Psychotic Girl escrita por Sweet Lolita


Capítulo 10
Capítulo X - Determinação.


Notas iniciais do capítulo

Novo capítulo, minna! *u* Esse aqui tá melhor que o anterior, espero que gostem. Ia colocar mais coisas, mas aí ia ficar muito grande @_@
Agradecimentos: Obrigada por comentarem o capítulo VIII Dark Lady, Pottherhead e Otaku (Otaku), Srta Vengeance, Pekenáà, Miki HA e Hufflepuff Pride.
Agradecimentos²: Obrigada por comentarem o capítulo anterior Pekenáà, alice, Potterhead e Otaku (Otaku, Srta Vengeance e
Naty The Psicotic Killer.



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O traficante disparou mais uma última vez num policial antes de esconder-se atrás do tronco de uma árvore para recarregar sua espingarda de pressão 5.5 com luneta. Em seguida, saiu de trás do tronco da árvore e se deitou no chão, procurava uma mira certeira quando uma lâmina cortou sua nuca - uma espada katana masamune. Assim, o traficante foi morto e Sophie pôde voltar para o alto das árvores. 

 O que acontecia era um confronto entre a polícia e traficantes, Sophie e Jeff haviam combinado de interferirem e matarem os traficantes, porém, Jeff não havia aparecido ainda. A garota saltou de árvore em árvore até encontrar outro traficante escondido atrás dos troncos. Calculou o ângulo e mirou no centro da cabeça, após isso, deu um passo a frente, descendo da árvore e caindo sobre o homem. A espada havia atravessado seu crânio. E a garota olhou ao redor mais uma vez.

 O cenário era simples, uma serra que ficava logo ao lado de uma linha de metrô e em meio a mata, havia uma casa abandonada, que era a sede dos criminosos. 

 Sem nem um pouco de cautela ou preocupação, Sophie caminhou na escuridão da mata até a ladeira próxima a linha de metrô que passava próxima ali. Deixou sua espada de lado e abaixou-se, pegando o celular e verificando sua caixa de mensagens. "Estarei aí em breve [número privado] - 20:19", a garota suspirou ao verificar as horas no celular, já eram quase nove horas e nada de Jeff.   

   - Desgraçado, só falta esse preguiçoso me deixar para matar todos esses traficantes sozinha e em meio a um confronto com a polícia. - resmungou - Francamente... Ele deve tá cagando, só pode.

 Houve um ruído logo atrás da garota, o que lhe despertou a atenção. Parecia um confronto mano-a-mano. Ela olhou para trás e viu Jeff com o braço em volta do pescoço de um homem, sufocando-o até que largasse sua arma. Em seguida, o assassino o arrastou até a ladeira e o jogou na linha de metrô no momento em que um transporte estava se aproximando. O homem foi atropelado. 

   - Deveria prestar mais atenção, quase que levou um golpe na cabeça. - disse Jeff.

   - E você deveria ter chegado mais cedo. - rebateu - Está atrasado.

   - Foi mal. - murmurou.

   - Foi péssimo. - Sophie rosnou.

 Os dois ficaram se encarando por um longo minuto e assim Jeff pôde examiná-la. Sophie usava um vestido preto curto e de alças, com uma meia-calça preta que ia até o meio das coxas e uma bota preta de salto e cano alto. O assassino ficou levemente corado, até perceber que Sophie estava o estranhando, assim, balanço a cabeça e se recompôs, ficando sério novamente.

   - Deveria usar roupas mais apropriadas para essas ocasiões, estamos matando e não indo a uma boate. - falou Jeff.

 Sophie levantou a espada, colocando-a diante do rosto de Jeff.

   - O que eu uso ou deixei de usar, não diz respeito a você. - respondeu - Vamos logo, quero ir pra casa.

