Marcas Do Passado escrita por Nyah
Notas iniciais do capítulo
Yo minna,
Viram só? Eu tô postando um capítulo por dia.
Se vocês comentarem essa fic, eu construirei capítulos mais rápido. E aí, o que me dizem?
~Nyah
Assim que ajudou sua amiga a sentar-se no banco daquela praça, o rapaz de cabelos claros foi até uma barraquinha que havia ali e pediu por uma garrafa d’água, voltou e entregou o objeto para a amiga, com a finalidade de fazê-la se acalmar.
– Toma, beba um pouco.
– O-Obrigada!
– Não a de quê! – respondeu com um sorriso sincero e reconfortante nos lábios – Agora, me conte o que aconteceu.
– Não é nada... Foi só um mal estar, mas... Já estou bem – a menina de cabelos escuros mostrou um sorriso para o amigo, mas o mesmo pôde ver que era um sorriso falso, e por isso, insistiu em saber o que se passava com ela.
– Se não é nada, por que você está pálida? – perguntou sério. Vendo que não daria para recuar desse interrogatório, Analu não resistiu mais, e começou a falar o que lhe incomodava:
– É que... – lágrimas começaram a se formar em seus olhos obscuros – Eu lembrei daquilo, e não me senti muito bem... – permitiu que as lágrimas escorressem por sua pele já pálida – Se eu não tivesse o impedido, isso jamais teria acontecido.
– Mas, você não teve culpa de nada. – tentava confortar a garota – Ele fez aquilo porque quis. Mesmo que você o parasse, ele iria buscar outra forma de fazê-lo, se lembra?
– Lembro... Do que? – ela parecia ter se esquecido de algo que ele se lembrava muito bem.
– Que naquele dia, ele veio com um papo de que “a vida não vale nada”. – rapidamente, Analu arregala os olhos. Finalmente lembrara-se da conversa que tiveram naquele dia.
– É, mas... Eu achei que aquilo fosse só parte de uma fase ruim, e que ele iria esquecer sobre esse papo de que a vida não é importante.
– Pois é, eu também achei isso, mas é justamente em fases como essa, que as pessoas cometem as maiores burradas da vida delas, e com ele não foi diferente.
– Chega! Chega! Chega! – ela começou a sussurrar, pondo as mãos na cabeça, com os dedos enlaçados aos escuros fios de cabelo que compunham seu couro caneludo. – CHEGA! CHEGA! CHEGA!... – dessa vez, ela pronunciou tais palavras em voz alta, assustando a todos que estavam passando pela praça naquele instante.
– Vamos, é melhor você ir pra casa. – ele ajudou-a a se levantar – Vai se sentir mais confortável lá, na companhia de seus pais.
A menina nada falou, apenas assentiu com a cabeça enquanto levantava (com certa dificuldade). Assim que se pôs de pé, ia dar o primeiro passo, mas tropeçou e, só não caiu porque Kouichi foi mais rápido e a segurou pelo braço, impedindo-a de ir de encontro ao chão.
Logo que chegaram em frente ao portão que dava entrada à casa dela, os dois amigos se despediram, e Analu adentrou o terreno, para logo depois adentrar a moradia.
– Tadaima... – falou desanimada.
– Okaerinasai, minha... Filha... – a mãe da Analu falou sorrindo, mas logo mudou sua expressão para um rosto preocupado. Analu estava com um olhar diferente do olhar que usava nas outras vezes. Estava com o olhar fechado, mas pra baixo, como se estivesse triste. – Está tudo bem, querida?
A morena nada respondeu, somente continuou andando. Jogou a mochila de qualquer jeito no sofá e logo entrou no banheiro para um banho demorado. Ao sair do quarto de banho, sua mãe tornou a perguntar:
– Minha filha querida, está tudo bem com você? – ela estava preocupada – Há anos não via a filha com um olhar triste em seu alvo rosto, aliás, a última vez que viu sua filha com esse olhar, foi uma semana após aquilo ter acontecido.
– E-Está sim... – respondeu ainda cabisbaixa – Quer saber? Não! Não está nada bem comigo. – desabafou. – Mas quer saber? Com um grito eu resolvo tudo. – respondeu, dando um sorriso falso – AAAAAAAAAAH – gritou, porém, não alcançou o objetivo desejado.
– E então, já se sente melhor?
– Na verdade, não.
– Se quiser, pode desabafar comigo. – respondeu – Você sabe... Eu sou sua mãe, e você pode desabafar seus problemas e mágoas comigo. Não é bom guardar sentimentos negativos dentro de si mesma. Isso é algo que mais tardar pode vir a causar-lhe algum mal...
Analu deitou-se no sofá, com a cabeça no colo de sua mãe, e, já com algumas lágrimas rolando por seu belo rosto, começou a falar o que há anos estava entalado em sua garganta, e... Junto desse desabafo, contou também que teve a impressão de tê-lo visto andando pelos corredores da escola.
– Mas... Mas isso é logicamente impossível – diz sua mãe – Como você pode tê-lo visto, se ele está... Você sabe aonde...
– Pois é, eu também achei isso muito estranho, mas eu tenho certeza de que era ele. – ela continua seu desabafo – Não há ninguém mais parecido com ele do que eu, por isso eu tenho certeza de que não era outra pessoa. Aquela cor e corte de cabelo, a cor dos olhos, o sorriso, só podia ser ele, mais ninguém.
Quando olhou para o rosto de sua mãe, viu que a mesma também estava aos prantos e, sem mais delongas, levantou-se do colo da mesma e a abraçou. Aquele abraço servia de consolo para as duas.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
O que será que é aquilo, né? Muitos estão curiosos sobre o que seria isso, correto? Hehehe... Só vão saber lá pro final da fic... Sou muito má, eu sei, mas isso é pra vocês não me abandonarem assim que souberem do que se trata aquilo, e de quem...