Noites Do Passado escrita por Bruxa da Luz


Capítulo 14
Noites do Passado


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem desse último capítulo! Não se preocupe que eu farei uma continuação!



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Anos atrás...

Um menino pálido de olhos esmeraldinhos e sempre com um discreto sorriso no rosto corria, com uma linda flor verde na mão, até uma mulher com pele quase amarelada, mas com cabelos negros e com olhos verdes brilhantes.

– Mitsuko. – Chamou o menino.

– Ulquiorra? O que foi? – Perguntou a moça. Ulquiorra esticou a flor para Mitsuko, que aceitou com um doce sorriso no rosto. – Awn! Obrigada, irmãozinho! Mas você saiu a esta hora da noite só por isso?

– Nada me assusta. Além disso, nós somos os únicos nesse mundo. – Disse Ulquiorra, colocando as mãos no bolso como costume.

– Você é muito corajoso! Será um grande homem quando ficar mais velho! – Disse Mitsuko enquanto colocava a flor em um lindo vaso.

– Como você sabe que serei isso? – Perguntou o menino de olhos verdes.

– Porque sou sua irmã e sei muito sobre seu futuro. – Respondeu a moça.

– Hunf! Você usou seus poderes para ver isso. – Disse Ulquiorra friamente, mas Mitsuko permanecia sorridente.

– Não, bobo. Eu li seu coração. Faça como muitas pessoas importantes fazem, Ulquiorra. Siga o coração. Você não quer ser importante para alguém um dia? Então siga o seu. – Disse Mitsuko em tom de determinação enquanto colocava o dedo indicador no lugar onde estaria o coração de Ulquiorra.

Então Ulquiorra acordou. Era um sonho... Sonho?! Não. Era uma lembrança. Mitsuko sempre pedia para que ele seguisse o caminho certo. O caminho do coração. Deu um pequeno e discreto sorriso. Mas o desfez ao saber que alguém ia entrar no quarto. Orihime.

– Ulquiorra! – Entrou a princesa que, como sempre, conseguia roubar um abraço do seu guardião. – Você terá que ir embora mesmo? De verdade?

– Sim. Eu preciso. – Respondeu Ulquiorra.

Então os dois caminhavam pelos corredores. Encontraram Szayel e Grimmjow discutindo outra vez.

– O que aconteceu dessa vez? – Perguntou Ulquiorra com tom calmo e tranqüilo.

– É esse pantera que não tem outra coisa pra fazer além de me encher! Ele disse que eu terei duas esposas! As malucas da Yoko e da Mitsuko!– Reclamava Szayel.

– Mas vocês se combinam muito! Elas podem até serem malucas, mas você não é a representação da insanidade? Da loucura? Então! Você terá duas esposas exemplares! – Disse Grimmjow ás gargalhadas.

Flashback Ulquiorra on:

Outra noite que só tinha milhares de estrelas no céu. Ulquiorra estava lendo um livro quando leu uma palavra desconhecida. Foi tirar suas dúvidas com Mitsuko.

– Mitsuko, o que é casamento? – Perguntou ele.

– Casamentos são uniões entre um homem e uma mulher. É união para pessoas que se amam. Mas você tem 12 anos e era para você saber faz tempo.

– Mas você nunca falou sobre isso comigo. Mas amar... Deve ser estranho. – Comentou Ulquiorra.

– Não é estranho. É lindo. É a melhor coisa que aconteceu com uma mulher e um homem. – Respondeu Mitsuko.

– Você nunca encontrou uma pessoa especial pra você, não é?

– Para casar, não. Mas para criar... Eu tenho você. – Disse Mitsuko docemente.

Flashback Ulquiorra off:

Ulquiorra saiu de seus pensamentos por causa de Szayel que gritava com Grimmjow. Pegou a mão de Inoue e a afastou dali para não ficar ouvindo coisas. Logo depois, encontraram Mitsuko e Yoko.