 Jeff revirou os olhos. A garota foi andando na frente, voltando a mata, pouco depois estava sendo acompanhada por seu cúmplice. O rapaz retirou duas facas do bolso do moletom branco e desapareceu em meio a noite. Sophie fez o mesmo, preparou sua espada e adentrou a escuridão, subindo nas árvores e procurando os traficantes, para ela, era mais vantajoso olhar sobre a copa das árvores. Localizando outro criminoso, a garota pula de galho em falho até que possa saltar das árvores e decapitá-lo. Mas por um desequilíbrio, em vez de decapitá-lo, apenas atravessa seu pescoço e ao retirar a espada, uma grande quantidade de sangue é jorrado, não houve nem tempo para o homem gritar ou gemer de dor. Outros dois traficantes, seus companheiros, estavam próximos, dando cobertura ao que acabara de ser morto e se assustam com a cena. Um deles segura a arma com firmeza e mira na garota, com suas mãos trêmulas, não encontra forças para puxar o gatilho. E numa velocidade feroz, a garota corre como um felino em direção ao homem e atravessa a espada em seu peito, atingindo a aorta e por consequência, causando uma hemorragia. O homem deixa com que sua arma caia e logo em seguida desaba, de joelhos. O outro que estava logo atrás, grita de pavor e corre com sua pistola em punho. Sophie, com sua mesma expressão indiferente, corre atrás do homem. Em alguns poucos momentos de coragem, ele olhar para trás e atira, sempre errando a pontaria. Sophie salta, jogando-se contra uma árvore e com um chute pega impulso para outra e se agarra a um galho. O homem a perde de vista e continua a correr, mais apavorado do que nunca. Inesperadamente, a garota ressurge quase que voando e chuta a cabeça do homem, o mesmo rola por um declínio entre as árvores e para ao chegar num terreno plano. Calmamente, com um olhar frio e penetrante, a garota caminha em direção ao criminoso e fica de pé diante dele. Pronto para atirar, é impedido quando a assassina tira a arma de suas mãos. Sem coragem para gritar, ficou apenas paralisado, a encarando com seus olhos arregalados. Um sorriso sádico surgiu nos lábios da garota, o medo do próximo lhe trazia satisfação. Sophie ajoelhou no abdômen do homem e tirou de sua meia-calça um punhal, ficou um tempo desnecessário procurando uma mira certeira no coração, apenas para ver o sofrimento do homem se espalhando. Um erro da parte dela. Pronta para fincar o punhal no centro de seu coração, o homem retira uma faca de debaixo da blusa e acerta seu abdômen. Sophie paralisa e apenas por um momento, entra em estado de choque e seus olhos se enchem de lágrimas.

   - Seu... Filho da puta! Como ousa?! - gritou em fúria.

 Então, ela volta a segurar com firmeza o punhal e o crava no peito do homem, rompendo a costela que protegia uma área do coração. Ele grita de dor e lentamente morre, enquanto sua blusa de malha verde - assim como o belo vestido preto de Sophie - se mancham de sangue. Sophie se levanta e se afasta do criminoso, indo até uma rocha próxima dali e desabando ao chão, verificou a ferida e suspirou de alívio por não ter atingido nenhum órgão. Ficou ali por alguns minutos, apenas respirando, raciocinar se tornava mais difícil à medida que perdia sangue. Então, com um pouco de esforço, ela se levanta novamente e volta ao homem, pegando sua jaqueta jeans e amarrando com força em volta do abdômen, apenas um "curativo" improvisado. A garota pega de volta seu punhal e sua espada e sobe o declínio, ela estava imaginando que Jeff já teria matado vários durante esse tempo e que para acabar com isso de uma vez e poder voltar para casa, teria que matar logo o "chefão". Sophie caminhou até encontrar a sede no alto da serra, onde ela acreditava estar o cara que ela procurava. Havia um morro bem alto e sobre esse morro estava a casa, mas abaixo do morro já havia homens armados, protegendo-o. A garota respirou fundo e então correu direto para cima dos homens, sem se preocupar em ser vista. O primeiro havia sido atacado por trás, com a espada atravessada no estômago. Sophie não ficou para ver o homem tossir sangue e morrer dolorosamente, já partiu para outro que estava ali, também de costas e cortou sua nuca. Foi quando os homens perceberam a presença da assassina. Um homem, armado com uma faca, saltou de uma árvore em direção a Sophie, mas ela havia notado e então, num movimento rápido, se virou para ele e atravessou a espada em seu corpo, atingindo inicialmente a virilha. Outro que estava armado com uma pistola, correu em direção a garota para atacá-la, ao se aproximar dela, levantou sua arma para disparar em sua cabeça, porém, Sophie agarrou seu pulso e o quebrou. O criminoso saltou sobre ela e ambos rolaram por uma colina, os outros homens esconderam-se por alguns segundos até que, por curiosidade, se aproximaram do declínio onde um de seus companheiros havia caído junto da assassina. Um deles, armado com uma metralhadora de pressão, desceu a colina para ir atrás do companheiro.

