O Fantasma escrita por L N Oliveira, Mandy Sants


Capítulo 2
O garoto de olhos azuis.


Notas iniciais do capítulo

Por favor comentem!



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   Elena se inclinou em minha direção seus olhos brilhando por conta da animação. Pelo seu jeitinho pude deduzir que ela era uma líder de torcida.

    – Eu sou Alice Cullen. – disse a garota baixinha com jeitinho de fada. Ela abriu um sorriso largo para mim, por retribuição sorri de volta apesar de desanimada.

   – É um prazer conhecê-las. – eu disse com educação. Elena olhou para a foto que eu estava observando há pouco.

   – Por que estava vendo a foto dele? – perguntou ela apontando o dedo em direção a foto. E agora? O que eu diria?

   – Quem é ele? – questionei, fugindo do assunto.

   – Ele era um dos alunos aqui. – disse Alice com um tom rancoroso, seus olhos observando atentamente as linhas do rosto do rapaz. – Ele se chamava Damon Salvatore.

   – Por que você fala como se fosse passado? – questionei hesitante. Desviei meus olhos para que não deletassem o que eu sentia naquele momento.

   – Ele morreu a mais de cinco anos. – explicou Elena. Encarei a foto com uma sobrancelha erguida, era impossível isso, eu tinha visto com meus próprios olhos a pessoa que morava naquela casa me observando, eu tinha visto aqueles olhos azuis emoldurado agora na foto! Não podia ser verdade o que Alice estava me dizendo.

    – Foi melhor assim! – resmungou Alice irritada. Ergui minha sobrancelha confusa. Ela deveria te-lo conhecido. Fingi não me importar com o tal fato, mas foi inevitável lançar um ultimo olhar para a foto.

    – Então, como esse tal Salvatore morreu? – perguntei tentando disfarçar meu interesse. Nós começávamos a chegar à sala, quando finalmente Elena respondeu ainda que hesitante.

    – Ele desapareceu alguns anos e então encontraram um corpo totalmente carbonizado, na antiga casa deles. Acho que você já a viu fica bem próxima da entrada na cidade. – ela disse dando de ombros. – a casa ate hoje esta abandonada, ninguém nunca entrou lá. Isso parece historia de terror não? – disse ela rindo alto.

     Revirei meus olhos com o mesmo humor apesar de desconfiar desse assunto. Algo estranho tinha acontecido ali. Mas para que eu estava me envolvendo nessa historia? Ela não dizia nada a respeito de mim, o melhor que tinha a fazer era esquecer essa historia. Não era da minha conta mesmo.

      – Se quiser podemos fazer companhia para você a partir de agora. – sugeriu Alice animada. Assenti com a cabeça em um sim, fingindo estar animada. Em seguida a conversa seguiu sobre uma nova cor de esmalte que Alice havia comprado semana passada, na maioria do tempo eu apenas concordava com o que elas diziam. Meus pensamentos voltados pelo fato da morte de Damon, não fazia sentido isso.

      As aulas se arrastaram lentamente, como se o relógio estivesse parado no tempo. Observei a pequena floresta de pinheiros que rondava a escola, tão misteriosa e ao mesmo tempo bela que durante um bom tempo, me peguei perdida em pensamentos apenas a observando. Assim que o sinal tocou sai quase que correndo da sala, em direção ao meu carro.

     Hesitei algumas vezes antes de entrar no carro, não estava totalmente pronta para enfrentar o caminho de volta. Afinal a historia do Damon ainda me atormentava, eu simplesmente não podia deixar quieto, o que estava acontecendo. Algo me dizia que ali tinha coisa, talvez algo muito serio.

     Elena insistiu para que eu ficasse e discutisse o planejamento da “festa” do pijama com ela, mas eu estava atormentada de mais para fingir algum interesse naquele assunto. Enturmar-me com as pessoas não eram meu forte apesar de nesse dia eu tenha ganhado atenção de mais!

     Liguei o motor, ávida por silencio. Durante um bom tempo, dirigi lentamente em direção da minha casa, quando novamente os olhos azuis tornaram a me atormentar. Era impossível, de alguma maneira eu me sentia ligada a isso. Instintivamente, virei à curva que ia em direção a entrada da cidade. Ainda hesitante estacionei meu carro atrás de uma arvore a mais ou menos um quilometro de distancia para que eu não fosse notada. Caminhei em direção a enorme mansão que segundo Elena e Alice outra hora foi do Damon Salvatore.

     Tentei empurrar a porta imaginado estar trancada, mas para minha surpresa não estava, hesitei antes de entrar. A porta se fechou atrás de mim me dando um susto. Encarei a enorme sala em minha frente, havia um grande e largo corredor que seguia em direção a uma sala extremamente ampla, os pisos eram de madeira antiga e velha – que conforme eu me movimentava faziam barulhos irritantes, o que poderia mostrar que estava ali. – as cortinas eram de um vermelho bordo, com alguns pequenos detalhes em dourado, no centro da sala havia um grande lustre de cristal, junto com uma estante de livros imensa – cujo fiquei durante um minuto admirando os títulos de diversos autores. – as janelas como eu já havia notado desde o inicio eram incrivelmente grandes.

      Aproximei-me da lareira com a sobrancelha erguida, como se estivesse ali há pouco tempo. Perto de mim, um corvo pousou do meu lado, me assustando. Saltei para trás reprimindo um grito que começava a se formar em minha garganta. Ele me encarou durante dois minutos sem se mover, seus olhos encarando os meus de um jeito estranho para um animal, como se ele próprio tivesse consciência de algo. Balancei minha cabeça tentando afastar todos esses pensamentos loucos. Eu estava delirando.

      Marchei em direção a porta quando de repente um estranho nevoeiro me alcançou. Ela tinha um cheiro diferente quase que adocicado, e enjoativo. Senti meu estomago se revirar, conforme ela tocava minha pele.

      Estendi minha mão para pegar a maçaneta da porta quando ouvi um pequeno grunhido vindo de trás de mim. O som não me era familiar, e tão pouco simpático.

     – O que você faz aqui? – ralhou a voz. Virei-me rapidamente surpresa, quando meus olhos pousaram na pessoa. Um homem.

    Seus olhos azuis pousando em mim, com um misto de sentimentos cujo eu não pude reconhecer. Era ele. Damon Salvatore.


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Notas finais do capítulo

O que acharam??