Mi Mundo escrita por hungerpotter


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Tá ai o capítulo que eu li um pedaço na minha twitcam... As notas lá de baixo serão enormes por que tenho que dizer umas coisinhas.. Aqui sem delongas...



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Pov. Violetta.

            “O que será que aconteceu na primeira apresentação da Angie? Por que ela não quis contar na frente do papai? E por que papai ficou tão tenso quando citei o assunto? Mamãe, por que parece que eu nunca vou ter as respostas para as minhas perguntas?”

Fechei meu diário. Será que Angie iria me contar hoje? Recebi uma mensagem no meu celular:

Está acordada, pequena?”

“Estou sim, meu amor.”

Cinco segundos depois que recebi o aviso que a mensagem foi enviada, meu celular tocou e apareceu a foto do Leon no visor.

- Oi – atendi o telefonema.

- Oi. Como estão as coisas aí, na sua casa? – Leon perguntou preocupado.

- Seria estranho eu dizer que está tudo bem? – Falei brincando. – Digamos que eu só estou ansiosa.

- Ansiosa?

- Leon, alguma vez, antes de eu chegar ao Studio a Angie falou alguma coisa sobre algum show ou alguma sessão que ela fez?

Leon não demorou a eu responder, o que eu achei estranho.

­ - Não. Ela não comenta, sobre... – Ele parou de falar.

- Sobre o que Leon?

- Amor, eu acho que quem devia contar a você, é a Angie.

- Mas o que você sabe?

- Amanhã eu te conto, pode ser?

- E eu tenho outra escolha?

- Na realidade, não.

- Tudo bem, mas...

Alguém bateu na porta.

- Vilu, eu posso entrar? – Angie perguntou.

- Entra, Angie.

- Violetta – Leon falava ao telefone. – Vai conversar com a Angie. Amanhã falamos.

- Tudo bem.

- Boa noite princesa, te amo.

- Também te amo.

Desliguei o telefone e encarei Angie, que estava sentada na ponta da minha cama.  Foi ela quem quebrou o silêncio.

- Parece que você está feliz com o Leon.

- Estou mesmo e dessa vez, ninguém vai nos atrapalhar.

- E o Tomás? Tem notícias dele?

- Não. Quer dizer, ele fala bastante com a Fran e ele está trabalhando com música e está perto da família dele. A Fran me disse que ele prefere ficar na Espanha.

- Se ele está feliz lá, não tem o porquê voltar.

- Verdade. Mesmo você mudando de assunto eu ainda quero saber como foi sua primeira sessão.

- Vou te contar o que você quer saber, certo?

Parei para pensar um pouco. Não, não era isso que eu queria.

- Não, Angie, eu quero que você me conte tudo. Por favor. Tudo que aconteceu, como você sentiu, quem estava com você no palco, quem foi te assistir.

Ela respirou fundo e olhou para meu diário.

- Está bom, mas aconteceu muita coisa.

- Temos o tempo que você quiser.

- Eu tinha dezessete anos. Foi um ano que aconteceu muitas coisas, coisas boas e coisas ruins. No começo do ano, Maria marcou a turnê de despedida. Seria em outubro. Nesse mesmo ano eu e Pablo entramos no Studio. Eu estava tão feliz por que eu teria a oportunidade de seguir os passos da minha irmã. Assim que cheguei, Rafael veio falar comigo. – É claro que sim, Angie chama atenção por onde passa. – Ele não tinha assinado contrato ainda, mas já agia como uma estrela e queria que eu cantasse com ele. Assim como você, fui escolhida para ser a protagonista e o protagonista masculino, foi o Rafa, para a felicidade dele.

- Espera um pouco! – A interrompi. – Estamos falando de Rafa Palmer?

Pov. Angie

            - Sim.

Se Vilu queria saber a história inteira, eu contaria tudo. Afinal, toda família sabe o que aconteceu no passado uns dos outros.

- Angie! Ele já era apaixonado por você, desde... Sempre!

- Sim, sim. Bom, deixa eu continuar, por que tem muita coisa para contar. Então, Pablo nunca gostou muito do Rafa, mas... Acredite se quiser, só fui entender exatamente o porquê... Bom, nesse ano. Pensava que ele não gostava por causa da arrogância, mas...

- Não era isso.

