Marcas Do Passado escrita por Nyah


Capítulo 3
Desabafo


Notas iniciais do capítulo

Yo minna,
Viram só? Eu tô postando um capítulo por dia.
Se vocês comentarem essa fic, eu construirei capítulos mais rápido. E aí, o que me dizem?
~Nyah



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Assim que ajudou sua amiga a sentar-se no banco daquela praça, o rapaz de cabelos claros foi até uma barraquinha que havia ali e pediu por uma garrafa d’água, voltou e entregou o objeto para a amiga, com a finalidade de fazê-la se acalmar.

– Toma, beba um pouco.

– O-Obrigada!

– Não a de quê! – respondeu com um sorriso sincero e reconfortante nos lábios – Agora, me conte o que aconteceu.

– Não é nada... Foi só um mal estar, mas... Já estou bem – a menina de cabelos escuros mostrou um sorriso para o amigo, mas o mesmo pôde ver que era um sorriso falso, e por isso, insistiu em saber o que se passava com ela.

– Se não é nada, por que você está pálida? – perguntou sério. Vendo que não daria para recuar desse interrogatório, Analu não resistiu mais, e começou a falar o que lhe incomodava:

– É que... – lágrimas começaram a se formar em seus olhos obscuros – Eu lembrei daquilo, e não me senti muito bem... – permitiu que as lágrimas escorressem por sua pele já pálida – Se eu não tivesse o impedido, isso jamais teria acontecido.

– Mas, você não teve culpa de nada. – tentava confortar a garota – Ele fez aquilo porque quis. Mesmo que você o parasse, ele iria buscar outra forma de fazê-lo, se lembra?

– Lembro... Do que? – ela parecia ter se esquecido de algo que ele se lembrava muito bem.

– Que naquele dia, ele veio com um papo de que “a vida não vale nada”. – rapidamente, Analu arregala os olhos. Finalmente lembrara-se da conversa que tiveram naquele dia.

– É, mas... Eu achei que aquilo fosse só parte de uma fase ruim, e que ele iria esquecer sobre esse papo de que a vida não é importante.

– Pois é, eu também achei isso, mas é justamente em fases como essa, que as pessoas cometem as maiores burradas da vida delas, e com ele não foi diferente.

– Chega! Chega! Chega! – ela começou a sussurrar, pondo as mãos na cabeça, com os dedos enlaçados aos escuros fios de cabelo que compunham seu couro caneludo. – CHEGA! CHEGA! CHEGA!... – dessa vez, ela pronunciou tais palavras em voz alta, assustando a todos que estavam passando pela praça naquele instante.

– Vamos, é melhor você ir pra casa. – ele ajudou-a a se levantar – Vai se sentir mais confortável lá, na companhia de seus pais.

A menina nada falou, apenas assentiu com a cabeça enquanto levantava (com certa dificuldade). Assim que se pôs de pé, ia dar o primeiro passo, mas tropeçou e, só não caiu porque Kouichi foi mais rápido e a segurou pelo braço, impedindo-a de ir de encontro ao chão.

Logo que chegaram em frente ao portão que dava entrada à casa dela, os dois amigos se despediram, e Analu adentrou o terreno, para logo depois adentrar a moradia.

– Tadaima... – falou desanimada.

– Okaerinasai, minha... Filha... – a mãe da Analu falou sorrindo, mas logo mudou sua expressão para um rosto preocupado. Analu estava com um olhar diferente do olhar que usava nas outras vezes. Estava com o olhar fechado, mas pra baixo, como se estivesse triste. – Está tudo bem, querida?

A morena nada respondeu, somente continuou andando. Jogou a mochila de qualquer jeito no sofá e logo entrou no banheiro para um banho demorado. Ao sair do quarto de banho, sua mãe tornou a perguntar:

– Minha filha querida, está tudo bem com você? – ela estava preocupada – Há anos não via a filha com um olhar triste em seu alvo rosto, aliás, a última vez que viu sua filha com esse olhar, foi uma semana após aquilo ter acontecido.

– E-Está sim... – respondeu ainda cabisbaixa – Quer saber? Não! Não está nada bem comigo. – desabafou. – Mas quer saber? Com um grito eu resolvo tudo. – respondeu, dando um sorriso falso – AAAAAAAAAAH – gritou, porém, não alcançou o objetivo desejado.

– E então, já se sente melhor?

– Na verdade, não.

– Se quiser, pode desabafar comigo. – respondeu – Você sabe... Eu sou sua mãe, e você pode desabafar seus problemas e mágoas comigo. Não é bom guardar sentimentos negativos dentro de si mesma. Isso é algo que mais tardar pode vir a causar-lhe algum mal...

Analu deitou-se no sofá, com a cabeça no colo de sua mãe, e, já com algumas lágrimas rolando por seu belo rosto, começou a falar o que há anos estava entalado em sua garganta, e... Junto desse desabafo, contou também que teve a impressão de tê-lo visto andando pelos corredores da escola.

– Mas... Mas isso é logicamente impossível – diz sua mãe – Como você pode tê-lo visto, se ele está... Você sabe aonde...

– Pois é, eu também achei isso muito estranho, mas eu tenho certeza de que era ele. – ela continua seu desabafo – Não há ninguém mais parecido com ele do que eu, por isso eu tenho certeza de que não era outra pessoa. Aquela cor e corte de cabelo, a cor dos olhos, o sorriso, só podia ser ele, mais ninguém.

Quando olhou para o rosto de sua mãe, viu que a mesma também estava aos prantos e, sem mais delongas, levantou-se do colo da mesma e a abraçou. Aquele abraço servia de consolo para as duas.


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Notas finais do capítulo

O que será que é aquilo, né? Muitos estão curiosos sobre o que seria isso, correto? Hehehe... Só vão saber lá pro final da fic... Sou muito má, eu sei, mas isso é pra vocês não me abandonarem assim que souberem do que se trata aquilo, e de quem...