Ainda Tenho Um Coração? escrita por Isabeleeh


Capítulo 2
Perdida


Notas iniciais do capítulo

Mil desculpas pela demora Eu sei que eu demorei, mas é que o NYAH! tambem não me ajudava a postar ¬¬' sempre que eu tentava ele parava na tão odiada pagina OVERLOAD ¬¬'

Mas, finalmente eu consegui *---*

Já estou com o proximo capitulo pronto
se eu tiver pelo menos 5 reviexws eu posto!!

Ah! E muito obrigado a quem me deixou um review *--*
você fizeram uma autora baka feliz



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Eu fui acordando aos poucos, com os primeiros raios de sol na minha cara. Isso porque minha cama era ao lado da janela.

 

Lentamente eu abri os olhos, encarando a realidade, novamente. Olhei em volta e suspirei pesadamente. Ás vezes eu queria viver no mudinho feliz que eu inventara na minha mente. Que pena que esse lugar não existe de verdade! Mas, foi nele que eu sempre achei um refugio, onde eu podia esquecer todos os meus problemas. Essas coisas podiam soar infantil, mas tenha certeza que é horrível ser um adulto. Eu ainda não era adulta pelo menos; ainda tenho 16 anos, mas já faz um certo tempo que eu tive que aprender a me virar sozinha...

 

Decidi me levantar logo, invés de ficar pensando nas minhas tolas esperanças de que um dia eu poderia ser feliz de novo.

 

 

 

“Eu não poderia te dizer

por que ela se sentiu

Daquela maneira

Ela sentiu isso todos os dias

E eu não pude ajudá-la

Eu só a vi cometer

Os mesmos erros novamente”

 

 

 

Eu mal sabia como eu ainda conseguia encarar os dias, me levantar e fingir que eu estou bem quando por dentro eu estou morta. E meu coração? Caso ele ainda exista - porque eu não sinto mais nada a não ser tristeza – deve estar frio e sem vida, do mesmo jeito que eu fiquei depois que aquilo aconteceu...

 

Não, eu não me deixaria lembrar-me daquilo... Daquele terrível dia.

 

Mas, as imagens apareceram involuntariamente na minha cabeça...

 

 

***Frash Back ON***

 

Lá estava eu, parada no meio do nada. Tudo havia sido destruído...

 

- Achamos outros corpos! – uma voz disse ao longe, fazendo-me lembrar o porquê de eu estar ali. Eu estava comandando uma equipe de resgate, atrás de sobreviventes do ataque de Pain. A vila de Konoha estava totalmente destruída. A única coisa que ainda parecia ser algo no meio dos destroços e que ainda estava de pé era a rocha com os rostos dos Hokages, mesmo que bastante danificada.

 

- Eu acho que você deveria ver isso, Sakura-san! – a voz me chamou novamente.

 

- Estou indo! – eu disse.

 

Fui caminhando calmamente. Olhando em volta. Tentando, em vão, reconhecer que lugar havia sido aquele. Agora só havia resto de casas para todos os lados.

 

Quando eu cheguei no lugar indicado pelo homem, que me chamara, ele apontou para dois corpos no chão. Eu demorei um pouco para identificá-los. Talvez porque eu nunca pensei que veria aquilo...

 

Não! Não poderia ser verdade!

 

Será que meus olhos estavam pregando-me uma peça?

 

 

 

“O que está errado, o que está errado agora?

Muitos, muitos problemas

Eu não sei de onde ela veio

De onde ela veio”

 

 

 

- Você está bem? – o homem me perguntou.

 

A resposta era bem simples e obvia: Não, eu não estava nem um pouco bem!

 

Senti as lagrimas queimando meus olhos e minha visão estava ficando turva.

 

Eu olhava num misto de ódio e tristeza para os dois corpos no chão, uma mulher e um homem, um ao lado do outro. Ambos estavam ensangüentados e deformados. Mesmo assim eles tinham os familiares rostos que eu tanto conhecia. Olhando mais atentamente percebi que havia partes de seus corpos onde a carne totalmente queimada estava exposta, seus rostos negros como carvão contrastavam com o sangue vivo dos ferimentos graves. Uma morte horrível os dois tiveram.

 

Uma morte horrível MEUS PAIS tiveram!

 

Por quê? Por que com os meus pais?

 

Eu queria gritar, porém palavra alguma eu conseguia pronunciar.

 

Eu estava desesperada! Um grande vazio se abria dentro de mim, levando embora qualquer coisa feliz que eu ainda pudesse um dia sentir.

