Quando A Paixão Cega A Razão escrita por Leloty


Capítulo 8
Marshmallows, música e fogueira (2º dia, fim)


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeey Galera o/ Sim, eu estou postando às horas da madrugada porque tive que acordar cedo e vir pro colégio. É. Eu sei que isso não é do interesse de ninguém, mas é só pra vocês sentirem o drama da exploração do colégio sobre nós, pobres alunos :c Enfim, vejo vocês lá embaixo.



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Após um almoço sem brigas nem climas tensos, Atena resolveu dormir um pouco (nada melhor que um bom sono depois do almoço). Jogou a louça na pia e esperou que ela sumisse em um brilho cor-de-rosa, depois subiu para o quarto, deixando Poseidon na televisão. Antes de fechar os olhos, porém, não pôde evitar pensar no que havia acontecido na praia. Ele estava tão perto... Ela se lembrou da sensação de ter seu corpo colado ao dele, e se amaldiçoou mentalmente por ter achado bom. Mas... ele... estava tão perto, e depois se afastou do nada... Por quê?

Antes que sua mente respondesse a essa pergunta, Atena adormeceu.

*.*

Poseidon não conseguia se concentrar no que passava na TV Hefesto, seus pensamentos voavam para aquele momento na praia com ela. Por que raios ele teve vontade de beijar a sua pior inimiga? Por que ele se sentia bem ao vê-la sorrir? Achando pela milésima vez no dia que estava ficando louco, resolveu sair e tomar um ar longe de uma certa deusa de olhos azuis acinzentados. Ele ligou para o taxi, que logo chegou, e foi para a cidade.

*.*

Já passava das seis da tarde quando Atena acordou. Estranhou o silêncio da casa e resolveu procurar Poseidon. O que ele estaria aprontando agora? Em um misto de decepção e desespero, ela não o encontrou. Nem na casa, nem na praia. “E se o Nirad tiver nos encontrado? E se...e se tiver levado Poseidon?” pensou ela, nervosa.

Foi quando ele apareceu na porta que ela pulou em cima do deus, lhe dando um abraço, para depois se afastar, constrangida. Ele, por outro lado, ria da surpresa.

–Onde você estava? – ela indagou – Eu pensei que você... que o Nirad... se ele tivesse encontrado você...

Ele aproximou-se dela, ainda sorrindo e segurando o rosto dela com as mãos.

–Calma, Palas! Eu ainda estou aqui, só fui dar uma volta na cidade! – Poseidon disse.

Ela teria respondido alguma coisa, mas ele estava tão perto que ela não conseguiu pensar em nada para dizer.

–Então... – falou ele – comprei nosso jantar. E um violão. – ele afastou-se, indo pegar na porta uma sacola de marshmallows e um violão preto.

–Marshmallows? – ela pôde finalmente falar.

–É... Na fogueira. Topa? – ele sorriu, sendo acompanhado por ela.

*.*

Atena pôs mais um marshmallow na boca. Poseidon, ao seu lado, já estava cheio de tantos algodõezinhos brancos, então parou de comer e pegou o violão preto.

(N/A: Quem quiser ouvir a música, acho que seria interessante, mas tá na versão do glee. É só clicar.)

Depois de algum tempo tocando uma sequência de acordes, Atena exclamou:

–Hey, conheço essa música!

–É “Somewhere Over the Rainbow”, a acho muito a cara de acampamentos, fogueiras e coisas do tipo.

–É mesmo – concordou Atena, triste pela ausência de mais marshmallows – Canta então!

–Só se você cantar junto. – ele falou, ao que a deusa assentiu.

–Ok, comece.

E ele começou mesmo:

Somewhere over the rainbow

Way up high,

There's a land that I dreamed of

Once in a lullaby…

–Sua vez – Poseidon sorriu.

Somewhere over the rainbow

Skies are blue,

And the dreams that you dare to dream

Really do come true...

Ela continuou cantando, ao que ele acompanhou:

Someday I'll wish upon a star

And wake up where the clouds are far

Behind me.

Where troubles melt like lemon drops

High above the chimney tops

That's where you'll find me…

E ele finalizou, com os últimos acordes mais suaves e a voz mais rouca:

Somewhere over the rainbow

Bluebirds fly.

Birds fly over the rainbow.

Why then, oh why can't I?

