Operação Heindall escrita por Ryuuzaki Kyouma, Batousai1522


Capítulo 5
"Aqui é o Snake"


Notas iniciais do capítulo

L contacta o Coronel Campbell para dar início a uma operação de coleta de informações.



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Enquanto Kurisu viajava ao passado, Okabe debatia seus conhecimentos com L sobre a SERN, pelo notebook de Daru, enquanto o super-hacker utilizava seu computador para fazer pesquisas. Okabe já havia mostrado a gravação de Near e a vídeo mensagem do seu eu do futuro ao detetive.

De repente, a máquina do tempo reapareceu no galpão. Kurisu, Kintaro e Kyoko saíram de lá. A cientista ruiva guiou os três até onde estava Daru.

Kurisu: Aqui estão Kintaro e Kyoko.

Daru olhou rapidamente para Kintaro, que sorriu cordialmente, já quando olhou para Kyoko, o hacker congelou com a visão na mulher que veio do passado. Daru ficou impressionado com a beleza dela, Kyoko olhou para aquele nerd e notou o olhar pervertido que ele fazia para ela.

Kyoko: O que você está olhando?

Daru: Hã?

Daru babava. Kyoko virou o rosto.

Kurisu: E então Daru? Qual é o plano?

Daru: Hã? Ah! Vamos para o prédio que L montou na central de operações.

Depois de alguns minutos, um helicóptero veio buscar os que ainda estavam no galpão e levou-os para a central de operações. Era na cobertura do prédio onde morava Feyris, em Akihabara. Chegando lá, o detetive L recepcionou todos os integrantes com sua roupa de costume: uma camisa manga longa branca, calça jeans e nenhum calçado.

Após se instalarem L chamou todos para a sala central, e resolveu se apresentar para os novos integrantes da equipe.

L: Eu sou L, um detetive que enfrentou o último detentor do Death Note, Kira. Também fui resgatado do passado e atualmente tenho poucos dias de vida.- Disse passando a mão no cabelo como se estivessem falando aquilo por ter sido forçado.

Aproveitando a deixa, o atual líder da operação Heindall se pronunciou.

Okabe: Eu sou Okabe Rintaro, também conhecido como o cientista louco Hououin Kyouma! Atualmente sou o pior inimigo da SERN e de seu líder.

Daru: Eu sou Daru, o super hacker! O computador é minha arma de batalha. Sou o inventor do telefone micro-ondas.

Kurisu: Eu sou Makise Kurisu a cientista prodígio atual 4º membro do laboratório gadgets do futuro. E inventei a máquina do tempo.

Kintaro ficou excitado com a nova aventura e como iria experimentar experiências novas, já Kyoko ficou um pouco desconfortável, mas após alguns segundos finalizaram as apresentações.

Kintaro: Prazer em conhecê-los. Eu sou Oe Kintaro, venho de 1996 e espero aprender muito sobre a vida no futuro.

Neste momento, Kintaro fazia vários esboços das pessoas que estava visualizando.

Kyoko: Eu sou Kyoko Tachibana, ex-secretária do Masamune Kongoji.

Kintaro: Senhor L, porque você disse que está com seus dias contados?

L: Como mencionei antes, estava enfrentando Kira. Quando recebi a mensagem, fiquei sabendo que morreria no dia 5, para evitar isso eu escrevi meu nome no caderno do shinigami, adiando minha morte, pois eu deveria fingi-la para não alterar o futuro.

Kyoko: Como assim?

Daru: Ele é meio louco mesmo.- Disse fazendo um sinal para Tachibana.

Kintaro: Se você anotar um nome nesse Death Note a dona do nome morre? Vivendo e aprendendo.

Kintaro anotava freneticamente todas aquelas informações novas.

Kurisu: Explique-nos seus conhecimentos sobre este tal Death Note.

L: Eu só passei alguns dias com o Death Note nas mãos. Ele é um caderno demoníaco com regras, o portador fica sendo supervisionado por um shinigami. O caderno pode matar alguém através no nome e do rosto da vítima. Se não for especificado a causa da morte será ataque cardíaco em 40 segundos. Pode-se fazer um acordo com o deus da morte para a obtenção de olhos que podem visualizar o nome das pessoas através da face delas. Aparentemente existe um preço a pagar por esses olhos, e se alguém desistir do caderno perde as memórias referentes a ele.

Okabe: O que é um shinigami?

L: Pode ser difícil de acreditar... Mas eles são entidades de outro mundo, como demônios, mas eles só vêm ao nosso mundo de tempos em tempos, pois precisam matar as pessoas para roubar o tempo de vida delas. Um shinigami só pode ser visto por quem tocar no caderno.

