Um mês depois...

Assim que se passou um mês e eu já estava basicamente “curada”, mas com algumas marcas no meu peito, eu recebi a tão sonhada alta. Eu não via a hora de chegar em minha casa, ver Beth, minha cama, meus bichinhos de pelúcia e sentir a água perfeita do chuveiro do meu quarto. Assim que terminei de tomar um banho e me arrumar por completa, coloquei uma mala pequena nos braços e sai do quarto. Finalmente vi meus amigos fora de uma cama do hospital e principalmente. Eu vi Thor. Aqueles olhos azuis brilhando novamente por minha causa. E os meus olhos castanhos se encheram de lágrimas vendo todo mundo ali, sorrindo para mim. Corri para abraçar meu pai e todos foram juntos. Foi um dos momentos mais lindos da minha vida. Sai na rua e senti o cheiro das flores que estavam plantadas na frente do hospital e comecei a sorrir. Entrei no carro e abri o vidro por completo. O vento batendo em meu rosto e fazendo meu cabelo “voar” me deixou contente demais. Chegamos em casa e todos nós entramos. Beth estava na cozinha preparando um bolo de carne delicioso que só ela consegue fazer. Ela estava usando um avental rosa de corpo inteiro e estava com o cabelo preso em um coque. Corri para abraça-la, deixando minha mala cair no chão de propósito. Após todo esse momento saudade, fui direto para meu quarto me deitar em minha cama da qual senti MUITA falta. Ouvi meu pai me chamando e me dirigi correndo até a sala aonde estava todo mundo: Clint, Natasha, Bruce, Steve, Ruby, Thor, Beth e meu pai. Steve e Ruby estavam de mãos dadas. (Ah! Não contei que ele pediu oficialmente ela em namoro? Pois é, o queridinho e “santinho” Capitão América acabou namorando com uma garota que ultrapassava o nível normal de “safadeza” e que havia quase atirado nele. Mas as aparências enganam, ela era uma mulher completamente perfeita para Steve, digamos que ela nasceu para ele! O fato da mente dela ter sido dominada por Loki anteriormente, todos nós começamos a pensar que ela ainda estava sobre o controle dele e poderia usar isso para conseguir segredos sobre nós para poder ter sua tão sonhada “vingança.” ) O bolo de carne estava pronto e nós nos sentamos para comer. Eu sinceramente não sabia que Asgardianos comiam bolo de carne. Ele repetiu várias vezes mas ninguém estava se importando com isso. A tarde ia passando, e resolvi ligar a televisão. O último canal assistido foi o noticiário.

- E a cidade de Nova York se pergunta: Aonde estão o grupo mais poderoso do mundo, mais conhecido como “Vingadores”? Será que eles não estão mais ligando para nós? Isso é um chamado para eles nos ajudarem novamente! – E foi só ouvirmos isso para sabermos que Loki estava atacando a cidade novamente. Eles começaram a olhar entre si e meu pai se levantou.

- Ele ainda não está satisfeito com tudo o que ele fez com nós. Além de ele atirar na minha filha, ele vai destruir novamente a cidade e tentar matar pessoas. Ele quer plateia novamente, ele quer ganhar o mundo novamente. Como ele conseguiu escapar da prisão onde ele estava lá em Asgard? – A voz furiosa de meu pai entrava na minha cabeça e na de todo mundo, mas o silêncio predominava ali.

- Não sabemos. Ninguém que Asgard sabe como ele conseguiu sumir de lá. Simplesmente quando voltei aqui foi para tentar leva-lo de volta para lá. – Respondeu Thor completamente indignado.

- Esse é o motivo. Ele não quer voltar para lá. – Disse Ruby. Nunca havíamos pensado na Ruby. Poderíamos montar um plano e usa-la como isca, claro se ela estivesse afim.

- RUBY! Ah meu Deus é claro! Pensem comigo: E se montarmos um plano, usando Ruby?! Falamos coisas falsas para ela e ela procura Loki, ele fica sabendo do plano falso e aplicamos o verdadeiro! – Comecei a falar enquanto andava de um lado para o outro.

- Eu... Não entendi. – Disse Thor. NOVIDADE QUE VOCÊ NÃO ENTENDEU QUERIDO! Meu pai revirou os olhos, Bruce sorriu.

- Por que está sorrindo Bruce? – Perguntei.

- Isso foi genial. Nem eu teria pensado nisso. – Disse ele ainda sorrindo. – Mas... qual vai ser o plano verdadeiro e qual o falso? Precisamos planejar isso antes de nos comunicarmos com Loki. –Continuou Bruce.

- Sim... Mas Loki não é burro. Ele pode ser idiota, tolo, sem graça, vingativo, ridículo, assassino... – Thor me cortou.

- Amelie... – Foi minha vez de corta-lo.

