Get Yourself A Bad Boy [Short Fic] escrita por Andy


Capítulo 6
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Olá meeeeninas como estamos?
Essa semana fiquei muito triste com a morte do Chorão (Charlie Brown Jr), poxa a banda fez parte da minha adolescencia e eu curtia o som até hoje, mas enfim a vida é assim mesmo. Nunca estaremos prontos para aceitar a morte.
Bem, tristezas de lado, segue um capítulo novinho em folha!
boa leitura!



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- Eu. Não. Acredito.

A boca de Alice se escancarou uns 15 centímetros quando contei.

- Pois acredite. Edward Cullen aprontou outra vez, e essa entra pro livro dos recordes.

Eu joguei minha pasta em cima da mesa com estrondo, e bufei. Alice me ignorou – ela já estava acostumada com meus acessos de raiva. Incrível como o filhote de diabo conseguia me tirar do sério às 8h da manhã de uma segunda-feira, sem eu nem ao menos tê-lo visto.

- Será que ele fez de propósito? – ela perguntou, arrumando os óculos e franzindo as sobrancelhas.

- Claro que fez, Alice! – revirei os olhos – Ele podia muito bem ter remarcado o jantar e me esperado, mas não. Fez questão de estragar o meu jantar!

Eu ainda estava extremamente irritada. Nem um domingo inteiro em casa, com filmes de comédia e um pote de sorvete de chocolate no colo, fora capaz de me alegrar.

- Não acredito nisso, Bella – Alice tentou me acalmar – Não tinha como ele saber. Ele não fez nada de errado. Aquele era pra ser apenas – ela frisou a palavra – um jantar de negócios.

Eu bufei de raiva. O pior de tudo é que Alice tinha razão. Edward Cullen não fazia – ou pelo menos fingia que não fazia – idéia do clima que rolava entre Emmett e eu. E mesmo assim, eu não conseguia pensar bem dele.

- O pior de tudo, Alice – eu desabafei – é que Emmett nem ao menos me ligou no domingo, nem pra saber como eu estava. Quero dizer, se ele tentou me beijar, é porque se importa comigo, certo?

- Bom, na verdade, eu acho que...

- Eu sei, talvez ele estivesse ocupado. A festa está aí, ele tem muitas coisas para resolver. Não é?

- Olha, eu não ia dizer que... – ela tentou falar, mas uma batida na porta a interrompeu.

- Entre – eu respondi simplesmente.

Alec, motoboy que sempre aparecia na empresa, entrou com um bilhete nas mãos.

- Entrega para a Senhorita... – ele olhou o papel – Swan.

Eu franzi as sobrancelhas e peguei o papel, agradecendo-o enquanto ele saía da sala. O pequeno envelope estava lacrado com um adesivo de coração em alto relevo, onde estavam gravadas as iniciais “B S” – Bella Swan. Eu abri o envelope e de dentro caíram um pequeno bilhete e uma corrente com um pingente de coração. Eu olhei o pingente dançar na minha mão, refletindo levemente a luz da sala. Abri rapidamente o bilhete e o li em voz alta.

- Senhorita Swan – eu comecei, e Alice logo se empolgou – Ficaria honrado se me desse o prazer de ser seu acompanhante no baile do Dia dos Namorados. Aguardo ansiosamente... Alice! – eu gritei de repente, um sorriso crescendo em meus lábios – Ele se lembrou de mim!

Alice tirou o bilhete de minhas mãos, enquanto eu colocava a corrente no pescoço, deliciada com as palavras do meu Deus grego! Tinha um jeito mais romântico de ser “convidada” para a festa?

- Bella, você...

- Ah, ele foi tão lindo, tão atencioso, tão... romântico! E ainda mandou uma lembrança! Como ele sabia que eu gostava de corações?

- Bella, na verdade, você esqueceu...

- Ah, meu Deus! – eu me lembrei, pulando da cadeira – Ele vai achar que sou mal educada, eu preciso agradecer! Vou até a sala dele agora! Ele deve estar meio ocupado, mas vai me receber...

- Espere, Bella, você não leu...

