Uma garota chamada Alexia, de apenas 15 anos, é considerada uma das pessoas mais ameaçadas e perigosas. Aos 10 anos começou a dirigir carros em corridas clandestinas, aos 11 era considera a melhor por lá, sempre ganhando todas as corridas que competia, mas guardava esse segredo dos seus pais, aos 12 anos ganhou uma irmãzinha, a coisa que mais amava, também teve uma mudança, dolorosa e perigosa, aos 13 anos começou a ser ameaçada por outras pessoas, mas mesmo assim não parou de competir nas corridas, era ameaçada não só por se a melhor nas corridas como também pelo o que ela se tornou, as tentativas de afasta-la e de mata-la começaram a piorar quando tinha 14 anos, por medo das pessoas machucarem pequena irmã, até mesmo ela acaba machucando sua irmã, resolveu se mudar, se emancipou e foi para o Brasil, mas durou muito logo teve que volta a correr novamente, agora estava a caminho de Los Angelis, voltando novamente para os Estados Unidos. Alexia tem cabelos loiros, e hipnotizantes olhos azuis, seu sorriso sempre no seu rosto quando ganha alguma competição ou quando esta com sua irmãzinha, nunca foi muito social, no colégio era sempre mais afastada de todo o grupo.

Alexia estava agora em seu novo apartamento, não era muito grande, mas era o suficiente para ela, teria que continua a correr, era necessário para pagar as contas, e além do mais era a sua paixão, esta atrás de um volante, a mais de 100 por horas. Seu ultimo carro havia sido destruído no Rio de Janeiro quando ela tentava fugir dos tiros, para a sua sorte ainda tinha o dinheiro das ultimas corridas, o suficiente para comprar um novo carro, e pagar o aluguel do apartamento. As suas aulas voltavam amanhã, então não poderia espera a ultima corrida que é sempre a que ganha mais, iria chegar corre e ir embora o mais rápido possível.

Alexia saiu apressado do seu apartamento, com seu skate e uma mochila nas costas, logo chegou ao local que iria comprar o carro, uma grande oficina, entrou meio desconfiada apertando o skate na mão, os olhares dos mecânicos e alguns clientes que ali estavam foram em sua direção.

– No que posso ajudar mocinha? – Perguntou um dos mecânicos, Alexia ajeitou a sua mochila.

– Gostaria de falar com Fernando. – Disse rapidamente, mas o suficiente para o homem a sua frente escutar.

– eu sou Fernando. – Disse uma voz atrás dela.

Alexia se virou ficando de frente para o homem. Parecia que tinha 40 anos, tinha uma barba para fazer, e um sorriso simpático no rosto, seu cabelo espetado tentava o fazer parece mais jovem, parecia que era latino, seu sotaque também dizia a mesma coisa.

– Gostaria de falar com você, Rodrigo me disse para vim aqui. – Disse Alexia em um espanhol meio enrolado.

– Claro querida, mas pode falar inglês se quiser, sem querer me ofender seu espanhol é horrível, venha comigo.

Eles começaram a andar, pararam em carro que estava mais afastado de todos, no canto da oficina. O homem abriu o capô do carro, olhando um pouco, mas quando foi mexer acabou queimando a mão.

– Posso? – Perguntou Alexia apontando para o carro, ela não esperou resposta e já pegou um pano que estava no bolso do macacão de Fernando e começou a mexer no carro.

– Você deve ser Alexia, a pequena campeã. – Alexia deu um sorriso ao ouvir o apelido que tanto adora. – Dever esta querendo um carro, mas dever tomar cuidado soube que tem pessoas atrás de você.

– Soube certo, mas não sei do que eu tenho que temer, eles não conseguiram e pegar ainda e não vão. – Ela fechou o capô do carro e jogou o pano para o cara.

– Deveria lagar esta vida, posso te contrata, com o tempo irão te esquece de você e poderá voltar a sua vida normal.

– Minha vida normal é correndo, pode me vender o carro? Não posso demora muito amanhã tenho aula.

O homem apenas sorriu para ela, eles começaram andar, saíram à oficina, e foram até um estacionamento não muito longe da oficina, eles subiram em silêncio, subiram até o terceiro andar, e foram para o canto mais afastado do estacionamento, tudo estava escuro, mas logo virou claro quando o homem apertou um botão, havia uns cinco carros ali estacionados um ao lado do outro.

– Eu só tenho esses, mas eles são os melhores.

– Eu quero o preto.

– Tem certeza? Ele não corre muito, o vermelho posso dizer que é o melhor que temos, além de ser o que...

– Não ligo para o quanto que corra, sempre escolho o mais bonito, parece bobagem, mas é sempre assim que ganho. – Alexia pegou a sua mochila e tirou dois maços de dinheiro. – Acho que isso dever resolve.

O homem pegou o dinheiro, mas devolveu um deles para ela, que sorriu e pegou a chave antes de correr para entrar no carro.

– tente não quebra muito ele.

Alexia apenas sorriu, ela colocou o skate e a mochila no chão do banco do passageiro, deu partida e foi em direção ao local onde seria a corrida.