- Então, era uma peça que se chamava “O Amanhecer.” Era um romance e em um dos ensaios Rafa acabou me beijando.

- Angie! Ele te beijou?

- Shh! – pedi que ela falasse baixo para que ninguém mais escutasse. – Na frente de todos.

- Foi teu primeiro beijo? - Concordei com a cabeça. – E como foi?

- Não foi como toda garota sonha. Eu não gostava do Rafa, estávamos no palco, ensaiando na frente de todo Studio e ele me beijou. Depois desse beijo aconteceu muita coisa e foi tudo ao mesmo tempo. Sai correndo para o camarim procurar por Pablo, mas ele estava muito bravo comigo, pensou que eu tinha feito de propósito e não quis conversar comigo. Sai do teatro e fui para casa. Chegando lá, minha mãe e Maria estavam conversando. Quando entrei na sala elas ficaram quietas e me olharam preocupadas. Maria me contou que teria que adiantar a viagem, por causa de ensaios e passagem de som, portanto ela não poderia assistir minha estreia. Porém elas me prometeram que Maria voltaria para minha última sessão e segundo elas, Maria traria muitos presentes de todos os países que ela passasse. Eu estava muito triste, mas entendi. Maria viajou no mesmo horário que começou a apresentação.

- Foi na viagem em que a mamãe morreu, não foi?

- Não exatamente. Eu faria sete sessões, uma em cada noite. E Maria passaria por três países. Ela saiu da Argentina e chegou à Espanha, na França e na Itália. Quando ela estava voltando, aconteceu o acidente. Mas minha mãe não me contou no dia, pois era minha última sessão. Lembro-me de estar no palco e procurar na plateia por Maria. Mas só achei meu pai. Depois, me contaram.

- Angie...

- Bom, não era bem isso que você queria saber não é? – limpei as lágrimas que escorriam sobre a minha face. – Mas isso foi minha primeira peça. Mas, vamos voltar à primeira apresentação.

- Depois do beijo, certo?

- Certo. Eu fiquei um tempo em casa, tomei banho e voltei para o ensaio. Eu ainda estava chateada com o Rafa, ele ainda estava tentando falar comigo e Pablo nem olhava na minha cara. Lembro que a hora de estreia era as seis horas e só consegui explicar as coisas para Pablo, as cinco horas. Quando estávamos prontos para entrar conversei com Rafa e pedi que ele entendesse que eu não queria ter nada com ele. Quando eu subi no palco pela primeira vez e vi todas aquelas pessoas olhando para mim todos os meus problemas desapareceram. Eu pensava que se Maria estivesse ali, ela sentiria orgulho de mim, orgulho da minha música, orgulho de tudo que estava acontecendo. Foi mágico, eu nunca tinha sentido nada igual. E no final, quando eles aplaudiram de pé, eu me senti realizada. No segundo dia, eu me senti melhor ainda. Foi quando eu percebi que era realmente o meu lugar, que eu queria estar nos palcos, para sempre.

- E por que você parou Angie? Por que não se apresenta mais?

Não, isso eu não podia contar para ela. Eu não aguentaria...

- Vilu eu preciso ir para casa, ainda estou cheirando a laranja.

- Angie, você está fugindo do assunto ou fugindo de dormir aqui em casa?

- Eu fugindo? Não, eu realmente preciso ir. Amanhã tenho que dar aula no Studio, eu tenho que conversar com Luca, com Antônio...

- Angie, minha casa é muito mais perto do Studio do que a sua.

- Eu sei Vilu, mas eu preciso tomar um banho, trocar de roupa, dormir...

Já fui me levantando e indo em direção à porta.

- Angie! Espera!

- Boa noite Vilu – abri a porta do quarto e gritei lá de fora: - Te amo.

- Angie.  – Ela apareceu na porta. Virei de costas e fui andando para trás.

- Amanhã, vamos juntas para o Studio?

- Angie cuidado!

Olhei para frente e desviei da mesa que tinha no corredor indo para o lado, mas quando parei a porta do quarto do German se abriu batendo com tudo no meu rosto. Caí no chão na beira da escada.

- Angie! – Eu estava com os olhos fechados, mas ao sentir o toque de German abri os olhos. – Você está bem?

- Angie! – Violetta se ajoelhou ao nosso lado.

- Eu to bem – falei sentando.

