You Belong With Me escrita por FreddieMcCurdy


Capítulo 27
Ué, liga pra sua "namorada", então.


Notas iniciais do capítulo

Oi! Sem muita enrolação, ok? Esse capítulo tá no ponto de vista do meu personagem favorito da série, e serão dois capítulos mostrando o mesmo dia de cabeças diferentes. Primeiro, Freddie Benson.Adorei escrevê-lo, e espero que gostem!



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Eu mal tinha chegado do horário de almoço e logo vieram duas garotas, deviam ter uns quatorze ou quinze anos fazendo estágio, me falarem sobre mais coisas que eu deveria fazer nesse fim de tarde. Essa vida de “chefe” no velho clube AV já estava me dando nos nervos.

–Freddie, passou na faculdade ontem? – Brad disse, colocando os cabelos longos para trás, e jogando a miniatura de um computador em cima da minha mesa que ficava ao lado da dele.

–Sim, dei umas aulas de computação. Por quê?

–Fiquei sabendo que a Seattle University vai fechar, hein? – ele coçou o nariz, pelo jeito estava com a rinite atacada, como sempre. – Deu uns rolos lá, parece que essa merda cai no fim do ano.

–É, vamos ver. Mas até o fim do ano espero não depender de um salário extra pra sobreviver. – eu ri, e Brad fez o mesmo assim que se sentou na cadeira.

Eu estava cada dia mais feliz por ter conseguido me destacar em tudo isso. Quem diria que de um pequeno “clube de nerds” ia sair um dos pontos tecnológicos mais importantes da cidade, ou até mesmo do estado? A nossa equipe estava evoluindo, fazíamos projetos para tudo, desde pequenos negócios até grandes empresas. Sorri, orgulhoso.

–Freddie, pode me ajudar? – a menina de antes, uma magrela e de cabelos bem escuros, apareceu na frente da minha mesa. – Sei que agora está ocupado, mas estamos com problemas.

–O que foi?

–Nevel Papperman. Esse cara insiste em dizer que trabalha sozinho aqui dentro, fica enchendo meu saco para eu obedecer suas ordens e ao que me parece está tentando assumir a liderança aqui. Sei que não tenho muita experiência e que isso pode parecer grosseiro, mas segundo o nosso chefe, você é quem está no comando dessa sede.

–Sim, sim. Ficou claro quando ele disse que eu me destaquei mais que o Nevel. Ele sempre foi assim. Pode chamá-lo aqui, por favor?

–Ele já está ali na porta. Só um segundo.

Ela foi rápida para sair, e logo o mauricinho já se debruçava em minha mesa. Nevel não mudara absolutamente nada. Cabelo lambido, roupas de segunda mão e cara de tacho. Sempre foi desses egoístas e de só pensar nele, e até hoje dou risada por sua mãe ter descoberto que havia um lugarzinho onde os nerds trabalhavam juntos e ter o obrigado a entrar no clube. Claro, odiou, mas não desobedecia a mamãe.

Ele se debruçou na mesa, revirando os olhos.

–Ainda não sei o porquê de eu ser ridiculamente obrigado a vir até aqui olhar pra você, “iCarlie”.

–Águas passadas, Papperman. – eu levantei as sobrancelhas, e soltei um riso sarcástico. – Tem como você ficar na linha?

–O que quer dizer com isso, Fredward? – a arrogância e bichice de sua voz me irritou profundamente.

–Os outros estão reclamando demais sobre você ser individualista. Tem como ou não?

–Ainda não entendo o que quer dizer. – ele soltou toda sua raiva na frase, olhando para as unhas. Jurava que ele era gay, e poderia apostar todo o meu dinheiro nisso.

–Olha, não queria ser chato, mas eu fiquei responsável por aqui. Ou muda ou cai fora.

–Você... você não pode me demitir!

–Não, não posso. Chega de fazer teatro, cara. Desse jeito pode acabar prejudicando o resto das pessoas que querem trabalhar, e ninguém aqui é seu escravo. Pare de se anti-socializar irritando as garotas, e volte pra sua sala agora! - gritei.

Os olhos dele me trucidaram de dentro para fora, e Nevel levantou as calças ridiculamente, saindo desfilando. Eu não conseguir conter o riso quando ouvi Brad gargalhar ao meu lado, e me sentei massageando a área entre os olhos.

