

– Parece que pensamos igual. Isso vale para você também, Tsubasa Ikuto!

Ikuto sorrir e passa direto e vai embora. As aulas já haviam acabado e todos foram para suas casas. Amu chegou à sua casa, foi para o seu quarto, tomou um bom banho relaxante e foi dormi, ela estava completamente cansada.

Ami foi ao quarto de sua irmã e a viu deitada na cama e não quis perturbá-la. Ela estava entediada, sem nada para fazer... Foi na cozinha, pediu um pedaço da torta de chocolate para a empregada, pegou o prato e caminhou pela mansão a procura de algo para fazer até sua irmã se acordar.

Então, ela decidiu ir ao escritório da irmã mais velha, vê se achava algo para se manter ocupada. Entrou na sala e sentou na confortável cadeira que tinha atrás da mesa de madeira, colocou o seu prato em cima da mesa, olhou os papéis que tinha na mesma, mas não achou algo divertido neles. Só tinha contas, reuniões marcadas, dinheiro que ela havia emprestado para umas pessoas, reclamações, blá, blá, blá! Ela abriu a gaveta que tinha na mesa e viu um livro de capa grosa da cor vermelho vinho com o titulo na cor dourada. Ela o pegou e o abriu no meio, lá tinha duas fotografias, ela as pego e ficou encarando a primeira que era uma mulher de longos cabelos negros como a escuridão, de olhos castanhos escuros e pele morena, usava roupas de cigana, na cor vermelha. Pegou a segunda foto onde havia duas pessoa nela, uma mulher de cabelos castanho claro que estavam soltos, olhos dourados e tão brilhante, que se escondiam atrás de uma armação de óculos fino, parecia feliz ao segurar um bebê em seus braços, o tão frágil e delicado bebê, com seus poucos cabelos rosados, dormia calmamente nos braços confortáveis de sua mãe.

– Realmente... Que tipo de pessoa é você, mamãe? - Perguntou em um sussurro para si mesmo enquanto encarava aquela foto.

A porta do escritório se abre e de lá mostrando uma imagem de um rapaz, o mesmo se aproxima, de cabelos avermelhados, olhos verdes o mesmo trajava um terno preto, com a blusa social branca com uns dois botões aberto e sua gravata verde musgo um pouco bagunçada. Ele para de frente da mesa com uns papéis em suas mãos.

– Ora, ora, se não é a pequena Hinamori. - Disse Kukai.

– O que você faz aqui? - Perguntou Ami.

– Quem deveria fazer essa pergunta era eu... - Falou Kukai com uma gota em sua cabeça. Ele coloca a papelada em cima da mesa. - Pensei que quem estaria aqui era a sua irmã, por isso que eu trouxe esses papéis para ela dá uma olhada. - Ele percebe que nas mãos da garota tem algo. - Que fotos são essas?

– Essas? - Ela olha para a suas mãos. - Eu achei dentro desse livro... - Ela entrega para o ruivo.

– Essa da Senhora Midori com a Amu é antiga! Ah, olha essa! - Kukai olhava com um certo sorriso. - Nunca mais vi a Senhorita Takius...

– Senhorita Takius?

– Sim, essa aqui. - Kukai mostrou a mulher de cabelos negros. - Ela é uma Cigana, era uma grande amiga da Senhora Midori.

– Hum... Você pode me contar sobre a senhorita Takius, de minha mãe e irmã? - Perguntou Ami colocando um pedaço de torta em sua boca.

– Tudo bem... - Kukai se senta na cadeira de frente para Ami. Ele suspira.

~*~*~*~* Kukai POV ~*~*~*~*

Quando a Amu nasceu, o seu destino seria duro... Foi o que a Cigana Takius havia falado.

Em um quarto, branco de clima agradável, cheio de coisas para bebê. Duas mulheres olhavam o pequeno bebê dormindo em seu berço.

– Ela é realmente linda, Midori-San. - Falou Takius acariciando a cabeça da criança. - Ela será uma garota forte. - Sorriu, depois tomou uma expressão séria. - Mas para isso...

Takius encara a mulher de cabelos claros. Midori ficou esperando a sua amiga terminar a frase, ficaram no silêncio.

– Midori-San, você não pode amar a Amu-chan como filha. Por tanto, quebre todos os laços com ela...

– T-Takius, o que você quer dizer com isso? - Midori a olha sem entender.

– Ela tem que ser forte... - A mulher de cabelos negros olha para o bebê. - Eu sei muito bem, mesmo você tentando esconder de mim, eu sei que você foi raptada diversas vezes por estar gravida... A criança Amu é o verdadeiro diamante negro desta gangue!

– Mas, ela é apenas um bebê! Ela precisa de mim por perto! Não quero me separar dela... - Midori deixou que lágrimas escorressem pelo o seu rosto.

– Eu sei disso, minha amiga. Mas é preciso... O futuro dela a partir de agora por diante vai ser duro...

Quando a Hinamori Amu se machucava, a Senhora Midori sempre queria cuidar de suas feridas, mas como ela confiava nas previsões de sua amiga, a senhorita Takius, ela concordou em quebrar qualquer laço familiar entre as duas. Assim para que a criança Amu pudesse ser forte...

Mas o que doía na Midori, era saber que nunca seria chamada de Mãe ou Mamãe... Apesar de que essa foi à primeira palavra da criança. Desde então que ela aprendeu a falar e a andar, Midori a ensinou ela a chamar pelo o seu nome. Quando a Amu chorava pela a sua mãe, pelo o seu carinho, a Senhora Midori sofria por não atender aos pedidos de sua filha e assim mandava Marley, o seu companheiro fiel a cuidar de suas feridas. E quando a criança já tinha idade para aprender a bater em alguém, ela começou a ter seus treinamentos. A senhorita Takius estava naquele dia. Observando cada movimento e comportamento das duas..