Kyoko ficou um tempo pensativa e depois falou:

Kyoko: Se existe algum sacrifício pelo uso destes “olhos” é quase certeza que Kongoji não pagaria seu preço. Já que poderia utilizar os poderes parciais do caderno de graça.

L: Se considerarmos que o shinigami vê o nome de todos os seres humanos, os olhos seriam “olhos de shinigami”. (Raito-kun não tinha os olhos... Ele se considerava um deus... Para ele não querer fazer o acordo o preço deveria ser grande. Há uma chance considerável de sacrificar parte da vida.). Existem 73% de chance de o preço a ser pago ser uma porcentagem da própria vida do portador.

Kyoko: Kongoji prega uma ideologia onde todos seus subordinados o consideram como um deus. E assim ele subjuga a todos. Ele tem grande poder econômico, político e na arte da luta.

L: De fato, pelo que vi não há como atingi-lo por meios legais. Near falhou por tentar este método. Teremos que desenvolver uma estratégia de infiltração com poucos membros. Se não conseguirmos parar Kongoji ele irá dominar o mundo em questão de poucos anos. Porém como escrevi meu próprio nome no Death Note para só morrer em 23 dias, existe uma chance considerável de eu morrer antes do caso ser concluído.

Okabe: Por que você fez isso?

L: Era o único modo de não alterar o futuro, e me manter vivo pelo máximo de tempo possível. Mas agora há um tópico mais interessante a ser discutido. Rintaro-san, você poderia explicar aquelas convulsões que você estava tendo quando eu cheguei nessa linha de tempo?

Okabe: Como eu poderia explicar? Hahahahahaha! Eu tenho os olhos que gravam o passado, o Reading Steiner. Enquanto algumas pessoas têm sonhos sobre o que ocorreu com suas versões de outras linhas temporais, eu me lembro de tudo.- disse o cientista se levantando de sua poltrona e agitando seus braços.

L: Quando exatamente você começou a ter esses sintomas?

Okabe: Por volta de Agosto...

L: O que eles significam?

Antes que Okabe pudesse responder, Kurisu levantou à mão pedindo a palavra.

Kurisu: Eles ocorrem quando há alterações significativas no espaço-tempo.

L: (As mortes que beneficiaram Kongoji começaram a ocorrer por volta dessa data, e elas continuam ocorrendo... quando chegamos ele teve um ataque parecido...). Pessoal, é quase certo que quando alguém é morto pelo Death Note, Okabe-san sente a linha de tempo mudando.

Kurisu: Têm tanta gente morrendo assim?

Kintaro: Não acredito que o Kon-san esteja matando pessoas apenas para seu ganho pessoal.

L: (Porque será que ele não sentia alterações na linha de tempo enquanto o Kira matava os criminosos?). Aparentemente, Kongoji ou algum outro membro do SERN deve ter escrito os nomes de Kintaro e Kyoko há algum tempo no Death Note.

Kyoko: O que? Por quê?

L: Pelos dados que obtive vocês eram pessoas que poderiam vir a se tornar potencialmente perigosas contra ele. E segundo Okabe-san não havia mais nenhum registro sobre vocês no futuro dele antes de vocês serem salvos. O fato de vocês provavelmente terem morrido é um fato importante, pois mostra que Kongoji tem grandes chances de ser o portador do Death Note, ou que ele tenha uma grande influência sobre o portador do caderno.

Kintaro: Eu posso tentar falar com ele e pedir para que pare de usar esta arma de assassinato em massa!

L: Isso é improvável. Mesmo que a gente separe Kongoji do caderno ele ainda terá artifícios para matar pessoas. Temos que procurar um jeito de cortar os poderes dele. Ou então devemos atacá-lo quando ele estiver vulnerável. O problema é que ele eliminará todas as pessoas que forem impedi-lo de conquistar o mundo.

Kintaro: Muito bem, vou montar meu oden-shop enquanto penso em uma solução.

L: O que? Você pretende ficar vulnerável lá do lado de fora?

Kintaro: Não têm problema, eu não posso ficar preso em uma sala. Vou me misturar com o povo desse tempo e aprender com eles.

L: (Não consigo entender esse sujeito...). Pelo menos leve esse documento e utilize esse nome falso.

Com isso Oe Kintaro sai da sala e desceu do prédio com sua mountain bike. Depois que está fora do prédio parte pra procurar as peças para montar seu oden-shop e escolher o local ideal para instalá-lo.

L, que até este momento estava sentado com as pernas sobre a poltrona em frente ao seu computador, se levantou e foi pegar um pouco de café e voltou com alguns blocos de açúcar em outra xícara.

L: Vocês estão com fome?

