My Heart Is Bleeding escrita por Mimia R


Capítulo 16
Consumida em Sensações


Notas iniciais do capítulo

Hey! Então, mais um capítulo! Gente, eu resolvi ousar um pouco, deu a louca e fui em frente, escrevi esse capítulo que vocês vão ler agora. Estou com o pouco de medo da reação que vocês possam ter, sei lá... Ah, só lembrando que a classificação da fic é +16, então... Mas espero que gostem. Boa leitura! :DD



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Acho que fiquei uma hora naquela agonia.

Eu não podia fazer nada a não ser esperar. Eu tinha certeza que ele tinha tido um encontro com o ‘Estaca de Sangue’ e por isso estava ferido. Senti medo pelos dois lados.

Até que um tempo depois eu soube que ele tinha voltado. E ouvi passos apressados se aproximando do quarto. Eu estava de pé, tensa, olhando para a porta. O Marcus entrou no quarto e eu senti um grande alívio me invadir.

Nós dois ficamos parados só nos olhando por um tempo. Eu vi uma um corte fundo em seu braço e sangue já seco ao redor. Corte de faca. Com veneno. De vez em quando nós... quer dizer, os caçadores, usavam esses truques. Eu notei, pela expressão do vampiro, que ele estava sentindo dor. O veneno não matava, mas queimava pra caramba dentro do corpo.

– Encontramos seus amiguinhos pelo caminho. – Ele disse com a voz um pouco rouca.

– Eu senti. – Eu disse. Minha voz mostrava ainda um pouco de tensão.

Ele balançou a cabeça concordando.

– Isso não acontece sempre. – Ele falou. – Só que eles me pegaram desprevenido, por isso eu fiquei vulnerável a ponto de você conseguir sentir minhas emoções. Mas normalmente você não vai sentir nada disso, não se preocupe.

– Quem disse que eu estou preocupada? – Eu falei tentando disfarçar. Mas minha voz me entregava.

Ele apenas deu um leve sorriso malicioso.

– Você pode ficar se enganando, mas não a mim. – Ele disse.

Ele deu um passo em minha direção e me olhou da cabeça aos pés. Eu estava apenas de toalha, então a agarrei com mais força. Ele fez menção de levantar o braço machucado para fazer não sei o que, mas deu um gemido e deixou o braço cair.

Eu franzi a testa ao ver ele sentindo dor. Dei um passo involuntário para perto dele. Toquei de leve seu braço. Senti os músculos dele ficarem rígidos.

– A ferida está se curando. – Ele falou baixo.

– Mas o veneno ainda vai ficar por um tempo dentro de você. – Eu disse.

Eu sabia que demorava para sair, mesmo em vampiros que se curavam rápido.

Ele me olhava e eu o encarava de volta. Acho que ele deu outro passo acabando definitivamente com toda a distância entre nós. Eu me sentia aliviada e nervosa ao mesmo tempo. Eu o odiava, mas estava feliz por ele estar bem. Não dava para entender aquela contradição.

– Quantas pessoas você matou? – Eu perguntei agora num sussurro.

– Eu me alimentei, é o que importa. – Ele respondeu.

– Você mata pessoas inocentes.

Marcus agarrou meus braços e me puxou para mais perto.

– Eu não matei ninguém. – Ele disse um pouco irritado. – Você tem que entender que se alimentar de sangue não faz um vampiro o vilão, caçadora. É o que nós somos, é o que temos que fazer, simples assim.

Eu pensei em falar alguma coisa, mas não saiu nada da minha boca. Marcus me olhava tão intensamente que minha garganta acabou travando. Ele fez menção de falar novamente, mas apenas deu um sorriso leve e maldoso. Em seguida me beijou.

Eu não fiquei tão surpresa e logo dei passagem para língua dele invadir minha boca. E como vampira, o beijo tinha uma sensação incrível, muito mais profunda que antes. Os lábios dele tão macios, a pele fria, o beijo tão real...

Mas que durou menos do que eu esperava, me deixando completamente boba.

