POV Liz

Fiquei em silencio por um momento, tentando processar o que ela disse, depois falei:

- O que ele falou? – perguntei seria, ela deixou o celular no criado mudo e se sentou na cama me encarando.

- Ele está mal, por sua causa, Liz perdoa ele, ele precisa do seu perdão, pois caso ao contrario... – a interrompi.

- Caso ao contrario o que, tia? Vocês nem pensam em mim, só pensam no bem estar do Avan, e eu? Como é que eu fico nessa historia toda? – perguntei perplexa.

- Eu sei, assim como a Ariana, sabemos que você o ama, igualmente ele, ele mesmo me falou isso agora a pouco, você tinha que ter ouvido. – ela diz tranquila.

- Meu Deus! Quem disse que eu amo ele? – falei demostrando assustada.

- Liz está estampada na sua cara, nem precisa você dizer nada. – ela sorriu.

- Não tá não, mas o fato é que eu não vou voltar pra Califórnia, mas não vou mesmo. – cruzei os braços.

- Ah mais você vai, o garoto vai morrer se você não for... – a interrompo de novo.

- E eu com isso? Ele que arrume outra garota. – falei quase sem pensar.

- Você vai voltar, sim, senhorita Elizabeth. – ela é dura com as palavras, igual minha mãe.

Não falei nada, ela saiu do quarto e fechou a porta com força, acho que ela está zangada comigo, não queria isso, mas o que eu posso fazer? Bom, eu posso voltar pra Califórnia, já que é o desejo de todos, mas não decidi se vou ou não, meu coração está dizendo que não é a hora pra voltar, não sei o que fazer. Der repente me surge uma ideia, levantei da cama e arrumei a mesma, abri meu guarda roupas e de lá retiro uma calça jeans e uma blusa preta com decote, ultimamente estou gostando de blusas decotadas, me verti e peguei minha bolsa e depois desci as escadas quase apressada.

- Aonde vai? – minha tia pergunta de lá da cozinha.

Dou as caras lá:

- Esfriar a cabeça, organizar os pensamentos, coisas do gênero. – me expliquei, ela deu meio sorriso, sorriso esse que quase me convenceu de que ela não está com raiva ou triste comigo, mas eu falei QUASE.

Sai de casa e decidi andar em vez de sai de carro, coloquei um óculo de sol e depois sigo andando pelas ruas quase sem ninguém, também já é tarde da noite, depois de alguns minutos andando e esses minutos foram relaxantes para mim, eu achei um restaurante japonês, entrei e me sentei em uma mesa distante, e vi que nessas horas falta-me um amigo, ou melhor, meus amigos.

- O que desejas? – um homem japonês, diz sorrido, meu desejo mesmo, é ter meus amigos de volta.

Acho que acabei de tomar uma decisão, eu acho, mas porque meu coração diz que não?

Fiz meu pedido e ele saiu de minha frente, peguei meu celular e vi duas mensagens não lidas, abri e as duas eram de Avan, me pedindo perdão, Deus! Ele não vai para de pedi perdão, não? Mas ignora-lo não vai adianta de nada, respondo:

De: Liz

Para: Avan

Oi, Acho que você esqueceu a nossa conversa!

Enviei, senti um aperto no coração, mas ignorei, não demora muito e ele responde:

De: Avan

Para: Liz

Não tem como esquecer aquela conversa, Mas eu te amo :(

Desliguei o celular em seguida, o tanto que eu ouvi isso dele, desde que estou aqui ele me diz isso, a pessoa só dar valor quando perder, mas não sou idiota de voltar, quem vai me garanti de que ele não fique com outra?

O meu pedido chega e eu devoro com rapidez, nem eu sabia que eu estava com fome, logo em seguida um homem bem elegante se coloca em minha frente.

- Boa Noite senhorita Gillies. – ele dar um breve sorriso.

- Boa noite, é... – ele se apresenta rapidamente.

- Prazer meu nome é Rupert, dono do restaurante. – teve o aberto de mãos.

- Prazer. – falei.

- Eu apenas gostaria de saber se você gostaria de cantar aqui no restaurante, será uma honra. – me animei, eu amo cantar.

- Claro, quando? – ele se anima também.

- Pode ser amanhã? – eu queria dizem um sim, mas não sei se vou viajar...

- Sim. – falei sem ter certeza se é isso que eu queria dizer.

Ele se despediu, mas antes falou o horário, logo em seguida eu fui pra casa, andando pelas ruas meios escuras, cheguei em casa e minha tia está na mesa com um notebook e vários papeis na mesa.

- Eu estava vendo o preço da passagem, acho melhor você se adianta. – ela diz me olhando de relance.

- Tia, você quer se ver livre de mim? Porque se for isso eu vou pra outro lugar agora mesmo, posso ir para um hotel ou alugar uma casa aqui, isso não seria problema, eu até posso ir ao banco agora mesmo... – eu ia continuar com minha ignorância, mas ela fez uma cara de reprovação e me fitou.

- Não é isso! Nunca iria mandar você ir embora... - a interrompo.

- Mas é isso que você está fazendo. – eu falei de uma vez.

- Não é não, seus amigos precisam de você lá, Avan está péssimo e o remédio é você. – ela quase se emociona.

Depois disso eu subi as escadas sem dizer nada, não tinha o que dizer, cansei de falar sobre o mesmo assunto o tempo todo, isso é entediante, resolvo dormir pra ver se assim esqueço de tudo.