Blessed With A Curse escrita por Mari Bonaldo, WaalPomps


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Hoje vão dois capítulos para compensar o tempo que fiquei sem postar! Já aviso: vou postar com menos frequencia, porque entrei na Unesp e faculdade pública é corridaaaaaaaaaaaço!
MUITO obrigada pela recomendação linda rfgleek, adorei, adorei, adorei amor e dedico esse cap a você *-* e as outras, muito obrigada pelas reviews. Boa leitura! s2



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Rachel olhou para Finn, que parecia muito entretido trocando mensagens com – ela tinha quase certeza – alguma de suas vítimas. Ela cruzou os braços. Seria muito complicado fingir um casamento feliz se o imprestável não parasse de dar em cima de todo rabo de saia que passasse em sua frente.

No avião ele dera em cima da aeromoça e logo depois soltara aquele comentário definitivamente infeliz. Depois usara de seu sorriso sensual – não que Rachel achasse isso – com uma garota de no máximo 20 anos, que logo passou seu telefone para ele. E agora que estavam no táxi, com o motorista logo à frente, ele ficava mandando mensagens de texto provavelmente pervertidas para alguma garota. Ele era péssimo em adotar uma nova identidade.

- Liam. – ela disse, com frieza.

Ele demorou um pouco para olhá-la. Ia levar algum tempo para que se adaptasse à nova identidade.

- Charlotte. – respondeu.

- Que tal você deixar de lado esse celular e me dar um pouco de atenção? – ela fez bico, no melhor estilo mulherzinha–desocupada–ciumenta-mimada. Finn revirou os olhos, e se aproximou de Rachel, passando um braço por seu ombro.

- Não faça esse bico, querida. Você sabe que eu não resisto. – ele deu um beijo em sua testa. O motorista olhava tudo através do retrovisor, tentando conter um sorriso. Ele nunca admitiria, mas era um homem romântico. Havia até mesmo chorado quando assistira Diário de Uma Paixão pela primeira vez.

Rachel fingiu que dava um beijo na orelha de Finn e aproveitou a situação para sussurrar: “Se você continuar agindo dessa forma, vai jogar nosso disfarce no lixo”.

Ele sorriu sarcasticamente.

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Quando o táxi parou, Rachel se deixou deslumbrar pelo que via. Haviam estacionado em frente a uma casa de madeira e vidro, com verde pelos lados e o lindo mar da Itália bem à frente. Ela podia ver, através do vidro, o que parecia ser uma biblioteca. A casa, apesar de ter dois andares, era pequena e parecia extremamente aconchegante. Ah, como ela gostaria de ficar naquela casa sem estar dentro de uma operação secreta!

Ela olhou para Finn, que parecia estar tão deslumbrado quanto ela – levando em consideração que Hudson dificilmente demonstrava emoções que não fossem sarcasmo e ironia. Ele pagou ao taxista, e pegou suas malas, sem nem ao menos se dar ao trabalho de ajudar Rachel com as dela. Apesar de levarem poucas coisas na mala – conforme as necessidades surgissem, comprariam na Itália mesmo – eles levavam todo o material que a CIA e a SIE haviam separado sobre Giorgio Triolli, que incluía fotografias, documentos, informações pessoais, etc.

- Quanto cavalheirismo, Hudson! – disse Rachel, irônica.

- Olha só, a princesinha sabe ser irônica! – ele sorriu friamente, antes de colocar a senha que permitiria que entrassem na casa. O sistema de segurança do lugar era impecável, já que operações secretas podiam trazer problemas sérios para seus envolvidos.

A porta se abriu e eles entraram na casa. Tudo era minimalista, moderno e o ambiente era limpo. A casa tinha uma espaçosa sala de estar que servia como sala de jantar também, uma cozinha, um banheiro com hidromassagem, dois quartos e um escritório que abrigava dezenas de livros. Na varanda havia duas redes. A casa era iluminada, já que a maioria das paredes externas eram de vidro, e se eles sentissem calor poderiam abri-las, deixando a casa totalmente aberta. Tudo na casa era integrado com a natureza, e Rachel amava aquilo. Seria difícil se concentrar no trabalho com toda aquela maravilha a seu dispor.

- Você fica deslumbrada tão fácil! – Finn zombou de Rachel.

- Antes ficar deslumbrada facilmente do que criticar tudo e todos porque só dessa forma eu me sinto alguém de verdade. – ela sorriu e passou por ele quando terminou de falar, subindo as escadas.

Ele ficou alguns segundos, parado, tentando assimilar que Rachel Berry podia ser um poço de delicadeza quando queria.

- Antes ser dessa forma do que me achar tão mais madura e especial do que o resto do mundo! – ele disse de forma rude, subindo atrás dela.

Ela entrou em um quarto espaçoso, todo branco, que tinha um banheiro acoplado. (N/A: Sim, uma suíte). Suspirando, ela encaminhou-se na direção dele, que estava parado na porta do quarto.

- Você não me conhece, Hudson. Fique com as suas opiniões mesquinhas, eu realmente não me importo com o que você pensa de mim. Agora, por favor, você ta invadindo o meu espaço pessoal. Saia do meu quarto. – ela disse tudo tranquilamente, com os braços cruzados e o corpo apoiado no batente da porta.

Ele saiu do quarto, mal humorado. Após um banho de 30 minutos, estava sorrindo novamente. Se Rachel Berry era mesmo tão madura e tinha o controle de tudo, ela com certeza conseguiria se controlar se ele brincasse com seu auto controle um pouquinho, não?

