Eu Não Mudaria Nada Em Você. escrita por Amanda Suellen


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Leia as notas finais, IMPORTANTÍSSIMO!



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David Guetta - Baby When The Light

Juliana: Em primeiro lugar, eu não quero jogar basquete e segundo, se fosse pra alguém me explicar algo com toda certeza que não seria você. Agora fingi que eu morri e me esquece! – rosnei brava e o empurrando.

Travis: Ei, calma ai – ele falou segurando meu braço e me puxando para ele.

Por ainda estar um pouco tonta acabei caindo pra frente e ele me segurou mais forte, me dando equilíbrio e eu o olhei. Estávamos a um centímetro para nos beijar, desviei os olhos e notei que a Alice e a Natália nos encaravam.

Juliana: Acho que sua namorada está com ciúmes. – disse indicando o par.

Travis: Qual das duas?

Juliana: Não sabia que as duas eram suas namoradas.

Travis: Nenhuma delas é – ele respondeu com simplicidade – Não tenho namorada. Quero saber qual das duas você achou que fosse minha namorada.

Olhei surpresa pra ele, e toda aquela encenação na praia ontem? E o jeito como Alice garantiu que ele a amava? E por que ele acharia que eu estava incluindo a Natália também? Será que ele também cata ela? Será que ele está mentindo?

Ele estava me olhando de um jeito engraçado.

Travis: Talvez você tenha batido a cabeça com mais força que pensei. – ele disse – vamos lá, vamos dar uma volta, pegar um pouco de ar.

Tentei ver se havia alguma piada oculta nessa ultima sugestão de Travis. Estava sugerindo que ela era uma cabeça de vento que precisava de mais ar? Não, aquilo nem faria sentido. Como podia parecer tão sincero agora?

Juliana: Uma volta aonde? – perguntei com cautela.

Por que seria fácil demais eu me alegrar por Travis não ter namorada, e por ele querer ir a algum lugar comigo. Com certeza havia uma pegadinha em algum lugar. Travis simplesmente apertou os olhos para as garotas no canto da quadra e respondeu:

Travis: Em algum lugar onde não vamos ser observados.

Deixei-me guiar por ele, passando pelas animadoras que nos jogavam olhares curiosos e pelo pequeno grupo de vôlei, dando a volta saímos da quadra.

Juliana: Você não tinha que estar jogando? – perguntei enquanto passávamos pelo pátio vazio.

Travis: Sim.

Juliana: E por que não está?

Travis: Por que estou aqui. – ele sorriu e eu revirei os olhos. – você tem tique?

Juliana: O quê? – perguntei surpresa.

Travis: Seus olhos. Eles ficam se revirando toda hora. – ele falou rindo.

Juliana: Não, não tenho tique. – respondi brava. – E onde estamos indo afinal?

Travis: Telhado.

O olhei e ele parecia serio, continuei o seguindo.

x

Travis: O que achou? – ele perguntou, parando na minha frente e mostrando a visão linda de uma floresta que havia atrás da escola, lá de cima a visão era surpreendente. Ele parecia tão mais relaxado agora, que estavam longe de todo mundo.

Juliana: Nunca vi nada tão lindo. – respondi olhando para a floresta.

Ele se sentou na beira do parapeito que havia, e estendeu a mão para me ajudar. Instalei-me ao seu lado e o vi fechar os olhos, o vento batia fraco em nossos rostos e Travis subitamente abriu os olhos e sorriu – o mesmo sorriso meigo que eu vi por anos. Uma onda de déja vu me tomou por completa, tive que fechar os olhos para me manter equilibrada.

Travis: O quê foi? – perguntou ele, parecendo preocupado.

Juliana: Nada.

Travis: Jú.

Juliana: Só uma lembrança ruim. – sorri de lado.

Travis: Ruim como?

Juliana: Ruim do tipo que eu prefiro não falar.

Travis: Tudo bem.

O sinal bateu e ele se levantou, me ajudou a fazer o mesmo. E seguimos de volta para a quadra. Fernanda estava com o Math e assim que me viu veio correndo.

Fernanda: Minha puta! – ela gritou e me abraçou. – estava te procurando.

Juliana: Ah! Oi, que houve?

Fernanda: Onde vocês estavam? – ela olhou desconfiada pra mim e depois para o Travis.

Juliana: Em lugar nenhum – disse nervosa.

Fernanda: Ahn, sei. Enfim, vamos, temos aula de dança agora.

Juliana: Aula de dança? – a encarei.

Fernanda: Isso mesmo. Vamos.

Juliana: Mais e os meninos? E a Pietra?

