Caminhávamos juntos pela praça, Stefan mantinha certa distancia de mim, isso me incomodava, mas resolvi não dizer nada, ele andava meio distante ultimamente, com o pensamento longe. Não aguentava mais aquele silencio então disse:

-  Err... Está frio... - não conclui a frase, ele me interrompeu.

- Ah. Desculpe-me, que distração a minha. Tome, vista meu casaco - sua voz era doce.

-  Então... Percebi  você meio distante, o que houve? Problemas com seu Pai? – disse meio receosa, falar sobre seu pai não lhe agradava muito.

- Não. Só estou um pouco cansado, nada que deva se preocupar – Seu tom de voz era nervoso.

- Stefan sabe que pode me dizer, não sabe?- disse parando a caminhada.

Ele me olhou e sorriu.

-  Não é nada, o mesmo de sempre... Ele quer que eu seja como Damon – ele parecia desconfortável em falar do irmão.

Sentamos em um banco de frente com a fonte da praça.

- Ele já voltou? – sempre fui apaixonada por Damon e ele nunca me deu bola por ser mais velho.

- Chegara na segunda, no trem das 9h , Elena há algo que quero lhe dizer... – Ele fez uma pausa, parecia estar procurando palavras.

- Pois diga...

- Não sei como começar, mas... A verdade é que estou apaixonado por você , sei que somos só amigos e que você gosta de meu irmão, mas não podia mais guardar esse segredo, ficar perto de você tem sido difícil para mim , estou a cada dia mais apaixonado – aquela confissão me pegou de surpresa, não sabia o que dizer, fiquei parada olhando para ele.

- Então o que me diz? – parei de olha-lo e então disse:

- Stefan você é meu melhor amigo, isso não pode acontecer, não podemos ficar juntos, não é você que eu amo. Sinto muito. – tentei ser o mais doce possível, não podia perdê-lo, ele era um ótimo amigo.

- Eu sei Elena, mas me de uma chance? Eu te amo, deixe-me faze-la feliz ao meu lado. – seu olhar estava em mim, ansiando por uma resposta e quando abri a boca para falar Stefan me beijou, foi um beijo doce e calmo, quando acabou, suspirei e disse:

- Estou confusa Stefan, me de um tempo para pensar – ele assentiu e disse:

- Leve o tempo que precisar. – sua voz estava esperançosa.

- Agora eu preciso ir... - ele me interrompeu e disse:

- Te acompanho até sua casa, já esta um pouco tarde para ir sozinha. – apenas assenti e me levantei.

Caminhamos em silencio e quando chegamos ao portão lhe devolvi o casaco ele me deu um beijo na mão e se foi.

Entrei e fui direto para o meu quarto, estava perdida em meus pensamentos, por mais que eu amasse Damon aquele beijo mexeu comigo, talvez tenha sido pelo fato de Damon não ligar para mim, foi então que pensei. “Stefan está sempre comigo, é sincero, amigo e me ama, porque não tentar? Quem sabe assim esqueço seu irmão que pouco se importa comigo”.