O Senhor do tempo escrita por Letícia Barbosa


Capítulo 2
Catalizadores




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Eu nunca fui um cara muito competitivo, acho esse tipo de coisa desnecessária e sempre abominei a incitação disso. Principalmente se uma professora de primário for à catalizadora.

Acho que eu tinha por volta de uns 5 anos de idade quando toda essa confusão aconteceu, minha mãe... Coitada, rezava todos os dias para que a herança de família não chegasse a mim. Mas entre todos esses anos e viagens, nunca me deparei com Deus.

Na escola tinha dado a hora do intervalo e obviamente fui me juntar as outras crianças para brincar; foi quando a minha professora nos reuniu a nos propôs um novo jogo – queimado -. Todos nós ficamos super empolgados com a ideia, nos separamos em 2 times de 4 pessoas e começamos a jogar.

Tudo estava indo bem até uma menina do outro time começar a chorar, pois não conseguira atingir ninguém com a bola – até hoje sinto uma puta raiva dessa garota – A professora muito prestativa foi auxiliar a menina, ela pôs a mão por cima da mão da pirralha, mirou e jogou a bola. O problema foi que elas miraram em mim, e eu não estava preparado.

O susto despertou em mim um efeito chamado Jump coisa muito comum para nós que somos ölüm – o que aconteceu foi que esse susto ativou a minha habilidade de desaceleração do tempo, nesse dia consegui formar uma bolha de atemporalidade que chegava ao raio de 40 metros -. O que obviamente não era para acontecer, não com aquela idade.

E foi simples assim, senti um impacto imediato no peito... Minha audição falhou e tudo que eu conseguia ouvir enquanto caia no chão era um zumbido ensurdecedor.
Olhei para cima e vi que o vento que beijava as árvores já não existia.
Cair, cair, estranho, minha queda parecia ter se tornado a eternidade, não senti o impacto do chão nas minhas costas nem em minha cabeça.
Senti alguém me segurar, rápido como a luz, e forte como um raio.

O raio era um homem, e enquanto eu percebia que a minha queda estava demasiada longa, o tal homem parecia se mover além da velocidade normal. A prova de que eu não estava louco foi que quando ele me, pois em suas costas e eu pude me recompor... Num piscar de olhos eu estava em casa.

Quando eu vi a frente da minha casa comecei a me debater, chutar e chorar. Eu fiquei muito assustado, o homem simplesmente me desceu de suas costas, agarrou meu pulso e me puxou até em casa.

Lá dentro a minha mãe estava aos prantos no sofá.

– Eu senti! – Ela repetia – Não pode ser Henry! Não pode ser! –

Fui mandado para o meu quarto, e a partir dai não lembro de mais nada.

Desse momento em diante a minha vida virou uma eterna escola.



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