Quero Ser Um Cavaleiro escrita por Maia Sorovar


Capítulo 11
Treinando


Notas iniciais do capítulo

Saint Seiya pertence a Masami Kurumada e Toei Company Animation - todos os direitos reservados.



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Pontualmente às três horas o alemão apareceu para buscá-la. Ela apanhou a outra fita que tinha levado e acompanhou o colega. Chegaram a uma grande arena onde havia vários homens treinando em duplas ou trios. Os cavaleiros de ouro e os aprendizes também se encontravam lá. Rickertt guiou-a até uma área na lateral e deixou-a por um momento, entrando no vestiário. Sara nem notou que todos haviam parado de treinar e observavam-na desconfiados, os cabelos soltos emoldurando seu belo rosto e deixando sua alma feminina mais evidente. Desconfiou após algum tempo do silêncio que imperava e ao perceber ser alvo de olhares nada discretos, tratou de amarrar os fios num rabo de cavalo baixo.

- Está pronto? Vamos começar então. - Disse Rickertt às suas costas. Sem esperar resposta partiu para cima do colega acertando-lhe um chute nas costas. Sara voou e rolou surpresa no chão, não esperava o ataque.

- Ei, vai com calma! - Falou se levantando. Mal tinha se posto em pé e foi atingida por uma chuva de socos, principalmente na face e no abdome, fazendo-a cair de joelhos cuspindo sangue. Olhou para cima e só teve tempo de ver a sola do sapato do outro a atingir-lhe a bochecha, jogando-a para o lado.

- Como é, não vai se defender? - Provocou o alemão.

“Faria isso se soubesse como”, pensava a garota. Foi quando teve uma idéia.

- Pode vir! - Chamou ela, novamente em pé.

O rapaz sorriu e partiu para o ataque mas ao chegar perto, Sara correu para trás.

- Vai fugir, seu covarde? - Perguntou nervoso.

- Quer me bater? Então tente me pegar primeiro!

Aquilo só serviu para enfurecer ainda mais o aprendiz de Sagitário, dando início a uma perseguição pela arena. Ele era rápido mas sua adversária tinha um corpo leve e uma agilidade incomum, resultado das adversidades de sua terra e das brincadeiras com o irmão. Por mais que corresse, o rapaz não conseguia se aproximar e quando o fazia era porque ela deixava. Passavam pelas duplas treinando, subiam pelas arquibancadas, saltavam os obstáculos. A esta altura já havia uma considerável platéia assistindo, com direito a apostas. Parecia que aquilo não ia ter fim quando um incidente ocorreu.

Sara corria pouco à frente de Rickertt e se aproximou descuidadamente do grupo onde estavam seus colegas. Ao passar por eles, sentiu algo atrapalhar suas pernas e desequilibrou-se, ido direto ao chão. Virou a cabeça e só teve tempo de ver o sorriso sarcástico de Basílio, que recolhia disfarçadamente o pé. Logo o alemão tinha alcançado-a e enchia-lhe de chutes, sem nenhuma piedade. Sem pensar a garota segurou-lhe o pé e puxou-o, provocando a queda do rapaz. Foi a deixa para se levantar e fugir mancando, com a perna machucada. Não conseguiu ir muito longe, pois seu adversário a alcançou rapidamente e abraçou-a pela cintura, apertando com força! Ela se debateu o quanto pôde, sentindo as costelas começarem a estalar e o ar faltar-lhe dos pulmões. Ia desmaiar quando ouviu:

- Já chega! Solte-o agora. - Era Aioros. Foi obedecido imediatamente e a morena caiu sem fôlego no solo. - O que pensa que está fazendo, garoto? - Ele parecia irritado.

- Senhor, desculpe senhor! Estava pondo o inimigo fora de combate!

A garota escutou o cavaleiro respirar fundo, para se acalmar.

- Volte para casa, o treino acabou!

- Senhor, sim senhor! - Rickertt bateu continência e foi embora na sua característica marcha militar.

- Quanto a você... - Disse Sagitário observando a pobre figura deitada. - Já pude avaliar seu poder de batalha. E lhe digo: é um fracasso! Ou aprende a lutar e desenvolve seu cosmo ou irá morrer aqui. - Terminou virando-se e saindo.

Sara olhou ao redor, todos os que assistiam à luta se dispersavam. Alguns aprendizes como Shan, Alexius e Floriano fizeram menção de ir a seu encontro ajudá-la mas foram impedidos por seus mestres e tiveram que se retirar. Logo, estava sozinha na arena. Deixou-se ficar estendida de bruços no chão, durante muito tempo, não sabia ao certo. Por fim, virou de barriga para cima e admirou o céu. Estava uma noite límpida, as estrelas reluziam. A garota olhava-as sem emoção. Perguntava-se o que deveria fazer quando notou que havia um ponto mais cintilante acima de si. Uma pequena estrela brilhava com mais força, como se sentisse toda a tristeza da menina e tentasse lhe dar ânimo para continuar.

- Você deve ser minha estrela guia, não é? - Perguntou sorrindo. Como se respondesse, o ponto de luz piscou. - Então faço uma promessa: vou sobreviver a tudo, tudo mesmo pelo que estou passando aqui. Em troca vai olhar sempre por mim e por minha família. E quando eu precisar, me ajude viu?

Com essas palavras, a aprendiz de Libra reuniu as forças que lhe restavam e pôs-se de pé Todos os seus ossos pareciam quebrados e a perna esquerda tinha uma enorme marca roxa, que a impedia de andar adequadamente. Foi mancando até o sétimo templo. Verificou que Kiki já se encontrava dormindo, tomou um banho e trocou de roupa. Pegou então um pequeno espelho que trouxera consigo e mirou-se. Estava horrível! Múltiplos hematomas e pequenos cortes cobriam sua face, que ainda estava inchada. Suspirando, deitou-se e dormiu, tendo pesadelos com a briga por toda a noite.

 

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