Amor Imortal escrita por Lelon Lancaster


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo é mais curtinho....boa leitura.



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    Passei a semana e meia mais longa da minha vida no hospital. Haven vinha todos os dias na hora de visitas e me contava o que acontecera na escola. Damen ainda estava me dando um tempo e não aparecia para me visitar. Na maior parte do dia eu ficava sozinha no quarto pensando que ele tinha me contado. Agora que eu já tinha me conformado, o fato dele ser imortal não era grande coisa para mim.

    Quando chegou o dia de eu ir embora, Haven veio me buscar com um carro que nunca tinha visto antes. Os professores me deixariam refazer as provas que perdi e as lições que não fiz. Eles ainda não tinham descoberto quem havia me atropelado, mas eu tinha uma suspeita. Minha perna ainda estava quebrada, então eu tinha que andar com um gesso na perna e muletas. Haven me ajudou a tirar minha mochila do carro e me levou até meu dormitório. Tudo o que eu queria era um banho quente, comer comida com gosto e ficar na minha cama por baixo dos cobertores.

    Eu não vi a Drina em lugar algum, e dei graças por isso. A escola parecia mais cheia do que antes, ou eu fiquei muito tempo no hospital só vendo enfermeiros. Meu quarto parecia perfeito para mim. Tomei um banho quente e deitei em minha cama. Ouvi o barulho da chuva e caí na inconsciência.

     Acordei cedo, vesti meu uniforme e desci para o café da manhã. Eu tive certa dificuldade de descer as escadas de muleta, mas no final de tudo certo. Entrei na fila, peguei uma tigela de cereais e um copo de café e fui sentar ao lado de Haven.

    - Está tudo bem? – ela me perguntou assim que sentei.

    - Sim.

     Eu comia em silêncio enquanto ela conversava com a menina ao seu lado sobre um trabalho de História que deveríamos entregar na próxima semana. Estava quase acabando quando Damen se sentou ao meu lado.

   - Olá. – ele disse com um meio sorriso.

   - Olá.

   - Como você está?

   - Estou bem e você?

   - Estou bem. Como anda a sua mente?

  - Confusa, mas nada que eu não possa arrumar. Aliás, o que eram aquelas imagens que vi quando você me tocou?

   - São imagens de reconhecimento. São conhecidas também como Dejavú, só que elas são um pouco mais fortes. Elas vão sumir com o tempo, agora que você já sabe quem sou. Se você não soubesse elas iriam aumentar com o tempo e você acabaria descobrindo por conta própria.

 - Isso acontece com todos os protegidos?

 - Só com aqueles que já viram ou conheceram seu protetor.

 - Hmm

 - Tem uma coisa que eu queria falar com você. – ele falou depois de um longo minuto de silêncio.

 - Fala.

 - Eu andei pensando e eu queria que você me conhecesse direito, eu não pretendo me afastar de você. Então como nós vamos poder sair nesse final de semana, eu pensei em te levar para um encontro. Mas um encontro de verdade, não festas de estudantes e amassos na biblioteca. – eu queimei de vergonha com essa lembrança.

  - Falando nisso, por que você fugiu naquele dia?

  - Eu senti a presença da Haven. Eu sabia que ele não ia gostar de ver aquela cena, então fugi. Desculpe.

  - Tudo bem.

  - O encontro está de pé?

  - Sim. – ele me deu um beijo na bochecha e se foi.

   O dia foi puxado. Eu tive que ficar me arrastando pela escola com as muletas – cadê meu protetor quando eu precisava dele? -, fazer muitas lições atrasadas e estudar para os testes que seriam na próxima semana. Eu não costumava ser uma menina muito estudiosa, mas hoje eu estudei pela minha vida inteira. Quando fui dormir estava exausta e mal conseguia pensar direito. Mal sabia eu que no dia seguinte seria a mesma coisa.

  

    Quando chegou no dia do encontro, eu não sabia o que vestir. Eu escolhi vestir um vestido azul claro com um cardigã bege e sandálias. Eu não sabia o que ele estava planejando, mas com certeza seria fora dos limites da escola. Tomei banho com a água mais quente que o aquecedor permitia e fui me vestir.  Deixei meu cabelo solto caindo em ondas nas minhas costas, passei gloss e uma camada fina de rímel. Eu estava nervosa. Eu sabia que ele me amava, mas ele era um garoto como qualquer outro. Nesse momento meus pensamentos eram estrelas, que eu não conseguia arrumar em constelações.

    Eu ouvi três batidinhas na porta e o meu coração disparou.


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Notas finais do capítulo

Comentem.... quero comentários. Estão gostando, odiando?



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