Spirited Away - O Reencontro escrita por Zoe123


Capítulo 7
"O Baile"


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem :)



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Chihiro P.O.V

As duas semanas seguintes passaram-se rapidamente, desde que Haku chegara na minha vida, parecia que tudo passava depressa demais. A minha vida tinha-se tornado uma autêntica rotina e a informação acerca do que acontecera á seis anos atrás.

Mas, naquela noite, era o baile. Haku viria ter a minha casa, para que o meu pai nos pudesse levar. A minha mãe estava ao mesmo tempo emocionada, por isto ser uma espécie de primeiro encontro e transtornada por o meu par ser Kohaku Nushi. Mas nunca podemos estar cem por cento satisfeitos, certo?

Haku chegou as dez em ponto, com o cabelo meio despenteado e as faces coradas. Cumprimentou os meus familiares de forma amigável e o meu pai levou-nos para o baile. Desejou-nos boa sorte e lá fomos nós.

O baile estava a decorrer no ginásio, então dirigimo-nos para lá, com Haku a agarrar a minha mão fortemente. O espaço estava cheio de gente, que não consegui encontrar Miaka com o seu par.

-Bem, não encontramos Miaka, vamos dançar um pouco, não? – Perguntei, quando começaram a tocar um slow, puxando Haku para mais o centro do espaço. A sua mão livre instalou-se no fundo das minhas costas. Ambos estávamos desconfortáveis, sorrindo um para o outro nervosos. Aproximei-me mais um pouco, olhando para o chão, para não tropeçar e cair redondamente no chão.

-Vamos para o jardim? Lá dançasse melhor. – Murmurou Haku, puxando-me para fora do calor abafado do ginásio.

Lá fora, estava frio, mas não me importei. Ele pegou na minha mão, fazendo-me rodopiar, até deixar de sentir os pés no chão, ao inicio, estava tão encantada que não reparei. Mas do nada, voltei a sentir o chão debaixo dos meus pés. Olhei para Haku meio assustada, ele olhou-me de sobrancelha erguida.

-O que foi? – Perguntou, eu podia jurar que… Abanei a cabeça, rindo-me.

-Nada, nada. – Ri-me um pouco alto de mais, indo ao encontro do corpo dele. – Acho que estou a ficar maluca, Haku. Estou a dar em doida, porque não me lembro do que aconteceu.

Ele tirou as minhas madeixas da frente dos meus olhos castanhos, sorrindo.

-Ás de te lembrar, estou convicto que sim. Tens é de te concentrar. – Os seus olhos continuaram fixos nos meus durante imenso tempo (a meu ver) e do nervosismo, ao trocar o peso de uma perna para outra, ia caindo de lado. Haku agarrou-me mesmo a tempo. Ri-me.

-Yubaba tinha razão quando dizia que eu era trapalhona. – Disse rindo-me. Haku ficou a olhar demasiado sério, até que eu parei de rir.

-Yubaba? – “Yubaba?” nem tinha reparado que falara esse nome com tal naturalidade e quando repeti a nome na minha cabeça, apareceu a imagem da senhora idosa que me chamara de Sen. Olhei para Haku, com os olhos bem abertos de surpresa.

-Lembrei-me, Yubaba era a mulher que me disse que a partir daquele momento o meu nome seria Sen! Haku, lembrei-me!

-Sim, mas ainda não sabes porque ela te disse isso. – Murmurou Haku esmorecido. – E alguma coisa sobre o lagarto/dragão? – Perguntou-me. Respirei fundo.

-Não sei, mas sinto que ele tem alguma ligação com o rapaz que me disse para não esquecer o meu verdadeiro nome. Acho que eles estão ligados. – Murmurei, sorrindo em seguida. – Mas aos poucos estou a lembrar-me das coisas, é fantástico. – E dei-lhe um abraço apertado.

-Ah, é aqui que vocês andavam! Seus malandros! – Ouvi Miaka, a alguns metros de nós. Eu e Haku afastámo-nos um do outro enquanto Miaka se aproximava. – Então que estavam a falar?

-Que o céu está estrelado. – Respondeu rapidamente Haku. – Muito bonito, não achas? – Disse sorrindo, apontado para o céu negro. Miaka riu-se.

-Haku, está negro. Nem uma única estrela.

-Pois…

-Bem, andem lá para dentro. Dentro de meia hora vão anunciar o rei e rainha do baile. Quem sabe se não são vocês?! – Gritou, puxando cada um de nós pelo pulso. Eu e Haku deixamos ser puxados, rindo um para o outro.

Como era de esperar, eu e Haku não fomos reis do Baile. Mas isso também não nos atrapalhou. Passámos a noite a dançar, beber e comer, enquanto contávamos piadas mais Miaka e o rapaz que ela trouxera como par.

Ao final da noite, Haku quis acompanhar-me até casa, uma vez que o meu pai já dormia. Viemos a conversar sobre as minhas novas descobertas e o caminho que normalmente é longo, não foi assim tão longo. Parecia que o tempo passava a correr que eu nem dava por ele. Ao chegar a casa, despedi-me de Haku e entrei porta dentro. Corri as escadas silenciosamente, o que me fez lembrar de algo muito estranho e voltei a descer as escadas para dizer a Haku, mas quando sai para a rua, ele desaparecera por completo (ninguém conseguia andar assim tão depressa) a não ser que fosse pelo bosque. Um formigueiro subiu-me espinha a cima e olhei para o céu, vendo um vulto prateado a rasgar o céu desprovido de estrelas. 


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