Elena ficou chocada com o que acabara de escutar. Como assim sua mãe havia sido seqüestrada? Isso não poderia está acontecendo.

- Lamento Elena! – Matt disse a encarando.

Elena estava sem expressão, mas todos ali sabiam que a garota ainda estava abalada e sem acreditar no que o jornal tinha informado.

- Não... Não! Isso não pode estar acontecendo! Não... Minha mãe não! – a morena se desesperou caindo no chão e começou a chorar desesperada. – A minha mãe n-não. P-Por quê fizeram isso com ela? Por quê?

- Calma Elena! – Caroline pediu triste encarando sua amiga.

- Acalme-se Elena! Vamos dar um jeito nisso! – Damon tentou abraçá-la, mas a mesma estava desesperada e descontrolada.

- Saia de perto de mim Damon! Saia de perto de mim! – ela o afastou. - Isso é tudo culpa sua! Se você não tivesse me seqüestrado, nada disso teria acontecido! Eu estaria bem, minha mãe estaria bem... – ela chorava desesperada e as palavras saíram amargas da boca prá fora sem a mesma retê-las. – Eu te odeio Damon! Te odeio por me fazer sofrer! Te odeio...

Todos a olhavam chocados e assustados com a atitude da morena. Mas todos (exceto Damon) sabiam que Elena só estava falando tudo aquilo da boca pra fora e que na verdade ela só estava assustada e desamparada. Damon a olhava de um jeito magoado e chocado com suas palavras. Nunca pensou que a morena poderia estar magoado com ele, sendo que a mesma parecia gostar tanto dele. Mas ela o odiava, o odiava com todas as suas forças (pelo menos era o que ele achava) e aquilo o machucou muito. As palavras amargas de Elena foram como mil facas perfurando seu coração ao mesmo tempo. Ele sentia que estava perdendo as forças e que a qualquer momento poderia vir a chorar. Ele sentiu uma lagrima solitária se derramar de seu rosto e a limpou rapidamente. Aquela lagrima não passou despercebido por Elena e Caroline. Ele não sabia o porquê de estar chorando por ela. Afinal, ele não a amava ou amava? Ele sabia que sim, mas nunca admitiria. Elena cortou seu coração, como ele mesmo fez várias vezes em suas vitimas. Ele se sentia um lixo e tudo por causa de um maldito serviço que Stefan o obrigara a fazer meses antes. Damon respirou fundo e de repente sua expressão magoada se tornou fria e seu olhar misterioso e vago.

- Você está certa Elena! – ele sorriu sarcástico. – A culpa é toda minha, me desculpa por te fazer sofrer, no começo era o que eu queria, mas com o tempo tinha mudado de idéia, mas agora vejo que foi um erro tentar gostar de você, foi um erro me sacrificar por você... Foi um erro te deixar viver Elena!

Ele disse seco e duro fazendo todos ali ficarem boquiabertos e Elena parar de chorar percebendo o que de fato estava acontecendo. Ela se deu conta do que havia o falado e as palavras de Damon á machucaram. Como se o seu coração fosse retirado do peito. Ela se sentia um lixo por tê-lo o magoado. E a mesma se arrependeu do que disse. Elena não pode acreditar no que ele havia falado e nem no que ela havia o falado. Ele a olhou friamente e foi a passos duro até a porta saindo imediatamente dali. Elena estava em choque. Não sabia o que fazer e se não fosse Caroline a despertar, elas ainda estaria feito uma estatua. Paralisada e sem expressão alguma.

- Vá atrás dele Elena!  - Caroline disse calmamente fazendo a mesma ir correndo atrás do moreno que agora já havia saído de casa.

Elena foi até os elevadores, mas eles demorariam muito para descer. Ela estava com pressa e arrependida de ter falado aquelas coisas para o moreno. Elena seguiu para as escadas e as desceu rapidamente. Elena correu pelo saguão e quando estava saindo viu um carro preto parar numa esquina e abrir o vidro. Uma pessoa desconhecida, que Elena não conseguiu visualizar, chamou Damon e o mesmo entrou no carro e o mesmo saiu dali rapidamente. Elena ficou desesperada com medo do que poderia acontecer com Damon. Ele era inconseqüente e poderia acabar cometendo alguma besteira. E ela não poderia deixar isso acontecer. Elena entrou no prédio novamente e pegou um dos elevadores e seguiu para o apartamento. Quando chegou lá, todos a encararam.

- Caroline, preciso da sua ajuda! – Elena olhou para amiga.

- O que houve Elena? Você está pálida! – a loira observou.

- Damon... Ele... Ele... – a morena tentava falar mais estava assustada e cansada da corrida.

- Respire e fale devagar! – Niklaus pediu.

A morena respirou fundo e disse já mais calma. – Damon. Ele entrou em um carro preto suspeito. Eu não sei quem era, mas temo que seja Stefan.

- Oh meu Deus! – Caroline disse. – Vamos atrás deles.

- Eu vou com vocês! – Niklaus disse se levantando.

- Okey, vamos logo! – Caroline pediu. – Matt cuide de meu irmão, por favor!

- Fique tranqüila Caroline! Eu cuidarei dele sim! – o loiro sorriu.

- Obrigada! – a loira sorriu. – Agora vamos!

Os três pegaram o elevador e correram para o carro de Niklaus que ele havia alugado.

- Como era o carro Elena? – Niklaus perguntou colocando o sinto e ligando o carro.

- Era uma BMW preta! – a morena disse. – Eles seguiram por ali.