Fernanda: Os meninos vão ter que continuar no treino mais um pouco, por que o capitão do time resolveu passear por ai – ela lançou um olhar fuzilando o Travis e continuou – e a Pietra ta na radio ainda.

Juliana: Ela fica a manhã toda lá?

Fernanda: Só hoje, por que tem que arrumar tudo e tal.

Juliana: Hum.

Fomos pra aula de dança, e eu acabei por descobrir que não era tão ruim como achei que era. Tive duas aulas de matemática e pra minha salvação o Lucas veio pra sala e me ajudou. O sinal então do intervalo bateu.

Fui almoçar com a Pietra e com o Lucas. Eu queria ficar sozinha, mas, conforme os alunos foram entrando no refeitório, as cadeiras à minha volta foram ficando cheias de membros do time de basquete. Os meninos se sentaram conosco também, Math e Nanda.

Caíque: Travis – ele disse assentindo.

Tanto eu quanto Nanda nos viramos e vimos Travis se sentando em um lugar na ponta oposta da mesa. Duas voluptuosas loiras tingidas com roupa das lideres de torcida o acompanhavam. Uma delas se sentou no colo dele, e a outra lhe acariciava a camisa.

Fernanda: Acho que acabei de vomitar um pouquinho – murmurou olhando pras duas.

A loira que estava no colo do Travis se virou pra ela:

XxX: Eu ouvi o que você disse, piranha.

Nanda pegou um pãozinho e o jogou, errando por muito pouco o rosto da garota. Antes que a loira pudesse dizer mais alguma coisa, Travis abriu as pernas e a garota caiu no chão.

XxX: Ai! – disse ela em um grito agudo, erguendo o olhar para Travis.

Travis: A Nanda é minha amiga. Você precisa encontrar outro colo pra se sentar, Meg.

Megan: Travis! – ela reclamou, esforçando-se para ficar em pé.

Ele voltou à atenção para o prato, ignorando a garota que olhou para a amiga e bufou de raiva. As duas foram embora de mãos dadas.

Travis deu uma piscadela para Nanda e como se nada tivesse acontecido, enfiou mais uma garfada na boca. Ele e Math trocaram olhares de relance e então ele começou uma conversa com um dos caras do basquete do outro lado da mesa.

Mais tarde

Estava em casa, sentada na cama com os livros espalhados em volta e a Pietra e o Lucas comigo, tentando impossivelmente enfiar algo de química na minha cabeça. Já era umas 5 horas, por ai.

Lucas: Jú, você entendeu? – ele disse paciente.

Juliana: O quê? – perguntei distraída.

Lucas: Cara se ta prestando atenção?

Juliana: Claro que to! É impossível eu aprender isso. – falei suspirando e jogando o caderno pra frente.

Pietra: Calma. Com o tempo fica mais fácil entender. Vamos do começo? – ela perguntou docilmente e eu assenti.

Quando ela abriu a boca pra começar a explicar novamente o Gui aparece na porta, e ela assim como eu o olhamos.

Guilherme: Eae Jú, Lucas – ele acenou com a cabeça e nós retribuímos então seus olhos caíram na Pietra – Podemos conversar?

Pietra: Eu e você?ela perguntou desconfiada e ele assentiu cauteloso – tudo bem. – ela me olhou.

Juliana: Ta já entendi, vamos Lucas, vamos sair do meu quarto.

Ela riu e nós dois descemos, Travis estava no sofá junto com o Math e a Nanda. Fui pra cozinha e peguei duas garrafas de suco, dei uma para o Lucas e a outra a abri. Voltamos pra sala e nos sentamos no outro sofá.

Juliana: Do que estão falando?

Matheus: Daqui duas semanas vai ter um Luau lá na praia, e estamos vendo os preparativos.

Juliana: Vocês é que preparam tudo?

Matheus: Não. Mas temos umas obrigações pra cumprir.

Juliana: Por quê? – perguntei confusa.

Fernanda: Por que eles são do time titular de basquete da escola, amor. E toda a escola vai ao Luau, entendeu?

Assenti e eles continuaram animadamente falar sobre o tal Luau, até Lucas me trocou por esse assunto. Mandei uma mensagem para o Caíque e o Rafa virem pra cá e assim que eles chegaram, ficaram jogando videogame comigo.

Quando já era umas 9 horas, finalmente, a Pietra desceu com o Gui logo atrás. Levantei-me e sorri pra ela, vendo o seu sorriso radiante de orelha a orelha. Dei boa noite pra todos e subi, tomei um banho quente e coloquei meu pijama, me deitei e dormi.


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Notas finais do capítulo

Amores, estou pensando em dividir a história em temporadas, o que acham? por favor, mandem suas opiniões.



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