A Usurpadora escrita por Misaki Mei


Capítulo 4
Conhecendo a Mansão




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Olhei por um momento as escadas,um medo subia pelo meu corpo me arrepiando por inteira,estava tendo um djavu.Como se já estivesse ali mas na verdade nunca havia entrado daquela casa antes.

Subi devagar as escadas,a cada degrau sentia um medo enorme.Fiquei parada por um instante olhando a enorme porta de madeira,respirei fundo,tomei coragem e abri a porta.

Assim que entrei,todos pararam o que estavam fazendo para me ver,como se já soubessem de tudo.Senti algo agarrar minhas pernas e assim que olhei para baixo,notei uma bela garotinha de olhos azuis que me olhava e abraçava.

–Ma-disse ela.

–Sim meu amor,sou eu,a mamãe-disse pegando-a no colo.

–Olá!-disse uma voz atrás de mim.

–Olá-disse para uma moça de cabelos castanhos.

–Você está doente?-pergunta ela fazendo uma estranha expressão.

–Não-respondi-porque?Eu estou estranha?-pergunto indo em direção a escada e subindo alguns degraus.

–Está-responde ela-você me disse “oi” e não me disse “não me enche piralha” como você normalmente diz-diz ela cruzando os braços.

–Quero que você esqueça o que eu fui,apartir de hoje-disse.

–Vou tentar,mas você tem que me mostrar que merece-diz ela subindo as escadas.

–Mostrarei-disse em tom de sussuro-mostrarei que sou diferente de Guadalupe!

Subi as escadas,pensava em tudo o que Guadalupe me contou sobre sua familia,pelas suas palavras era notavel que ela odiava a todos dessa casa,eu não vou deixar que me trantem mal,vou mostrar que sou boa e vou mostrar que sei dar amor a todos.

Cheguei em um enorme quarto,uma cama de casal,um enorme closet,um banheiro,parecia bem confortavel.Escolhi uma roupa para o jantar,tomei um banho e me deitei um pouco na cama.Uma mulher completamente vulgar e sem carater,essa era Guadalupe Maya,sua voz me dava medo e sabia que era capaz de qualquer coisa para conseguir o que queria.

–Guadalupe?-pergunta uma voz que bate a porta-você está ai meu amor?

–Fernando-disse em meu pensamento-Quem é?-pergunto sabendo que era ele.

–Sou eu meu amor,Fernando!Seu marido!-diz a voz calmamente do outro lado da porta.

Abri a porta,um homem atraente e de cabelos escuros entra.

–Olá meu amor-diz ele sussurando em meu ouvidos

–Oi Fernando-digo me afastando dele.

–O que foi meu amor?-diz ele sem entender.

–Não sei o que deu em mim-digo me virando de costas pra ele.

–Sua mãe disse que você tinha algo para me dizer-diz ele sentando em minha cama.

–Algo para te dizer?-pergunto.

–Sim,o que é?-diz ele me olhando nos olhos.

Ele olha para a escrivaninha e percebe que uma caixa de cigarros estava intocada.

–Você não fumou hoje?-pergunta ele me olhando serio.

–Eu-eu vou parar de fumar-disse rapida.

–Mas por que?-pergunta confuso.

–Por que-por que,porque estou gravida!-menti,tentei não mentir mas não tinha escolha.

–Você está?-pergunta ele com um sorriso.

–Sim-digo tentando sorrir.

–Que maravilha!-diz ele saindo do quarto super feliz.

De algum modo,eu admirava Fernando,apesar de ter conhecido ele agora,ele parecia uma pessoa maravilhosa e estava sendo enganado por aquela que deveria lhe dar amor,carinho e fidelidade.

–Senhora!-diz uma moça loira entrando em meu quarto-queria lhe pedir desculpas pela invasão mas me mandaram dizer que o jantar está pronto!

–Não se desculpe Marion-disse sorridente-eu já estou descendo!

–Sim senhora-diz ela saindo.