Ao fim da música os dois deuses se entreolharam e riram. Não tinha ficado perfeito, mas ficou legal. Decente, pelo menos. Num silêncio confortável, Poseidon descansou o violão na areia e deitou-se ao lado do instrumento, olhando para o céu. Atena o observou, por um momento entendendo o que as outras mulheres viam nele. Ele era realmente bonito, e seus olhos esverdeados, seu cabelo bagunçado e o sorriso que ele exibia quando não estava sendo sarcástico lhe dava um charme a mais. Como se ele precisasse disso, ela pensou, o cara é bonito de corpo e rosto, além do mais nem é tão chato quanto eu imaginava. Nessas condições, por que alguém deixaria um homem assim?

–Poseidon? – ela chamou - O que houve com Anfitrite?

–É uma longa história... – ele murmurou, o olhar perdido no céu escuro.

–Eu tenho tempo de sobra – falou ela, deitando-se ao lado dele.

Dessa vez ele que rolou os olhos, mas estendeu o braço e deitou a cabeça de Atena em cima dele. Mesmo relutante, ela cedeu e relaxou com a cabeça no braço do deus, e ele come,ou a contar.

–Bom, Anfitrite e eu nunca tivemos aquela chamada “química”. Eu só a achei bonita e transei com ela.

–Nossa, quanta consideração – murmurou Atena, bocejando.

–Ora, você quer ouvir ou não?

–Continue, por favor.

–Então, como ela era boa de cama – Atena rolou os olhos – eu continuei com ela por um tempo, até que a pedi em casamento.

–Por quê? Você nunca foi de se comprometer.

–Porque... tipo, eu estava me sentindo um tanto solitário no meu reino em Atlântida. Sabe, sentia falta de alguém pra conversar, alguém pra abraçar sem motivo ou simplesmente alguém pra fazer alguma surpresa. Alguém pra amar, como diria Afrodite. Mas não foi assim com Anfitrite. Entende?

–Acho que entendo – ela murmurou, curiosa sobre esse lado não-cafajeste em Poseidon. Ele estava destruindo a imagem horrível que ela tinha dele – mas porque não foi assim?

–Porque ela era gananciosa, queria ser a rainha do oceano, então aceitou. Mas depois de um tempo nós começamos a brigar por besteiras, ela me traía e eu nem reclamava, passava a maior parte do tempo com mortais... Nós nunca tivemos esses momentos melosamente românticos que eu sentia falta sem nunca ter tido. A base de tudo era o sexo. Quando ela teve um filho com um sereiano qualquer, as coisas explodiram. Eu pedi o divórcio e ela nem protestou.

–E onde ela está agora? – indagou Atena, com outro bocejo.

–Não sei, deve ter se casado com esse sereiano e provavelmente está traindo ele também. Mas de vez em quando ela resolve aparecer pra infernizar minha vida.

–Como assim?

–Às vezes ela aparece bêbada lá em Atlântida, dizendo que me ama e outras mentiras. Ultimamente ela tem causado um problema maior, dizendo que por ter casado com um dos três grandes, merece algumas dádivas, como saber quando e onde seu nome foi pronunciado e etc. Coisas do tipo. – ele suspirou – Eu nunca deveria ter me casado com ela. Nem sequer tive alguns dias de casal com ela, tudo era tão frio... mas eu nem posso reclamar disso, já que na verdade... – ele se interrompeu, olhando para Atena, que havia dormido em seu braço. Ele observou o quanto ela era linda. Ali, dormindo, ela nem parecia a sua maior inimiga. O rosto dela estava sereno e ela respirava tranquilamente. Poseidon assistiu o peito dela subir e descer vagarosamente, notando o quanto eram lindos os cachos loiros dela que caíam sobre os ombros. Enquanto brincava com um dos cachos ele continuou, baixinho, falando mais para si mesmo – Na verdade, eu nunca amei Anfitrite. Não, eu... eu nunca me apaixonei por ninguém.


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Notas finais do capítulo

Awn, fogueira, música, e marshmallows *u* que feliz e fofo, não é? E essa história de Anfitrite... aiai. Só sendo muito retardada pra deixar Poseidon mesmo --' É Anfitrite aí desperdiçando nosso deus do mar enquanto nós morremos aqui por ele... que vida injusta --'