- Me desculpa. – Falei rindo. – Mas enfim, ele pode ser qualquer coisa, mas burro ele não é. Ele vai sacar que tem alguma coisa errada. Nós poderíamos combinar de encontra-lo em algum lugar. E eu só vou pedir uma coisa para vocês: EVITEM FICAR PERTO DA BROADWAY PELO AMOR DE DEUS! – Gritei tão alto que acho que a cidade inteira ouviu. Todos eles riram, mas é sério. Se alguém destruir a Broadway eu me considero morta. Começamos a planejar os truques falsos e verdadeiros e nem percebemos que a noite estava na nossa frente. Resolvemos que todos ficariam ali na torre Stark por precaução mesmo. Fui até o topo da torre, que tinha a visão mais linda de Nova York. Senti alguém ali, pensei que era meu pai mas era Clint. Ele se sentou ao meu lado no chão.

- Aconteceu alguma coisa? – Perguntei a ele.

- Não. Eu é que te pergunto. Porque você não tá lá tentando esquecer tudo isso que tá acontecendo? Ou porque você não tá com Thor já que vocês voltaram a se falar? Soube até que rolou um beijo. – Ele disse isso e nós rimos. Lembrei que ele e Natasha haviam nos interrompido quando acordei no hospital.

- Você se lembra disso? Mas você estava bêbado. E agora vem a pergunta: Porque você e Natasha beberam? – Rimos e ele fez um biquinho fofo demais.

- Ah nem me lembre disso! Eu lembro de poucas coisas e uma delas é que eu e Natasha acordamos em uma cama de um Motel perto daqui. Não sei o que eu fiz naquela noite, mas você pode imaginar. – Ele riu.

- Eca, prefiro ficar pensando que vocês ficaram andando em unicórnios pela cidade do que em uma coisa dessas. – Fiz uma cara de nojo mas depois me rendi ao riso. Deitei no ombro dele e senti uma lágrima cair sobre meu rosto.

- Ei, ei. O que foi? – Ele perguntou assustado. Passei a mão pelos meus olhos e abri um sorriso enorme e brilhante.

- Eu senti falta de um carinho seu, assim como sinto de todo mundo. E parece que estou por um fio de perder todo mundo e de ter que me mudar de cidade, porque um cara de outro planeta com cabelos e olhos mais bonitos que o meu pode destruir tudo, tirar a vida de todo mundo do planeta e eu estou com medo de perder tudo e todos. – Comecei a chorar e ele colocou seu braço em volta de mim e me abraçou.

- Calma Am, vai ficar tudo bem. Vamos dar um jeito de ganhar dele sem precisar machucar alguém. E vai ficar tudo bem e... Nós não vamos chegar nem perto da Broadway. – Nós dois rimos. Era inacreditável o jeito de Clint para me fazer rir quando eu preciso e não preciso. Ouvi uma voz rouca. Ah sim! Aquela voz rouca que eu amo tanto. Ele estava ali perto de mim voltou novamente.

- Acho melhor eu sair de perto de você ou se não o senhor dos raios vai me matar. – Rimos de novo, Clint deu um beijo na minha testa, se levantou e voltou para a sala. Thor se sentou no lugar dele ao meu lado e como sempre sorrindo. Retribui o sorriso mas ainda não sabia o motivo dele sorrir. Ele estava com um cobertor roxo nas mãos e colocou sobre mim. Foi a coisa mais meiga que ele já fez.

- Porque você trouxe isso para cá? Nem estou com tanto frio assim. – Ele olhou para mim e para meus braços.

- Ah não? Então porque você está tremendo desse jeito? – Olhei para meus braços e eu realmente estava tremendo, mas não queria aparecer fraca perto dele.

- Não estou tremendo, imagina. Se eu estivesse com frio eu mesma pagaria um cobertor ou deitava na minha cama. – Falei pausadamente. Ele simplesmente sorriu e ficou olhando fixamente para frente.

- Engraçado como você se faz de difícil perto de mim, não é verdade Amelie? Parece que você gosta de fazer isso comigo.

- Isso? Mas, isso o que? E eu não me faço de difícil.

- Então porque você não fica de uma vez comigo? Porque não... Como é que falam aqui? Namorar não é? Então... Porque você não faz isso comigo? – Os olhos azuis dele brilharam enquanto eu ficava sorrindo sem reação.

- Como é? Você tá pedindo para namorar comigo? – Comecei a sorrir e mentalizar o que estava se passando na minha frente.

- É, basicamente isso. – Ele sorriu. – Já conversei com Stark e ele digamos que... Aceitou.

- Quer dizer que só depende de mim dizer sim ou... não? – Ele ficou preocupado com o jeito que eu disse o “não”.

- É. E você vai aceitar ou não? – E os olhos dele continuaram brilhando. Sorri para ele do jeito que sempre fiz.

- Será que isso responde? – Olhei para ele e cheguei mais perto dele e o beijei. Espero que isso fosse o SIM que ele estava esperando.