Todos da casa pareciam dar respeito a essa mulher,o que a faz ser tão respeitada por todos?Ela é má!O que a faz ser tão importante?Quem sabe!

Enquanto descia as escadas,fui surpreendida por uma mão que me puxa para tras.

–Onde você pensa que vai?-pergunta um homem moreno apertando meu braço.

–Não é da sua conta Lucio!-digo para ele soltando meu braço.

–Qual é Guadalupe?-pergunta ele novamente segurando em meu braço-você e eu temos uma conversinha mais tarde!-diz ele com um sorriso malicioso.

–Eu não tenho nada para conversar com você!-digo descendo as escadas rapida.

Assim que cheguei na sala de jantar,todos olhavam para mim.Me sentei a mesa e comi o jantar normalmente.

–Tia-me chama a atenção uma pequena garotinha loira-você vai ter outro bebe?Igual a Lolyta?

–Sim-respondi de cabeça baixa tentando ser discreta.

O jantar foi calmo.Voltei ao meu quarto,queria dormir e assim que acordasse ter certeza de que era tudo um sonho mas eu sabia que era real.

–Senhorita Guadalupe!-diz uma voz feminina do outro lado da porta do quarto.

–Sim-respondo abrindo a porta.

–Dona Paola quer ve-la!-diz ela de cabeça abaixada.

–Diga que já estou a caminho-respondo sorridente.

Dona Paola

Algo dentro de mim dizia que ela estava a caminho.Minha filha Ludivyta estava mais perto do que eu imaginava.

Sentei em minha cama,assim que a porta central foi aberta,meu instinto materno dizia que era ela,minha outra filha estava em casa no lugar de Guadalupe.

Esperei para falar com ela depois do jantar,pedi que servissem meu jantar em meu quarto.Assim que terminei o jantar,pedi que chamassem a moça.

Depois de alguns segundos,a porta do meu quarto se abre e eu vejo seu rosto,todos iriam rir da minha cara se eu dissesse que o rosto da Guadalupe e o dela são um pouco diferentes,mas só uma mãe sabe a diferença entre dois filhos gemeos.

O jeito como ela me tratou e sua suave voz aumentaram os meus batimentos cardiacos,era ela!Era delicada e dizia tudo com educação e simplicidade,era boa e mostrava que ainda era uma moça completamente inocente.

–Boa noite Guadalupe-disse com as voz fria que fazia com a verdadeira Guadalupe,era apenas um teste.

–Boa noite mamãe-responde ela sorridente se aproximando de minha cama.

–Como estão as coisa?-pergunto um pouco mais suave e tendo a absoluta certeza que era a minha outra filha.

–Estão otimas mamãe-responde ela se ajoelhando aos pés da minha cama e segurando em minha mão.

–Amanhã você vai a maison?-pergunto.

–Claro que vou!-responde ela com outro sorriso-não deixarei que a maison da familia acabe!-responde ela.

–Estarei aqui se precisar de mim-digo sorridente-agora vá dormir que amanhã você terá que acordar cedo!

–Pode deixar-diz ela dando um beijo em minha testa e saindo do quarto.

–Tenho que ajuda-la no que precisar-digo para mim mesma.

Eu vou ajuda-la,vou apoia-la de todas as formas.Irei dar o amor que não pude dar depois que ela nasceu,mostrarei a ela que não pude ficar com ela por motivos bobos.

Guadalupe:

Me senti um pouco estranha com o meu Christiano me chamando de Marye mas eu sabia que teria que me acostumar com tudo isso,era para meu proprio bem.

A nossa primeira noite havia sido maravilhosa,me sentia no céu.Depois de jantar,fomos até a sacada do hotel.

-Você mudou muito-diz ele me abraçando.

-Mudei-digo dando um selinho em seus labios doces.

Senti algo subir pela minha garganta e corri para o banheiro.Me sentei em volta do vaso sanitario e comecei a vomitar,também comecei a sentir tontura,a minha volta tudo começou a escurecer,eu desmaiei.


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