Blessed With A Curse escrita por Mari Bonaldo, WaalPomps


Capítulo 34
Capítulo 34


Notas iniciais do capítulo

NOTA DA MARI LINDA E DIVA:
Gente, gente, gente... Que prazer ver a repercussão de Blessed, pela segunda vez *-* Quando decidi reposta-la não imaginei que voltaria a fazer tanto sucesso quanto fez da primeira vez, mas sim, voltou! Eu só queria dizer que eu me considero muito sortuda por ter vocês como leitores, que cada review e recomendação me faz sentir muito, muito bem, e que me sinto feliz por vocês gostarem tanto da história que senti tanto prazer em escrever! A Blessed está na reta final e eu espero que ela não decepcione vocês. Muito obrigada pelo carinho de vocês, beijos ♥



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- Você tem que parar de roubar as minhas roupas. – disse Finn, ao sair do banheiro, enxugando os cabelos molhados com uma toalha branca.

Rachel estava sentada na cama, com fotos espalhadas ao redor dela, usando a camiseta cinza que Finn vestira mais cedo naquele mesmo dia. Os cabelos dela ainda estavam molhados do banho – feat sexo – que tomara com Finn momentos antes.

Ela levantou a cabeça, assustada com a repentina presença dele. Finn sorriu, mostrando as covinhas adoráveis e ela não pôde evitar sorrir também. Ele deixou a toalha no sofá e depois subiu na cama, engatinhando para perto dela.

- As suas roupas são confortáveis. – Rachel deu de ombros, e Finn observou como sua camisa chegava até as coxas dela e cobria seus braços até os cotovelos.

Ele afastou o cabelo molhado do pescoço de Rachel e depositou um pequeno beijo ali, sentindo a fragrância do sabonete simples misturar-se ao cheiro dela. Ele achava que era um aroma maravilhoso. Finn sentou-se ao lado da morena, percebendo as fotos que ela observava atentamente. Franziu o cenho. Eram as fotos que os dois haviam pegado na casa de Giorgio dias antes.

- Por que está vendo isso?

Rachel o olhou, com a boca retorcida.

- Os homens que nos perseguiram hoje procuravam por isso. Tem algo aqui que eles não querem que seja descoberto. E é por isso que nós dois temos que descobrir o que é.

Finn assentiu, a contragosto. Uma parte dele esperava que os dois passassem o resto da tarde e da noite abraçados na cama, deixando o resto do mundo para trás e aproveitando a presença um do outro. Ele tinha plena noção que era um raciocínio adolescente, mas sentira tanta falta daquilo e não queria desperdiçar nem mais um minuto ao lado de Rachel. Além do mais, as coisas nunca estavam assim tão tranqüilas para os dois, e ele tinha medo que no dia seguinte tudo voltasse a ser como antes.

Mas ele sabia que Rachel tinha razão, e apesar de tudo o que havia acontecido entre os dois, eles estavam ali com um objetivo. Desmascarar Giorgio Triolli. Por isso Finn tirou o seu olhar do rosto da morena e deu atenção às fotos espalhadas pela cama. Em todas elas havia um homem estranho, mas não totalmente desconhecido de Finn. A sua imagem lhe era familiar. Ele sentia que, se forçasse a mente, conseguiria lembrar-se de sua identidade.

Havia cinco fotos ali. A primeira delas mostrava o homem bem vestido na inauguração do que parecia ser um hospital. A segunda foto mostrava o mesmo homem, porém dessa vez ele acompanhava um garoto muito pálido, em um parque ou local aberto. Na terceira foto, o homem aparecia sorrindo em frente à um barco, que estava na água, preso à margem por uma corda. Na quarta foto o homem não aparecia. A quarta foto consistia basicamente na imagem de um prédio de dois andares, cinza, cheio de janelas. Na quinta foto, o homem aparecia ao lado de Giorgio, usando um boné e óculos escuros.

