Eu Te Amo, Idiota! escrita por Luana, Laura Penha


Capítulo 2
A TÃO ESPERADA FESTA DE NATAL


Notas iniciais do capítulo

Oi, oi, gente.

Mais um cap. dessa one quentinho para vocês.

Beijinhos e ja ne ;*



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A casa do dobe estava lotada de pessoas superinteressantes. Me senti tão à vontade como um frango frito na frente de um cachorro faminto. Mas lembrei do motivo que me levava àquela inesperada comemoração, com trocas amigáveis de presente e fotos para postar em redes sociais. O motivo era algo de tamanha importância: a comida grátis. Claro que morando com o Itachi eu vivo de macarrão instantâneo a meses, era bom aproveitar. E claro, o outro motivo, a Sakura, tão encantadora como ela sempre era...





— Sasuke Uchiha, está atrasado! - ela me olhava tão ferozmente que reprimi um sorriso.








— Tinha coisas a resolver. - lancei o meu melhor olhar de tédio, enquanto o que queria era saltitar e dizer que estava me arrumando o máximo pra ela me notar, mas acho que ela me acharia bem gay.









Talvez ela tenha achado isso muito sexy e se afastou para reprimir seus instintos sexuais femininos que estavam a todo vapor, ou apenas foi cumprimentar Ino que também chegava atrasada. Prefiro acreditar na primeira hipótese.









— Sasuke-kun, lindo e encantador como sempre. - Ino vinha em minha direção como se eu fosse um frango pronto para o abate. Ó, comparações com frango? De novo não!









Olá Ino... normal como sempre. - Ouvi um riso ao fundo.









— Ino, Ino... Querida e doce Ino, você não muda heim, porca? - Sakura se juntou a conversa e suspirou em seguida.









— Apenas não desisto do que quero. - Ino jogou os cabelos tal qual Joelma do Calypso e saiu.









Sakura fez uma cara de ódio que eu nunca vou esquecer. Acho que essa é a mesma cara que eu faço quando o servidor de algum jogo meu falha, ou quando o cartão de memória do meu playstation lota. Sinceramente eu não entendi. Ou na verdade entendi! Essa rosada estava com ciúmes! Isso, eu tinha que confortá-la...









— Sakura, você sabe que eu não quero a Ino. - disse, cautelosamente.









— Você não me deve explicações. - ela corou.









— Tudo bem Sakura, entendo que você tem ciúmes da Ino, afinal ela é sua amiga e vocês, garotas, tem que aprovar o namoro uma das outras. - Talvez essa seja a frase mais longa que eu já falei na minha vida, me sinto um vencedor.









Vi Sakura mudar de cor, do rosa pro azul, depois pro verde, e por último pro vermelho. Imaginei que ela estivesse passando mal, talvez fosse os salgadinhos.









— Você é tão idiota, Sasuke Uchiha!









E saiu, me deixando sem entender. Será que ela não estava com ciúmes por causa disso? Será que Sakura era lésbica e na verdade os ciúmes que sentia por Ino não era exatamente de amizade? Senti meu sangue ferver. Óbvio que não iria perder Sakura pra uma loira oxigenada igual aquela!









Segui Sakura a procura de uma explicação. Ela não podia me chamar de idiota tão descaradamente (ou podia?) depois do meu longo esclarecimento sobre coisas de garotas, e sair de cena como se jamais tivesse estado lá.









Encontrei-a na varanda.









– Olha, - Comecei - Eu não entendi o que aconteceu ali atrás, mas... - Olhei para o outro lado e pus as mãos no bolso - me desculpa. - joguei as palavras que eu não falava pra ninguém.









Quando ela virou para mim, tirou o fone de ouvido. Maldita. - Oi? Pode repetir? Estava escutando música.









Eu bufei, mas ela não tinha culpa, então recomecei: - Me... - respira - desculpa.









Os olhos dela brilharam e eu pressenti uma aura maléfica e obscura se aproximando, provavelmente era só o ego de Sakura se inflando. É.









– Foi muito baixo, Sasuke-kun. Pode repetir? - Fulminei-a com o olhar e ela fez sinal de rendição com as mãos. - Tudo bem, tudo bem. Já parei, aceito suas desculpas.









– Hm.









Ficamos em silencio muito tempo, recostados no batente e olhando a vista linda que era o muro do vizinho. Pensei em falar, mas meus assuntos são bem limitados e sempre terminam em "hm" e "uhum".









– Ei, Sasuke-kun... - Ela começou baixando o olhar - Você sabe que, no início do próximo ano...









– Intercâmbio. - Cuspi estas palavras. Odiava quando ela falava daquele jeito, cuidadosa e sorrateira, como se a qualquer momento fosse roubar meus biscoitos do Animados Zoo.









Sakura pigarreou. - Não quero viajar brigada com você. Somos amigos e... - A velha história do 'somos amigos' que eu tanto renegava. Caramba, é tão difícil perceber que eu gosto de você? Agora só falta a placa com letras garrafais e setas brilhantes apontando para mim.









– De novo não, Sakura. Eu... – Então era ali. Eu sabia que dessa vez conseguiria vomitar todos os meus sentimentos para ela... Não de uma forma tão nojenta, é óbvio. - Eu... - Respirei, respirei mais uma vez, e depois mais-









– Sasuke, pode falar quando quiser. Estou ouvindo. - Falou de modo extremamente reconfortante e sarcástico fazendo sinal de legal com as mãos.









– Eu... – Pai nosso que estais no céu – Eu acho realmente que... – Como é o resto da oração mesmo? – Olha, justamente por causa da nossa... amizade, que não quero que você vá embora.









– Seremos amigos em qualquer parte do mundo, seu bobo. – Ela sorriu parecendo um pouco decepcionada. – Além disso, existe o Skype.









Claro, a desculpa do Skype. Eu estava estático, mas não só por que as palavras que saiam da minha boca não eram as mesmas que eu queria falar, por que cada vez mais eu queria essa aberração cor-de-rosa na minha vida e eu trocaria todos os consoles necessários (talvez não todos, mas a maioria deles) por ela.









Não queria que aquela conversa terminasse assim, mas como em qualquer novela mexicana, ela se virou pra sair de cena e por algum estranho movimento involuntário me vi segurando seu braço. Sakura me encarou com aquele olhar brilhante de expectativa, como se a qualquer instante eu pudesse dizer as palavras que mudariam tudo.









– Você não entendeu. - Falei puxando-a para mais perto de mim. - Eu... - As bochechas de Sakura ficaram vermelhas rapidamente e seus olhos verdes me encaravam curiosos. - Eu... - Me aproximei o bastante para encostar nossas testas. - Vou sentir saudades. – Me vi falando imbecilmente. Aquilo não mudaria nada.









– Eu também. – Ela respondeu, embora não fosse uma pergunta. Sua voz estava rouca e os olhos vermelhos. É, os salgadinhos atacaram novamente.



Mesmo aparentando estar mal ela sorriu não tão feliz e se foi.







Depois disso pude concluir que eu definitivamente sou um idiota, mas mesmo sendo assim eu não desistiria tão fácil. Eu sou o que se poderia chamar de um idiota persistente.











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