Até O Fim escrita por Gabriela


Capítulo 11
Uma Ultima Carta


Notas iniciais do capítulo

Oii! Alguém ai? Caramba eu to sumida né? Mas pois é eu fiquei doente e essa semana foi puxada no colégio ai nem deu pra postar, mas cá estou eu com mais um capitulo.
Boa Leitura!



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11. Uma ultima carta

Eu encarava aquele envelope selado com a marca Heartfilia. A assinatura de meu pai criava em mim receio em abri-la. Fechei os olhos e contei mentalmente até cinco, ao reabrir os olhos rasguei o envelope da carta e comecei a lê-la com os olhos.

“Querida Lucy,

                         Sei que não tenho sido um bom pai nestes últimos anos, na verdade eu nunca fui um bom pai. Mesmo estando ali tão perto. Eu te deixei sozinha e agora você fez o mesmo comigo, sei que mereço seu desprezo, mas lhe peço perdão por todos esses anos que fiz você sofrer. Você cresceu e não é mais aquela garotinha que eu trancava no quarto. Agora você é livre. Espero que venha me visitar, mas é claro se você quiser. Com carinho

                                                                                                                                      Jude Heartfilia”

Não soube como reagir de imediato, afinal aquela carta me pegou de surpresa. Fiquei dividida em ir até lá e conversar com meu pai ou ignorar aquela carta. Apesar de tudo que meu pai fez comigo eu não o odiava por completo; Aquele amor de filha ainda estava em mim.

Decidi que iria visitar meu pai, e não seria só por ele sentia falta de todos inclusive de Spetto aquela empregada maluca que talvez tenha colocado uma magia de esquecimento em mim. Peguei uma mala pequena e coloquei algumas roupas dentro deixe-a em cima da cama e fui tomar um banho. Se eu conseguisse pegar um trem antes do meio-dia talvez chegasse lá durante a noite.

Ouvi a porta se aberta provavelmente era Natsu que aos poucos perdia seu estranho abito de entrar pela janela; Talvez a chave tenha sido um ótimo incentivo.

- Lucy? – Ouvi sua voz chamar-me. Meu coração errou uma batida me afundei na banheira antes de responder.

- Estou tomando banho – Puxei a toalha e enxuguei-me vesti a roupa que havia trago e sai. Natsu estava como sempre seu cabelo rosado levemente bagunçado, vestindo uma roupa despojada e é claro com seu cachecol. Happy voava ao lado dele.

- Lucy – Happy pulou no meu colo, não resisti e comecei a fazer carinhos nele.

- Você esta mimando ele – Natsu soltou uma risadinha. Ergui uma sobrancelha.

- Quer peixe Happy? – Perguntei ignorando Natsu e levando o pequeno exceed azul até a cozinha.

- Aye Sir!  - O gatinho azul respondeu. Peguei um pouco de salmão na geladeira e dei para que ele comesse.

- Lucy vamos fazer uma missão? – Natsu perguntou do quarto

- Não – Respondi

- Vamos viajar?

- Não eu vou visitar meu pai – Falei enquanto penteava meu cabelo

- Como assim? Você vai sozinha?

- É claro

- Não mesmo, eu vou com você.

- Eu não preciso de uma babá

- Precisa sim

- Natsu eu sei me cuidar ok?

- É eu sei disso, mas aquele seu pai é um louco psicopata.

- É, mas ele pode ter mudado.

- E como você vai saber?

- Simples – Peguei a carta e entreguei para Natsu. Ele demorou alguns minutos para lê-la e parecia analisar cada palavra com o máximo cuidado possível

- Isso não é suficiente. Eu vou com você – Suspirei derrotada

- Esta bem Natsu Dragneel, mas é bom que você se comporte. – Fiz uma pausa – Sairemos hoje antes do meio dia não se atrase – Abri a porta e fiz sinal para que ele passasse e como se ele quisesse me contrariar ele saltou pela janela. Bufei

[...]

 A viagem de trem foi tranquila tirando o fato de que Natsu ficou enjoado diversas vezes. Chegamos á estação pouco antes do pôr-do-sol e como a mansão Heartfilia não era muito longe dali fomos andando mesmo. Toda aquela cidade me trazia muitas lembranças, a maioria delas eram dolorosas, mas todas elas valiam a pena.

No caminho Natsu foi contando para Happy algumas de nossas historias os momentos juntos, as fugas, os esconderijos ele se lembrava de tudo com tanta perfeição que me senti culpada por não me recordar tão bem.

Quando chegamos à mansão já havia ficado escuro. O céu perfeitamente limpo mostrava as estrelas e todas as constelações que eu sempre admirei.

- Você sempre se perdia aqui – Comentei com Natsu enquanto atravessávamos o jardim. Natsu riu

- E você sempre me encontrava – Batemos a porta Spetto foi quem atendeu ao me ver seus olhos encheram-se de lagrimas e ela me abraçou com força.

-Lucy estava com saudades você não nos deu noticias – Ela disse entre os soluços

-Eu estou bem – Falei tentando me livrar de seus braços – Spetto-san você esta me sufocando

- Oh! Desculpe-me estou empolgada. – Ela me soltou e ajeitou seu coque – Natsu? Vejo que você cresceu bastante – Ela analisava Natsu dos pés a cabeça, depois passou a olhar de mim para ele e dele para mim. Depois da sessão ping pong de olhares ela sorriu maliciosa – Vocês dois vieram comunicar o casamento?