- Quem é ele? – Finn perguntou, referindo-se ao homem não tão desconhecido das fotos.

- É Antonio Armano. – ela respondeu, alongando os braços para cima. – Antonio acusou Giorgio de roubar informações sobre a AIDS de seu laboratório, e foi desse jeito que Giorgio foi descoberto e condenado à prisão.

Finn lembrava-se agora. Por dias, o principal assunto na televisão foram as acusações de Armano, contra o novo “deus” da ciência, Giorgio Triolli. Sua imagem altiva, saindo do tribunal no dia em que Triolli havia sido condenado havia rodado em diversas reportagens de canais diferentes, várias e várias vezes.

- Será que foi Armano que escondeu aquelas imagens? – perguntou Finn, olhando para Rachel, que roia as unhas com um olhar distante no rosto.

Ela balançou a cabeça negativamente.

- Não faz sentido. A casa estava no nome de Giorgio.

Finn concordou.

- Há muita coisa que não faz sentido nessa história. – ele disse com a voz um pouco tensa.

- Do que você está falando?

Ele se levantou da cama, e começou a caminhar de um lado à outro do quarto, com as mãos atrás das próprias costas.

- Quando Quinn e Puck invadiram o e-mail de Giorgio, a única mensagem pessoal que ainda restava em sua caixa de entrada, perdida no meio de tantas propagandas, era a da imobiliária. Aquele e-mail não estava lá por acaso. Era de seis anos atrás, e poderia ter passado despercebido à olhos desatentos. Giorgio queria que nós soubéssemos sobre sua casa secreta. Ele usou do próprio raciocínio, sabendo que, pela lógica, nós iríamos até o local indicado se descobríssemos sobre ele.

“Quando saímos de lá, fugindo dos dois comparsas, eu pensei que havia sido uma inteligente armadilha por parte dele: atrair nós dois até lá e nos matar depois. Mas então eu me lembrei das fotos e de como os dois homens estavam procurando por elas, sem saberem de nossa presença ali. Os dois não estavam lá para nos matar, ficaram tão surpresos quanto nós ao nos encontrarem. E agora, com toda essa perseguição alguns dias depois da descoberta das fotos, eu acho que Giorgio queria que elas estivessem nas nossas mãos. Eu ainda não consigo entender por quê, mas essas fotos querem dizer algo.”

Quando terminou de divagar, Finn parou. Rachel o olhava surpresa. Aquilo tudo fazia muito sentido. Exceto por um ponto.

- Por que Giorgio iria querer incriminar a si mesmo?

Finn sentou-se ao seu lado novamente, observando com atenção as fotos. À um primeiro olhar, elas não diziam nada. Mas olhando atentamente, um ponto solto podia ser pego no ar.

- Amaro e Giorgio tinham uma ligação antes de toda a confusão envolvendo o roubo de informações sigilosas ocorrer.

- Parece que Amaro não queria que essa ligação fosse descoberta. – Rachel disse, analisando a postura corporal do homem na fotografia, o semblante preocupado e a forma como ele tentava esconder a própria imagem com roupas e acessórios.

Finn assentiu.

- Nós dois sabemos que eles tinham uma ligação. Mas não sabemos qual tipo de ligação era. Porém, com exceção da foto do prédio cinza, Amaro aparece em todas as outras imagens.

Rachel se mexeu na cama, desconfortável com o rumo que o assunto estava tomando.

- Isso significa que Giorgio queria que nós dois descobríssemos sobre essa ligação.

- Ele não está tentando incriminar a si mesmo com as fotos, Rach. Essas fotos colocam Amaro em foco. – concluiu Finn.

Ela mordeu os próprios lábios. Desde o começo, Finn e Rachel haviam investigado o que Giorgio fazia com sua vida nos dias de hoje, sendo o homem livre que era. Mas talvez a chave para todo o problema estivesse em seu passado. Precisamente em sua relação com Amaro.