   - Hei, venham! – o homem gritou.

 Assim, seus companheiros o acompanharam até o declínio quando ouviram um gemido de dor. Ficaram atentos e inquietos por um momento, ligando lanternas logo em seguida, a procura da assassina. Um deles tremia com a lanterna em mãos e passava rapidamente a luz entre as árvores, até encontrar uma silhueta. Virou a lanterna novamente na direção em que havia visto tal silhueta, iluminando a garota, agora, armada com a metralhadora de pressão. Todos desviaram sua atenção para a garota, assustados, paralisaram por um momento, o suficiente para que Sophie atirasse em todos. Tentaram fugir, mas não houve tempo, todos acabaram baleados e mortos. Sophie pretendia subir o morro com a arma, quando a munição acabou. Revoltada jogou a arma no chão e pegou sua espada e seu punhal novamente. Voltando ao pé do morro, Sophie avistou aquele que guardava a casa, estava no meio da subida do morro, com um fuzil de precisão em mãos e aos seus pés, uma metralhadora mag. Sophie respirou fundo novamente e começou a correr o morro, o homem logo a avistou e usou o fuzil contra ela. Numa velocidade e agilidade desumana, Sophie desviou de cada um dos tiros até que a munição do homem acabasse. Então, ele utilizou a metralhadora e o resultado foi o mesmo, um completo fracasso, ela desviara de todos os tiros. A garota preparou sua espada e ao se aproximar dele, atravessou-a no lado direito do peito, retirou a espada e com outro golpe rápido e preciso, cortou-lhe a cabeça. Sophie parou por alguns segundos, estava ofegante e tentava recuperar o fôlego, passou o pulso sobre a testa para tirar o suor que escorria. Todo aquele tumulto havia chamado a atenção do chefe da quadrilha, ele correu por todas as janelas da casa, avistando todos os seus homens mortos e ficou surpreso ao ver que quem havia matado todos, era uma simples pré-adolescente. Quase não acreditou no que viu, mas por precaução, pegou uma bazuca e se posicionou na janela, já mirando na jovem. Sophie segurou com firmeza sua espada mais uma vez e voltou a subir o morro, desta vez, caminhando normalmente, estava exausta e não agüentaria correr. Seu rosto, sempre pálido, estava vermelho.

   - Morra sua vadia! – gritou ele.

 E assim, sem nenhuma hesitação, disparou contra ela. Sophie quase desmaiou, não conseguiu desviar do tiro, para sua sorte, Jeff estava lá perto e assim pôde correr até ela e agarrá-la, Jeff jogou-se pelo morro e o tiro acertou a mata.

   - Preste mais atenção, Sophie! – repreendeu.

 Jeff arrastou a garota até que estivessem atrás de uma rocha no pé do morro.

   - Descupe... Estou cansada... E um pouco tonta. – gemeu.

 O jovem percebeu a jaqueta no abdômen de Sophie, já não estava mais azul-jeans e sim vermelha, manchada pelo sangue da garota. Jeff retirou a jaqueta para ver o rasgo no vestido preto e a ferida que não parava de sangrar.

   - Sua idiota, lutando desse jeito com essa ferida horrível?! – gritou.

   - Desculpe... – murmurou.

   - Certo, fique aqui, eu vou cuidar dele e depois, te levo para sua casa. – falou.

   - Mas e os meus pais? – perguntou a garota – Eles vão ver isso.

   - Ah... – Jeff parou um pouco, pensativo – Diga que eu invadi seu quarto e te esfaqueei, daí eles te levam a um hospital.

 Sophie o olhou, quase sem brilho algum no olhar e assim, observou seu parceiro distanciar-se dali. Ela esperou por alguns minutos, até que resolveu levantar-se e subir o morro. Ao chegar lá, adentrou a sede dos traficantes e encontrou Jeff com a cabeça do chefe na mão.

   - Não disse para esperar lá em baixo? – repreendeu.

