I'll Be Your Hero. - Clato. escrita por Prim


Capítulo 7
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Aí está.
Não demorei taaaaaaaaaaaanto assim.
E eu não gostei das reviews gente.
Eu tive UMA só, mas eu vou deixar passar dessa vez porque eu demorei mesmo muito pra postar, mas agora vocês poderiam deixar pelo menos um gostei, para eu saber que não me abandonaram.
Esse é o maior capítulo da fanfic, espero que gostem
A fic agora entra em reta final.
Eu vou demorar á postar o próximo capítulo se esse aqui não chegar á 8 reviews!
ENJOY IT!



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Clove estava cansada, com dor nos pés e irritada, pensando em como matar lenta e dolorosamente Cato, que não parava de cantar ''Hero''.

Clove até achava essa música legal. Era uma das únicas músicas dele que ela gostava.  Mas aquele não era o momento para cantá-la. Não quando não se sabe para onde vai, ou onde se está.

- Falta muito? - Clove perguntou, cansada de andar. Devia ser a quarta vez que ela perguntava aquilo em menos de  10 minutos, mas o cansaço a impedia de pensar em outra coisa além da distância percorrida e de como matar Cato.

- Não, Clove, não falta. - Disse Cato bufando. - A gente já está chegando. Faltam 3 quilômetros.

- Ah, que bom, porque eu não aguentava mais andar e... TRÊS QUILÔMETROS? 

Cato reprimiu uma risada e disse:

- Já chegamos, satisfeita? 

Clove olhou para o lugar e se admirou. Ele era perfeito.

Tinham algumas árvores espalhadas, e uma grande pedra perto delas, onde uma das árvores fazia sombra, devido á posição do sol, a grama embora não fosse cortada, não era alta, á não ser em um ponto em que Clove não conseguia ver adiante, por causa de sua altura. Haviam algumas flores espalhadas pela grama e um som de água correndo em algum lugar que Clove não soube identificar.

- Uau. - Foi tudo o que ela conseguiu falar de primeira. - Cato, isso é lindo. - Ela disse e se virou para encarar Cato, mas não o achou. - Cato? - Ela perguntou procurando-o. - Onde você está?

- Estou aqui.

Clove foi seguindo sua voz, para o exato ponto em que não conseguia ver adiante.

- Onde você está? - Ela perguntou novamente. 

- Aqui. - Ele disse a voz vinha mesmo ponto em que ela não conseguia ver, por isso continuou andando.

- Aqui onde? Eu não consigo te ve... - Ela disse sendo interrompida por seus gritos, quando caiu dentro de um lago. - AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!

Cato ria descaradamente sentado na beira do lago, enquanto via a menina se debater na água gritando.

- CATO! EU NÃO SE NADAR! - Clove dizia enquanto afundava na água.

Cato pulou na água no mesmo momento em que ela acabara de falar, mas quando chegou perto o suficiente de Clove para resgatá-la a mesma saiu dando braçadas pelo lago.

- Você não estava se afogando?

- Eu fui campeã três vezes seguidas de natação. - Clove disse e completou ironicamente. - Não, eu não estava me afogando.

- Mas agora você vai se afogar. - Cato disse jogando água em Clove, enquanto a mesma fazia a mesma coisa.

Eles passaram a tarde assim, como duas crianças brincando em um dia de verão.

Assim que o sol começara a cair, eles saíram do lago, para não adoecerem, sentando-se sobre a grande pedra, que agora, não precisava mais de sombra.

- Então... - Clove disse parando de rir e observando o lindo laranja por-do-sol que dominava o céu. - O que você faria se não fosse cantor?

- Seria um adolescente normal. - Ele disse suspirando, pensando em uma vida que nunca teria. - Sabe... as pessoas podem achar que é muito legal ser famoso, estar na mídia, conhecer e ser amigo de celebridades... não é. A maioria são pessoas falsas.  Você não pode fazer o que quer, a hora que tiver vontade, porque sempre terá alguém para registrar e publicar, expondo algo que deveria ser particular. Você não tem privacidade, e muitas vezes tem que estar em lugares que não quer, com pessoas com quem não se quer estar, dando sorrisos falsos. Ás vezes, eu queria sumir... Ser invisível...

- Eu te entendo... - Clove disse deixando as palavras pairando no ar, pensando em quantas vezes tudo o que queria fazer era sumir.

- Mas... sabe, aqui com você eu sinto que posso ser eu mesmo. Só Cato Ludwig, um garoto normal. - Ele desabafou e Clove deu um sorriso.

