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Desejo te Matar toda vez que penso em seu nome. Desejo te Amar sempre que seu sorriso me vem à mente.

Desejo te Amar sempre que diz meu nome no diminutivo, por que isso é bom, mas é errado. Então desejo te Matar para que aprenda a me chamar no inteiro.

Desejo te Matar por que sei que nossos egos são grandes, tão grandes quanto à ferida que encobrem.

Ferida que foi feita não por mim ou por você, mas por alguém que covarde, apenas bagunçou tudo e se foi.

Ferida que dói, mas que por orgulho, talvez não tenha a chance de se curar.

Ferida tão mesquinha que de tanto incomodar, acaba parecendo pequena.

E pegamos e escondemos ela num canto afastado de nossas mentes, dentro de um baú, por trás de uma porta trancada pelo medo.

Medo da rejeição.

E esperamos, torcemos, para que as coisas fiquem lá no escuro.

Eu no meu canto, você no seu. Você não me chama, eu não te chamo.

Estranhos e conhecidos nos olham e não fazem ideia de como um dia fomos próximos.

As risadas, os tombos. As noites em que a luz acabava e ficávamos todos juntos, fazendo animações por cima das velas acessas e oscilantes.

Memorias tão boas, mas obrigadas a serem esquecidas.

Por que ao mesmo tempo em que me fazem bem, me matam.

Me matam  por me lembrarem de que lá no fundo ainda te amo... E isso me faz querer te matar.