A Saga Crepúsculo Amanhecer - Para sempre escrita por Thaina


Capítulo 8
Capítulo 8 - Meu novo amigo




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Fiquei mais algum tempo na varanda, mas logo depois senti sono. Quando estava presta a me virar uma voz me chamou sussurrando.

– Psiu.

Quando me virei, me deparei com Seth na frente da minha varanda, olhando para todos os lados, com um olhar assustado.

– Seth? – eu disse alto.

– Shiu! – ele sussurrou e eu assenti. – Afaste-se!

Eu não entendi muito bem o que ele quis dizer, mas obedeci. Logo eu estava na frente de um lobo, Seth tinha entrado no meu quarto.

– O que foi? – eu disse impaciente.

– Preciso falar com Jacob. – ele continuava sussurrando.

– Ele não está aqui! – eu disse alto demais. – Desculpe. Bem, ele não está aqui já faz algum tempo. Foi embora depois do jantar. Pensei que ele estivesse ido para a reserva.

Seth estava assustado, olhando para todos os lados.

– O que foi, Seth?! – eu disse segurando seu braço. Ele não pareceu ter gostado. Eu nunca fui amiga de Seth, mas ele parecia ser legal. Mas, para ele, eu não parecia ser nada legal. Não sei por quê. Seth tirou o meu braço do seu delicadamente.

– Jacob sumiu. – ele sussurrou andando de um lado para o outro. – Hoje tinha reunião da tribo e ele não apareceu. Ele nunca falta! Só faltou duas vezes, mas foi pessoalmente avisar. Eu não entendo...

– Desculpa, mas eu não posso ajudar. – eu cruzei os braços irritada.

– O que aconteceu com vocês? – ele me encarou confuso.

– Pergunta para ele. Quando você o ver, é claro. – eu disparei. – Agora vá. Você não pode estar aqui.

Ele assentiu e saiu apressado na direção da varanda. Seth virou e hesitou.

– Desculpe. Eu não queria atrapalhar.

– Não, tudo bem. – eu sorri. – Entendo você.

– Jura? – ele exclamou animado. – Você é a única! Todos lá não estão nem se importando com Jacob.

– Mas... – eu comecei cuidadosamente. – Ele já sumiu por algumas vezes e por mais tempo, não é?

– Sim! – Seth respondeu. – Mas... dessa vez é estranho.

– Agora eu não entendo.

Ele sorriu.

– Obrigado de qualquer forma. – ele acenou e saiu.

Meu Deus, que loucura! Seth poderia ter acabado com a trégua. Ele se arriscou por Jacob, ele era mesmo um grande amigo. E o que Jacob faz? Deixa o garoto preocupado e não se interessa em avisar. Jacob estava me deixando cada vez mais irritada.

Logo cai no sono.


Essa noite foi estranha para mim. Eu costumo sempre ter sonhos, não importa se eles se transformem em pesadelos. Meu pai me disse que os meus sonhos acontecem se espelhando na minha vida. Ou seja, se eu estiver bem terei sonhos bons, se eu estiver mal terei sonhos ruins. Mas nessa noite... eu não tinha sonhado com nada. Estranho, mas eu encarei numa boa. Tudo sempre tem a sua primeira vez.


Tomei um banho rápido e coloquei uma roupa que estava na minha cama. Coisa da Alice. Era um moletom de plush azul marinho e nos pés, um tênis escuro. Não entendi o por quê da roupa despojada, mas a coloquei do mesmo jeito.

Desci em uma velocidade inumana e fui para a cozinha, onde sentia o cheiro do café da manhã. Não tinha ninguém ali. Eu comi rapidamente e quando me virei, dei de cara com a minha tia Alice, me encarando da soleira da porta.

– Bom dia! – ela exclamou animado me dando um beijo na bochecha.

– Bom dia, tia! – eu sorri.

– Gostou da roupa? – ela perguntou esperançosa.

– Claro. – respondi sinceramente. – Mas, não entendi porque essa roupa tão... esportiva.

– Logo você saberá. – ela sorriu e saiu saltitando como uma bailarina.