- Leio depois, Alice! – eu a dispensei, saindo pela porta. Ouvi ela bufar atrás de mim, mas a ignorei. O que podia ser mais importante do que Emmett nesse momento?

Parei em frente a sua sala, ajeitando – estupidamente – o cabelo e a roupa. Eu parecia uma garotinha de colegial encontrando o namoradinho depois do primeiro encontro. Ta, eu confesso, era exatamente assim que eu me sentia!

Bati na porta timidamente, esperei alguns segundos e entrei. Por sorte, Emmett estava sozinho, analisando alguns relatórios sobre sua mesa. Ele olhou pra cima quando fechei a porta atrás de mim.

- Ah, bom dia, Isabella! – ele disse formalmente. Meu Deus, que gato! – Em que posso ajudar?

Eu andei devagar até sua mesa, passando o dedo pela correntinha e tentando fazer uma cara sexy. Devo ter falhado miseravelmente, pois ele se segurou para não rir.

Bella idiota, Bella idiota! Aja normalmente, sua estúpida!

- Eu... ahn... Na verdade, só queria agradecer – respondi, meio sem graça. Eu sorri quando ele começou a corar.

- Ahn... Por nada – ele respondeu, franzindo as sobrancelhas – Serei muito rude se perguntar o porquê?

Eu parei. Como é que é?

- Como assim, “por que”? – perguntei confusa – O convite.

- Ah, claro! – ele sorriu, batendo a mão na testa. Eu sorri aliviada – Bem, não há porque agradecer. Era minha obrigação. Pena que não tenha dado certo.

Espera aí, fiquei confusa de novo.

- O que não deu certo, Emmett? – perguntei outra vez. Essa conversa estava cada vez mais estranha.

Ele franziu as sobrancelhas novamente.

- O jantar... – ele disse devagar, como se eu tivesse problemas pra entender – Não é por isso que está agradecendo?

- Não... Estou falando da correntinha – sorri, lembrando-o – Do convite para o baile... Lembra-se?

Ele não sorriu. Nem fez cara de que tinha lembrado.

- Bella... Eu não faço a menor idéia do que você está falando.

E então eu entendi... Ele estava brincando comigo! Eu comecei a rir, descontroladamente. Ele ficava tão fofo brincando desse jeito!

- Ah, claro que não lembra! – eu entrei no jogo dele, revirando os olhos – Bem, eu sei que você está brincando, mas quero te agradecer de todo jeito, e...

- Bella – ele me interrompeu – Estou falando sério. De que correntinha você está falando?

E foi aí que a ficha caiu. Droga, ele estava falando sério mesmo. Senti o sangue subir até meu rosto, corando até os fios de cabelo. O que eu faço agora?

Meus conselheiros apareceram na minha frente. Anjinha e diabinho se encararam, depois olharam pra mim e gritaram juntos:

COOOOOOOOORRE!

- Ahn... Esquece – eu murmurei, tentando encontrar a maçaneta da porta – Era só brincadeirinha, pra alegrar o dia! – risadinha sem graça – Bom dia pra você também.

Bati a porta atrás de mim e corri para meu escritório. Ouvi alguém me chamar, mas não me atrevi a olhar pra trás. Eu precisava de, no mínimo, cinco copos de café extra forte pra encarar Emmett agora.

Alice estava andando de um lado pro outro quando eu entrei, batendo a porta com força. Não deixei que ela abrisse a boca.

- Não era ele! – quase gritei – Não foi ele que entregou o bilhete, e eu agi como se fosse! Droga, droga, droga, fiz papel de idiota! Paguei o maior mico, Alice... Um King Kong, o maior da história! Ele deve estar rindo de mim... – me joguei na cadeira enquanto Alice se postava ao meu lado e me entregava um copo de café. Ela sempre se lembrava de tudo.

Nota mental: aumentar o salário de Alice.

- Era isso que eu estava tentando te dizer, Bella! – ela sussurrou – Você esqueceu-se de ler quem tinha assinado o bilhete. Não foi Emmett que te entregou o convite, e sim...

- Bella! – Edward abrira a porta sem aviso – Uau, que bom que te encontrei.