– Hei, Ulquiorra! Princesa! Adivinhem! O rei me pediu para ser a dama de companhia da princesa! – Disse Mitsuko alegremente.

– Estou vendo que seremos mais unidas que imaginei! – Disse Yoko.

Flashback Ulquiorra on:

Outra noite que marcou o passado de Ulquiorra foi quando ele tinha 15 anos e encontrou Mitsuko alegre.

– O que foi, Mitsuko? – Perguntou.

– Um grupo de artista me chamou para trabalhar com eles! Estou tão feliz! – Disse ela, dando um abraço em seu irmão. – Eu fiz minha primeira arte! Olhe! – E Mitsuko mostrou um desenho lindo que ela fez. Era ela e Ulquiorra quando pequeno e sua assinatura embaixo, no canto escrito ‘’Mitsuko Schiffer’’. Mal sabia ela que seria a primeira e última arte na vida.

Flashback Ulquiorra off:

Ulquiorra levou Inoue para o quarto. Ela disse que queria tomar um banho para passar a tarde toda ao lado dele. Enquanto isso, ele sentava-se na cama e esperava. Inoue saiu apenas de toalha para pegar sua roupas. Ulquiorra viu o vestido que ela pegou para usar. Era um vestido branco com detalhes pretos. Foi o primeiro vestido que ela usava quando se conheceram.

Flashback Ulquiorra on:

Era noite em Karakura. Ulquiorra foi chamado para ser apresentado para a pequena princesa. Ele seguiu o rei até o quarto real da princesa.

– Ulquiorra Schiffer, essa é a minha filha, princesa Inoue Orihime. Sei que irá protegê-la até com sua vida. – Disse o rei.

Ulquiorra fez uma referencia diante da princesa. Quando o rei saiu, só ficaram os dois. Inoue estava sem saber o que falaria e Ulquiorra nem a encarava. Só esperava alguma ordem para ser realizada, mas a menina cortou o silencio.

– Eu sou Inoue Orihime. – Disse ela timidamente. – Você é Ulquiorra, não é? Meu guardião? – Ela tentava conversar, mas Ulquiorra não respondia. – Desculpe, mas pode pelo menos me responder algumas das minhas perguntas?

– Isso é uma ordem?

– Não... É só um pedido. – Respondeu a menina. Então Ulquiorra pensou nas regras que o rei falava. Uma das regras foi quando o rei disse que cada pedido da princesa é uma ordem.

– Meu nome é Ulquiorra Schiffer. Serei seu guardião até o rei me mandar embora ou até alguém me matar. – Respondeu o guardião friamente. A menina tentava esconder os tremidos que dava. – Está com medo?

– Não. Só estou surpresa. Ninguém falou assim comigo antes.

– Não pense que só porque você é a princesa, que tem tudo o que quer, e eu sou só um guardião que você me forçará a atender todos os seus pedidos de menina mimada.

– Não penso assim. – Disse a princesa. Ulquiorra virou-se para sair do quarto.

– Durma. Você tem muito que fazer amanhã. – Mas antes de dar um passo, sentiu seu braço sendo puxado.

– Pode ficar mais um pouco? É que eu tenho medo do escuro! – Pediu a princesa.

Foi através desses pedidos de companhia que eles ficaram muito unidos.

Flashback Ulquiorra off:

– Vamos, Ulquiorra! O pessoal deve estar esperando a gente! – Disse a princesa, que o puxou até a grande porta do palácio.

– Eu ainda não acredito que irei me separar de você de novo! – Disse Mitsuko, tentando conter as lágrimas.

– Não irei embora para sempre. – Disse Ulquiorra.

– Olha aqui, emo! Se você não voltar, a gente arrasta você de volta pelos cabelos! – Berrava Szayel.

– O que é isso, Szayel? Ele nem deu um passo e você já está chorando de saudade? – Brincava Grimmjow.

– Não é isso! É que eu não quero ficar controlando o choro da princesa! – Concluiu Szayel.

