You Belong With Me escrita por FreddieMcCurdy


Capítulo 33
Proposta perigosa ?


Notas iniciais do capítulo

Yoyoo guyssssssCapítulo meio curto, e o próximo é da >perfeita< Carly Shay, em mais uma de suas aventuras com um tal de Ethan Wate.



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O barulho do despertador, lá ao longe, me fez cruelmente abrir os olhos e lembrar que estava naquele chão duro. A blusa social branca que só cobria até o meio da minha coxa estava aberta, com as pernas tortas quase encostando no tapete. Levantei a cabeça, que ainda latejava, para enfim desligar aquela droga.

Haviam sete chamadas perdidas. Claro que quatro delas eram do babaca do Harry, mas as últimas me surpreenderam. Duas de Freddie e uma do Goran. Claro, estranhei. Duas mensagens de voz na caixa de entrada.

"Olá, Samantha... Bem, não é muito seguro falar esse tipo de coisa no telefone, mas quero que passe em seu escritório hoje para pegar o endereço de nossa reunião para definir aquele... Como é que vocês dizem? Ah, "lance", em que se envolveu. Se eu descobrir onde é aqui, te mando via mensagem de texto. Por favor, se possível, não se atrase, e venha com roupas confortáveis."

A voz da mulher sonolenta soou: "Continue na linha para ouvir a próxima mensagem de voz."

Aguardei, ouvindo a respiração de alguém. Cheguei a cogitar a idéia de desligar, porque o dono daquela voz provavelmente era o Harry. Mas aquela outra voz invadiu meus ouvidos, e quase tive um infarto.

"Sam?" Silêncio. "Eu... Eu não sei o porquê de está escrevendo isso... Acho que não consegui desligar o telefone quando vi que você não ia atender. Claro, é tarde, deve estar dormindo, sei que nem um trator te acorda quando está cansada." Ele riu, e eu também, o esperando terminar. "Sei lá, acho que só queria ouvir sua voz. Eu... Ah, como sou ridículo" sussurrou. "Boa noite, loira."

Assim que a mensagem acabou, se instalou um sorriso em meu rosto. Freddie tinha me ligado só para ouvir minha voz? Será que ele estava querendo me dizer alguma coisa além disso?

Ai, claro que não. Estava estranho, como se não tivesse assunto. Nossas conversas sempre foram totalmente espontâneas, e os silêncios repentinos não me incomodavam, como não incomodavam a ele também. Mas agora Freddie parecia preocupado, como se só quisesse falar comigo e se estivesse nervoso por isso.

Coloquei meus cabelos para trás da orelha, indo até o quarto. Isso tudo era muito estranho. Primeiro, Harry vem me dizer que gosta de mim, agora Freddie fica todo estranho no telefone, me fazendo imaginar outras coisas. Qual é, tô vivendo um pesadelo?!

É claro que exagerei na noite passada. Não devia ter batido nele, ou surtado só porque ele queria se envolver de alguma forma comigo. Mas o fato é que minha cabeça não para de dar infinitas voltas, e os nervos ficam à flor da pele toda vez que respiro.

Os cabelos caíam ao ombro molhados e lisos, enquanto eu passava um pouco de perfume prestes a sair de casa. Eu usava uma calça legging preta, pronta para correr. Era estranho Goran me ligar só pra uma reunião, e ainda fazer questão de eu ir com roupas "confortáveis", mas não questionei. Ele havia me passado um endereço por SMS de um terreno abandonado no centro da cidade.

Assim que passei pelo portão velho, avistei uma casa enorme e de paredes pichadas. Uns homens a rodeavam, de terno e gravata, liberando minha entrada.

Lá dentro, a sala parecia o oposto do que vi até ali. Grandes e estilosos móveis brancos e pretos, com uma mesa para dez pessoas bege bem no meio. Goran estava sentado em uma das cadeiras, esboçando um sorriso simples ao me ver.

–Ai está a Samantha! - os olhares dos outros logo chegaram em mim, dispersando logo em seguida. - Achei que não viria.

–Uns problemas aí, mas cheguei. - já imaginava que aquilo tudo seria por causa do roubo no banco, neste próximo fim de semana. - Podemos começar?