- Nós dois precisamos de uma pesquisa detalhada sobre Antonio Amaro. – Rachel disse. – Se ele tiver alguma coisa a ver com as acusações anônimas sobre os supostos planos de Giorgio, significaria que nós dois estivemos na pista errada esse tempo todo. E que as coisas são bem piores do que imaginamos.

- E se Giorgio estiver tentando tirar o foco de si mesmo e lança-lo para Amaro só para manter-nos distraídos do que realmente precisamos nos preocupar? – Finn questionou.

- Então porque toda aquela perseguição em razão dessas fotos?

Finn deu de ombros. A operação nunca esteve tão confusa como naquele momento. Ele olhou para o relógio. 20:00 p.m. Como o tempo havia passado tão rapidamente?

- Eu não sei te explicar. Mas honestamente, eu acho que nós dois deveríamos nos preocupar com isso amanhã. – ele se inclinou sobre o corpo de Rachel, dando um leve beijo nos lábios entreabertos em protesto da morena. – Eu vou colocar um casaco e descer até a recepção. Então vou ligar para algum restaurante que entregue no fim do mundo. Você fica aqui, guardando essas fotos e me esperando pra nós dois vermos um filme, ou seja lá o que pegue nessa televisão pré-histórica. – Os dois riram um pouco, e ele beijou a boca de Rachel mais uma vez. – Eu já volto.

Finn saiu de cima do corpo dela, procurando o casaco pelo quarto pequeno e o vestindo com um pouco de incomodo, já que estava sem camisa. Deu uma última olhada em Rachel, antes de deixar o local, fechando a porta suavemente.

Rachel levantou-se da cama também, pegando nas mãos as fotos espalhadas pela colcha simples e as juntando em um pequeno monte. Ela varreu os olhos pelo quarto, procurando a sua bolsa, onde poderia guarda-las com certa segurança. A encontrou jogada perto do armário pequeno, ao lado das sacolas com compras que estavam na carreta da caminhonete na hora da fuga. Ela andou até elas e abaixou-se ao lado de sua bolsa, guardando as fotos e depois levando as sacolas até a cama. De dentro de uma delas, puxou um pequeno macacão amarelo, de lã, simples. Tocou-o com cuidado, sorrindo ao imaginar seu filho ali dentro em alguns meses. Depois o dobrou, e quando estava pronta para guardá-lo, ouviu o toque de seu celular.

Rachel se levantou da cama e correu até a bolsa novamente, pegando o celular com afobação.

- Alô?

- Graças a Deus! Onde você e o Finn estão? – disse uma Santana parecendo muito nervosa.

- Nós dois estamos em um motel. Tanta coisa aconteceu! Acho que podemos passar aí pela manhã, já que precisamos pegar algumas coisas, e então eu te conto detalhadamente.

- Esquece Berry! Eu levo as coisas para você e o Finn, vocês não podem sair daí em hipótese alguma!

- O que você-

- Já viu o noticiário local hoje? – cortou a latina, impaciente.

Rachel correu até a pequena mesinha com a televisão “pré-histórica”, apertando o botão que indicava funcionamento. Depois de certa demora, a televisão se iluminou, revelando uma repórter bem vestida.

“Os suspeitos fugiram do local em uma caminhonete preta, alugada. Qualquer informação sobre o casal que participou de um confronto armado no meio da Villa de Lê Mimose hoje pela manhã, deve ser levada diretamente à policia local. Mostraremos novamente a imagem dos suspeitos”.

De repente, uma foto de Finn e Rachel dentro da caminhonete, no momento em que ele atirava pela janela foi mostrada em toda a tela. Rachel sentiu o sangue gelar.

Eles estavam ferrados.

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Rachel sentiu o braço de Finn passando por sua cintura, enquanto o seu corpo quente se aproximava ainda mais ao dela.

- Está acordada ainda, babe? – ele perguntou com a voz rouca de quem havia acabo de despertar do sono, o seu hálito quente atingindo o pescoço desnudo de Rachel.