 

Notei que as lagrimas já caiam descontroladas sobre o meu rosto, acompanhadas de fortes soluços.

 

- M... M... Meus pais es... Estão... – eu não conseguia falar a ultima palavra. Já fora um grande esforço apenas para eu tentar disser aquilo.

 

 

 

“Ela quer ir pra casa, mas ninguém está em casa

É onde ela se encontra, arrasada por dentro

Não há lugar pra ir, não há lugar pra ir

Secar suas lágrimas, arrasada por dentro”

 

 

 

- Mortos? – o homem falou, segurando meus ombros, tentando me confortar. – Sim, eles infelizmente estão mortos! Sinto muito!

 

Simplesmente, eu não conseguia aceitar o fato de que aquilo era verdade.

 

Por que comigo?

 

***FRASH BACK OFF***

 

 

Quando voltei a mim – deixando aquelas horríveis lembranças de lado – notei que eu já estava no banheiro. De frente ao espelho.

 

Olhei atentamente para a imagem refletida no espelho. Lá havia uma garota jovem, com cabelos róseos na altura dos ombros, a pele branca – quase como o mármore -, seus olhos verdes intensos – porem tristes. Havia uma grande tristeza em seus olhos... 

 

Uma tristeza que eu tentava esconder, mas nem sempre obtinha sucesso.

 

Abri a torneira. Deixei a água cair sobre as minhas mãos. Peguei um pouco de água, entre as mãos, e joguei no meu rosto. Tentando despertar-me. Só para variar, isso não funcionou.

 

Com um suspiro, despi-me e fui tomar banho. Quando a água gelada caiu em mim como pedras de gelo, arrepiei-me.

 

Quando sai do banheiro, me vesti o mais rápido que pude. Desci correndo as escadas e fui para a cozinha.

 

A solidão sempre tendia a piorar quando eu andava em casa sozinha. Isso me trazia lembranças de quando meus pais ainda estavam vivos, e estavam comigo!

 

Agora eu estava sozinha, novamente.

 

Mas, dessa vez não havia ninguém pra me tirar da escuridão e me levar para a luz.

 

Não havia ninguém em que eu confiasse de verdade.

 

Meus amigos? Eu ainda os tinha, claro! Porem, nada mais era como antes. Eles não eram como antes! E principalmente, eu não era mais como antes!

 

Eu virei uma pessoa fria, triste e solitária. Eu era muito mais seria do que antes. Não costumava fazer brincadeiras ou coisa do tipo. De vez em quando eu tinha que vestir a mascara da garota feliz e engraçada que eu ERA, para que as pessoas não me enchessem com perguntas das quais eu não quero responder.

 

 

 

“Abra os seus olhos

E olhe ao seu redor

Encontre as razões

Você foi rejeitado

E agora você não consegue encontrar

“O que você deixou pra trás”

 

 

 

Soltei um suspiro melancólico. Passei os braços ao meu redor, como uma criancinha perdida e com medo. O pior era que eu realmente estava assim: perdida e com medo.

 

Olhei pela janela, que havia na parede direita da cozinha. O dia mal começara e já estava ensolarado. Passarinhos voavam ao longe. As folhas das arvores se agitavam de um lado para o outro.

 

Lembro que no dias após os meus pais morrerem, eu prometi a mim mesma que ia tentar continuar a minha vida – mas, não esta dando muito certo. Também prometi que não ficaria como o Sasuke! (só de pensar no seu nome, outro buraco gigantesco se abria no meu coração.) Eu não ficaria louca por vingança, ou solitária pelo mesmo motivo. Não, eu devia tentar viver. Eu ainda tinha meus amigos!

 

A quem eu estou tentando enganar? Não é a mesma coisa sem os meus pais, ou sem o Sasuke aqui!

 

Arg! Eu disse que ia parar de pensar no Sasuke, mas não esta dando muito certo!

 

Eu revirei os armários da cozinha atrás de alguma comida, mas tudo me dava repulsa. Estava enjoada de comer sempre as mesmas coisas...

 

Foi aí que eu lembre que havia prometido ao Naruto que iria me encontrar com ele para comermos lamen. Logo em seguida eu deveria ir ao hospital – eu trabalho lá no tempo vago.

 

E ultimamente eu havia tido muito tempo vago! Eu não via isso como eu algo bom, não mais. Era melhor manter minha mente ocupada em outras coisas, porque todo pensamento meu era melancólico.  (N/A: que nada! Nem deu pra perceber

 

 

 

“Seus sentimentos ela esconde

Seus sonhos ela não consegue encontrar

Ela está perdendo a cabeça

Ela foi deixada pra trás”

 

 

 

Eu caminhei preguiçosamente para fora da casa.

