Harmony Of Dissonance escrita por Andreia Johansen Franco


Capítulo 11
Capitulo 11 - False Hopes


Notas iniciais do capítulo

Ola para todos que acompanham a essa Fiction!
Não mais pedirei desculpas pela demora em postar novos capítulos, pois ela meio que é inevitável, tenho muitas coisas para fazer e as vezes o tempo se torna curto para eu completar minha história de forma aceitavel e posta-la aqui, porem vou tentar ao máximo esse ano diminuir o tempo de espera de vocês. Que Freir me ajude!!
Sem mais churumélas vamos a mais um capítulo e não esqueçam de comentar.
PS: Dei uma pequena alterada no capitulo anterior, aconselho uma relida.
Beijokinhas e Boa Leitura!



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Antes de partir para bem longe eu não parei de pensar nas coisas que eu deixei de dizer.

Hoje eu vou passar o tempo rindo de novo, apesar de o meu peito doer um pouco.

Naquelas noites, enquanto a brisa da primavera soprava.

Eu fiquei pensando: Eu não quero mais me separar de você

E acabei dizendo coisas que não devia dizer.

O amanhã chega e temos que dizer adeus.

Eu continuo andando sozinho, suspirando sob as árvores.

Lembrando-me de sonhos que se passaram há muito tempo.

As pétalas que caem dançam e dançam

Mas as feridas do meu coração

Continuam vazando tudo o que eu sinto.

Não importa que tipo de dor atinja meu coração.

Eu sei que vou encontrá-lo do outro lado dessas portas fechadas.

Scandal (Harukaze)

A noite estava especialmente escura em Nornheim que sempre fora um Reino conhecido por seu céu límpido, sua Lua exuberantemente prateada e suas estrelas insultantemente brilhantes. Nuvens escuras ocultavam a Lua de forma sombria lhe tirando toda a beleza, pequenos clarões podiam ser vistos no horizonte indicando que uma tormenta se aproximava e um funesto vento sussurrava tragédias aos ouvidos de Thor e Tyr. O Caçador Real de Vanaheim marchava decidido, apesar da escuridão que lhe dificultava a visão de longa distancia, seguindo unicamente seus instintos. O Caçador sabia que boa parte da culpa por aquela noite tão atípica recaia sobre os ombros de Thor, pois a ligação do clima com as emoções do Asgardiano eram poderosas, quase indivisíveis. Tyr sabia que Thor estava extremamente frustrado por ainda não ter encontrado seu falso irmão, por mais que tivessem achado pistas de sua presença nas Terras de Karnilla. O Caçador sabia que não acharia Loki de um dia para outro, entendia que o feiticeiro não estaria sentado em uma pedra no meio da floresta esperando ser encontrado, mas também entendia que Thor não pensava assim. Por mais que Thor tivesse séculos de existência e fosse um grande guerreiro, em certos aspectos o príncipe era inocente como uma criança, principalmente no que dizia respeito á Loki. Enquanto sequia em silêncio o Caçador Thor conferia de minuto em minuto a joia mística em seu bolso, confiava nas capacidades de Tyr, porem não podia evitar sua ansiedade, pois não entendia por que o objeto deixara de mostrar-lhe sinal de Loki. Muitas coisas passavam pela cabeça do príncipe naquele momento sendo que nenhuma delas lhe agradava e Tyr por sua vez evitava falar ou até pensar em qualquer coisa que não o ajudasse a rastrear o trapaceiro perdido. De repente ambos avistaram uma estranha ravina e ao se aproximarem avistaram com dificuldade um Vilarejo ao longe.

– Os Rastros de Loki levam para aquele local. O Caçador falou sério com os olhos fixos no Vilarejo.