- NÃO – Eu e Natsu gritamos juntos

- Que pena – Ela fez bico

- Deixa de Historia Spetto-san, vim aqui falar com meu pai ele esta? – A expressão de Spetto mudou de alegria para tristeza

- É melhor vocês entrarem ou ficarão doentes – Foi tudo que ela disse. Depois em silencio nos levou até os quartos em que passaríamos a noite; Eu fiquei no meu quarto e Natsu e Happy nos quarto ao lado.

- Conversaremos amanhã Lucy. Boa noite

[...]

Acordei com um peso sobre minhas costas ergui um pouco o rosto e vi Natsu bem de perto; perto de mais.

- Lucy pare de se mexer – Natsu falou ainda sonolento.

- O que você esta fazendo aqui?

- Dormindo

- Eu sei que você esta dormindo

- Então porque perguntou? – Eu ia reponde-lo, mas fui interrompida pelo som da porta se abrindo.

- Bom dia Lucy! Oh desculpe-me eu volto depois – Spetto pareceu surpresa por ver Natsu ali, mas eu também ficaria se não estivesse acostumada com suas invasões.

- Esta tudo bem Spetto-san – Falei tentando parecer natural

- Vim chama-los para o café – Ela sorriu

- Obrigado, já vamos descer – Sorri de volta. Quando ela saiu fui acordar Natsu Carinhosamente.

- NATSU ACHO BOM VOCÊ LEVANTAR LOGO DESSA CAMA E DAR O FORA DESSE QUARTO – Gritei com toda a minha força Natsu levou um susto e caiu da cama fazendo um barulho enorme. Não aguentei e comecei a rir freneticamente. Ele me mostrou a língua

- Isso vai ter volta Lucy – E depois saiu. Troquei de roupa rápido e desci para tomar meu café a casa estava bastante suja e durante o percurso até a cozinha não encontrei nenhum empregado estava tudo muito estranho.

- Spetto-san onde esta todo mundo? – Falei pegando uma maçã da fruteira e dando uma mordiscada.

- Luce temos que conversar – Ela puxou uma cadeira e fez sinal para que eu me sentasse obedeci à calada. – Eu sou a única funcionaria da mansão agora.

- Mas como assim? Meu pai esta ficando louco? – Falei chocada

- Não Luce, o seu pai ele...  – Ela fez uma pausa como se procurasse as palavras certas - Ele morreu

[Pov’s Natsu]

Desde que Lucy soube da morte de seu pai ela quase não vem a guilda e todas as vezes que vou ao seu apartamento convida-la para uma missão ela recusa e da alguma desculpa esfarrapada.

- Natsu deixe Lucy em paz – Mira me aconselhava – Ela acabou de perder o pai, ela esta sofrendo e ainda não expressou essa dor deixe que o tempo cure suas feridas.

- E quanto tempo isso vai demorar? – Perguntei

- Não sei. Podem ser dias, meses, anos.

Anos? Eu não posso ficar anos sem ver aquele lindo sorriso em seu rosto, eu sequer posso ficar mais um dia sem vê-la sorrir isso esta me matando por dentro todas as vezes que olhei para aqueles belos olhos castanhos e os encontrei vazios; sem rumo vagando sozinhos na escuridão.

- Eu preciso fazer alguma coisa Mira – Supliquei por ajuda

- Faça uma visita a Lucy diga a ela o que sente. – Dizer o que eu sinto? “Lucy eu amo você, amo você desde o dia em que te vi naquele jardim” não isso era demais ela provavelmente ficaria assustada com a minha reação. Esse não era o momento.

- Ta, dizer o que sinto – Sai da guilda e caminhei em direção ao apartamento da minha loira. Entrei pela porta e encontrei Lucy sentada na cadeira em sua escrivaninha.

- Lucy? – Chamei a atenção da loira

- Hãm? Natsu? O que esta fazendo aqui?

- Vim visitar minha amiga você a viu por aqui? – Olhei por todos os lados como se realmente estivesse procurando alguém.

- Acho que ela foi viajar talvez um dia ela volte.

- Hey Lucy, o que aconteceu com você? – Falei me aproximando dela

- Como assim? – Ela se fez de desentendida

- Você quase não vai a guilda, não faz missões, esta sempre assim triste.

- Eu não estou bem Natsu

- Então me fala eu quero ajudar você

- Mas você não pode Natsu, eu estou morrendo por dentro – Ela aumentou o tom de voz. – Eu já perdi minha mãe agora meu pai eu estou com medo eu quero chorar, mas eu não consigo as lagrimas não vem eu estou morrendo aos poucos Natsu – Puxei-a e a abracei forte

- Você não precisa chorar para provar que sente saudades, ou que você esta sofrendo. – A abracei com mais força e senti suas lagrimas molharem minha blusa. Ela finalmente havia colocado aquela dor para fora.


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Notas finais do capítulo

Voltei o que acharam?
O tema desse capitulo é música com a palavra anjo, angel ou tenshi qualquer duvida manda Mp que eu esclareço.
Ja Ne o/