Eu encontrei o olhar de Alice, e ela finalizou a frase:

-... Edward Cullen.

Senti meu queixo cair, quicar no chão, bater no teto e voltar. Eu apalpei a correntinha em meu pescoço e olhei para Edward, que tinha o rosto mais esperançoso do que criança em manhã de Natal.

Não. Pode. Ser.

- Eu estarei lá fora se precisar de mim, Bella – Alice falou, mas as palavras soaram distantes. Minha mente estava confusa.

Edward Cullen me mandando presentes? Aliás, um dos meus presentes preferidos?

Ok, ok, podem falar... Onde estão as câmeras?

Mal vi quando Alice saiu e Edward sentou-se na poltrona à minha frente.

- Vi Alec sair do prédio sem nenhuma resposta, e... Bem, eu queria saber...

Espera aí, ele estava corando? Edward Cullen estava sem graça?

-... comigo? – ele terminou de falar. Não precisei perguntar pra adivinhar o que ele tinha falado.

- F-foi você? – eu murmurei.

- Sim – ele sorriu torto e, estupidamente, meu coração acelerou.

Eu nunca havia reparado em como o sorriso dele era bonito...

- E então? – ele pressionou.

Eu apertei o pingente em minhas mãos, pensando. Havia uma Bella idiota dentro de mim querendo aceitar. Eu não sabia de onde ela tinha surgido, nem porque ela estava gritando, mas a outra Bella, a Bella racional, estava discordando ela. Era uma luta de mim contra eu mesma. Senti minha boca se abrir, a ponto de dizer “sim”, mas minha mente clareou.

Deixe de ser estúpida, Bella! Ele é Edward Cullen! Ele está zoando com você, provavelmente.

- Não! Não aceito – respondi rude, antes que pudesse me segurar. O sorriso dele murchou e seus olhos ficaram tristes.

Eu não sabia o que estava acontecendo comigo, mas me senti péssima por ter falado com ele daquela maneira. Ele merecia uma Bella mal educada – mas eu não consegui ser assim. E me senti estúpida por isso.

- Quero dizer – eu tentei remendar – Nós vamos trabalhar, não é? Não teremos tempo pra nos divertir. E não precisamos de convite...

- Claro... Eu compreendo... – sua voz era apenas um sussurro.

O aperto no meu peito ficou ainda pior.

- Mas valeu a intenção – completei sorrindo, dando de ombros. Ele sorriu, parecendo melhor. E eu quis me beliscar por ser tão idiota.

- Bom, me desculpe se fui inconveniente – ele disse se levantando – Quis ser gentil... E não sabia se você gostava de colares, também, então...

- Não! – eu o interrompi – Eu... eu adorei. Mesmo.

Senti um calor estranho enquanto ouvia a veracidade de minhas palavras. O brilho nos olhos de Edward era tão forte que me hipnotizava, e eu me vi presa no mar de esmeraldas que eram seus olhos. Como eu nunca havia reparado neles?

- Bom, então... Eu volto mais tarde – ele tateou cegamente às suas costas, procurando pela maçaneta, exatamente como eu tinha feito minutos atrás na sala de Emmett – Pra falar sobre a festa, sabe... A organização. Então... Até mais.

- Até – eu sussurrei.

Enquanto ele fechava a porta, seus olhos encontraram os meus novamente. Talvez fosse efeito do choque que eu senti, ou até mesmo o café que eu tinha tomado, mas Edward parecia que também tinha sentido a mesma transformação que eu. Era como se ele também tivesse mudado, sentido o mesmo calor irradiando de dentro dele.

Tão logo ele fechou a porta, o encanto repentino sumiu. Eu comecei a rir de mim mesma, tirando a corrente do pescoço e a colocando na bolsa.

Como eu fora idiota de cair na lábia dele! Era óbvio que ele estava tirando uma com a minha cara.

Eu só podia estar maluca. Mas aquele momento ainda vagou pelos meus pensamentos nas semanas seguintes...


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Notas finais do capítulo

E então....? comentários?????
beeeeijos!!!!!!