Ambos desceram até o local e não precisaram de muito para notar que o lugar havia sido vitima de ataque brutal. Tyr sentiu calafrios no exato momento em que pós seus pés no Vilarejo, haviam roupas e objetos quebrados por todo o lugar, algumas casas estavam destruídas e outras queimadas e o Caçador percebeu que mesmo não havendo nenhum corpo a vista o cheiro de sangue no ar denunciava que um massacre havia ocorrido ali. Thor por sua vez se sentiu extremamente desconfortável no ambiente em questão e resolveu continuar a caminhar sem parar para observar com atenção o lugar, pois algo no chão, no ar, no clima o fazia querer sair dali correndo, era uma sensação que causava desespero e profunda agonia. Quando estava quase fora do local Thor pode ver estranhas raízes ressecadas espalhadas pelo chão e logo adiante avistou um corpo, calmamente e com seu martelo em punho Thor se aproximou do corpo e rapidamente pode notar que pertencia a um Troll Bruxo. O príncipe pode notar que a criatura tinha um ferimento no ombro e outro bem profundo no peito, que Thor deduziu ser o que causou sua morte, olhando mais atentamente ao redor do ser avistou seu cajado e o brasão entalhado nele lhe era bem conhecido e motivo e seu ódio, o Símbolo da Orbe Negra. Enquanto isso o Caçador ignorava todo e qualquer sentimento ruim caminhando ao redor do lugar tentando encontrar rastros da presença do Feiticeiro Jotun, porem tudo que conseguiu foi notar que o chão do ambiente fora revirado como se varias coisas tivessem sido enterradas de forma desleixada. Não era preciso ser um gênio para deduzir o que aquilo significava. Tyr ignorou a mórbida descoberta se focando na sutil energia que acabará de captar se encaminhando para a saída do Vilarejo já disposto a encarar a expressão de decepção de Thor por não acharem nada na opinião dele que ajudasse a encontrar Loki, porem ao encontrar o príncipe de Asgard o viu ajoelhado diante de um cadáver com um cajado sinistro em mãos e uma expressão de raiva na face.

– Um Troll da Horda de Loki! Thor disse entre os dentes apertando o cajado com força nas mãos que rangeu com a força excessiva do Deus.

– Um Troll da Horda de Malekith! O Caçador corrigiu Thor.

– Sejamos sinceros aqui Tyriel, Malekith não passava de uma marionete nas mãos habilidosas de meu irmão. Thor falou encarando o caçador com fúria nos olhos.

– Uma marionete não montaria o maior exército dos Nove Reinos sozinho e usaria o auxilio de Loki para quase governar Asgard no lugar de Odin. Tyr rebateu ríspido encarando Thor com a mesma determinação.

– Aonde queres chegar Caçador? Thor perguntou claramente perdendo a pouca calma que lhe sobrava.

– Quero chegar ao ponto onde você entende que seu irmão foi enganado, trapaceado, usado, precisa de mais sinônimos ou sua inteligência já captou minha mensagem. O Caçador respondeu ainda mais grosseiro.

Thor percebeu que seu comentário negativo mais uma vez deixou o Caçador irritado. Tyr normalmente era sutil e bastante calado, mas naquele momento pareceu o extremo oposto, o Deus parecia perder totalmente seu equilíbrio quando o assunto era Loki. Notando isso Thor respirou fundo tentando se acalmar afinal sua ira não era para com Tyr e sim para com mais uma das traições de seu irmão.

– Perdão Tyr... Thor disse de forma cansada.

– Não foi minha intensão ser indelicado com sua pessoa eu só... O príncipe não conseguiu terminar a frase, estava visivelmente decepcionado consigo mesmo.

Tyr se aproximou lentamente e colocou uma mão sobre o ombro direito de Thor.

– Não peça perdão a mim meu príncipe, pois também fui extremamente grosseiro com sua pessoa, sei como se sente melhor que ninguém. Sua voz era calma e segura agora.

Thor olhou naqueles grandes olhos verdes do Caçador e enxergou neles o mesmo que muitas vezes enxergará nos seus próprios quando se encarava no espelho após presenciar mais uma das trapaças de Loki, decepção!

Thor sorriu meio sem jeito para o Caçador e ergueu seus olhos para o céu, pois uma chuva se iniciava.

– Eu ainda sinto a presença do Príncipe, vamos seguir esse rastro antes que a chuva o faça sumir. Tyr disse aparentemente apreensivo.

