A Saga Crepúsculo Amanhecer - Para sempre escrita por Thaina


Capítulo 27
Capítulo 27 - Confusos




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/331513/chapter/27

- Parem de dançar, por favor, eu ainda estou aqui! – diz Alice impaciente.

Ela tem razão, estamos dançando há muito tempo, eu acho. Afasto-me do meu pai e ele continua olhando-me maravilhado, logo começarei a corar.

- Você ainda precisa experimentar os outros vestidos e nomear os convites restantes. – minha tia estende o vestido longo.

- Sua mãe virá aqui daqui a pouco te mostrar o vestido que ela usará. – diz meu pai dando-me um beijo na testa e saindo do quarto.

- Só espero que ela não resolva dançar com você e nos fazer perder nosso precioso tempo. – ironiza Alice.

Coloco o vestido e continuo maravilhada, ele tem um caimento perfeito, sendo também sem mangas, deixando o colo todo à mostra. Vou até o espelho e fico encarando a imagem à minha frente.

- Você está linda. – diz minha mãe colocando a mão no meu ombro.

Viro-me para vê-la melhor e ela está ainda mais linda do que eu.  Ela está com um vestido no comprimento até o joelho, preto e transparente no colo e nas mangas, tem detalhes rendados e flores por quase toda parte ().

- Você está linda. – digo abraçando-a.

- Sua mãe nunca me deixaria fazer uma festa desta para ela. – diz minha tia rindo.

- Eu sei. Mas, eu quero. Parece emocionante! – respondo.

- Vou deixar vocês brincarem. – diz minha mãe me beijando na bochecha e se afastando.

Eu e minha tia passamos o restante do dia fazendo os preparativos finais para a festa. Nomeio os convites para meus amigos da escola. O cabeleireiro/maquiador vem para fazer um teste em mim. Opto por uma maquiagem leve e que meu cabelo fique quase todo solto, apenas preso em cima para dar lugar à coroa. As pontas do meu cabelo ficam cacheadas. O teste foi perfeito e Alice fica ainda mais entusiasmada.

Lembro que uma festa de debutante tem direito as quinze, ou no meu caso, dezesseis meninas e o príncipe, para a primeira valsa.

- Terá as dezesseis garotas e o príncipe? – pergunto enquanto terminamos de decidir os últimos detalhes.

- Claro que sim. – ela responde. – Jacob será seu príncipe, o que acha?

- Perfeito. – respondo. E realmente é, não poderia imaginar outro além dele.

- Agora sobre as dezesseis meninas... temos um problema. – diz Alice sem graça.

- O que?

- Faltam oito meninas.

- Onde você conseguiu o restante? – pergunto.

- A maioria aparenta ter dezoito anos ou mais. – ela diz.

- Quem são? – pergunto animada.

- Maggie, do clã irlandês, Mary, Charlotte, Kate, Blaire, Carly, Claire, eu e faltam oito... acho melhor excluirmos essa parte da festa. – lamenta minha tia.

- Talvez não. – digo tendo uma ideia e pegando meu celular. – Tiffany?

- Oi! – ela atende logo no segundo toque.

- Preciso da sua ajuda!

- Qualquer coisa.

- Pode conseguir cinco meninas para mim? É para minha festa de sábado.

- Oh, você vai mesmo ter uma festa? Serei uma das dezesseis?

- Nessie, são oito! – interrompe minha tia.

- Já tenho três. – digo cobrindo o telefone com a mão e piscando para ela. – É claro que sim, Tiffany! Então, pode me ajudar?

- Sim, claro! Tenho muitos amigos no colégio, escolherei as que eu acho que te agradará.

- Obrigada, você ajudou muito!

- De nada, é para isso que servem as amigas! E os dezesseis meninos?

Arregalo os olhos e viro-me para Alice, esperando uma resposta. Não tinha pensado nisso.

- Não se preocupe, temos lobos o suficiente. – sussurra ela.

- Tenho todos. – digo para Tiffany.

- Tudo bem. Amanhã te apresento as meninas e você me conta tudo sobre a festa. Tchau!

- Até amanhã! – desligo o celular e minha tia sai pulando do quarto, feliz por tudo estar dando certo.

Também estou animada com a ideia. Mas, também me sinto esgotada, já anoiteceu e estou quase me jogando na cama de tão cansada. Lembro que não comi nada desde que cheguei e meu estômago ronca em protesto.

Desço até a cozinha e janto sozinha, Jacob não deu nenhum sinal de vida até agora. Talvez eu não deva me preocupar, ele é adulto e não tem que ficar me dando explicações sobre seu paradeiro. Entretanto, ainda assim estou preocupada. Desde que viemos à Forks, não nos largamos. Decido não me preocupar com isso, Jacob com certeza está bem.