Eu fiquei encarando o Marcus e vi um leve sorriso debochado em seus lábios. Ele estava se achando triunfante. E eu me senti horrível por cair na dele. Bufei e tentei encontrar palavras, mas não consegui falar nada. Me afastei com raiva de mim mesma, mas ele agarrou meu braço me fazendo olhá-lo novamente.

– Eu sabia... – Ele sussurrou.

– O quê? – Perguntei sem paciência.

Ele me olhou de cima a baixo novamente, depois voltou aos meus olhos.

– Uma vez eu vi você. – Ele começou a falar.

Eu fiquei curiosa para saber o que ele ia dizer. Ele continuou.

– Eu estava vigiando os caçadores, lá naquele condomínio ridículos que vocês moram, e te vi em seu quarto. Você estava tirando a roupa.

Opa! Fiquei alerta, ao mesmo tempo em que senti meu corpo se arrepiar.

– Você ficou só de lingerie e coturno. E uau! Não sei o que aconteceu. Só me passou pela cabeça que eu queria ter você daquele jeito. Eu desejava e teria. Eu sabia que esse dia ia chegar...

Eu estava chocada com as palavras dele. Além de ele ter me espionado tirando a roupa e estar me revelando aquilo, ele me queria. Muito antes de eu ficar presa ali, antes de tudo aquilo. Novamente um arrepio percorreu meu corpo.

Marcus colocou uma mão por cima da minha onde eu segurava a toalha. Meu coração estaria acelerado naquele momento. Passei a língua pelos lábios.

– Você não pode me obrigar a isso. – Eu sussurrei. Não confiava em meus atos naquele momento.

– Não estou te obrigando a nada... – Ele falou e foi agarrando a toalha devagar.

Eu não tive nem forças para impedi-lo de fazer o que fez em seguida. E sinceramente, nem quis. Eu senti a toalha deslizar lentamente pelo meu corpo e cair sob meus pés. Fiquei nua, apenas com meu coturno.

Marcus olhava diretamente para os meus olhos, mas senti suas mãos deslizarem por minha cintura. A sensação foi intensa demais. Ele me beijou novamente e dessa vez com mais desejo. Eu passei meus braços pelo pescoço dele e agarrei seu cabelo. Ficamos nos beijando por um bom tempo, já que nenhum de nós precisava respirar.

Eu agarrei a camiseta dele e nos separamos apenas para ele conseguir tirar. O corpo dele era totalmente esculpido, músculos fortes e... perfeitos. Eu deslizei minhas mãos pelo peito dele. Não queria saber o que era certo e o que era errado. Naquele momento só importava o calor que estava esquentando nossa pele fria.

Eu coloquei minhas mãos na calça dele e fui abrindo o zíper. Em segundos ele estava só de cueca. Marcus parou de me beijar e me olhou de cima a baixo. Eu teria ficado completamente vermelha se pudesse. Estava envergonhada. Comecei a pensar besteiras, inseguranças passando pela minha cabeça. Ele era um vampiro muito velho, já devia ter ficado com mais mulheres do que eu podia imaginar e tinha uma baita experiência, enquanto eu não tinha nenhuma. Queria me esconder.

– Exatamente como eu imaginei... – Ele falou e voltou a me beijar.

Marcus me colocou em seu colo e me levou para a cama. Deitei de costas e ele se deitou por cima de mim. Ele começou a espalhar beijos pelo meu pescoço e foi caminhando para mais baixo. Senti a língua dele encontrar meu seio e deslizar pelo meu mamilo. Eu abri a boca em surpresa e deliciada.

Ele sugou meu mamilo enquanto acariciava o outro com a mão. Eu soltei um leve gemido. Ele continuou a passear com a boca pelo meu corpo. Segurou minha perna e levantou até seu ombro. Me senti exposta demais. Ele foi beijando e me deixando arrepiada. Ele agarrou meu coturno e foi tirando lentamente. Depois passou para o outro pé e fez o mesmo. Deu lambidas em minhas pernas e depois voltou a se deitar por cima de mim. Eu pude sentir o membro dele, rígido, tocar meu corpo. Aquilo me deixou mais excitada. Eu o queria. Queria muito e pensaria nas consequências daquilo depois.