Thor não disse nada apenas acenou com a cabeça em tom de afirmação. O Caçador ergueu um pouco a mão direita e depois de alguns segundos começou a caminhar seguindo a direção da persistente que captara naquele mórbido local desde que chegará. Depois de alguns minutos de caminhada sob a forte chuva ambos se deparam com as ruinas de um antigo templo. Thor não perdeu tempo e adentrou o local euforicamente, porem o Caçador permaneceu do lado de fora observando atentamente a cada detalhe externo daquele monumento, pois de alguma forma reconhecia as runas talhadas no que sobrará das pilastras de sustentação. Já as havia visto em algum lugar só não lembrava onde. Ao entrar no templo Tyr se deparou com Thor chutando os restos de uma pilastra que ao cair fez parte do templo tremer e todas as paredes do local soltarem poeira. Tyr notou que o lugar estava tão degradado que qualquer tremor maior que aquele faria o templo desabar.

– Cuidado meu príncipe, esse lugar está ruindo aos poucos! O Caçador falou em um tom preocupado.

– Deveria derrubar as poucas pilastras que sobram e deixa-lo desmoronar de vez, pois só está ocupando espaço aqui! Thor disse quase que aos berros.

– Seria um desperdício meu príncipe. O Caçador se pronunciou finalmente reconhecendo o lugar.

Thor notou o tom suave da voz do Caçador e o encarou com um olhar confuso.

– Não reconheces esse lugar Thor, ou melhor, não reconheces para quem ele foi erguido? Tyr o olhou com uma sobrancelha erguida esperando a resposta que pela sua expressão parecia obvia.

Thor fez ar de pouco caso e deu uma boa olhada no ambiente em questão, reconheceu as runas encrustadas nas poucas pilastras que ainda resistiam à ação do tempo. Percebeu que nos poucos vitrais que ainda estavam inteiros havia desenhos muito peculiares, foi então que sua mente clareou, pois aquilo era um Templo de Honra a Loki. Daria um sorriso se o irmão ali estivesse o que não era o caso.

– Não compreendo... O príncipe começou confuso

– Primeiro a pedra mística para de dar sinal, depois você encontra um rastro que nos trás até um Vilarejo abandonado e agora um Templo em ruinas, mas nada do meu irmão. O que tudo isso tem haver com Loki? A voz de Thor era desanimada.

– O mais provável é que o Templo ainda conserve a energia de Loki e eu acabei rastreando ela em vez de seu irmão. Um erro incomum admito, porem curioso. O caçador falou pensativo.

Thor retirou a joia mística do bolso e a observou mais atentamente se dando conta que a pedra se iluminará fracamente. Estava claro que havia algo ali e não era apenas um rastro de energia perdido. Tyr se aproximou de Thor e com um gesto pediu silenciosamente permissão ao príncipe para pegar a pedra, esse permitiu sem hesitar. O Caçador caminhou em direção de uma das pilastras e a tocou com a mesma mão que segurava a pedra magica, fechou seus olhos e conjurou um mantra Vanir. Uma energia azulada emanou das runas desenhadas na pilastra e da joia mística indo em direção dos olhos de Tyr, a estranha força mostrou para o Caçador o portal oculto na pira cerimonial que havia no plator do templo e o belo refugio para onde o portal levava esvaindo-se no ar em seguida. O Caçador abriu os olhos e mais que depressa se aproximou da Pira a tocando levemente tendo os olhos curiosos de Thor como acompanhante.

– Essa Pira é uma chave de portal, mas precisa de fogo para ser ativada. Tyr disse olhando para Thor na clara expectativa que o príncipe faria algo a respeito.