Seguiram por onde a morena disse. Niklaus ia a toda velocidade, quebrando algumas regras e que com certeza o renderiam muitas multas. Ele estava preocupado. Por que Damon havia entrado naquele carro? Seria Stefan? Ou alguém conhecido? Ele não sabia, mas precisava saber logo. De longe Caroline avista um carro, familiar com a descrição de Elena.

- Elena, é aquele carro ali? – a loira apontou.

- Sim, é aquele carro! - a morena sorriu e Niklaus acelerou ainda mais o carro.

O carro de repente entrou em um atalho, fazendo Niklaus frear bruscamente e entrar pelo mesmo lugar. Ele então diminuiu a velocidade do carro, ao ver que a BMW havia entrado em um galpão bem próximo deles. Niklaus resolveu parar o carro ali e seguir a pé.

- É melhor irmos até lá a pé. Se não poderiam ouvir o barulho do carro. – ele avisou fazendo as duas concordarem.

Eles caminharam cautelosamente até o local e entraram no galpão sem fazer muito barulho. Eles de repente avistam Damon com uma loira alta do lado e um homem de cabelos castanhos do outro. Ambos se vestiam formalmente como se fossem para uma reunião. Eles se esconderam rapidamente atrás de umas latas e caixas de papelão ao verem dois homens e duas mulheres saírem de outro carro.

- Então você é o famoso Damon Salvatore. – um dos homens disse ao se aproximar do mesmo. Damon sorriu sarcástico e disse:

- Sim sou eu! – ele respondeu.

- Que honra então em conhecê-lo... – ele falou. – Ouvi falar muito de você... Chamo-me Elijah!

- Prazer! – Damon disse apertando a mão do mesmo.

- Eu me chamo Mikael. – o homem de olhos azuis e cabelos castanhos se apresentou. Damon o cumprimentou e sorriu.

- E eu sou Rose, prazer! – a morena sorriu gentilmente.

- Prazer Rose! – Damon sorriu sedutor e beijou sua mão.

Elena encarava aquelas duas mulheres com certa ira e inveja. Elas eram belas bem vestidas e exalavam sensualidade. Elena estava se mordendo de ciúmes e ela tinha uma vontade imensa de arrancar aquelas duas de perto do seu Damon. Ela estava sentindo na pele agora o que Damon sentiu inúmeras vezes por ela.

“Vejo que ele não foi seqüestrado e nem precisa da minha ajuda prá coisa nenhuma” – ela pensou irritada e enciumada.

- Bem Damon... – Andie, a loira, disse quebrando o silencio que se instalava ali. – Como você já sabe, fazemos parte dos “cinco”... Um clã espião.

- Sim eu já sei! – o moreno afirmou.

Os três ficaram chocados. Como assim um clã espião? E o que eles queriam afinal com Damon?

- Enfim, queremos fazer uma proposta para você... – Alaric disse.

- Digam! – o moreno pediu.

- Queremos que você entre para os “cincos”... – Rose continuou. – E então? Topa?

- E se eu não quiser entrar? – ele respondeu.

- Ou você aceita ou... – Elijah sorriu de lado.

- Ou? – Damon perguntou sem medo algum.

- Ou matamos sua querida Elena e te entregamos prá policia. – Andie disse sorrindo maquiavelicamente.

Damon os encarou por um momento antes de qualquer resposta. Os três pediam internamente para que Damon não aceitasse. Niklaus e Caroline já ouviram falar desse clã, e sabiam que eles trabalhavam para o governo e que eram mais perigosos que a gangue de assassinos de Stefan e Antony. Damon pensou bem e respondeu.

- Certo, mas tenho uma condição! – ele disse sério.

- E qual seria? – Andie perguntou sorridente. Já era um passo para ele se juntar a ela.

- Eu quero que vocês me ajudem a resgatar a mãe de Elena Gilbert e a proteger a mesma. – Damon disse sério encarando os cinco.

Andie fechou a cara. Quando ela e Alaric avistaram Damon em frente ao apartamento dele, ela o perguntou o porquê dele está triste. Ele apenas disse que Elena Gilbert era o motivo de sua tristeza. E agora ela não entendia o porquê dele querer protegê-la. Mas ela só sabia de uma coisa, nenhuma menininha atrapalharia seus planos. Não mesmo.

- Tudo bem! – Alaric respondeu vedo que Andie estava perdida em pensamentos, mas que logo fora despertada pela voz de Damon.

- Ótimo! – ele disse ainda sério. – Então... Agora eu sou um dos cinco.

- Seja bem vindo gato! – Rose disse assanhada fazendo o mesmo sorri de lado.

Os três não acreditaram no que Damon acabara de fazer. Damon se sacrificou para salvar a mãe de Elena e ainda queria a protegê-la. Elena não podia deixar aquilo acontecer. Não deixaria Damon se sacrificar por ela. Ela não merecia todo esse esforço. Ela se levantou, mesmo com os protestos dos amigos.

- Elena! Abaixe-se! – Niklaus pediu mais uma vez.

- Elena sua maluca! Eles vão te ver. – Caroline disse sussurrando.

- DAMON! – ela gritou chamando a atenção de todos. - Não faça isso! Por favor! Não faça isso!

Damon a encarou não acreditando que a mesma se encontrava ali. Pedindo para que o mesmo não se juntasse á aquele clã de assassinos e espiões. Mas agora já era tarde. Ele já tinha aceitado e nada e nem ninguém poderia mudar o que já estava feito. Nem mesmo ela.

Continua...