Blessed With A Curse escrita por Mari Bonaldo, WaalPomps


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Amigues, passando aqui na correrria porque sai mais cedo da facul hoje *-* como to meio mole de sono nem vou falar muito que sl KKKKK mas amei as reviews, e vai mais um capitulozinho para vocês.
Boa noite e boa leitura s2



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Acordar nua já era suficientemente apavorante. Acordar nua no gramado, com uma ressaca daquelas e o seu maior desafeto deitado igualmente nu ao seu lado era mais do que apavorante. Era traumatizante.

Quando Rachel acordou, ainda sem abrir os olhos, estranhou o ambiente. Não se lembrava de sua cama pinicar tanto, e seu quarto não era assim tão iluminado. Parecia que o sol estava batendo diretamente no seu rosto, como se o seu quarto não tivesse um teto. Então ela ouviu piados de um passarinho. Depois sentiu o vento batendo no seu corpo, e sentiu muito diretamente. Diretamente demais para quem usava um pijama e dormia no conforto de seu quarto. Um pouco assustada, ela abriu os olhos, devagar. A primeira coisa que viu foi um passarinho pulando no gramado. GRAMADO?

Rachel se levantou assustada, mais logo se arrependeu. Sua cabeça estava pesada e um homemzinho mau tocava pratos dentro dela. Ela fechou os olhos, tentando acalmar a dor. Depois os abriu, constatando que estava nua. Totalmente nua. No meio do gramado. Ela ouviu alguém respirando forte ao seu lado. Sua dor de cabeça aumentou consideravelmente. Ela sabia que devia olhar para o lado e enfrentar as conseqüências de seus atos. Mas, que atos? Ela não se lembrava e achava que preferia assim.

Com muito pesar, ela olhou para o lado. Quando viu conhecidas costas largas, tatuadas com asas, reprimiu um grito de pavor.

Finn Hudson. De todos os homens na Itália, ela havia dormido com Finn Hudson.

Devia acordá-lo? Gritar com ele? Mas por que gritaria? Vendo o estado das costas de Finn, pareceu que, seja lá o que tivessem feito, ela estava totalmente de acordo. Perturbada, Rachel se levantou e na ponta dos pés entrou em casa. Precisava de um banho. E de roupas. Após isso, decidiria o que faria.

Rachel virou a cabeça para o lado direito. Teria que acordar Finn e conversar sobre o que havia acontecido na noite passada. Ela tinha flashs, mas eles eram uma bagunça sem conexões. Ela respirou fundo, criando coragem. Já havia enfrentado todo tipo de criminosos, mas acordar Finn para dizer “E aí, como vai? A propósito, fizemos sexo ontem a noite.”, era infinitamente pior.

Ela o olhou. Dormindo, ele era quase adorável. Sua boca estava entreaberta, e seu cabelo bagunçado. Ele respirava lentamente, estava tão vulnerável. E o melhor de tudo: Não falava. Mas então o olhar de Rachel desceu mais um pouco. O suficientemente para vê-lo. Quanta boa genética! Rachel estava surpresa. Nunca imaginaria tudo aquilo de alguém como Finn. Ela corou. Estava tendo pensamentos impróprios com Hudson... Resolveu acordá-lo logo.

Rachel virou a cabeça para o lado direito, de forma que não visse mais como Finn era bem dotado; e com os pés, começou a empurrá-lo.

- Acorda Finn. – ela disse um pouco alto. Ele resmungou. – Agora. – ela deu um pequeno chute na coxa dele.

- Caramba, Berry! Qual é o seu problema? – ele gritou, totalmente rouco. Depois de alguns de segundos, soltou um palavrão. – Pode olhar Rachel, já me cobri.

Rachel voltou o olhar para ele. Ele estava sentado, olhando-a com uma expressão assustada. Seus cabelos emaranhados davam a ele um ar de garoto que fez algo errado, e sua pele branca tinha algumas marcas, provavelmente deixadas por ela na noite anterior. Ele cobria seu pênis com as mãos. A cena seria cômica, se não fosse trágica.

- O que eu fiz, Berry?  - ele perguntou com cautela. Não tinha certeza de nada, só de que havia bebido. Sua cabeça estava doendo muito e ele sentia uma vontade insuportável de vomitar.

Rachel respirou fundo. Seria melhor se fosse direta, prática e dissesse simplesmente o que havia acontecido. Mas ao invés disso, a única coisa que ela disse foi:

- Não foi só você que fez.

Finn tentou se lembrar da noite anterior. Ele se lembrava da festa de Giorgio, lembrava-se de descobrirem a identidade do homem misterioso, lembrava-se de Rachel e ele na varanda, estudando Gian Belssario entre uma cerveja e outra. Depois ele fizera drinks, os dois beberam, jogaram o trabalho de lado e... Ops.