Thor apenas sorriu de lado e se dirigiu para fora do templo com o Mjolnir em mãos. Uma verdadeira tempestade se abatia sob Nornheim o que facilitaria bastante o trabalho do Deus do Trovão. Erguendo o martelo Thor canalizou um poderoso trovão o lançando como um raio para dentro do Templo acertando em cheio a Pira que com o choque explosivo do raio se incendiou. Tyr nada disse, mas ficou bastante impressionado com tal demonstração de poder e controle. O Caçador se aproximou novamente da Pira e com toda atenção possível analisou as runas talhadas na mesma, percebeu então que não bastava apenas acender a Pira, pois algum tipo de encantamento, mantra ou feitiço deveria ser entoado para que a passagem magica se revelasse. Contou tal descoberta a Thor e agora os dois homens se pegavam pensativos tentando lembrar-se de qualquer coisa que tivessem visto Loki fazer ou dizer que pudesse ser útil ali, porem ambos foram tirados de seus pensamentos ao ouvirem um barulho fora do templo que se assimilava muito ao som de uma carroça em movimento. Ambos saíram com armas em punho do Templo e se depararam com uma cela móvel sendo arrastada por garanhões feitos de sombras. Tyr foi quem tomou a iniciativa de se por na frente dos animais e os impedir de prosseguir, já Thor se aproximou e olhou dentro da carroça vendo varias crianças em um sono profundo. Ambos os homens se olharam e antes que pudessem confabular a respeito os cavalos mágicos se desfizeram no ar fazendo parte da carroça cair no chão agora que não mais estava atrelada a nenhum tipo de animal. Thor não pensou duas vezes e colocou as mãos nas grades da cela para abri-las e assim tirar as crianças de lá, porem quando as tocou runas brilharam e repeliram o toque do guerreiro.

– Eu resolvo isso meu Príncipe. Tyr falou decidido.

Thor se afastou e o Caçador empunhando seu machado deu dois golpes poderosos nas barras que se cortaram em forma de X caindo em seguida no chão. Apesar da rapidez do homem Thor pode notar que uma runa desenhada na lamina do machado brilhará fracamente antes de cada golpe, o Asgardiano então deduziu que tal runa devia servir para anular efeitos mágicos.

Eles retiraram rapidamente as crianças de dentro da carroça para que não se molhassem muito com a chuva e as levaram para dentro do templo. Eram um total de doze, cinco meninos e sete meninas, Tyr os colocou bem perto uns dos outros e próximos da Pira Cerimonial que no momento era a única fonte de calor do lugar. Logo em seguida retirou o lençol que até o momento estava lhe servindo de manto e cobriu porcamente parte das crianças, ao ver tal ação Thor retirou sua capa e fez o mesmo, porem eram muitas crianças e pouco pano. Tyr sentou-se perto delas com uma postura zelosa e olhos brilhantes.

– Eu senti a energia de Loki naqueles cavalos lá fora.

Thor o olhou meio surpreso.

– O que está tentando dizer, que meu irmão foi quem prendeu essas crianças?

– Não! Disse agora com um meio sorriso no rosto.

– Estou dizendo que Loki pode ter tirado essas crianças do Vilarejo antes da invasão e agora que tudo parece tranquilo as mandou de volta.

– Improvável! Thor disse visivelmente nervoso.

– Por quê? Tyr perguntou com ar de inocente.

– Porque meu irmão não auxilia ninguém sem ganhar algo com isso e essas crianças não tem nada a oferecer. Falou de forma amarga, pois doía para Thor ter de admitir em voz alta que o irmão amado era um egoísta.

– Penso que talvez não conheça seu irmão tão bem. O Caçador se pronunciou de forma séria voltando seus olhos para as crianças inconscientes.

Thor até poderia prosseguir com aquela estúpida discursão sobre a índole questionável de Loki, mas já tinha percebido que nada mudava a opinião positiva que Tyr tinha sobre seu irmão, então achou que seria melhor se calar e evitar problemas desnecessários com alguém que claramente não era obrigado a ajuda-lo, principalmente pela quantidade de problemas que a mesma iria ter de enfrentar quando retornasse a Asgard. Pensou em continuar sua infrutífera procura, mas notou que o Caçador não tinha intenção de abandonar as crianças, pelo menos não enquanto estivessem desacordadas, seu olhar denunciava que o mesmo estava curioso sobre quem eram e se tinham ou não alguma ligação com o príncipe perdido. Acabou dando-se por vencido e caminhando até a entrada do Templo, lá se sentou no que sobrara das escadarias de mármore branco deixando um pouco da agua da chuva molha-lo, imaginou que talvez assim pudesse esfriar a cabeça e pensar em algo útil para ajudar a achar seu irmão, pois a essa altura a saudade já era maior que a preocupação.


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Notas finais do capítulo

O próximo está quase pronto, espero conseguir postar antes do fim dessa semana, desejem-me sorte!
Beijos e até!