Em uma sala de treinamento, por trás de um vidro, três pessoas olhava a criança no chão, com um de seus olhos inchados, com os seus dedos vermelhos, segurava a suas lágrimas de dor.

– Levante-se! - Ordenou Midori. - Seja forte e não uma inútil!

Amu olhou para a mulher pela a janela de vidro, serrou os dentes, levantou-se e virou-se para o seu oponente, um homem de cabelos loiros e olhos azuis. A criança correu na direção dele que sorriu, Amu fechou seu punho para acertá-lo, ela era muito pequena para o tamanho dele e tão frágil... O mesmo só deu uma bofetada na criança que caiu e desmaiou.

– Chega de treino Midori! Ele é muito forte para ela! - Reclamou Marley abrindo a porta e pegando a criança em seus braços.

– Não tenho culpa por ter uma filha fraca. - Midori dá as costas e sai da sala acompanhada de Takius.

– Midori-San... Você vai conseguir. - Falou sua amiga tentando confortá-la.

– Não, não vou! Não aguento ver isso, ela sempre apanhando... - Midori secas sua lágrimas. - ela só é uma criança em uma realidade assustadora!

Era sempre assim, todos os dias tinha treino para a criança, até que ela cansou de ser maltratada como um inútil para ser útil. Passou a odiar a sua mãe. Foi do ódio que ela começou a ter a sua força. Amu queria mostrar o quanto é útil e melhor do que aquela mulher!

Até que eu fui para a mansão do Diamante Negro...

A senhorita Takius estava com um de seus braços em volta de meus pequenos ombros, eu era uma criança de rua, até naquele dia...

– Midori-San, esse vai ser o amigo de sua filha. - Falou a morena. - Para que ela não se sinta tão sozinha neste mundo. Para pelo menos ela sentir um pouco de carinho por pessoas...

– Entendo...

– Midori-San... Mais uma coisa...Você terá que ter mais um filho! Para que os laços da família continuaram e que assim um dia elas te perdoaram por isso... E se acontecer algo, terá uma outra herdeira.

Quando a Amu havia completado seus sete anos, a Senhora Midori viajou para algum país, passou quase 1 ano e três mês. Eu acho que foi nesse tempo que a Midori estava gravida de sua segunda filha, a deixando em um internato para crianças da Máfia... Quando ela voltou, foi aonde Denny e Lucca vieram para um dos dois serem o companheiro de equipe, e o Denny foi o escolhido, sendo treinado por Marley. E assim nós três crescemos juntos. E cada dia que se passavam, nossos laços crescia...

Mesmo antes de seus setes anos, a Amu foi raptada vária e várias vezes. E quando ela voltava, recebia um sermão de sua mãe, Midori já não precisava de Takius para ser dura com a criança, ela realmente quebrou todos os laços de mãe e filha. Amu, desafiava a sua capacidade , teve treinamento especial de tortura para que nunca abrisse a sua boca, para esconder apenas um segredo, mesmo que valesse a sua vida. Ela nunca teve medo dos seus sequestradores, até quando ela completou os seus 15 anos... Foi um sequestro diferente que mexeu psicologicamente com ela... Diz ela que foi tortura e estuprada por eles, sem mesmo eles terem conhecimento de sua família ou de sua origem. E foi aí que ela treinou a sua mente... Mas, mesmo assim aquele dia nunca saiu de sua cabeça.

Quando ela chegou aos braços de Marley naquela noite, Midori e Amu tiveram uma briga.(capítulo 26)

– Hinamori, o que aconteceu? – Perguntei me aproximando

– Amu, é você? – pergunta uma mulher descendo as escadas e se aproximando. – Francamente! Você só me dá dor de cabeça! Seus treinamentos especiais não serviram para nada!

– Você nunca se importou comigo mesmo! Porque você me criou? Para que eu me tornasse alguém como você?! Eu odeio essa família, eu odeio ser a Filha da Máfia, eu te odeio! Porque você não faz um favor? Desaparece da minha vida e nunca mais apareça. Aí nós duas podemos ser feliz!! – Gritou Amu. Aquelas palavras estavam presas há bastante tempo.

No outro dia a senhora Midori viajou por negociação com uma outra Gangue, ela foi para Paris, parece que foi falar com o senhor Aruto, o sucessor da gangue Gatos da Noite... Depois de três dias a Amu recebeu uma ligação de uma notícia de que a Midori havia sofrido um acidente de carro, e Amu culpou o sucessor da Gangue Gatos da Noite.

~*~*~*~* Kukai POV OFF ~*~*~*~*

– Acredite, a Hinamori se trancou no quarto e chorou o dia inteiro... - Disse Kukai

– Entendo. A Amu é um verdadeiro diamante negro... - Diz Ami comendo o seu ultimo pedaço de bolo. - Ela é forte como um, tem o seu próprio brilho.

– Ela está no primeiro lugar da garota mais valiosa do mundo. - Comentou Kukai. - Bom, só eu, você e ela sabem disso, que ela vale mais do que tudo eu acho! - riu-se o ruivo.

– Humf! Até parece que eu não valo nada!

– Ainda você está se tornando um diamante negro, pequena Hinamori. - Disse Kukai bagunçando os cabelos da criança.

Por trás da porta, uma pessoa ouvia toda a conversa, até que alargou o seu sorriso colocou a suas mãos no bolso e saiu dali.


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