- Me diz que você não é daquelas que se apaixonam depois do sexo, Berry. – Finn disse, simplesmente.

Rachel o olhou, encabulada e ao mesmo tempo ofendida.

- Não, não sou. E mesmo que eu fosse, pode ter certeza de que não me apaixonaria por você.

Finn se levantou, e depois esticou todo o corpo, se espreguiçando. Consequentemente tirou as mãos da “área proibida”.

- Finn! – Rachel gritou, virando-se de costas. Como ele tinha coragem de andar totalmente nu sabendo que ela estava lá?

Ele riu.

- Que foi? Pelo que eu sei você já viu isso ontem. Não só viu, né... – Finn deixou a frase em aberto. Ele estava tão apavorado com a situação quanto Rachel, mas seu orgulho o impedia de demonstrar. E além disso, ele não poderia mudar a situação, não é? Então, que se divertisse com ela.

- Finn, chega! – ela falou, com firmeza. – Presta atenção: Esquece o que aconteceu ontem, de verdade. Foi só um impulso somado à bebedeira, certo?

- Certo. – Finn disse, um pouco rude. – Mas não vou esquecer Berry.

Rachel o olhou. Finn estaria insinuando que significara algo para ele?

- Não vou esquecer porque nem me lembro. E mesmo que me lembrasse, Rachel, não significou nada.

Ela sentiu uma pontada de desapontamento dentro de si, bem no fundo. Não gostava de Finn e sabia disso, mas era uma mulher, afinal de contas. Racionalmente, ela sabia que não havia significado nada para Finn. Emocionalmente, ela desejava que o fato de terem feito sexo mudasse as coisas entre eles. Não desejava amor, longe disso. Mas desejava compreensão, e até mesmo um pouco de carinho, já que haviam compartilhado algo tão íntimo.

Finn notou a expressão ferida de Rachel. Ela tentava controlá-la e mostrar-se forte, mas de alguma forma ele sabia que ela havia se ofendido. A razão para tanto drama ele não entendia.

- Qual é, Rachel? Estava esperando que eu me declarasse para você e te pedisse em namoro? Isso aqui não é o ensino médio. Além disso, é como você mesma disse: Foi só um impulso porque bebemos demais.

Rachel o olhou como se ele fosse burro ou algo do tipo. Ele ainda não entendia o porquê de tudo aquilo. Então, subitamente, a expressão ferida dela desapareceu. Em seu lugar, um sorriso. Um grande sorriso falso.

- É. Só um impulso, como eu disse antes. Não vai se repetir. – ela disse rapidamente, mantendo o sorriso falso no rosto.

Finn a olhou. Conhecia aquele sorriso. Conhecia aquela expressão. Ally era uma ótima praticante de expressões e silêncio ao invés de discutir relação. O brilho nos olhos dele subitamente desapareceu, ao lembrar-se do nome dela. Sentia tanto sua falta...

- Só pra deixar claro, Rachel: Ainda não gosto de você. – Finn disse. Precisava esclarecer as coisas. Ele nunca amaria Rachel, porque nunca amaria ninguém como havia amado Ally. Não queria ver aquela expressão ferida e iludida nos olhos de Rachel pelo resto do tempo que teriam que passar juntos. - Você ainda é a mesma garota mimada e egoísta que sempre foi, com a diferença de que ontem a noite te vi sem as roupas.

Rachel o olhou com a boca aberta. Porque ele estava sendo tão grosso? Não havia motivos. Eles se odiavam, tudo bem, mas haviam transado na noite anterior. Será que ele não entendia o quanto era humilhante o olhar sabendo disso? Para completar, ele ainda agia daquela forma.

- Ah. – ele disse, a tirando de seus pensamentos. – Toma isso aqui.

Finn estendeu o vestido que Rachel usava na noite anterior. Estava rasgado e molhado. Ela o puxou para si, irritada.

- E isso aqui. – ele completou, a entregando sua calcinha com um sorriso cínico, e entrando na casa logo depois.

De repente, a mágoa de Rachel foi substituída por uma raiva inédita. Quem Finn pensava ser para humilhá-la? O ódio que sentia dele antes foi multiplicado.

- Que bom que não se importa, Finn – ela disse para si mesma. – Porque isso nunca vai acontecer de novo.

Rachel virou-se, e foi na direção oposta da dele, batendo os pés. Iria aproveitar a praia, porque ficar na mesma casa que o nojento do Hudson estava fora de cogitação.


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Notas finais do capítulo

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