(Des)apego escrita por Nina


Capítulo 7
Capítulo 6 - Manjar dos Deuses


Notas iniciais do capítulo

Então, acho que vocês já estão cansadas de ouvirem minhas desculpas por atraso, não é mesmo? hahaha Mas é que dessa vez eu estava viajando, fui pegar um friozinho no sul do Brasil e só voltei no início dessa semana, mas aqui estou eu, -atrasada-, mas cumprindo meus deveres rs. O capitulo não ficou lá o melhor de todos, até um pouco sem graça, eu diria, mas, juro que vou acelerar as coisas pra que a diversão comece rs.



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Eu acabara de enfiar minhas roupas sujas na maleta de mão quando Matthew saiu do banheiro. Ele parecia bastante constrangido e aquilo era um tanto quando divertido e inédito, por mais que a situação não tivesse sido tão mais confortável para mim também.


– Vai tomar banho? Ou vamos tomar café para podermos seguir viagem de vez? - ele me perguntou enquanto terminava de secar seus cabelos com uma toalha e se sentou na cama procurando algo em meio a suas coisas.

– É seguro entrar lá? - perguntei com as sobrancelhas arqueadas. O momento não tinha sido confortável para mim também, mas eu não perderia a chance de tirar uma com a cara dele.

– Cala a boca Heather, eu só tomei banho. - ele revirou os olhos enquanto atirava sua toalha molhada em meu rosto.

– Idiota. - murmurei ao jogar a toalha no chão. - E sim, eu vou tomar banho.

– Então vai rápido.


Revirei os olhos enquanto pegava roupas íntimas e ia em direção ao banheiro. Não pude deixar de olhar cada milímetro que fosse daquele cômodo para não correr riscos de pisar em algo que não desejasse. Por mais que Matthew fosse um cara muito certinho, não sei se ele poderia ser considerado um anjinho puritano.

Devo ter ficado uns vinte minutos embaixo do chuveiro até ouvir batidas na porta do banheiro. Grunhi.


– O que foi agora, Matthew? - disse ao fechar a torneira.

– Heather, anda logo! Já são quase dez da manhã, precisamos ir e ainda nem comemos!

– Relaxa Knowels. Já estou saindo.


Vesti minhas roupas com cara fechada e segui assim até o buffet de café da manhã. Matthew era ridiculamente irritante e ele parecia ter prazer em me importunar a cada segundo. Na verdade, acredito que até mesmo o ato dele respirar me irritava às vezes. E pensar que eu ainda precisaria aguentar umas cinco horas num carro com ele rumo ao fim de mundo chamada Jersey em que ele iria estudar em sua prestigiada universidade de medicina em Harvard. Sim, medicina, em Harvard.

É claro que o filho perfeito tinha que fazer a faculdade e o curso dos sonhos, enquanto eu provavelmente seria uma jornalista que escreve para jornais sensacionalistas que são vendidos a vinte e cinco centavos, e que só são realmente vendidos porque, dessa forma, você só paga mais alguns centavos para obter uma revistinha ridícula que mostra as coisas mais fúteis que estão rondando o país.


– Calda de morango, pudim de chocolate, lichias e batata frita. - pedi para a atendente e o Knowels me olhou assustado. - Os waffles estão disponíveis no buffet, não é? - a dona olhou para mim como se odiasse cada segundo da sua vida e assentiu. Sorri quando ela depositou tudo que eu havia pedido em uma bandeja e rumei feliz em direção ao balcão do buffet e pegava uma montanha de waffles.

– Você é tão pequena! Como cabe tudo isso aí? - Matthew disse, assustando-me.

– Idiota! De onde você brotou, do chão? Quase me fez deixar cair as minhas delícias!

– Deixa que eu te ajudo com as suas delícias. - ele disse rindo enquanto tirava a bandeja de minhas mãos e andava em direção à uma mesa qualquer.


Eu sentia os olhares de Matthew em mim, mas eu preferi ignorar. Qual é? waffles com pudim de chocolate, calda de morango e batatas fritas salpicadas com lichias era simplesmente um prato divino! Digno da culinária francesa.


– Como isso é nojento. - o Knowels se pronunciou e eu revirei os olhos.

– É uma delícia, preconceito seu não experimentar.

– Heather, tem batata frita com pudim de chocolate!

– Uma combinação perfeita! Só faltou sorvete de creme para ser um manjar dos deuses! - disse sonhadora enquanto ele ria.

– Você é esquisita.

– Não precisa jogar na cara, sr. Perfeição.

– O que? - ele perguntou confuso

– Argh, nada. Só me deixa comer.


Ele bufou murmurando algo sobre mulheres serem complicadas e eu apenas revirei os olhos enquanto terminava de devorar meu café da manhã. Olhei para Matthew e logo para meu prato de comida. Aqueles anos, absolutamente, seriam, no mínimo, complicados.


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