O som alto indicava que ela estava no lugar certo, ela olhou para os lados e viu vários carros e seus donos ao seu lado, viu um carro preto com chamas ao seu lado, um homem estava encostado do lado do carro, era forte e careca com grandes tatuagens nos braços e na parte de trás da cabeça, as pessoas estavam a sua volta, um corredor durão. Ela olhou para o outro lado, havia um homem com um grande moicano, estava sentado no capô de um carro verde e preto, havia duas garotas ao seu lado, e mais umas pessoas também, um corredor metido. Ela olhou para a terceira e ultima multidão, não muito grande como as dos outros dois corredores, mas era uma multidão, havia um carro amarelo, e um rapaz moreno conversa com uma das garotas que estavam ali, não parecia querê-la leva para cama, então são amigos, parecia meio nervoso e ela estava tentando acalma-lo, era apenas um corredor principiante, ganhou uma ou duas corridas pequenas, esta tentando algo grande. Alexia estacionou o carro não muito longe desses homens, assim que desceu algumas pessoas do carro do lado soltaram pequenas risadas debochadas, Alexia fechou a porta com um sorriso e olhou para elas, que tentaram fingir que não estavam rindo, mas não deu muito certo.

– Quantos anos você tem? – Perguntou um dos homens que estavam ali. – Não deveria esta na casa da sua mamãe. – Os outros começaram a ri novamente, Alexia apenas sorria.

– Sabe qual a diferença entre a gente? Você não passa de um idiota tentando fazer piadas para que as outras pessoas não percebam o quão ridículo você é.

Alexia olhou em volta algumas pessoas a olhavam agora, entre elas os três corredores, ela olhou para o de moicano que tinha um sorriso debochado no rosto, e olhou para o moreno que agora estava em silêncio, apenas a olhando por que os outros estavam também, parecia mais nervoso do que antes, ela olhou para a garota ao seu lado, seus cabelos eram castanhos escuros, seus olhos também castanhos a convidavam para olha-los o dia inteiro, a garota deu um sorriso tímido, Alexia retribuiu o sorriso.

A loira começou a andar em direção ao corredor careca, que assim que a viu se desencostou do seu carro.

– Quero uma corrida, eu e você, por dois mil reais. – Disse Alexia colocando a mão no bolso.

– E o que diz que uma garotinha como você pode e ganhar? – Disse ele dando uma pequena risada.

– E o que diz que um careca como você pode ganhar?

O homem apenas riu, antes de chamar um homem e manda-lo pegar dois mil reais, Alexia olhou para os outros dois corredores, o homem e garoto logo foram se aproximando. A loira voltou a sua atenção para o careca que mostrava agora um bolo de dinheiro, a loira fez o mesmo mostrando um bolo que tinha acabado de tirar do seu bolso.

– O que esta acontecendo aqui? – Perguntou o homem de moicano.

– Vamos apenas correr cara. – respondeu o careca guardando o dinheiro no bolso, Alexia fez o mesmo.

– Eu não posso? Não vai querer corre com o melhor?

– Claro, é por isso que vim falar com ele. – Disse apontando para o careca que deu um sorriso debochado. – mas se você quiser correr, fique a vontade a aposta é de dois mil, e você também pode competir se quiser. – Disse Alexia se virando para o outro garoto, aquela garota que conversava com ele antes estava atrás dele.

Alexia começou a andar em direção ao seu carro, olhava a garota que via antes enquanto isso. Assim que entrou no carro, foi para a linha de partida, os outros carros já estavam apostos. Uma garota com salto alto, e um vestido extremamente curto foi lá para frente, levantou as mãos, os carros começaram a acelerar, Alexia apenas riu daquilo tudo, assim que a mulher abaixou as mãos, os carros começaram a acelerar, Alexia ficou na segunda posição no inicio, mas apenas estava brincando um pouco, logo na primeira curva conseguia passar para primeiro, mandando um beijo para o homem de moicano, o resto do trajeto foi brincadeira, Alexia não deixava os passarem por ela, assim que passou pela linha de chegada, por ouvir os gritos e aplausos dos outros, logo seu carro foi cercado de pessoas, ela saiu do carro, logo o homem careca lhe entregou os dois mil, não parecia muito feliz, mas mesmo assim não parecia com o homem de moicano, que estava furioso, mas foi controlado pelos seus companheiros de equipe, um deles entregou os dois mil reais, o outro garoto ia entrega o dinheiro para ela, mas ela não aceitou.

– Sei que é apenas um principiante, então não aceitarei o seu dinheiro, só peço que desista dessa carreira, é mais perigosa do que pensa.

O garoto concordou, e recuou rapidamente, o homem de moicano novamente foi em direção à garota, mas foi parado novamente.

– Você roubou? A algo no seu carro, quem você pensa que é para rouba? – Gritava o homem.

– Se tem algo no carro duvido muito, acabei de compra-lo agora, e me chamo Alexia, deve me conhecer certo?

O homem de moicano parou de se debate nos braços dos outros homens, ficou olhando Alexia por alguns segundos, abaixou a cabeça e saiu dali rapidamente, arrependido do que tinha acabado de fazer. Alexia olhou para o relógio em seu pulso, era meia-noite, tinha que ir embora ou chegaria muito cansada no colégio. Ela começou a andar em direção ao seu carro, colocou o dinheiro que acabara de conseguir no bolso, e saiu daquele lugar, mas antes olhou pelo retrovisor vendo aquela garota de cabelos castanhos sorrindo enquanto observava o seu carro ir embora. Alexia estacionou o carro no mesmo estacionamento que pegara o carro antes, saiu do carro colocando seu capuz, subiu em seu skate e foi em direção a sua casa.