Eu fui lá fora e fiquei admirando as árvores e sentindo o vento forte passar pela minha pele. Ouvi risos e gritos de criança, só podiam ser minhas primas.

Quando me virei, as vi correndo em minha direção. Pareciam irmãs gêmes. Blaire com seu cabelo castanho escuro estava preso, fazendo suas sardas e seus olhos azuis se tornarem mais visíveis, ela estava com um uniforme escolar azul marinho com branco e com uma mochila vermelha nas costas. Carly estava semelhante à irmã, também com os cabelos loiros cacheados preso e o mesmo uniforme, estava com uma mochila rosa nas costas, mesmo loira Carly não tinha olhos azuis ou verdes, como costuma ser, seus olhos eram cor violeta, o que a tornava ainda mais especial.

– Nessie! – as duas pularam animadas nos meus braços.

– Bom dia, meninas. – eu sorri. – Vão para a escola?

– Sim! – Carly respondeu animada. – Você não vai?

Eu parei para pensar nesse assunto. Eu nunca tinha pensado em ir para a escola. Meu pai me dava aulas em casa. Mas eu sempre quis ir à escola. Conhecer novas pessoas.

– Acho que não. – eu respondi.

Ela assentiu e foi em direção ao carro vermelho da tia Rosalie que meu tio Emmet tinha acabado de parar ali.

– Bom dia, querida! – disse minha tia sorrindo e piscou para mim. Eu sorri de volta e ela entrou no carro e os quatros saíram.

Me deu uma imensa vontade de ir à escola. Seria divertido.

– Nessie. – meu pai chamou e eu o abracei.

– Oi, pai. – eu sorri e logo soltei. – Quero ir à escola.

Meu pai franziu a testa e demorou alguns segundos para ele “raciocinar”.

– Como? – ele disse.

– Quero ir à escola. – repeti.

– Pra que? – ele perguntou.

– Para estudar, pai. O que mais as pessoas fazem lá? – eu disse. Ele não gostou.

– Eu te ensino tudo. – ele rebateu. – Não tem necessidade de você ir à escola.

–Mas as minhas primas vão!

– Eu não sou o pai delas. E eu não permito que você vá.

– Mas, pai... – eu insisti.

Ele me calou com um olhar e eu suspirei.

– O que está acontecendo? – minha mãe disse se colocando entre nós.

– Papai não deixa eu ir para a escola. – eu disse.

– Você quer ir á escola? – minha mãe franziu a testa. Ela também não!

– Sim, mamãe. – eu disse. – Por favor!

Minha mãe olhou para o meu pai, que negou. Mas, ela não disse nada.

– Vou conversar com o seu pai e...

– Bella! – meu pai protestou.

– Edward, eu não terminei. – ela disse trincando os dentes. Oh, não! Eu não queria ser motivo para uma briga entre eles. – Filha, vou conversar com o seu pai e até a hora do almoço nós vemos o que vamos fazer.

– Obrigada, mãe. – eu pulei nos seus braços. Meu pai saiu zangado. – Pai!

– Tudo bem. – ela me acariciou na bochecha. – Eu falo com ele.

Minha mãe me deixou sozinha e senti que alguém estava me chamando.

– Nessie! – era Seth.

– Seth? – eu sussurrei. – Mas o que...?

– Vem aqui!

Eu corri até lá. Ele me puxou para trás de uma árvore.

– E Jacob? – ele perguntou esperançoso.

– Não está aqui e não sei onde pode estar, sinto muito. – respondi e sai, mas Seth me puxou pelo braço.

– Desculpe. – ele soltou ao ver meu olhar zangado. – Vamos passear?

– O que? – eu perguntei.

– Eu quero sair, fazer alguma coisa. Jacob sumiu e eu fico sem nada o que fazer quando ele não está aqui. – ele respondeu melancólico. Eu fiquei com pena de Seth e aceitei sair com ele.

Ele me disse para segui-lo e se transformou em lobo. Confesso que foi bom estar de moletom. Alice é mesmo a melhor tia-estilista do mundo.


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