Metamorphosis- Clato escrita por Bolinho de Arroz
Notas iniciais do capítulo
Novo capítulo gente, espero reviews ^^
P.O.V Clato
O fecho de luz solar ultrapassava as persianas da janela de meu quarto, abri meus olhos bocejando e despindo as cobertas do meu corpo.
Hoje seria o primeiro dia da Aposta, a Aposta que completaria minha coleção. Olho para meus CD’s especificamente para uma pequena brecha, reservada para aquela edição, aquela que neste exato momento, esta jogada em meio à bagunça da casa de Gale.
Visto minhas calças, após isso me direciono ao guarda roupa retirando o casaco do time e colocando-o em mim.
Calço meus tênis, pego minha mochila e deslizo rapidamente para o andar inferior.
Na cozinha retiro uma maça que esta em cima da mesa, e dou uma bela mordida. Ovos fritos, Bacon não é um café da manhã muito bom para um jogador, sem falar que eles acabariam com as horas perdidas fazendo musculação.
Volto para o corredor Principal, abro a porta e saio.
P.O.V Clove
Abro os olhos, afasto as cobertas e vou em direção à janela, abro e delicio-me vendo as borboletas que voavam delicadamente pelo jardim. Tenho vontade de pegar todas e coloca-las nos vastos quadros repletos de insetos alados que enfeitam meu quarto.
Volto-me para a escrivaninha onde minhas roupas estão perfeitamente dobradas. Coloco minha calça Jeans, uma regata branca simples, e prendo meus cabelos em um simples rabo de cavalo.
Calço meus tênis e direciono-me a cozinha. Lá sobre um pequeno prato, encontram-se uma pequena fatia de bolo, decorada com glace branco e com pequenas borboletas azuis, cristalizadas. Minha mãe é ótima quando se tratam de bolos perfeitos.
Como rapidamente, não posso me atrasar, hoje será a primeira reunião do clube de debates.
Passo as mãos pelos cabelos, tentando esvair a preocupação do rosto. O ultimo ano foi um desastre, não conseguimos arrancar nenhum prêmio, fomos eliminados na primeira fase, nem tivemos chance de chegar à fase regional.
Pego meus livros e finalmente deixo minha casa dirigindo-me ao ponto de ônibus.
P.O.V Cato
O ônibus escolar não demorou aquele dia. Subo, e deslizo ao banco mais próximo que encontro. O ônibus esta lotado, poucos lugares vagos que foram sendo ocupados a cada parada.
Coloco minha mochila sobre o banco reservando o lugar para Gale.
Mas uma surpresa inesperada acontece. Em uma estação a garota sobe, Clove. Até certo ponto nem desconfiava que utilizávamos o mesmo ônibus, essa seria uma boa chance de começar o momento conquistador.
– Não quer sentar aqui? – Falei removendo a mochila.
– Não, estou bem aqui. – Clove respondeu, não estou acostumado com esse tipo de recuse.
– Tem certeza? – Pergunto.
Ela direcionou-se a uma senhora já de idade e indicou o banco.
– Ela está precisando, muito mais do que eu – ela respondeu lançando um sorriso abafado.
Estou começando a achar, que vai ser muito mais complicado do que eu esperava.
P.O.V Clove
Não sou do tipo que se derrete de amores por garotos populares. Cato é um deles, não sinto o menor afinco por ele, sinto raiva, por tudo que ele seus amigos e sua namorada já me fizeram passar.
Ver a cara dele quando a senhora sentou ao seu lado no ônibus foi algo deslumbrante.
– Clove, poderia me dizer o nome dos dois países que iniciaram as grandes navegações? – Haymitch questionou-me desafiador, mesmo despercebida, era impossível errar essa questão.
– Portugal e Espanha – Respondi sem nem ao menos dar o trabalho de pensar.
O professor voltou sua atenção para o quadro.
– Psiu – ouço um chamado da parte de trás da sala.
Era Cato, o que aquele garoto quer comigo?
Ele jogou uma pequena bola de papel em minha direção, agarrei a mesma abrindo-a e lendo o conteúdo.
Clove
Desculpe por ter feito qualquer coisa com você, espero que entenda.
Respondi escrevendo no papel logo abaixo da frase de Cato.
Dane-se você e seu perdão.
Lançei o papel novamente em direção a ele.
P.O.V Cato.
Dane-se você e seu perdão? O que ela quis dizer com isso? Já era pra ela estar caidinha por mim como todas as garotas dessa escola! O Quarterback, o grande Cato, irresistível.
Mas agora estou me sentindo como Cato o idiota, o fracassado, aquele que não consegue conquistar a garota mais simplória da escola.
O sinal toca. Vou usar o velho truque do esbarro no corredor.
Saio, seguindo Clove.
Ela segue até seu armário, minha sorte, ela está segurando uma pilha de livros.
Caminho normalmente esbarrando nela de propósito.
O efeito que o ato criou não foi nada satisfatório.
– Seu idiota, quer estragar meus livros, não é? – Senti a pequena mão depositar um tapa dolorido no meu rosto.
– Ai, desculpa Clove, deixa eu te ajudar – falo abaixando-me e pegando os livros dela cuidadosamente.
Ajuntei e entreguei-os a ela.
– Da próxima vez, cuide por onde anda. – ela respondeu fechando seu armário e tomando distancia.
P.O.V Clove
O que o Cato quer de mim? Será que está interessado? Seja o que for, nunca vou querer algo com Cato, ele já me fez sofrer demais, ou talvez sua namorada tenha me feito sofrer muito mais.
P.O.V Cato
A aula terminou e voltei para casa, Clove me ignorou o resto da aula inteira, nem ao menos um olhar de relance. Essa garota é muito complicada.
Deito na minha cama e coloco meus fones de ouvido.
– Clove, eu vou te conquistar – disse pensando no CD ocupando aquela brecha.
P.O.V Clove
estou cansada, deitada em minha cama pensando nas indiretas de Cato me dão náuseas. Ele ficou o dia todo me fuzilando com seu olhar.
Mas cantadas baratas não colam comigo. As de Cato nunca irão colar.
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