Entre O Sol E A Lua escrita por Lola


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Geente, outro cap. Bom já que prometi a mim mesma não desistir, vou continuar escrevendo. Este cap. é um pouco surpreendente. Espero que gostem!!1



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O amor eterno é o amor impossível.
Os amores possíveis começam a morrer 
no dia em que se concretizam.

Eça de Queiroz

Abri meus olhos. Minhas pálpebras tremeram, mas consegui abri-las. A claridade entrou pelos meus olhos e consegui enxergar o ambiente. Era um quarto iluminado e branco. Quando digo branco, era totalmente branco. As paredes, a cama e os lençois, a cômoda. Parecia que eu havia morrido e ido para o céu.  Enfim, eu estava puta da vida. Aquela anjo hipócrita e fingido tinha me enfeitiçado. Era uma ofensa. Sorri ao ver que eu me sentia melhor e tirei as colchas brancas de cima de mim, tomando um susto. Eu estava de calcinha e sutiã pretos, contrastando com aquela branquidão do quarto. Dei um sorriso irônico ao pensar no anjo tirando minha roupa.  Não me incomodei em colocar roupa. Desci da cama enorme de dossel rapidamente, pisando levemente. Pude ouvir barulhos no que parecia o andar de baixo, e abri a porta branca. Eu estava em um corredor. Parecia que o resto da casa tinha cores, ainda bem. Andei pelo carpete que cobria o piso, tomando cuidado para não fazer barulho. Haviam alguma outras portas no lugar, mas não me atrevi em abri-las. Eu podia sentir a energia santa no local.  Desci as escadas, segurando no corrimão. O chalé, pelo que parecia, estava todo iluminado. O Sol entrava pelas janelas, fazendo os móveis se tornarem dourados. Eu sorri, deixando a luz do Sol tocar meu corpo. Saí da sala, com móveis rúticos e bonitos e cheguei a cozinha. Lucas estava lá, com uma bermuda bege, blusa branca e larguinha e descalço. Ele estava preparando algo na pia. Eu tinha que admitir, ele estava lindo.  Me encostei no batente da porta, cruzando as pernas e falando: -Nossa, então você conseguiu me enrolar...  Lucas se virou, surpreso. Senti seu olhar descendo pelo meu corpo, mas logo parando em meus olhos. Ele sorriu e falou, covinhas aparecendo em sua bochecha: -Aprendi com alguém que seres sobrenaturais são muito poderosos quando estão com raiva. Você está linda, aliás. Eu sorri, deixando de ser maliciosa. Só sorri. O mais estranho era um anjo falar que um demônio estava bonito. Me sentei em uma bancada ao seu lado e perguntei, balançando os pés: -Onde estamos?  -Em um chalé que comprei, fora da cidade. Moro aqui. - Lucas respondeu, lavando algumas uvas.  Balanço a cabeça. Lucas me olha mais uma vez, meio que constrangido. Ele tira sua camisa branca e grande, como uma bata, e me entrega, sorrindo. Penso em atirar a bata longe, não vestir, mas não faço isto. Simplesmente passo-a pela cabeça, a ajeito no meu corpo como uma grande camisa e olho ao redor. Lucas me fala: -Vamos.  Ele pega a tigela de uvas e sai andando. Não consigo não perceber seus músculos da barriga. Ele abre uma grande porta da sala, de vidro, e me deixa passar. O lugar é lindo. No meio do nada, verde e com um grande lado. Lucas senta em uma grande poltrona na sacada, mas eu , só pra voltar a ser eu mesma, deito do seu lado. Coloco uma uva na boca e pergunto, inocentemente, enquanto ele me olha desaprovador: -O que foi?  Lucas sorri e fala: -Você irá ficar aqui comigo por alguns dias, ta bom?  Eu reviro os olhos. Como se ele conseguisse me manter em qualquer lugar contra minha vontade. Mas se eu ficasse, eu não iria ficar contra minha vontade. Eu iria ficar porque queria. Estava curiosa sobre aquele anjo que havia se arriscado comigo. Eu talvez estava somente curiosa com o que eu sentia sobre ele. -Ta bom. - concordo, cemicerrando os olhos e o encarando. Nós comemos as uvas calados por algum tempo, eu observando o lago enorme. Me pergunto o que meu pai acharia. Me surpreendo por aquele ódio ter se dissipado tão rapidamente. Suspiro e encosto minha cabeça no peitoral de Lucas, sentada na sua frente.  -O que foi? - ele pergunta, relutantemente colocando a mão em meu cabelo. -Estou cansada... - respondo, fechando meus olhos e adorando o carinho que ele faz em meu cabelo.  O que está acontecendo comigo? Nossa! Parece que eu estou em paz com o mundo, com tudo. Não ligo, mas mesmo assim fico atenta com este pensamento. -Você está exercendo algum poder sobre mim, Lucas? - pergunto, curiosa sobre esta nova sensação. -Não. - Lucas responde.  Não o peço para jurar. Anjos não mentem. Sei disso. Mas esta resposta só me faz me sentir mais receio comigo mesma. Como outra uva, ainda pensando. Comemos uvas até eu cansar e olhar para o lago, com vontade. Me levanto e tiro a bata, a jogando em Lucas. Puxo sua mão, até ele se levantar.Tomo cuidado para ele não se machucar. Desço da sacada e saio correndo, pisando na grama verde até chegar na beira do lago. Pulo no lago, a água fria me molhando. Lucas se deita na grama na margem do lago e cruza os braços de baixo da cebeça, me observando. Espero que a água fria tire todas as idéias ridículas da cabeça e que meu demônio interior volte, mas ele não aparece. Ainda, quando vejo Lucas, o acho lindo deitado na grama, os braços cruzados. Isso me deixa com ódio, mas por mais que eu queria, não consigo descontar nele. Saio da água pingando, ainda com minhas roupas de baixo e deito ao seu lado na grama. -Lucas, você não devi a ter feito isso. - falo, olhando para as núvens que se movimentam no céu. - O que? - ele pergunta. Suspiro e fecho meus olhos, respondendo: -Me trazer aqui. Alguma hora eu vou voltar a ser aquele demônio cruel e você vai se machucar. Na verdade, nem sem o que está acontecendo comigo agora. Lucas se apoia em um cotovelo e se vira para mim, sua mão em meu rosto molhado. Meu coração começa a bater mais rápido contra a minha vontade, enquanto ele me encara e diz: -Isto, esta pessoa que está aqui comigo agora é a Savannah. A Nahemah não está aqui agora. E você está aqui porque quer, porque você gosta. Porque a Savannah é boa.  Entendo o que ele diz. Então eu sou bipolar. Me lembro de quando minha mãe me chamava de Savannah na frente dos humanos, e eu ainda era Nahemah. Sei que Lucas está errado. Eu ainda sou o demônio. Sou o mal. Sou o perigo. Mas naquele momento, estava tão inofensiva quanto um pássaro. Lucas ainda me encara, e tira meu cabelo de meu rosto. Deixo ele fazer o movimento. Estou entregue em suas mãos. Ele sopra meus olhos levemente e começa a chegar mais perto. Suspiro quando seus lábios encontram os meus. 