–O todo poderoso Benson, hein?

Eu ri, balançando a cabeça. Por um instante, lembrei de uma vez que Sam tinha me chamado assim. Nós dois, escondidos da Carly, estávamos tramando para ter um rolo entre ela e um andrógeno na oitava série e minha mãe descobriu. Eu bati de frente com ela, e Sam estava escondida embaixo da minha cama. Assim que minha mãe saiu, ela se esgueirou para sair de lá, e deu três tapinhas nas minhas costas. "O todo poderoso Benson". Tentei dispersar os pensamentos, mas dava saudade da época em que nós dois nos odiávamos mas éramos praticamente inseparáveis.

O arrepio subiu por minhas pernas, dando um leve calafrio. Ofeguei, vendo a hora no celular. Faltava pouco mais de uma hora para eu sair, e aproveitei para mandar uma mensagem à loira, dizendo a ela que eu a buscaria no trabalho, e aquilo me deixou muito feliz. Já faziam algumas semanas que eu não a via e nem a ligava, e apesar de eu ter ficado mais de dois anos sem contatar de nenhum jeito a ela, agora era uma de minhas garotas favoritas desse mundo. Claro que Sam era especial.

Eu mal podia esperar para a hora de vê-la. Assim que estacionei o carro, chequei no relógio se tinha mais alguma nova mensagem, e nenhuma. Não sei o porquê, mas não conseguia parar quieto, tudo o que queria era finalmente ficar perto de Sam. Mas ela não chegava de jeito nenhum.

O tempo foi passando. Dez, vinte, trinta minutos. Só depois de uma hora e vinte que estava dentro do carro ouvindo minhas músicas foi que finalmente ouvi a porta se abrir e até me assustei um pouco. Sam tinha os cabelos um pouco molhados, e usava uma bermuda bege até o joelho com regata e blusa de moletom. Eu ri disso.

–Faz tanto tempo que não te vejo assim. Que é, tava fazendo a limpa no guarda-roupa? – gargalhei de novo, lembrando quando ela me batia e usava essas roupas de homem.

–Não, eu só... cansei de vestidinhos e coisinhas assim. Já que hoje eu ia direto pra casa, peguei qualquer roupa e me troquei antes de chegar lá. – Sam abaixou a cabeça.

–Velhos tempos. – não conseguia parar de sorrir, e lembrei subitamente do pior dia e do melhor dia da minha vida, quando fui humilhado na internet depois recebi um simples beijo dessa garota. O nosso primeiro beijo.

–Pois é. – ela ficou em silêncio, depois se virou para me olhar e colocou o pé no banco, flexionando a perna direita. – Posso te contar um segredo?

–Claro, todos que quiser.

–Lembra que... – Sam deu uma pausa, o que eu achei que ela estava pensando se realmente devia me contar ou não. – você tinha acabado de conhecer a Melanie. Ficou implicando comigo que ela era eu, e estava prestes a sair com a minha irmã.

–Lembro. – esperei, para ela continuar.

–E você foi até a casa da Carly, perguntando se deveria vestir duas blusas, e uma delas tinha listras.

–Você respondeu que eu deveria ir com a outra, porque odiava listras. E eu fui com a de listras. – ergui as sobrancelhas, tentando entender onde ela queria chegar.

–Então... Eu não lembro qual era a outra camiseta, mas escolhi-a porque você ia sair com a minha irmã. E você fica ótimo de listras. E de azul.

Eu, rindo, me virei para Sam, e ela tinha o olhar baixo com as bochechas rosadas. Não deu outra, comecei a gargalhar enquanto virava para a rua dela.

–Você estava com ciúmes?

–Esse não era o ponto! – dessa vez, até ela riu. – Você fica bem de listras, eu adoro. – Sam apontou para minha blusa, que era vermelha e preta. – Agora sabe que eu só disse aquilo para te irritar e pronto. Agora chega desse assunto.

–Já me amava para ter ciúmes de mim? – ri, sem pensar muito.

Assim que a encarei, Sam tinha uma expressão diferente. Parecia um pouco menos feliz do que três segundos atrás. Nós já estávamos estacionados em frente ao condomínio dela, e o carro estava desligado. Eu esperaria até o dia seguinte, só para ficar mais com minha loira.