Os dois estavam deitados lado a lado, com Rachel encaixada nos braços de Finn. A escuridão impregnava o quarto de motel. Eram 02:00 da manhã, e ao contrário de Finn, Rachel não conseguira pregar os olhos nem por um minuto. Tudo lhe parecia tão injusto agora.

- Eu não consigo fechar os olhos, pensando na confusão que nós fomos nos meter agora. Justo agora.

Finn não pôde deixar de sorrir com o tom impaciente na voz dela. Ele entendia do que Rachel estava falando: Eles estavam tão próximos de descobrir o que estava acontecendo, e estariam presos àquele quarto de motel até que tudo se resolvesse.

- Eu sei que é difícil, mas nós dois vamos dar um jeito. - Finn acariciou a cintura dela com o polegar.  

- Eu espero.

O local mergulhou no silêncio depois disso. Rachel não sabia se Finn estava acordado, e ele aproveitava o prazer de desfrutar daquele momento de união. A simples presença de Rachel ali, deitada ao lado de Finn no meio da madrugada, era um momento muito mais íntimo do que o sexo que os dois haviam compartilhado mais cedo. Significava carinho, afeto e tranqüilidade. Intimidade, em resumo.

- Eu tenho medo de que quando eu acordar, tudo isso não tenha passado de um sonho. – ele disse, meio grogue pelo sono, fazendo Rachel virar-se para ele.

- Do que você está falando? – ela franziu as sobrancelhas, colocando uma de suas mãos no quadril de Finn.

- Estou falando de nós dois. Tudo está bem agora, de uma hora para outra: eu tenho você do meu lado, e você tem o nosso filho dentro de você. Tudo isso aconteceu de repente, e veio tão fácil que... Eu não sei, só tenho medo de que vá fácil também. Eu não quero perder isso mais uma vez. – Finn dizia tudo com a voz um pouco enrolada, tomado pelo sono. Mas ainda assim, cada uma daquelas palavras eram sinceras e destemidas.

E Rachel, ao seu lado, sentiu a preocupação se esvaindo lentamente. Ela amava Finn, amava tanto que chegava a sentir-se uma idiota por fazê-lo. Mas era em momentos como aquele que Rachel sentia que ama-lo não era o erro que ela imaginava ser. Ela sentia que estava fazendo a coisa certa, deixando as preocupações para trás e se entregando ao momento.

- Você não vai perder isso. Eu não posso ir pra lugar algum. Sou uma fugitiva procurada pela policia, lembra? – ela riu, dizendo as palavras em uma voz baixa. Ele deu um sorriso, mostrando as covinhas adoráveis nas bochechas.

Os olhos whisky de Finn se fechavam a todo momento, e a sua respiração ficava cada vez mais tranqüila. Rachel colocou uma das mãos em seu rosto, fazendo um carinho leve no rosto com a barba por fazer.

- Dorme Finn. Eu vou estar bem aqui quando você acordar.

Ele sorriu novamente. Rachel achava que era amável o jeito como ele sorria a todo o momento quando estava sonolento.

- É bom saber disso, babe. Eu não sei o que faria se você não estivesse.

Dito isso, Finn fechou os olhos, com a sua mão ainda na cintura de Rachel.

Ela, por sua vez, o encarava com o coração batendo tão forte que Rachel podia senti-lo em suas têmporas.

Será que aquele homem tinha a mínima ideia das sensações que ele lhe causava ao dizer aquelas coisas? 


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Notas finais do capítulo

NOTA DA WAAL MAIS LINDA AINDA:
TO LIGADA QUE DEMOREI. Mas eu queria por uma notinha da Mari para vocês, e ela tava meio na correria. DESCULPA AI SOCIEDADE.
Bom, estamos quaaaaase nos finalmentes e tal, então espero muito reviews lindos (e poha, 9 recomendações? É recomendação pra carai).
Beeeeeeeijos e PAREM DE ME CHANTAGEAR VIA TWITTER U.U