Más Intenções - Litor escrita por Mari W


Capítulo 8
Capítulo 8 - Prazer, Luana




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/335490/chapter/8

Vitor, sem entender nada, pegou seu celular e assistiu o vídeo. Nele, Orelha postou tudo sobre a noite da festa, vídeos de Lia bêbada e falou sobre Vitor ter conseguido ficar com ela enquanto ela estava com Gil ainda, além de postar sobre Vitor ter dormido com Fatinha no dia seguinte. Vitor procurou Orelha pelo pátio do colégio e quando o viu, foi andando até ele.

– Não precisa agradecer! Te dei a melhor fama do colégio. – Disse Orelha, ao ver que Vitor se aproximava. Quando menos percebeu, Vitor o acertou em cheio com um soco no olho direito e Fera logo segurou o motoqueiro. Vitor acabou levando suspensão de um dia.

Lia soube da suspensão de Vitor, imaginou que Vitor teria contado à Orelha sobre os dois terem ficado sem a intenção de Orelha espalhar por aí, mas mesmo assim deixou o orgulho falar mais alto e deixou as coisas assim. Alguns dias se passaram sem Vitor falar com Lia, o que o fez recorrer à Fatinha, já que Orelha não era mais uma opção também. Depois do trabalho ele sempre dava uma passada no hostel para falar com a piriguete, e os dois começaram uma amizade. Fatinha falando de Bruno, e Vitor, orgulhoso demais pra falar de Lia.

– Eu já namorei uma vez, Fatinha. Mas eu machuquei muito a garota. Não traí nem nada, durou um mês ou dois... Mas ela gostava de mim e eu não ligava pra ela. Desde então eu nunca pensei em nada sério, porque eu não gosto e tenho que aceitar que sou assim.
– Que isso, gato. Logo você acha alguém que vai valer isso. Alguém que não te trate que nem lixo, tipo como o Bruno me trata.
– Fatinha, sabe o que seria perfeito?
– O que?
– Se a gente se apaixonasse um pelo outro. - A periguete caiu na risada, junto com Vitor. - É sério, você me aceita desse meu jeito e eu do seu. E a gente se dá bem...
– E somos lindos e gostosos. - Fatinha abraçou o amigo e cochichou no seu ouvido. - Se essa marrentinha te machucar, vai se ver comigo!

Ao sair do hostel, Vitor se deparou com Raquel e ela parecia abatida. Conversaram sobre Lia ter e Vitor não mencionou que eles não estavam se falando. No fim, veio uma proposta.

– Então, Vitor. Como tá o seu emprego na oficina?
– Ah, é bem flexível... Às vezes eu trabalho uma, duas horas. Depende de quando tem serviço.
– E você estaria interessado em um trabalho extra?
– Como assim?
– Assim... Estou há uns meses me atrapalhando no hospital. Precisava de alguém pra organizar minha agenda, alguns dias atender os pacientes...
– Tipo um secretário?
– Tipo um secretário. Mas eu queria alguém de confiança e como é um cargo bem leve... O dinheiro é bom e você pode trabalhar às vezes em casa.
– Demorou, Dra. Raquel!
– Então hoje te ligo pra passar detalhes.

Raquel contou as novidades para Lia ao chegar em casa, que não mostrou muita animação, mas ao mesmo tempo a sensação de que, de algum modo, teria Vitor mais ‘por perto’ a confortava. Dias depois, ela viu ele arrumando as coisas no escaninho e decidiu se arriscar, já que os dois haviam dado um tempo em conversa pra esfriar a cabeça.

– Oi. – Disse Lia, com um sorriso sem graça.
– Oi... – Vitor a olhou rapidamente e continuou a mexer nos livros, mesmo que já tivesse arrumado tudo.
– Soube que você vai trabalhar com a minha mãe no hospital...
– Não se preocupe que isso não quer dizer que eu vá ficar por perto ou que você vai se estressar ou...
– Vitor, eu acho ótimo. – Lia deu um pequeno sorriso pra ele, que não sabia muito o que falar. Lia então aproveitou um de seus impulsos pra dar um abraço em Vitor, que não esperava por isso.

O clima ficou estranho então Lia tratou de se retirar, enquanto Vitor ainda parecia confuso, olhando ela sair. No primeiro dia de trabalho, Vitor foi para o hospital e Raquel mostrou todas as instalações para ele.

– Alguma duvida? - Perguntou a médica.
– Não não, nenhuma.
– Daqui a pouco vou te deixar numa saia justa. Tenho que deixar um dinheiro em casa pra Lia comprar comida, já que hoje ficarei de plantão e só soube agora... Se você puder segurar os pacientes aqui...
– Doutora, não prefere que eu vá deixar esse dinheiro lá?
– Você faria isso?
– Mas é claro! É meu trabalho e eu tenho um transporte bem rápido. - Ele sorriu.
– Nossa Vitor, você está se saindo melhor que a encomenda! - Raquel deixou o dinheiro e chaves extras da casa na mão de Vitor.
– Então Vitor, vou te deixar em boas mãos. - Disse ela, vendo que uma estagiária do hospital se aproximava. - A Luana é estagiária daqui desde o meio do ano passado, faz Medicina. Vai te mostrar onde é a sua mesa e o computador que pode usar. Seja bem-vindo! - Raquel se retirou, observando que Luana olhava pra Vitor com interesse.

– Prazer, Luana. - Vitor deu um beijo no rosto dela, que fez o mesmo.
– O prazer é meu. - Disse Vitor, lançando um olhar daqueles pra menina.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!