Abri meus olhos. Minhas pálpebras tremeram, mas consegui abri-las. A claridade entrou pelos meus olhos e consegui enxergar o ambiente. Era um quarto iluminado e branco. Quando digo branco, era totalmente branco. As paredes, a cama e os lençois, a cômoda. Parecia que eu havia morrido e ido para o céu. 

Enfim, eu estava puta da vida. Aquela anjo hipócrita e fingido tinha me enfeitiçado. Era uma ofensa. Sorri ao ver que eu me sentia melhor e tirei as colchas brancas de cima de mim, tomando um susto. Eu estava de calcinha e sutiã pretos, contrastando com aquela branquidão do quarto. Dei um sorriso irônico ao pensar no anjo tirando minha roupa. 

Não me incomodei em colocar roupa. Desci da cama enorme de dossel rapidamente, pisando levemente. Pude ouvir barulhos no que parecia o andar de baixo, e abri a porta branca. Eu estava em um corredor. Parecia que o resto da casa tinha cores, ainda bem. Andei pelo carpete que cobria o piso, tomando cuidado para não fazer barulho. Haviam alguma outras portas no lugar, mas não me atrevi em abri-las. Eu podia sentir a energia santa no local. 

Desci as escadas, segurando no corrimão. O chalé, pelo que parecia, estava todo iluminado. O Sol entrava pelas janelas, fazendo os móveis se tornarem dourados. Eu sorri, deixando a luz do Sol tocar meu corpo. Saí da sala, com móveis rúticos e bonitos e cheguei a cozinha. Lucas estava lá, com uma bermuda bege, blusa branca e larguinha e descalço. Ele estava preparando algo na pia. Eu tinha que admitir, ele estava lindo. 

Me encostei no batente da porta, cruzando as pernas e falando:

-Nossa, então você conseguiu me enrolar... 

Lucas se virou, surpreso. Senti seu olhar descendo pelo meu corpo, mas logo parando em meus olhos. Ele sorriu e falou, covinhas aparecendo em sua bochecha:

-Aprendi com alguém que seres sobrenaturais são muito poderosos quando estão com raiva. Você está linda, aliás.