 

Como ainda esta muito cedo, não havia muitas pessoas na rua. Fora, que eu tinha certeza que o Naruto ainda não estava nem perto de acordar! Por isso era inútil eu ir logo para onde marcamos de nos encontrar.

 

Resolvi que ficar andando pelas ruas desertas de Konoha era o melhor a fazer.

 

Eu andava sem rumo algum. Não demorou muito para que eu chegasse aos limites de Konoha.

 

Não havia ninguém ali, somente eu.

 

Enquanto eu encarava o portão, as imagens do dia em que Sasuke deixara Konoha se passavam em minha mente.

 

 

 

“Ela não consegue achar seu lugar

Ela está perdendo a sua fé

Ela caiu em desgraça

Ela está por todos os lados (yeah!)”

 

 

 

Eu odiava me lembrar dessas coisas! Mas, eu não podia impedir minha mente de fazer isso! E não é por falta de tentar.

 

Quando eu ia virar para voltar à cidade, eu vi um vulto passando ao meu lado.

 

Virei-me assustada na direção onde eu vira o vulto. Não havia ninguém.

 

Dei alguns passos para trás, me afastando lentamente do que quer que fosse que houvesse me assustado.

 

Então eu escutei um barulho que parecia o de um tronco quebrando. Olhei para trás, e vi um gato gemendo com a pata quebrada. Ele devia estar em cima do tronco que quebrou.

 

Mas, um tronco de arvore não se quebra sozinho. E muito menos por causa de um pequeno gatinho em cima dele... Que estranho!

 

Fui até o pobre gatinho machucado. Abaixei-me.

 

Estava mantendo-me alerta. Constantemente eu olhava para os lados, certificando-me que não era uma armadilha ou coisa do tipo.

 

Calmamente eu coloquei as minhas mãos no gato. Ele soltou um som de dor quando eu o toquei.

 

- Está doendo muito? – eu perguntei. Que patético! Só o que me faltava: Eu falando com um gato.

 

Eu tentei pega-lo, mas quando o fiz ele arranhou minhas mãos. Imediatamente eu o soltei.

 

O gato saiu correndo.

 

Que esquisito! Uma de suas patas estava quebrada, então como ele conseguiu correr tão rápido?

 

Quando eu olhei para as minhas mãos notei que havia sangue nelas.

 

Merda! Não acredito que apenas um gatinho conseguiu me machucar tanto assim!

 

E então, do nada, um chakra estranhamente forte apareceu.

 

Quem será que é? Eu nunca senti aquele chacka antes!

 

Como se não fosse o bastante um vulto estranho aparecer, um gato me fazer sangrar e um chacka extremamente forte aparecer do nada, agora um odor saboroso encheu o ar.

 

Que dia estranho eu estou tendo!

 

Tentei me levantar – afinal, alguém com um poderoso chacka estava próximo à mim. E levando em consideração que eu nunca havia sentido esse chacka, provavelmente seria um inimigo! Um inimigo muito idiota! Entrar sozinho em Konoha, e pelo portão principal... Rsrs. Certamente, ele não era um dos mais inteligentes!

 

Com dificuldade eu fiquei de pé. Estranho... o que está acontecendo comigo?

 

De repente meus joelhos cederam e cai no chão. Eu me sentia tão fraca e sonolenta...

 

Minha visão ficou turva. Com muita dificuldade, muita mesmo, eu me pus de pé novamente.

 

Olhei para frente – o chakra do inimigo havia se aproximado... – vi de relance um ser coberto pelas sombras. Ele vestia uma familiar roupa preta – era um membro da Akatsuki, percebi. – e uma mascara laranja com traços negros, com apenas um buraco, por onde reconheci um sharingan ativo. 

 

Depois disso eu não vi mais nada... Nem ouvi, nem senti...

 

Havia somente a escuridão...

 

 

 

“Ela quer ir pra casa, mas ninguém está em casa

É onde ela se encontra, arrasada por dentro

Não há lugar pra ir, não há lugar pra ir

Secar suas lágrimas, arrasada por dentro”

 

 

 

 

 

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Não gostou? Deixa um review também! Criticas são super bem recebidas ;D mas,pegalevené.-.

Novamente, obrigado a quem me deixou um review *---*  

 

No proximo capitulo o Sasuke finalmente encontra a Sakura - mas como vocês notaram (ou não :O) a situação da Sakura não esta nada bem rsrs'

Bem, não vou dizer mais nada u.ú    Só lendo pra vocês saberem!! 

 

 

 

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