Eles olhavam para mim preocupados, então eu sorri e comecei a rir. Ele não entendiam o porquê.

- Você está bem?

- To sim – eu falei parando de rir. – Mas Vilu, eu preciso ir para casa.

- Por que? – Ela e German perguntaram juntos.

- Porque eu estou cheirando à laranja! Eu preciso ir para casa, tomar um banho. Amanhã eu preciso resolver o negócio do Resto, antes de começar a aula.

- Papai não vai deixar você voltar sozinha para casa a essa hora, não é papai? – ela deu uma ênfase em “papai”.

- Não, eu não vou deixar.

- Então eu aceito uma carona.

- Sabe o que é Angie, é que o carro estragou, não é papai?

- Estragou e estamos sem telefones, não podemos chamar um taxi.

- E deixa-me adivinhar, isso é por causa dos duendes? – Eu perguntei sorrindo.

- Sim – German respondeu me levantando. – Você está trancada na torre, princesa.

- Bem vinda ao clube! – Violetta me abraçou e depois se afastou de nós,

Enquanto Violetta se dirigia até seu quarto, German me olhava atentamente.

- Não acho que você esteja bem. – German perguntou, quando Violetta fechou a porta.

- Por que você acha isso?

- Não é normal alguém ficar batendo o nariz, em todas as portas.

- Também não é normal ficar trancando a família em casa – rebati brincando.

- Eu quero minha princesa só para mim.

(...)

Eu e German fomos para a sala, onde deitamos no sofá e ficamos assistindo qualquer coisa. Na realidade, nem prestei atenção no programa que estava passando, o que importava é que eu estava com German. A casa estava em silêncio e conseguia escutar as batidas do seu coração.

- German, eu vou dar boa noite para a Violetta.  – falei levantando do sofá e ajeitando meu cabelo.

- Posso ir junto, ou vocês duas ainda escondem mais alguma coisa? – German falou brincando o que me fez sorrir.

- Não existem mais mentiras entre a gente.

Subimos as escadas de mãos dadas e bati na porta do quarto da Violetta.

- Entra – ela falou lá de dentro.

German abriu a porta e soltamos nossas mãos.

- Viemos te dar boa noite. – Violetta sorriu radiante.

- Por que esse sorriso bobo Violetta? – German perguntou.

- Eu estou tão feliz. Algumas vezes eu tinha vontade de bater na cabeça de vocês para ver se existia algum cérebro ai dentro.

- Violetta – eu a repreendi. – Não fala assim...

- Ora Angie, de duas a uma. Ou vocês eram cegos ou burros.

- Já chega né mocinha? – German falou sorrindo. – Quem tem que dar os sermões aqui, sou eu.

Eu sabia que Violetta estava falando a verdade, mas sorri e fiquei quieta.

- Vou te emprestar um pijama Angie – ela levantou da cama e foi buscar a roupa para mim.  

- Vou resolver umas coisas com o Ramalho, boa noite Vilu – ele foi até a menina e deu um beijo em sua testa.

- Boa noite papai.

German me deu um selinho e saiu do quarto. Violetta esperou a porta fechar para dar um gritinho.

- Angie eu estou tão feliz! Tudo está dando certo! Agora... Bom... Eu preciso conversar com o papai logo...

- Violetta – fiz um movimento com a mão para ela ficar mais calma. – Deixa que eu e teu pai cuidamos de tudo tá?

- Angie, dá última vez que vocês “cuidaram de tudo” quase que ele casou com a Jade e eu quase fui para o Qatar.

- Dessa vez vai ser diferente.

- Espero que sim. Agora vai por que teu príncipe encantado está te esperando.

Olhei para baixo sem jeito e sorri.

- Falando em príncipe encantado, parece que o teu está ligando. - O celular da Violetta estava em cima da cama e estava tocando. – Pode atender, já estou saindo.

- Oi Leon, espera um pouco. – Violetta falou atendendo a ligação e depois se dirigiu a mim: - Angie...

- Fala com ele Vilu – falei me aproximando da porta. – Boa noite, te amo.

- Boa noite, Angie. Também te amo.

Fechei a porta e deixei os dois conversando. “Onde você está com a cabeça Angie?” perguntei a mim mesma.  Bati na porta do quarto da Violetta e quando ela autorizou entrei.