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Rachel entrou na cozinha, carregada de compras. A dispensa e geladeira da casa estavam vazias, então ela fora para um mercado a céu aberto. Rachel amava cozinhar, mas não teve muitas oportunidades para isso nos últimos tempos. Quando fora ao mercado, redescobrira o prazer do contato com os alimentos. Tudo era fresco, da época, e nada era importado. Tudo era mais colorido, bonito e cheiroso, e ela estava louca para testar a receita de Papardelle à norma que a dona da banca de queijos havia ensinado a ela.  (N/A: Gente, eu AMO a Itália e amo culinária, portanto vão ter várias cenas que terão a culinária e o cenário maravilhoso da Itália envolvidos).

Ela guardava as coisas tranquilamente, cantarolando baixo. Ao virar-se para o balcão, para pegar o resto das compras, deu de cara com um Finn Hudson suado e com a respiração irregular entrando pela porta. Ele vestia uma camiseta branca, agora toda molhada, e uma calça de corrida. Aparentemente, ele fora dar uma corrida na praia.

- Oi, Berry. – ele disse, abrindo a geladeira e buscando um pouco de água gelada.

- Hudson. – ela retribuiu o cumprimento, com frieza, e continuou guardando as compras enquanto ele satisfazia sua sede.

- Merda, derramei água. – ele disse.

- Seu vocabulário é totalme... – ela parou de falar, quando o olhou.

Finn estava tirando a camiseta, e a cena toda passava em câmera lenta ao olhar de Rachel. Ela viu, com um prazer proibido, o abdômen definido dele se expondo, depois seus braços fortes, suas costas largas, e uma cicatriz em seu peitoral perfeito. Ela suspirou, não podendo se conter. (N/A: Sei que o corpo do Finn não é muito definido gente, mas na fic ele é um espião, então seria meio estranho se o corpo dele fosse normalzinho, levando em consideração que espiões têm todo um treinamento e tal.)

- Vou tomar um banho. – ele disse, e se virou para sair da cozinha.

Ela observou ele partindo, suas costas largas brilhando por causa do suor. Ela pode ver uma tatuagem que começava em um ombro e terminava no outro. O desenho era de duas asas de anjo negras, meio góticas, com uma frase que ela não conseguiu distinguir, entre elas.

Finn subiu para o banheiro, sorrindo. Era óbvio que Rachel havia se sentido afetada pela visão do seu corpo semi-nu. Ele tirou a calça e entrou no box, deixando a porta do banheiro aberta. Se ele tivesse que jogar sujo para vê-la descendo do salto, ele jogaria.

Rachel subiu as escadas. Tomaria um banho, e depois faria o jantar. Quando entrou no seu quarto, ela começou a tirar a roupa. A hidromassagem ficava dentro de seu banheiro, e tudo o que ela precisava era disso para tirar a imagem do corpo de Finn de sua mente. Ficando apensar de lingerie, ela entrou no banheiro para ligar a hidromassagem.

Então ela viu Finn dentro do box, de costas para ela, esfregando o corpo com seu sabonete. Ela gritou, virando-se de costas logo em seguida.

- Hey, Rach. – ele disse com ironia.

- O que você ta fazendo aqui? – a voz dela saiu um pouco esganiçada, a frustrando. Não queria que ele pensasse que a deixara afetada, apesar de essa ser a verdade.

Ela ouviu o chuveiro sendo desligado, e o box sendo aberto.

- Meu chuveiro queimou. – ele disse, simplesmente. – Pega uma toalha pra mim?

Ela pegou uma toalha branca e felpuda, e se virou para entregar pra ele; colocando a toalha na frente do membro de Finn, propositalmente tampando seu campo de visão. Ele enrolou a toalha na cintura, e a olhou de cima à baixo. Ela sentiu ímpeto de tampar seu corpo, lembrando-se subitamente que só vestia roupa de baixo, mas não o fez. Não queria passar a impressão de vulnerabilidade.

- Gostei da calcinha. – ele disse, e saiu do quarto rindo. Rachel o seguiu. Tinha entendido o jogo dele e não estava disposta a perder.

- Escuta, Hudson, eu sei o que você ta tentando fazer. – ela disse, rudemente. – Não vai funcionar. Eu não perco meu controle fácil como você.

Ele parou no corredor e a olhou. O corpo dela tinha proporções perfeitas, e se ela não fosse Rachel Berry com certeza já estaria sem aquela calcinha preta provocante.

- Quem disse que eu perdi meu controle?

- Ele. – ela apontou para a ereção de Finn, um pouco visível sob a toalha.

Ele suspirou, frustrado. Sua mente podia odiar Rachel, mas seu corpo a desejava e acabava de tê-lo traído.

Rachel se aproximou de Finn, rebolando enquanto andava, propositalmente.

- Não comece um jogo que não pode ganhar, Finn. – a voz dela era baixa e provocante.

Ele limitou-se a dar seu típico sorriso sarcástico e se afastar dela.

- Veremos se não posso ganhar.

Ela deu uma risada rouca, totalmente sexy na opinião dele, que foi para seu quarto. Precisava recuperar o auto controle. Não estava disposto a entregar o jogo tão fácil assim.

Rachel voltou para seu quarto, terminando de se despir e enchendo a hidromassagem. Se ele gostava de jogar sujo, era importante que soubesse que ela podia fazê-lo também. A partir de hoje, ela se dedicaria a atormentar os sonhos mais secretos de Finn, até que o deixasse implorando para tê-la.


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