Ouvi alguém zombando de algo no fundo da sala, mas só ignoro. E foi nesse exato momento que percebi a presença de três rostos conhecidos. A ruiva ao meu lado não me olhou nos olhos, e os dois homens muito menos. Os três tinham ido à sala do Mark há alguns dias, e pelo jeito não eram de brincadeira.

–Muito bem - Goran começou. - Sou só um presidente de empresa, não quero meu nome envolvido. Vocês já sabem tudo o que vão fazer, mas hoje vou repassar o plano para a srta. Puckett, que foi inserida no lugar do Antony. Como já perceberam, não vai precisar de mais de meia dúzia nisso. A maioria das pessoas dessa sala serão apenas contribuidores. Alguns são policiais que vão cobrir, outros trabalham no banco. Não tem como dar nada errado.

–E não dará. - a ruiva falou, destemida. Levantei as sobrancelhas, olhando para o mapa em cima da mesa.

–Muito bem. - um cara meio gordinho que usava um terno cor-de-rosa pigarreia, apontando para o beco ao lado do banco, no mapa. - Uma e dezenove da manhã de domingo. Katherine, Paul e Samantha vão subir por uma corda, escalando até o teto do prédio. Assim que chegarem lá até a 01h21min, Paul vai passar seus equipamentos pelos componentes do grupo e vocês irão pular para o prédio do banco. Nessa hora, nossa querida faxineira Neusa irá estar esperando no terraço. Vocês passarão para dentro do prédio no último andar, o único sem câmeras, e vão pelo tubo de ar até a sala principal. - seu dedo correu até o outro lado do mapa, pairando sobre uma grande divisão da planta do prédio. - Aqui é onde estão os cofres. Nessa parte, Samantha entra.

Ao ouvir meu nome de novo, a garganta travou. Todos me olharam, porém não demonstrei nada. Só continuei a ouvir, com atenção.

–Bem aqui estão todos os cofres da cidade. Você vai simplesmente abri-los. Leva seis minutos para abrir tudo, onde Katherine já vai esvaziá-los e lacrá-los novamente. A passagem estará aberta graças ao nosso incrível Dean e vocês passarão para o último estágio. Nessa hora, as bombas já terão explodido e os dezesseis caixas eletrônicos estarão abertos. É pegar tudo, empacotar e seguir para as escadas, voltando ao terraço. Trevor estará lá em cima preparando a corda, e vocês descerão. Será quase duas da manhã, hora em que Loki passará fazendo sua ronda como guarda-noturno. Katherine vai ser a última a descer da corda e a cobrirá de gasolina, deixando pronta para Lilian botar fogo e acabar com as provas do crime. Na esquina, eu estarei com a van, onde nos seguiremos para cá e contaremos o lucro.

Não tinha gravado absolutamente nada do que ele falara, mas eles me encararam e assenti, quieta. Goran bocejou, pronto para falar algo importante.

–Me escutem. Assim que saírem do banco, venham direto para cá, onde vai haver a contagem da grana. Claro que serão recompensados, já expliquei mil vezes. vinte por cento para os irmãos Abbey - os quais eu pesumi serem a ruiva e os dois caras - e vinte para Samantha. Mas isso não quer dizer que o valor vai ser integral. Vai depender do quanto vamos arrecadar. É. Muito. Dinheiro. Em. Jogo. Minha vida depende de vocês. Não me decepcionem.

As luzes piscaram, mas pelo jeito fui a única que fiquei apavorada com isso. Deve ser normal acontecer num terreno baldio. Assim que Goran acabou de falar, o gordo pegou os mapas de cima da mesa e entregou um para cada um que estava naquela sala. Eu não tinha ideia de como ler aquilo. Parecia mais mil caixas, uma por cima da outra, com uns rabiscos.

–Samatha, Katherine, Paul e Dean, podem ir para a sala da simulação. Vou repassar as ordens para os outros. - falou, se sentando ao lado de Goran.