Depois de tomar um banho, me jogo na cama, sei que não demorarei para cair no sono. Quando estou prestes a fechar os olhos, meu celular vibra duas vezes. Ou seja, duas mensagens. A primeira é de Tiffany, dizendo que já tem as meninas para a minha festa.  A segunda é de Robert, dizendo que precisamos conversar amanhã. E eu concordo. Me ocorre um pensamento: ainda não falei com minha família sobre minha conversa com Robert.

Levanto num salto e corro até o quarto dos meus pais. Não me atrevo a entrar sem bater, não quero ser surpreendida. Meu pai abre a porta antes mesmo de eu bater.

- Olá, querida. – diz ele me convidando para entrar.

Minha mãe está deitada na cama, lendo um livro, como sempre faz ao anoitecer.

- Precisamos conversar. – começo. – Todos nós. Tenho algo importante para dizer.

Meus pais se encaram e minha mãe levanta rápido, ficando a poucos centímetros de mim. Meu pai pede que vamos até a sala enquanto ele chama o restante da família. Minha mãe me olha apreensiva e curiosa. Todos reagem como ela ao chegarem à sala.

- O que aconteceu? – pergunta meu avô calmamente.

Suspiro e conto a eles tudo que Robert me disse. Sei que em parte parece errado, pois Robert se abriu comigo e confiou em mim. Mas, por ouro lado, minha família precisa saber sobre ele. Nunca o vimos aqui e sua presença ainda nos parece uma ameaça.

Quando termino de relatar minha conversa com Robert, todos se entreolham, mas continuam calados, provavelmente analisando as possibilidades de ele ser um vampiro bom. E talvez ele seja mesmo, ainda não vi nada em suas atitudes que o mostrasse como sendo um vampiro que procurasse por vingança ou fosse um perigo para os humanos e para nós.

- Ainda precisamos de algumas respostas. – diz Jasper.

- Jasper tem razão. – responde Carlisle. – Robert ainda me parece muito misterioso. É estranho ele não saber como seu irmão morreu.

- Os corpos foram queimados e não saiu nenhuma notícia no jornal ou na TV. – digo.

- E não sobrou ninguém para contar histórias. – ironiza Emmet antes de levar uma cotovelada de Rose.

- Se ele souber a verdade talvez queira vingança. – diz minha mãe dando de ombros.

- E irá perder, somos muitos. – ri Emmet.

Minha mãe e Emmet tem razão. No calor do momento é capaz de Robert querer vingança e, sem pensar, virá nos atacar e, consequentemente, irá perder. Nenhum de nós permitirá que alguém se machuque.

- Vamos deixar as coisas como estão. – diz meu avô. – É melhor assim.

Todos concordam e saem da sala, restando apenas eu e meus pais. Minha mãe senta comigo no sofá e ficamos um tempo abraçadas enquanto meu pai faz o que sempre faz quando está nervoso, anda de um lado para o outro com uma expressão pensativa.

- Pai, está tudo bem? – pergunto cautelosamente.

- Sim. Só estou... curioso em relação ao Robert. – responde ele.

- Como assim?

- Ainda tem muita coisa que precisamos saber sobre ele.

- Posso resolver isso.

- Não quero você conversando com ele, não confio nele. – interrompe minha mãe.

- Mãe, eu sei me cuidar. Já ficamos sozinhos por uma vez e não aconteceu nada. Eu quero ajudar. – respondo dando um meio sorriso.

- Jacob sabe sobre essa conversa? – perguntou meu pai franzindo a sobrancelha.

- Não. – respondo engolindo em seco.

- Pois ele saberá logo e ficará de olhos atentos. Por que você escondeu isso dele? – perguntou minha mãe desconfiada.

- Porque Robert pediu que conversássemos sozinhos. – minha resposta não passou de um murmúrio.

Meus pais não pareceram gostar muito da minha resposta. Não queria discutir com eles então digo que estou cansada e preciso dormir e eles não retrucam.

Durante a noite, um pesadelo assombra minha noite. A cena é muito forte. Robert está horrível e assustador, seus olhos estão vermelhos e dentes a mostra. Do seu lado está Tiffany, com a mesma expressão assustadora e dezenas de outros vampiros de rostos cobertos estão ao seu lado. No oposto deles, estão minha família e os lobos, prontos para atacar. Eles correm para se enfrentarem, mas, antes de se atacarem eu acordo, suando e ofegante. O sonho foi tão real que demoro a cair no sono. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Saga Crepúsculo Amanhecer - Para sempre" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.