Capítulo 26 – Amu A Garota Que Perdeu A Sua Inocência.

Uma garota de cabelos médios rosados soltos, a mesma lia algum livro sentada em uma praça, ao seu lado o seu companheiro, cabelos repicados e prateados, também lia um livro. A menina fecha seu livro suspira e abaixa a cabeça fazendo com que sua franja escondesse os seus olhos dourados.

– Denny, deveríamos praticar... – Falou Amu. – Midori já viu o meu resultado na ultima vez, e não gostou.

– Você deveria relaxar um pouco. – Respondeu o garoto fechando o livro. – Você está deixando se levar... Você mal tem tempo livre.

– Mas estou falando sério, temos que ir e cumprir nossas obrigações... – Amu o encara.

– Também estou falando sério. – Retrucou Denny sério. – Quando voltarmos, eu falo com ela. Tudo bem?

– Tá.

– ótimo! Vou comprar algo para gente. Já volto.

Denny sai de perto dela. Amu volta a ler o seu livro, presente de Marley, um dos empregados de sua mãe, Midori. Amu sempre amou livros de aventura, suspenses e outros gêneros. Quando criança não lia contos de fadas, lia livros de adultos.

Por perto uns três caras passavam, um de cabelos vermelhos cor de fogo, o segundo loiros e o terceiro cabelo negros.

– Ei, garota. Sabe onde fica a estação de trem? – Perguntou o ruivo.

– Claro! É só seguir em frente e depois dobrar uma esquina ali. – Amu aponta.

–Obrigado - Respondeu gentil. – Vocês dois peguem a bagagem...

O loiro e o moreno seguraram Amu. O rapaz loiro tampa a sua boca para que assim ela não gritasse então ela o mordeu.

– Me soltem. O que pensam que estão fazendo?! – Gritou ela.

– Largue ela, seus idiotas. – Disse Denny se aproximando.

Denny na hora que se aproximou, iria tirar algo de sua cintura, porem o ruivo foi mais rápido deu-lhe um soco em seu rosto, fazendo o mesmo cair e sangrar pelo o nariz. Quando Denny ia se levantando foi atingido nas costas e assim desmaiando.

– Não o machuquem!!

– Você é irritante, garota! – ele soca atrás no pescoço dela e fazendo também ela desmaiar.

Os três entram em um carro que logo parou onde eles estavam. Depois de algumas horas eles chegam a algum lugar. O ruivo pegou Amu em colo de princesa e a leva para dentro.

Amu se acorda e vê a sua situação, estava em um tipo de quarto escuro com pouca luz do sol, presa em correntes nas duas mãos e pés, e um pano branco em sua boca. Amu mexe os braços fazendo que o barulho de suas correntes ecoasse pelo quarto.

– Já acordou? – Perguntando um homem saindo de onde estava e indo para perto de um flash de luz, tinha cabelos castanhos escuros e olhos de um preto profundo. – Você é valiosa, não é?

Ele se aproxima mais de Amu e retira o pano.

– E daí? O que você quer? Dinheiro?

– Hum... Negociação, interessante! – Respondeu ele. – Mas, não. Já to ganhando uma boa grana te prendendo aqui!

– Por quanto tempo? – Perguntou ela.

– Até receber a segunda ordem. Mas, tenho que terminar a primeira...

Os três homens de antes apareceram com um sorriso de dar medo, eles se aproxima...

–Pode fazer o que quiserem... Menos matá-la. – Diz o chefe.

O rapaz ruivo dar alguns socos na barriga de Amu, a fazendo abrir a boca de dor, outro rasgou as roupas dela...

Uma sala ao lado de onde Amu estava, podia escutar os gritos de dores e choro de imploro para parar com aquilo. Amu estava sendo tortura, violentada e abusada! Risos dos homens também ecoavam naquela sala. Eles estavam se divertindo com aquilo...

O chefe dos três estava sentado em uma cadeira enquanto conversava ao telefone:

– Sim. A pegamos. – Falou.

– Pelos os berros presumo que já começaram os tratos... Quando acabarem levem-na para algum lugar, para que assim ela possa ir para casa. – Diz a outra pessoa na outra linha do telefone.

– Sim senhor! – ele desliga.

Depois de algumas horas de torturas e violência, o “chefe” vai ver a garota. Amu ainda estava acorrentada, porem cabeça abaixada, os seus cabelos cobria a sua face, pedaço de suas roupas espalhadas no local. Amu, pensava como alguém poderia ferir uma outra pessoa desse jeito. Que mal ela fez para merecer isso?! De agora em diante, Amu será uma pessoa fria, que não mostrará os seus sentimentos por pessoas desse tipo. Pensou ela.

O homem se aproxima dela, se abaixa e levanta a cabeça dela pelo queixo. O olhar da garota estava vago, parecia não ver eles.

– Essa pirralha grita muito. – Falou o loiro. – Mas não deixou de ser divertido. – ele rir

– Vocês fizeram um bom trabalho. – Falou o homem ainda olhando Amu. – Olha só o estado dela.

– Acho que ela está traumatizada... – Falou o moreno, um dos agressores.

– Humf! Para de ser idiota. – Falou o ruivo. – A família dela é rica, não é? Só é contratar um psicólogo!

O “chefe” pegou uma blusa e vestiu em Amu. Soltou as correntes e a pegou no colo e a levou para o carro.

Depois de um tempo o carro parou em um bairro um pouco movimentado. Era noite. O homem sai do carro pega a garota e a coloca sentada no chão, perto de um poste e entra novamente no carro e vai embora.

Amu ficou ali sentada por alguns minutos, e logo se levanta. Coloca a mão na parede para se apoiar e começa a andar com as pernas bambas. Suja. Sangrando e ferida não só fisicamente como psicologicamente! Por onde ela passava pessoas olhava o estado daquela garota. Amu caminhava devagar. Um carro para perto dela e de lá sai um homem conhecido por ela.

– Amu – Chamou Marley. – Nossa!!

Ele se aproxima dela e a pega e a coloca no carro e vai para casa. Alguns minutos eles chegam, o carro passa por um grande portão. No jardim vários carros esperavam uma ordem para saírem. Marley pega Amu no colo e corre para dentro da mansão e a deita no sofá, rapidamente Kukai e Denny se aproximaram.

– Hinamori, o que aconteceu? – Perguntou Kukai

– Amu, é você? – pergunta uma mulher descendo as escadas e se aproximando. – Francamente! Você só me dá dor de cabeça! Seus treinamentos especiais não serviram para nada!

Amu senta no sofá com dificuldade e abaixa a cabeça, todos que estavam presentes na sala ficaram indignados com a frieza da própria mãe. Mas também eles não poderia se intrometer, era assunto de mãe e filha. Ela era a chefe deles! Amu levanta a cabeça e a encara com os olhos cheios de lagrimas.

– Você nunca se importou comigo mesmo! Porque você me criou? Para que eu me tornasse alguém como você?! Eu odeio essa família, eu odeio ser a Filha da Máfia, eu te odeio! Porque você não faz um favor? Desaparece da minha vida e nunca mais apareça. Aí nós duas podemos ser feliz!! – Gritou Amu. Aquelas palavras estavam presas há bastante tempo.

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Em um quarto, uma garota deitada em sua cama. Rapidamente a mesma acorda assustada e senta na cama, ofegante. Amu tinha acabado de sonhar com o que lhe aconteceu há três anos atrás, quando tinha seus 15 anos. Ela fecha os seus olhos e suspira de alivio por aquilo ser só um de seus pesadelos.

– Eu simplesmente te odeio Midori!!