Eu obedeci, sem hesitar. Logo ao fundo da sala, tinha uma porta enorme com uma cor vinho escuro. Katherine foi na minha frente, e os irmãos foram atrás de mim. Assim que entrei, tive quase que um choque. Era uma área aberta, com um prédio baixo sem pintura, idêntico ao banco. Katherine colocou um par de luvas pretas, parando para fechar as botas de couro.

–Novata? - sua voz soou, um tanto quanto arrogante. Eu dei de ombros, voltando a encarar o prédio.

–Nem tanto. - ela deu uma risada irônica, enquanto eu revirava os olhos.

–Patrãozinho disse que você já foi presa mais de três vezes. O que fez? Roubou pão da padaria?

Não estava gostando daquela conversa. Dessa vez, a encarei. Katherine tinha os cabelos repicados e até o meio das costas. Um ruivo alaranjado. Seus olhos eram mais verdes que o mar, e sua maquiagem preta realçava isso.

–Na verdade, não. Por que? Você já foi em cana?

Foi ela, dessa vez, que revirou os olhos.

–Matei um cara e suas duas vagabundas. Ele me irritou. No ano seguinte, botei fogo numa vadia enquanto ela dormia, e em sua família toda. Mas fica fria aí, novata, deixa tudo comigo.

–Tá achando que vai me assustar? Eu não tenho medo de psicopata. Convivi com a minha mãe por tempo suficiente pra isso.

–Não tô te botando medo, fofa. - com três passos, Katherine chegou até mim, mexendo no meu rabo-de-cavalo. - Não quero nada com você. É mimada demais pelo Goran pro meu gosto. E não tem cara de metidinha. Fica 'tranq'.

Dito isso, Katherine me deu um sorriso, e se ajoelhou novamente para arrumar o outro pé da bota de couro. Tá, então é só ficar fora da mira dela que não viro churrasco.

–Mas então... - ela ergueu a cabeça para me olhar - O que vamos fazer aqui, nesse lugar? - meus olhos bateram de novo no prédio cinza, sem portas nem janelas.

–A simulação. A simulação do roubo. - disse, fazendo parecer óbvio. - Você sabe, praticar quarenta vezes o mesmo trajeto para não dar nada errado no dia. E faltam só dois dias. Acho melhor a gente andar logo com isso.

Assenti. Ela deu uma risada engraçada. Pelo jeito, eu estava com uma careta de náuseas.

–Tá, vou te explicar. Você, Paul e eu. Paul: o cronômetro e escalador profissional. Consegue domar até seis metros de altura e tem habilidade para contar o tempo com os pés amarrados nas costas. Eu: a garota prodígio. Sei uma tática de hipnose tailandesa, deixando minha vítima vulnerável por um minuto e meio. Pequena, ágil e violenta. Você: menininha do chefe. Arromba com um grampo de uma mão só. A chave mestra de todas as fechaduras. Essas são as armas do crime.

–Então o que você quer dizer é que...

–Sim. Vamos escalar por uma corda, pular o prédio, descer por um elevador, rastejar pela tubulação de ar, roubar e lacrar cofres, explodir caixas eletrônicos e correr para uma van na esquina. No outro dia, ninguém vai saber que sequer estivemos ali, já que os comparsas vão substituir as imagens das câmeras por imagens de uma outra noite qualquer e Neusa vai tirar os restos dos caixas eletrônicos explodidos. Fim.

–É...

–O crime perfeito. - Katherine falava como se já tivesse decorado tudo. - Sem vidros quebrados, cadeados violados ou pegadas no chão. Eu planejo assaltos desde a quita série. Nada vai dar errado.

Estava surpresa com tudo aquilo. O gordo já estava com uma prancheta ao lado de um dos irmãos da Katherine, falando e anotando algumas coisas. E, foi com um tiro ao céu que eu fui puxada pela ruiva para a lateral do prédio idêntico ao banco, enquanto o outro irmão colocava a corda para escalarmos até o terraço.

Agora começava a simulação do crime.


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Notas finais do capítulo

Vou revisar os erros depois de postar. Mas, me digam uma coisa: gostaram ou não gostaram da Katherine? É só uma personagem secundária, mas preciso de opiniões! Chegando momentos Seddie... talvez.



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