– Espero que você não volte morto, ô guardião! Você é o único que eu posso desafiar para uma luta sem bonecos vodu ou espadas presas na parede! – Disse Nnoitra em tom de diversão.

– Hei, Ulquiorra! Demora não, tá? – Foi a única coisa que Yoko conseguiu dizer como despedida.

Ulquiorra olhou para Inoue, que já estava aos soluços de choro.

– Menina, eu não gosto de vê-la chorar desse jeito.

– Você vai embora! Vai deixar a gente! – Disse Inoue ainda chorando.

– Eu já disse que não vou pra sempre. Além disso, eu tenho uma promessa para cumprir. – Disse Ulquiorra, lembrando Inoue sobre o pedido que ela fez. O pedido que, quando crescesse, ela poderia namorar o seu guardião.

Orihime se permitiu dar mais um abraço nele, que retribuiu. Dificilmente, ela o soltou. Aparentemente, Ulquiorra também não queria parar aquele abraço. Por ele, ficaria mais alguns meses perto dela. Mas tinha que ir.

Todos observavam Ulquiorra desaparecer da vista deles. E mesmo que desaparecesse, ficariam mais alguns minutos lá.

Ulquiorra, depois de tanto caminhar, chegou até o deserto noturno onde passou a infância ao lado de Mitsuko. Encontrou a sua antiga casa. Entrou nela e observou tudo que havia lá: Na sala, havia um sofá, um tapete e uma mesa e na cozinha, havia um caldeirão e algumas bancadas. Foi até a uma porta e viu que era um quarto. Era um quarto antigo de Ulquiorra. Havia uma cama, uma mesa de canto, um lampião e um guarda-roupa.

Ele olhou debaixo da cama e parecia que procurava algo. Era uma caixa com coisas antigas que ele colecionava quando criança. Havia pequenas pedras que brilhavam com a luz da lua, folhas com uma cor verde bem viva e pétalas de flores. Depois, ele foi até o quarto que era de Mitsuko. Era um pouco parecido com o dele. Ele lembrava quando ficava com medo do escuro quando tinha uns 5 anos e ia para o quarto dela. ‘’E eu chamava aquela menina de tola’’, pensava.

Logo depois, ele saiu da casa e olhou para a lua. Achou uma coincidência que muitos acontecimentos no seu passado era só à noite. Nunca havia a brilhante luz do sol.

No reino de Karakura, Orihime encarava a lua. E ficou pensando:

‘’Minha vida foi como uma planta. Só que ela não recebia a luz do sol, mas não significa que eu tenho que encontrar um para sobreviver. Mas meu sol chegou faz alguns meses. Ele sempre iluminava o meu caminho quando uma nuvem lançava raios na minha terra. Muitas vezes, minhas folhas murchavam, mas não me impediam de continuar lutando só para ficar ao lado do sol. Mas quando o sol ia embora, eu o aguardava para ver seu brilho outra vez. Porém, ele nunca me deixava sozinha, pois se transformava em lua. A lua me fazia companhia. Assim como Ulquiorra. Eu sei para onde o Ulquiorra foi. Ele foi encarar o seu passado e ser um sol mais brilhante, feliz e cheio de paz para a sua plantinha. Ele foi enfrentar suas noites de sentimentos. Noites de dor. Noites de felicidade. E principalmente, suas noites do passado. ’’


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Notas finais do capítulo

Eu farei uma continuação! Confesso que posso demorar para fazer, mas terá! É que eu estou trabalhando em outra Fanfic ''Família em Las Noches''! Eu quero agradecer a quem está acompanhando a Noites do Passado! Mas só para avisar pela última vez: NÃO É O FIM DE NOITES DO PASSADO! Farei continuação!
Me perdoe quem não gostou que o Ulquiorra foi embora! Mas é que eu já tive idéias para a continuação e eles não podem ficar juntos dessa maneira! Eu só estou já avisando, porque eu não quero receber pedradas ou coisa pior!
Beijos!



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