   - Fiquei impaciente. – respondeu Sophie.

   - Idiota, deveria ter ficado lá, eu iria buscá-la. – Jeff olhou novamente para sua ferida – Com isso, você só se esforçou e fez com que sua ferida sangrasse mais.

 Sophie deu de ombros. Logo em seguida, a garota olhou pela janela, a polícia se aproximava.

   - Jeff... – chamou.

 Jeff olhou para a janela, já compreendendo a situação. Tomou Sophie em seus braços e desapareceu na noite.

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 Jeff deixou Sophie sobre sua cama e apanhou seu pijama, em seguida, o rasgou com a faca na região onde Sophie havia sido atingida, para parecer real. Em seguida, pulou a janela e foi embora. A garota tirou o vestido, as botas e a meia-calça, vestindo rapidamente o pijama e escondendo o que usara na missão. Após isso, gritou, para simular um ataque. Seus pais acordaram assustador e correram para o quarto da filha, acendendo a luz. Ao verem a janela aberta e a quantidade de sangue que se espalhava rapidamente pela blusa de seu pijama, presumiram que havia sido Jeff. Joseph pegou Sophie e correu para o carro, sendo acompanhado por Rebecca. E assim, a família partiu rapidamente para o hospital.

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 Sophie havia perdido uma grande quantidade de sangue e a ferida havia aberto. Tiveram que costurá-la e agora a garota estava internada, sedada e recebendo sangue.

 Joseph estava no corredor, tentando acalmar Rebecca. Um amigo de Joseph havia aparecido, sabendo do ocorrido.

   - Olá Joseph, Rebecca. – cumprimentou o homem.

   - James, oi! Como vai? – cumprimentou Joseph.

   - Bem. – respondeu – Mas pelo que fiquei sabendo, as coisas não estão nada boas com vocês...

   - Pois é. – murmurou Joseph – Você não estava muito ocupado com o trabalho? Sabe, ser delegado não é nada fácil.

   - Sim, mas vim aqui assim que fiquei sabendo. – disse James – Será que posso conversar com você? Por um minuto, apenas.

   - Claro... – respondeu – Rebecca, é só um minuto, tente se acalmar.

   - Certo. – disse Rebecca.

 Joseph acompanhou James até o escritório de um médico, que havia lhe emprestado enquanto estava na pausa do café.

   - Joseph, não sabia que a situação estava tão ruim assim, você devia ter me contado! – repreendeu – Aí eu colocaria reforços na sua casa.

   - Não se preocupe tanto, James, é apenas mais um caso, não há nada de especial. – falou Joseph, na intenção de acalmar seu amigo.

   - Sua filha podia ter morrido. – lembrou.

   - Eu sei, eu sei. – disse.

   - Olha, Joseph, somos amigos desde a faculdade, não precisa hesitar em falar comigo se precisar de algo. – falou James.

   - Olha, por que se preocupa tanto em proteger minha família de Jeff? Principalmente minha filha? – perguntou Joseph.

 James parou por um momento, olhou ao redor pensando em como dizer a ele.

   - Olhe essa foto. – disse James.

 Em seguida, retirou do casaco a foto de uma garota linda e sorridente, longos cabelos castanhos brilhantes e a pele levemente bronzeada.

   - É uma menina muito bonita, o que ela tem a ver? – perguntou Joseph.

   - É a minha filha. – respondeu James.

   - Filha? Achei que só tivesse um menino, o Mike. – falou Joseph.

   - Então, ela tinha treze anos. – falou – Há dois anos atrás, na véspera do aniversário dela, seu quarto foi invadido por Jeff. De manhã, minha esposa foi levar o café da manhã pra ela na cama, pelo aniversário, quando encontrou Camila esfaqueada. – contou James, Joseph ficou chocado – Amávamos tanto ela, Joseph... O tanto que sofremos e choramos por sua morte, nenhum pai merece passar por isso. – os olhos de James se encheram de lágrimas – Por isso quero proteger sua família, como seu amigo, não quero que passe pelo que eu passei... Por isso, irei prender Jeff, não quero que ninguém sinta a dor que eu senti, ninguém merece isso! – Joseph abaixou a cabeça, pensativo. 


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ter lido, não se esqueça dos reviews, beijos!