Olhei dentro de seus olhos, pra lhe contar o segredo da mulher que ele parece amar. Olho pra ele e não vejo o brilho em seus olhos quando fala sobre Swan é como se ele não a amasse fosse apenas algum tipo de amor mal acabado.

Dá pra ver a diferença do jeito que ele fala dela, da maneira que Hook fala. Detesto ter que admitir mais Hook realmente ama Emma.

Tudo bem hora de contar tudo a ele. O vento soprava forte, ele passava as minhas mãos uma na outra em sinal de nervosismo.

Logo fui interrompida por fatos que agora se ligavam. Precisa tirar essa dúvida antes de entregar o segredo de Emma.

-Só me tire uma dúvida?

-Qual?

-Você não fica assustado com todas essas coisas. Tudo isso não parece um conto de fadas? Porque você não se assusta com nada? Parece pra você que isso é normal!

-Vou lhe dar uma chance de adivinhar!

-Você é Baelfire, o filhinho tão amado e procurado de Rumpelstilkin. Acertei?

-Sou sim. Mais ele não me ama.

-Ama sim, seu tolo. Há muito tempo ele lhe procura, arrependido por ter te abandonado, não o culpe... O poder seduz as pessoas!

-Eu não quero saber. Agora apenas me conte o que você diz que sabe sobre Emma!

Queria lhe contar, porém fiquei com um pé atrás porque ele tinha no fundo dos olhos o mesmo que seu pai tinha, covardia, a diferença é que ele não tinha coragem o suficiente de aceitar que era quem ele mais odiava... Seu pai.

Resolvi arriscar e contar-lhe de uma vez:

-Devo lhe chamar de Neal ou Baelfire?

-Neal. Prefiro Neal.

-OK. É o seguinte meu querido NEAL... Você é papai!

Vi um olhar de surpresa e de satisfação brotar em seus olhos quando lhe contei isso mais também vi que talvez ele não tivesse coragem o suficiente de fazer o que eu quero que ele faça!

-Como assim pai?

-Henry o filhinho da Emma, que por acaso também é filho da Regina... Também é seu filho Neal!

-Quem é Regina?

-Minha filha.

-E... Como ele também é filho dela?

-Você abandonou Swan, que abandonou Henry e a minha filha adotou ele. Entendeu ou eu preciso desenhar?

-Claro que não precisa desenhar, não sou tolo.

-Mais ainda está disposto a seguir com o plano?

-Não sei. Tenho prioridades agora.

-Henry?

-Não muito. Minha prioridade se chama Emma!

-E no seu filho você não pensa?

-Não sei. Há pouco tempo nem sabia que tinha um filho.

-Pois é o mundo dá voltas. E nessas voltas segredos são descobertos.

-Só me responda uma coisa?

-Claro.

-Como vou me casar com Emma, se ela me odeia?

Revirei os olhos, como é que pode ser filho de Rumples. O vento bateu violentamente no meu rosto e eu respondi:

-Você vai chantagea-la não é tão claro e óbvio!

-Mais assim eu vou me casar com uma pessoa que me odeia. E nunca vai me amar, isso vai ser um inferno! Eu não vou obriga-la a casar comigo!

-Mais você não a quer?

-Quero. Mais não dessa maneira.

-Sério isso?

Uma raiva enorme tomou conta de mim, fazendo com que ventos fortes girassem em torna de nós dois.

-Então vai ser da maneira mais difícil.

-Como assim?

-Se você não convencer Emma a casar com você, Eu você, mato ela e Henry e seu pai e que qualquer outra pessoa que ameacem meus planos!

-Você não pode matar meu pai!

-Você que pensa! Agora vou repetir a pergunta... Você vai seguir com o plano?

Vi a tensão e a culpa em seus olhos, e ele estava ali impotente e desesperado, até que com muito esforço me respondeu.

-Vou continuar. Só deixe eu tentar do meu jeito primeiro?

-Então vamos fazer assim. Tente falar com ela, peça ela em casamento, se ela lhe responder não a pergunte o porquê ela não aceitou seu pedido de casamento!

-Tudo bem. Vou conversar com ela agora mesmo!

Olhei pra ele, como pode ser Tão tolo. Então segui com a conversa num tom mais sarcástico. Queria rir da cara dele agora.

-Então vá. Estarei lhe esperando ansiosamente pra você me dizer a resposta da nossa tão querida Xerife Swan.

Ele sorriu nervoso e desapareceu na escuridão daquela rua.

Emma: ON

Estava voltando pra casa quando fui abordado por Neal. Não gostei nada disso, quero distância desse homem. Vou te contar uma coisa o mulher pra ter o dedo podre sou eu, eu devo ter algum problema.

Senti a brisa arrepiar meu corpo, quando ele se aproximou e começou a conversar. Mais que droga eu não quero falar com ele.

-Emma... Eu sei que não tenho esse direito mais eu quero te fazer um pedido, e espero que você aceite de bom agrado.

-Que pedido?

Ele segurou minha mão com certa urgência e nervosismo e falou duas palavras que me deixaram sem chão e com uma vontade enorme de pular em cima dele e soca-lo até meus punhos sangrarem.

-Casa comigo?

Olhei incrédula pra ele. Eu achei que tava ruim, porém descobri que podia ficar pior. Deus me livre passar a minha vida inteira com esse cara.

Olhei dentro dos olhos dele e respondi...