Para minha surpresa senti a mão dele deslizando por entre minhas pernas. Eu juntei as duas, impedindo-o de tocar em minha intimidade. Marcus me olhou nos olhos e aquilo me deixou vulnerável.

– Vamos lá, caçadora, não seja difícil... – Ele sussurrou.

Eu abri as pernas devagar e logo senti os dedos dele me invadirem. No mesmo instante eu soltei um gemido. Ele começou a movimentar os dedos, o que foi me deixando, aos poucos, em êxtase. Fechei meus olhos e desejei que ele não parasse.

Só depois de alguns minutos foi que percebi que estava me movimentando junto com a mão dele. Marcus ficou me torturando pelo que pareceu uma maravilhosa eternidade. Quando ele retirou os dedos, me deixou frustrada. Eu abri os olhos e vi um sorriso leve e maldoso em seus lábios.

– Vamos deixar a melhor parte para o meu amiguinho aqui. – Ele disse apontando o queixo para baixo do corpo.

As palavras que ele escolhia naquele momento só me deixava mais perturbada e mais agoniada por ele.

– Você tem algo para me dizer? – Ele perguntou.

Eu desconfiei daquela pergunta, mas não estava exatamente querendo pensar naquele momento. Eu sabia que tinha que falar que era virgem, mas não disse nada. Estava tão agoniada para que ele acabasse com minha frustração que nem conseguia falar. E também era orgulhosa demais para dizer para ele. 

Ele esperou por um longo momento e quando eu não disse nada, ele foi tirando a cueca. Eu vi o membro dele e mordi os lábios. Queria aquilo dentro de mim.

Para minha alegria ele não esperou mais. Senti ele começar a me preencher. Fechei os olhos e mordi o lábio ao sentir uma pequena dor que foi aumentando ao poucos.

Eu comecei a deixar escapar gemidos baixos e alguns mais altos. Marcus começou a se movimentar devagar. Eu franzia a testa porque estava doendo. Mordia o lábio e achava que a dor não ia passar. Eu agarrava o lençol da cama com muita força. Ele começou a se movimentar mais rápido e eu pensei que não iria aguentar, até que a dor virou algo muito bom.

Marcus colocou os braços ao meu redor e eu agarrei um deles com força. Cravei minhas unhas em sua pele e ouvi ele soltar um gemido. Eu vi que tinha apertado bem na ferida da faca e tirei minha mão deslizando-a delicadamente pelo braço dele.

Nós dois ficamos naquele êxtase por um longo tempo. Nunca tinha sentindo nada igual e me encontrei nas nuvens, no paraíso ou em qualquer outro lugar que pudesse ser melhor. Marcus se movimentava intensamente e ao mesmo tempo delicadamente. Eu não tinha nada com o que comparar, só sabia que eu estava adorando cada pedacinho daquela experiência. A melhor experiência da minha vida, ou morte, sei lá.

O final foi o ápice. Eu sentia algo chegando e algo muito, muito bom. Marcus aumentou a velocidade de seus movimentos. Depois começou a diminuir, me deixando cada vez mais louca. Eu gemi o nome dele e percebi que aquilo mexeu com ele, ele tinha gostado. Ele gemia também. Às vezes de dor pelo veneno que se espelhava pelo seu braço.

Logo depois veio. Foi como uma explosão de sensações. Eu sabia que tinha tido um orgasmo. Eu poderia morrer naquele momento que morreria feliz.

Algum tempo depois eu estava deitada, de boca aberta e olhando para o teto do quarto. Marcus estava do mesmo jeito ao meu lado. Fazia alguns minutos que nenhum de nós falava nada. Eu ainda me sentia anestesiada com todas as sensações que aquela experiência tinha causado.

Mas conforme as sensações foram passando, a culpa começou a me invadir. O que eu tinha feito tinha sido totalmente contra as minhas virtudes. Eu me lembrei dos meus amigos, do Tony, o que eles pensariam de mim e isso acabou me deixando pior. Eu senti que os tinha traído. Completamente.

Ainda com toda aquela culpa eu fui me levantar da cama. Mas o Marcus me impediu de sair. Ele se virou para me olhar e me fez olhar para ele também. Mas eu não conseguia olhar em seus olhos, fiquei encarando tudo menos ele.