Daru: Sim! O que têm pra comer?

L: Aqui têm doces, bolos e sorvete.

Kurisu: Mais que tipo de dieta é essa? Como você pode comer só essas porcarias e ser magro desse jeito?

Okabe: Cuidado com minha assistente pervertida detetive.

L: Você não engordará se usar muito a cabeça.

Okabe: Daru é como o universo, está em constante expansão.- diz o cientista com uma cara de que aquilo fosse óbvio.

Kurisu: Já chega, eu vou cozinhar algo!

Daru: Okarin, faça algo! - cochicha para Okabe.

Okabe: Nós vamos pedir uma pizza e 2 garrafas de Dr. Pepper!

L: Pois bem aqui está o dinheiro. – disse tirando algumas notas do bolso.

L agora estava novamente sentado bebendo seu café com 6 blocos de açúcar. Olhando para Tachibana, e quando ia começar a falar, foi interrompido por Okabe:

Okabe: Nós vamos dormir aqui?

L: Vocês sim, eu não. Consigo passar várias noites acordado quando estou resolvendo um caso.

Kurisu: Quer dizer que essas olheiras são de verdade? Pensei que fosse alguma sombra pra olho.

Okabe: A partir de agora irei lhe chamar de Sr. Detetive olheiras negras!

L: Se for me chamar de algo, que seja Ryuuzaki.

L olhou com indiferença para o cientista e sua assistente. Em seguida focou seu olhar na Kyoko e perguntou:

L: Tachibana Kyoko, o que aquele rapaz anota tanto no caderno? E por que Masamune Kongoji o teme?

Kyoko: Ele anota tudo o que aprende e estuda em sua vida. Kongoji o teme, pois não há como controlar ou prever Oe Kintaro. Kintaro é alguém que luta por todos ao mesmo tempo.

L: (Masamune Kongoji... Esse caso vai ser mais complexo que o caso Kira, e temos que resolvê-lo rápido...).

L volta ao seu computador e faz uma ligação com o computador de Watari:

Watari: Do que você precisa L?

L: Watari busque contato com grupos justiceiros ou terroristas conhecidos pela habilidade de infiltração e trabalhar nas sombras. Preciso de um grupo pequeno de guerreiros seletos para iniciar a operação.

Watari: Certo.

Daru: Você já tem um plano?

L: Ainda não, mas se vamos lutar contra Kongoji e ele é tão bom quanto minhas fontes mostram precisaremos de uma equipe especializada, e isso inclui espiões.

Kyoko: Eu posso entrar lá como espiã. Só preciso que me arrumem disfarce e comunicação.

L: De fato nossa equipe é pequena. Talvez seja necessário que até eu entre no campo de ação. Apesar de que sou acostumado a resolver casos no anonimato apenas usando o telefone para fazer ligações para agentes.

Kyoko: Você é realmente tão bom quanto diz?

L: Eu era ao mesmo tempo os 3 melhores detetives do mundo na minha época. L, Denueve e Erald Coil. Watari, me ligue assim que obtiver alguma resposta.

Watari: Existem poucas equipes que se encaixam no perfil dito pelo senhor. Por que não pede reforço para a polícia japonesa ou FBI?

L: Eles não irão arriscar uma atuação contra Kongoji, até o momento todas as tentativas que tiveram contra ele resultaram em altas perdas. Se ao menos Misora Naomi ainda estivesse viva... Seu senso de justiça a faria lutar nesse caso até a morte.

Watari: Entendido. Os grupos que achei são antigas forças operacionais especiais e secretas de seus países. Dentre eles a que mais se destacava era a Foxhound. Mas essa já está desativada.

L: Você têm os nomes dos principais agentes? Ou dos chefes da organização?

Watari: Nos poucos documentos que consegui recuperar aparecem os nomes Roy Campbell, Kazuhira Miller, Big Boss e Solid Snake.

L: (Solid Snake... Eu tenho impressão de já ter ouvido esse nome antes... se não me engano, Snake era o herói nacional dos EUA. Era um agente de espionagem que derrotou vários grupos terroristas e salvou o mundo de um desastre nuclear. Agora quem são esses outros?) Watari-san tente entrar em contato com qualquer um que tenha participado da Foxhound.

Watari: Já estou providenciando isso.

Okabe: Por que não vai procurar informações sobre os outros?

L: Logicamente estão usando codinomes, seria demasiada perda de tempo procurar por eles. Há uma chance de 30% de todos eles se conhecerem. Se conseguirmos contato com um deles, teremos grande avanço. – disse olhando friamente para quem lhe fez a pergunta.