- E você gosta? - Ela perguntou em expectativa. A verdade é que ela também gostava de estar com ele, apesar das implicâncias Clove não poderia pensar em férias melhores. Enquanto olhava para Cato, um frio na barriga aparecia, como borboletas no estomago. Talvez ela cogitasse a hipótese de estar apaixonada por Cato, mas isso é uma coisa impossível e que ela tinha que esquecer. Pois logo ela voltaria para casa, e essas férias em Los Angeles, com Cato Ludwig, não passariam de meras lembranças, que ela não poderia contar á ninguém, e se contasse seria chamada de louca.

- Gosto muito. - Disse Cato olhando para Clove. Logo o silêncio pairava sobre o lugar e apenas se ouvia o som da água correndo. Estavam os dois na mesma pedra, perto um do outro. Olhando nos olhos de cada um. Verde no azul. Azul no verde. Clove já havia sentido algo parecido antes, quando estava ajudando Cato a esconder seu carro na garagem de sua avó. E eles quase se beijaram.

Foram silenciosamente aproximando-se um do outro. Até que ela conseguia sentir o refrescante hálito de menta dele, e ele o doce cheiro de morango dela. Clove já estava fechando os olhos ao se aproximar mais e mais, e Cato já havia passado seus fortes braços pela cintura da menina. 

Quando iam se beijar, um pingo caiu na testa de Clove, e logo outros foram se seguindo, indicando a chuva que se iniciara. Fazendo os dois, corados pela vergonha se afastarem.

- Acho melhor irmos. - Clove disse. - Já está virando noite, tenho que ir para casa.

- É... é melhor irmos sim. - Cato disse, e ambos saíram da pedra constrangidos. Clove dando um adeus para o lugar que não veria mais.

Fizeram o percurso todo de volta em silêncio, Clove nem ao menos reclamava do cansaço ou perguntava quanto tempo faltava, eles estavam quietos, sem se olhar. Chegaram á praia, onde já conseguiam ver as pessoas passando. Cato recolocou o boné do avô de Clove, e antes de darem mais um passo disse:

- Você sabe o que acontece agora, não é? - Cato perguntou.

- A gente volta para casa? - Clove perguntou como se fosse o óbvio.

- Não... isso, acaba aqui. - Cato disse e vendo que Clove não havia entendido, continuou. - Nós dois... Tem que acabar, aqui e agora.

Clove ficou paralisada por um momento. Ela sabia que alguma hora teriam que se despedir, mas achava que isso aconteceria mais tarde, apenas quando ela tivesse que partir. Foi como se cravassem uma facada em seu peito, e assim, ela soube que estava realmente gostando de Cato. Reunindo forças e lutando para não deixar a voz tremula disse:

- Tá. - E foi andando.

- A câmera. - Cato disse de olhos fechados e com a mão estendida.

- Você quer a minha câmera? - Perguntou Clove incrédula.

- É só para apagar as fotos. - Ele disse. - Não dá para correr o risco de alguém vê-las.

- Então há um minuto era ótimo estar comigo, mas agora você sente vergonha disso?

- Você não entende... - Cato ia começar mas Clove não deixou.

- Entendo sim, perfeitamente. Se eu fosse a Glimer Rambin, você sairia correndo para ver se alguém tirou uma foto.  - Ela disse e olhou para a câmera com os olhos beirando a lágrimas. - Toma, não tem nada aí que me interesse mesmo. - E disse atirando a máquina na areia. Ela ia continuar seu caminho, mas voltou, com raiva, ressentida e magoada. - Preciso de dinheiro para o táxi.

Cato tirou um bolo de dinheiro do bolso e entregou á Clove.

- Eu vou até a casa da minha avó, não voltar para minha cidade. 

- Eu te devia 5 mil, pela garagem da sua vó, lembra? - Ele disse tentando brincar, mas Clove apenas revirou os olhos.

- Idiota. - E saiu andando deixando Cato para trás, realmente se sentindo um idiota.

Clove foi até o telefone público mais próximo e digitou o número da casa de sua avó, para falar-lhes que estava voltando, e para não se preocuparem, sabendo que iria levar uma bronca quando chegasse em casa, á essa hora, as lágrimas escorriam livremente por seu rosto, e ela só conseguia pensar o quão burra foi em se apaixonar por Cato, e ter se envolvido com ele, ela que sempre foi sensata.

Cato continuou, seguindo o mesmo caminho de Clove, mas foi abordado por fãs que começaram a gritar, e tirar fotos. Ouvindo a gritaria toda, Clove se virou e viu o loiro, que há pouco estava consigo, distribuindo autógrafos. Limpou as lágrimas com as costas da mão, e saiu da cabine telefônica, indo chamar um táxi.

Ambos se sentindo tristes. Clove se achando tola e ingênua por ter acreditado nele, e Cato se sentindo verdadeiramente um idiota.


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Notas finais do capítulo

Então, ai está, espero que gostem e comentem!