– Pensei que você me odiasse... – Ele falou. Tinha um tom de ironia na voz.

Eu não sabia o que dizer. Fiquei um tempo calada e depois resolvi enrolá-lo e provocá-lo. Era o melhor que eu conseguia fazer no momento.

– É só isso que você pode fazer? – Eu perguntei. Marcus franziu a testa.

– Só isso? Você está menosprezando meu desempenho?

Eu dei de ombros e não disse nada.

– Que eu me lembre, alguns minutos atrás você estava gemendo meu nome.

Eu me sentei e fiquei de costas para ele, morrendo de vergonha. Não falei nada.

– Quer dizer que você já teve experiências melhores?! – Ele meio que perguntou e afirmou.

– Definitivamente. – Eu disse, mentindo descaradamente.

Eu o ouvi rir baixinho. Dei uma olhada por cima do ombro e levantei a sobrancelha. Muito rápido ele me puxou e eu me vi deitada em seu peito ainda nu. Fiquei estagnada. Ainda não podia confiar no meu corpo. Ele pedia para eu me entregar novamente para aquele vampiro safado.

– Você pensa que eu sou bobo? – Ele perguntou.

– Você é? – Minha voz saiu meio abobada.

– Você era virgem. – Ele disse.

Eu fiquei calada. Eu sabia que ele tinha desconfiado, mas não esperava que ele fosse saber realmente. Eu só conseguia olhar para a boca dele feito uma abestalhada. Queria tocá-la novamente.

– Realmente acha que se você não fosse virgem eu teria sido tão delicado?

Eu me arrepiei com suas palavras, de novoE me excitei também.

– Delicadeza não faz meu estilo.

– Ah é? E qual é o seu estilo? – Perguntei ainda com uma voz desestabilizada.

– Você vai ver da próxima vez...

Para meu alívio, consegui despertar um pouco minha mente naquele momento.

– Não vai ter uma próxima vez. Eu não vou cair mais na sua. – Eu disse com minha voz nada firme.

Consegui me soltar dele e me levantei da cama. Peguei a toalha do chão e me enrolei. Eu caminhei em direção ao banheiro, mas o Marcus apareceu na minha frente, impedindo minha passagem. Ele ainda estava completamente nu, e eu quase não consegui desviar o olhar. Foquei em seu rosto.

– Eu não te obriguei a fazer nada, não se esqueça. – Ele disse com um sorriso malicioso.

Ficamos nos olhando por um tempo, até que eu não consegui mais sustentar o olhar dele. O empurrei do caminho, entrei no banheiro e fechei a porta. Me encostei nela e fechei os olhos. Fiquei assim até que, algum tempo depois, ouvi a porta do quarto sendo aberta e depois fechando. Ele tinha saído.

Eu me deixei ir caindo até sentar no chão. Coloquei as mãos no rosto e fiquei assim, pensando no que tinha acontecido. Eu tinha gostado, não podia negar isso. Tinha sido uma experiência e tanto, e que eu não me importaria em repetir.

Eu abri os olhos e me deparei com a minha tatuagem do ‘Estaca de Sangue’ no pulso. Tinha esquecido completamente que tinha aquilo. Parecia que a estava enxergando pela primeira vez. Também notei que minha pele estava lisa e perfeita, com nenhuma lembrança das terríveis queimaduras que o próprio Marcus fez com a algema.

A maldita culpa começou a me corroer com força. Senti vergonha ao lembrar dos meus pais. Eles nunca me perdoariam se estivessem vivos. E deviam estar muito decepcionados por onde estivessem.

Mais uma vez decidi tomar um banho para esfriar a cabeça e ver se esquecia de tudo por um tempo.

Aquilo tinha sido tão errado, mas ao mesmo tempo tão bom, que eu comecei a considerar se sair um pouco da linha seria assim tão ruim...


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Notas finais do capítulo

OMG! E então? Me acudam! Digam logo se gostaram ou não, estou morrendo de preocupação aqui! REVIEWS! REVIEWS!!! :DD