Más Intenções - Litor escrita por Mari W


Capítulo 54
Capítulo 54 - Domingo




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Vitor sentava na cama, assistindo Sal deitar por cima de Lia. Sal entrava com a mão por baixo da blusa de Lia, enquanto a outra segurava seu rosto. Tentava gritar para os dois pararem, mas percebeu que era invisível, eles nem sequer ouviam. Lia sorria entre os vários beijos que trocava com o irmão de Vitor.

- Você é tão melhor que o seu irmão, aquele idiota! – Ela falou, sorrindo, logo depois voltando a beijar Sal.

Fatinha entrou no quarto, cruzando os braços na porta e olhou pra cama com desprezo, nada surpresa de ver Lia e Sal se pegando. E logo olhou para Vitor.

- Viu? É hora de acordar. – Ela disse. – Acorda, Vitor. ACORDA!

E então Vitor abriu os olhos, assustado, e percebeu que Fatinha estava em cima dele, o chacoalhando e gritando pra ele acordar. Vitor saiu às pressas da cama, indo lavar o rosto no banheiro da suíte.

- Eu tive um pesadelo horrível. – Disse ele, do banheiro. – Acho que vou vomitar.
- Ih... Posso dar um palpite sobre o que você sonhou?
- Não. – Ele respondeu, voltando ao quarto.
- Droga. Hoje é aniversário dela. – Respondeu ele, sentando na cama e olhando pra baixo.
- Eu sei. A Marcela me ligou, convidando pra uma festa surpresa pra Lia na casa dela hoje à noite. Pediu pra te chamar.
- Eu não vou.
- Tem certeza?
- Não muita. Mas ela não vai querer me ver.
- Você que sabe. Eu vou, viu? Se quiser algum apoio, pode ir comigo. – Disse ela.

Lia acordava em meio a uma grande baderna feita por sua mãe, Tatá e seu pai. Ganhou vários presentes logo de manhã, odiando tanto alarde pelo seu aniversário.
Quando seu pai foi embora, Raquel sentou na ponta da cama, com um pacote preto enorme, de mais ou menos um metro de altura, quadrado, com um grande laço vermelho.

- Deixaram na portaria, não tem remetente. – Disse a mãe. – Mas imagino de quem seja... – Ela disse, fazendo Lia pular em cima do presente e abrir ele com rapidez. Era uma Gibson Les Paul preta, a guitarra novinha que tinha visto no apartamento de Sal. Estava muito feliz com isso, apesar de desconfortável porque não queria mais nenhuma ligação com Sal.
- Isso é demais, mas... Foi o Sal que mandou.
- Ahm... Sério? Mas é um baita presente mesmo assim.
- É, com certeza.

A noite logo chegou, fazendo os amigos de Lia se unirem para organizar a festa, que ocorreia no apartamento de Marcela e no Misturama, ao mesmo tempo. Quando Lia foi guiada até o apartamento pelo pai, já suspeitava de alguma coisa muito estranha. Não sabia onde se esconder quando abriu a porta e ligaram as luzes, revelando toda uma festa improvisada para ela. Procurou rapidamente pelos rostos conhecidos e percebeu o que era de se esperar: Nada de Vitor. Sal foi a cumprimentar, com um presente na mão.

- Oi Sal!
- E aí, Lia. Parabéns!! Como você tá? - Ele perguntou, a abraçando.
- Bem, bem. E você?
- Tudo bem. - Ele sorriu. – Isso é pra você. – Disse ele, entregando a caixa para ela.
- Cara, como assim mais um? – Sal fez cara de confusão. – A guitarra, Sal! Recebi hoje. O timbre é demais! – Ele parou pra pensar um pouco.
- Ah. - Ele riu sozinho. – Claro. – Ele riu mais, fazendo Lia ficar confusa. – Por nada. – Lia abriu o presente, uma discografia completa do Foo Fighters.
- Meu Deus, Sal. Isso é demais. Mas dá pra você parar? – Ela sorriu, um pouco desconfortável.
- Sim... Ah, eu só passei rapidão, tenho que ir resolver uns negócios.
- Tudo bem, que pena. Nem um pouquinho pode ficar?
- Olha, vou tentar resolver e voltar... Não prometo nada. Mas curte a tua festa um monte, ok?
- Pode deixar.

Vitor ficou em casa sozinho, já que Orelha e Morgana foram pra festa de Lia. Fez questão de comprar 2 garrafas de Vinho e as encarava na cozinha, sem vontade alguma de beber. Ouviu batidas na porta e imaginou que era cedo pra eles terem voltado, logo que abriu deu de cara com seu irmão. Vitor não o olhou com raiva nem nada, sentia saudades. O convidou pra entrar.

- Você ama essa garota.
- Sim.
- Não foi uma pergunta... Eu sei que você ama. – Sal sentou no sofá, olhando para o irmão com um sorriso de satisfação no rosto. – Vitor, eu não quero mais nada com ela, te juro. Tá rolando até um lance entre eu e a Luana e pode virar coisa séria.
- Que bom, cara. Eu quero me acertar com você.
- É o que eu mais quero no mundo, Vitor.
- Mas o que te fez perceber que... Né.
- Ah, o fato de você ser um idiota. – Vitor olhou pra ele sem entender. – Você mentiu pra mim. Comprou minha guitarra porque queria começar a tocar... Mas você deu pra ela! – Ele riu. – Se eu soubesse que ia ser uma prova de amor, não teria te vendido tão caro.
- Você sabe que eu que fiz questão de pagar aquele preço, porque é o que a guitarra vale. Ela ficou achando que foi você?
- Óbvio, né!! Mas tudo bem, não te entreguei. Você poderia ter me avisado.
- Não, eu sabia que você ia se virar e ganhar os créditos por mim.
- Acho que ela ficou desconfortável, achando que eu tô afim dela. Por favor, inverta essa situação.
- Não sei, a gente tá brigado.
- Para de ser mulherzinha, Vitor. Vai lá. É o aniversário da garota que você ama, porra. – Vitor não disse nada, enquanto Sal levantava. – Vamos, eu te levo.
- Eu não vou.
- Vitor, eu não vou ficar insistindo ou te pedindo de joelhos pra você fazer o que eu sei que você quer.
- Eu. Não. Vou.
- Certo. – Sal abriu a porta, indignado. – Você vai perder essa garota, Vitor... Daí vai perceber o que tem nas mãos. Não seja idiota. – Disse Sal, saindo.


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Notas finais do capítulo

Música que inspirou o capítulo: The Moment I Knew - Taylor Swift (sim, eu AMO ela)
Sempre quis fazer uma songfic, mas acabei deixando um pouco de lado a especificação das músicas que me inspiraram nessa fanfic, sendo que foram muitas. Acho que no último capítulo vou publicar uma seleção de algumas, que acho importante que, quem curtiu ler a fanfic, ouça. Além de Ainda é Cedo da Legião Urbana, Apenas Mais Uma de Amor do Lulu Santos, que já foram mencionadas. Por enquanto fica essa daí!
Beijos :)