- Vilu, esqueci o pijama.

- Ah! Angie, olha aqui – ela me deu uma bolsa. – Quando você foi embora deixou umas roupas suas no varal. Está tudo ai dentro.

- Obrigada. Manda um boa noite para o Leon. Não vão dormir tarde, os dois.

- Digo o mesmo a você.

Encarei Violetta por um momento repreendendo-a com o olhar, mas ela começou a rir e arqueou as sobrancelhas.

- Comporte-se Violetta – falei apontando para seu celular. Leon era meu aluno acima de tudo, Violetta não podia ficar falando essas coisas. – Boa noite.

- Boa noite Angie – ela disse ainda sorrindo.

Fechei a porta e parei por um momento. Lembrando-me do que Violetta disse e ri sozinha. Agora ela estava tão feliz, sorria todos os dias e isso me deixava feliz.  Desci as escadas e encontrei German na sala ao telefone.

- Verei o que posso fazer. Tentarei resolver tudo aqui, será melhor assim.

Ele desligou o telefone e guardou no bolso.

- Tudo certo com a empresa?

- Por enquanto sim, mas ainda preciso fazer algumas ligações. Espera-me?

- Sim. – Ele sorriu e foi para o escritório.

Não sabia quanto German demoraria, então resolvi ir para o banho. Fui até meu antigo quarto, que ficava em um corredor depois da cozinha. A porta do quarto de Olga estava fechada, mas conseguia escutar sua televisão. Na bolsa em que Violetta me deu, tinha um pijama dela, um vestido meu e outros itens. Fui para o banho, sem pressa para sair, porém sem intenção de demorar. Coloquei o pijama que Vilu havia me emprestado e me olhei no espelho. A blusa estava meio curta de um modo que aparecia uma parte da minha barriga, mas a calça estava de um tamanho bom. Voltei para sala.

- German? – Quando ele se virou, me olhou e sorriu. Fiquei sem jeito e discretamente tentei puxar a blusa do pijama mais para baixo, mas não deu certo.

- Está cansada?

- Foi um dia longo – admiti.

Muita coisa havia acontecido hoje. Acordei decidida a não deixar que o amor interferisse na minha vida profissional. Antes do almoço o amor já tinha tomado conta dos meus pensamentos e estava encharcada. German conheceu o Studio, os amigos da Violetta e percebeu o quanto tudo aquilo é importante para ela. Passei o dia todo com ele, conversamos sobre a Maria sem nos estressar, contei para Violetta sobre minha primeira sessão e sobre Rafa Palmer. E tive a capacidade de derrubar suco de laranja na minha roupa e bater com a cara na porta. De uma coisa eu estava certa: minha família agora estava completa e eu estava com quem eu amo.

- Você tem razão – German concordou. – Foi longo, mas foi perfeito.

Seus olhos encontraram o meu e fomos nos aproximando, até que nossos lábios se encontraram. Foi como se meu corpo não me obedecesse mais, apenas seguia a paixão que crescia dentro de mim. Naquele momento não conseguia pensar em outra coisa, se não eu e German, juntos para sempre.

- Vamos apagar todos os nossos erros e começar novamente – ele me disse.

- Dessa vez, sem mentiras. – sorri para ele, que assentiu com a cabeça. – Boa noite, meu amor.

Falei dando um selinho nele. Quando comecei a me afastar, German segurou meu braço e disse:

- Aonde pensa que vai? Essa noite você dorme comigo. 


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Notas finais do capítulo

O que acontece entre quatro paredes, fica entre as quatro paredes... Olha só, tem MUITA coisa nesse capítulo. Tem uns dois itens para se pensar, tipo: "ele (a) disse isso por que vai acontecer alguma coisa." Mas se você se deixar levar apenas pelas coisas fofas, vai passar em branco.
Pergunta: Tá bom o tamanho do capítulo ou ficou grande?
#Fato --> quando eu fizer twitcam liberarei mais spoilers.
#Assunto --> To super chateada com meus leitores de Always, então vou transformar meu ask inteiramente Violetta. Só não vou poder mudar o link por causa do meu twitter e tals. Gente meu twitter é também de Violetta okay? Passem no meu ask, no meu twitter, comentem e sejam feliz!
@hunger_potter
http://ask.fm/thehungerpotter
Beijos, Dudabi