Kurisu: Meu deus! Você não sabe lidar com outras pessoas! Você consegue ser pior que o Okabe, por que não tenta ser mais educado como o Kintaro!

Kurisu falou com um tom de indignação. Já L olhou para baixo e ficou um pouco desanimado.

L: Você pode ter razão. É verdade que dificilmente faço amigos. E os dois únicos que eu tinha eram também meus piores inimigos. Enquanto eu queria prendê-los e condená-los por seus crimes, eles também queriam me matar.

Watari: L não há nenhum registro de Kazuhira Miller após 2005. Há indícios de que ele tenha morrido em um atentado no Alasca nessa data. Quanto a Roy Campbell é um coronel que parecia ser o segundo comandante da Foxhound. Atualmente ele trabalha em um comitê de supervisão nas nações unidas responsável por monitorar atividades, PMC.- respondeu o velho com uma voz de máquina enquanto aparecia um W na tela da tv.

L: Consiga contato com ele e faça uma ligação criptografada para que eu possa fazer umas perguntas a ele. - disse pressionando o polegar contra o lábio superior enquanto mantinha os olhos vidrados nos arquivos que tinham sido enviados por W.

Daru: Então é assim que um detetive da atualidade trabalha. Pensei que você seria igual ao Sherlock Holmes.

Kyoko: Quem é esse Watari com quem você tanto fala? – disse olhando em seu relógio e percebendo que o Sol já estava se pondo.

L: Se fizermos uma comparação com a obra de Sir Arthur Conan Doyle, eu seria o Sherlock Holmes e Watari seria o Watson.

Depois de alguns minutos, Watari entrou em contato de novo.

Watari: Consegui a ligação com Campbell. Pode falar!

L: Você está me escutando, Coronel Roy Campbell?

Campbell: Sim, mas quem é você?

L: Sou o detetive L.

Campbell: L... O lendário detetive japonês, o que você quer falar?

L: Uma coisa está me inquietando coronel... O que você sabe sobre o SERN?

Campbell parou por alguns segundos e continuou.

Campbell: Que pergunta interessante... Eu não poderia falar desse assunto abertamente com um estranho, mas você poderia falar o que te incomoda?

L: Estamos num impasse coronel, que tal nós nos ajudarmos?

Campbell: O que você tem em mente?

Todos estavam tensos com aquela conversa, os dois não queriam se revelar de mais.

L: O SERN está sendo bom ou ruim para o governo dos EUA, coronel?

Campbell: Bem... Pode-se dizer que estamos em uma posição de observação, mas algumas coisas estão realmente estranhas com aquela organização.

L decidiu dar um movimento mais agressivo.

L: Está tão estranha a ponto que vocês poderiam fazer uma operação de investigação?

Campbell: Você tem alguma informação que pode nos preocupar?

L: Sim, mas só revelarei se você concordar em fazer uma operação de investigação.

Campbell: Hum... Tudo bem, se você me fornecer informações importantes, nós poderemos com certeza nos ajudar.

L: Eu não quero perder tempo, por isso vou logo falar o que é mais importante, o SERN tem uma maneira de matar todos os seus opositores.

Campbell: Sim, isso nós já sabemos, a questão é como eles fazem isso.

L: O que eu posso te revelar por agora é que eles conseguem matar as pessoas se conhecerem o nome e o rosto do alvo.

Campbell: Entendo... Assim como o caso Kira?

L: Sim...

L ficou surpreso pela quantidade de informações que o coronel tinha à mão.

Campbell: Então você acredita que tenha uma ligação entre os casos?

L: Positivo, acredito que eles têm muitas semelhanças.

Campbell: Bem... Eu vou pensar e consultar meus superiores.

L: Se por acaso você fizer uma operação e conseguir mais informações, nós podemos dividir mais informações.

Campbell: Veremos detetive. Até logo.

***

Depois de desligar o telefone, o coronel deu alguns telefones. O SERN realmente estava ameaçando o sistema, alguns líderes já olhavam com maus olhos para o crescimento dos chefes do SERN. Os superiores de Campbell autorizaram uma operação de infiltração para coletar informações. O coronel montou um grupo estratégico para a missão. Eles decidiram que invadir a sede do SERN em Genebra, pois seria a melhor opção para coletar as informações mais importantes, mas seria necessário um agente experiente para invadir o local sem ser percebido e ainda inserir uma mídia para instalar um vírus no computador.

Depois de discutir com a equipe estratégica, o coronel Campbell ligou para o único agente em que confiava para uma missão arriscada como aquela. O agente Solid Snake estava numa base no Alasca, quando recebeu uma ligação.

Campbell: Alô, agente?

Snake: Aqui é o Snake.


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Notas finais do capítulo

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