–Parece que sim, mas não devemos viver no passado, não é? – me respondeu, sem olhar em meus olhos. Sam suspirou. – Acho melhor entrar, está ficando tarde.

–Você mesma disse que não faria nada hoje. Vamos pra minha casa, a gente faz pão com ovo e bacon, do jeito que você gosta. E pode até dormir lá, se quiser. – rapidamente, segurei em sua mão, mas Sam não pegou em minha. Só deixou-me tocá-la.

–Acho que não é uma b-boa idéia. Eu estou cansada, preciso da minha cama.

–Amo o jeito que mente. – sussurrei, olhando bem no fundo de seus olhos. Sua mão arrepiou, e essa era a certeza de que ela estava mentindo, e não iria para minha casa justamente para não ficar perto de mim.

Sam tentou se esquivar de minhas mãos, mas eu entrelacei nossos dedos, não a deiando escapar. Ela continuava estática, não mexera um músculo. Mas, subitamente, chacoalhou o braço e pegou a bolsa, pronta para sair.

–Eu só... não posso.

Você não quer, é diferente.

–Juro que vai ficar pra próxima, Benson. Se quer um conselho, vá até sua casa e tome um banho. Coloque aquele perfume que adora usar nos fins de semana, e uma blusa listrada. Ligue pra sua... namorada, saia com ela. Ela vai se sentir muito feliz, acredite em mim.

Eu revirei os olhos, voltando a olhar para o volante.

–Foi mal, nerd.

Sam bateu a porta, e aí sim me virei para vê-la andar. Deu dois passos, depois passou a mão no rosto e começou a correr, entrando no portão. Não queria, não queria ir falar com Madisen! Não queria sair com ela, queria sair com a minha loira. Ela provavelmente deveria ter mentido sobre não fazer nada só para ficar com o idiota do Harry. Ele me dá raiva, só de pensar que os dois estão juntos tenho vontade de socar o vidro, subir lá na casa dela e...

Não sei. Eu a amo, e quero o melhor pra ela. Sinto que o melhor pra ela sou eu. Tantas vezes que nós brigamos no passado, que nos irritávamos, mas eu gostava daquilo. Ela me dava atenção, ela era minha. Eu sei que a amo. Toda vez que alguém diz seu nome, me lembro dos olhos azuis esverdeados penetrando nos meus, e do que senti no passado. A boca, tão quente, junto da minha. A cintura sob minhas mãos. Eu a protegia. Isso era carinho, isso era afeto. Isso era amor. Eu a amo, e não só como amigo. Eu a amo como corpo e alma, sinto paixão por essa garota. Eu amo Samantha Puckett.

Lembrei de cada minuto junto dela, de cada careta que ela fazia quando eu insistia em falar algo nerd, segundo ela. Das apostas, das brigas, de nosso primeiro beijo. Do jeito que foi corajosa falando que me amava. Do jeito que eu fui corajoso dizendo que a amava. De tudo que fizemos para ficarmos juntos, desperdiçados por uma opinião que ninguém sequer pediu. Deus, como fui idiota!

Eu tinha que fazer algo. Mas... e quanto a Madisen?

Eu sempre fui louco por ela, desde quando nos encontramos no curso de teatro. Foi amor à primeira vista, mas aquilo era muito superficial. Nem metade do que sinto por Sam hoje. Ultimamente, tudo o que ela faz é reclamar e me beijar. Eu dou prazer carnal a ela, e não fico à vontade com ela tanto quanto ficaria com Sam ao meu lado.

Liguei o carro novamente, fazendo uma curva e dando à volta para ir na direção oposta da rua.


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Notas finais do capítulo

Tchans! O que Freddie vai fazer agora, atropelar Madisen e fingir que ela morreu? Terminar com ela? Sei lá, façam suas apostas. O próximo, lembrando, é do >mesmo< dia, mas com uma visão diferente. Já o escrevi, está prontinho.Só vou esperar os comentários desses e aí posto o outro. A medida que eles forem chegando, vem mais um. Aliás, eu tô com uma outra fic aí. Já escrevi até o capítulo seis, se não me engano. Quem vai ler? o/Assim que postar no Nyah!, eu aviso vocês por aqui e vocês leem, certo? Mereço reviews? Recomendações? Pedradas? Beijo no coraçãozinho, e fiquem com deus!



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