Eu sorri, deixando de ser maliciosa. Só sorri. O mais estranho era um anjo falar que um demônio estava bonito. Me sentei em uma bancada ao seu lado e perguntei, balançando os pés:

-Onde estamos? 

-Em um chalé que comprei, fora da cidade. Moro aqui. - Lucas respondeu, lavando algumas uvas. 

Balanço a cabeça. Lucas me olha mais uma vez, meio que constrangido. Ele tira sua camisa branca e grande, como uma bata, e me entrega, sorrindo. Penso em atirar a bata longe, não vestir, mas não faço isto. Simplesmente passo-a pela cabeça, a ajeito no meu corpo como uma grande camisa e olho ao redor. Lucas me fala:

-Vamos. 

Ele pega a tigela de uvas e sai andando. Não consigo não perceber seus músculos da barriga. Ele abre uma grande porta da sala, de vidro, e me deixa passar. O lugar é lindo. No meio do nada, verde e com um grande lado. Lucas senta em uma grande poltrona na sacada, mas eu , só pra voltar a ser eu mesma, deito do seu lado. Coloco uma uva na boca e pergunto, inocentemente, enquanto ele me olha desaprovador:

-O que foi? 

Lucas sorri e fala:

-Você irá ficar aqui comigo por alguns dias, ta bom? 

Eu reviro os olhos. Como se ele conseguisse me manter em qualquer lugar contra minha vontade. Mas se eu ficasse, eu não iria ficar contra minha vontade. Eu iria ficar porque queria. Estava curiosa sobre aquele anjo que havia se arriscado comigo. Eu talvez estava somente curiosa com o que eu sentia sobre ele.

-Ta bom. - concordo, cemicerrando os olhos e o encarando.

Nós comemos as uvas calados por algum tempo, eu observando o lago enorme. Me pergunto o que meu pai acharia. Me surpreendo por aquele ódio ter se dissipado tão rapidamente. Suspiro e encosto minha cabeça no peitoral de Lucas, sentada na sua frente. 

-O que foi? - ele pergunta, relutantemente colocando a mão em meu cabelo.

-Estou cansada... - respondo, fechando meus olhos e adorando o carinho que ele faz em meu cabelo. 

O que está acontecendo comigo? Nossa! Parece que eu estou em paz com o mundo, com tudo. Não ligo, mas mesmo assim fico atenta com este pensamento.

-Você está exercendo algum poder sobre mim, Lucas? - pergunto, curiosa sobre esta nova sensação.

-Não. - Lucas responde. 

Não o peço para jurar. Anjos não mentem. Sei disso. Mas esta resposta só me faz me sentir mais receio comigo mesma. Como outra uva, ainda pensando.

Comemos uvas até eu cansar e olhar para o lago, com vontade. Me levanto e tiro a bata, a jogando em Lucas. Puxo sua mão, até ele se levantar.Tomo cuidado para ele não se machucar. Desço da sacada e saio correndo, pisando na grama verde até chegar na beira do lago. Pulo no lago, a água fria me molhando. Lucas se deita na grama na margem do lago e cruza os braços de baixo da cebeça, me observando.

Espero que a água fria tire todas as idéias ridículas da cabeça e que meu demônio interior volte, mas ele não aparece. Ainda, quando vejo Lucas, o acho lindo deitado na grama, os braços cruzados. Isso me deixa com ódio, mas por mais que eu queria, não consigo descontar nele. Saio da água pingando, ainda com minhas roupas de baixo e deito ao seu lado na grama.

-Lucas, você não devi a ter feito isso. - falo, olhando para as núvens que se movimentam no céu.

- O que? - ele pergunta.

Suspiro e fecho meus olhos, respondendo:

-Me trazer aqui. Alguma hora eu vou voltar a ser aquele demônio cruel e você vai se machucar. Na verdade, nem sem o que está acontecendo comigo agora.

Lucas se apoia em um cotovelo e se vira para mim, sua mão em meu rosto molhado. Meu coração começa a bater mais rápido contra a minha vontade, enquanto ele me encara e diz:

-Isto, esta pessoa que está aqui comigo agora é a Savannah. A Nahemah não está aqui agora. E você está aqui porque quer, porque você gosta. Porque a Savannah é boa. 

Entendo o que ele diz. Então eu sou bipolar. Me lembro de quando minha mãe me chamava de Savannah na frente dos humanos, e eu ainda era Nahemah. Sei que Lucas está errado. Eu ainda sou o demônio. Sou o mal. Sou o perigo.

Mas naquele momento, estava tão inofensiva quanto um pássaro. Lucas ainda me encara, e tira meu cabelo de meu rosto. Deixo ele fazer o movimento. Estou entregue em suas mãos. Ele sopra meus olhos levemente e começa a chegar mais perto. Suspiro quando seus lábios encontram os meus. 


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