E Se Não Fossemos Para Os Jogos? escrita por Érica Lopes, Ju Hutch


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Olázinho!
primeiramente, muito obrigada pelo reviews, to in love por vocês! ♥
eu ia postar ontem, mas nem deu tempo *crying*
enfim, personagem novo hoje!11 uhu
esse cap tá enorme, pra compensar os outros que foram pequenos.
até as notas finais, espero que gostem! xx



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/329447/chapter/5

O aerodeslizador começa a subir. Aquela seria a última vez que o veria? Todos estão olhando para mim. Saio correndo e vou para casa.

– Filha, o que aconteceu? Cadê o leite? – pergunta minha mãe.

Não respondo e subo as escadas. Me tranco em meu quarto. Não creio que isso está acontecendo! Estava tudo tão bem... Como as coisas mudam tão rápido? Em uma manhã, está tudo bem. Na outra, a pessoa que amo..( A PESSOA QUE AMO?) se despede de mim. A campainha toca, quem seria? São 2h da tarde. Alicia. Droga. Vou para o banheiro e lavo o rosto. Escuto três batidas na porta e logo atendo.

– Amiga! Que saudades! – ela diz e me abraça com força.

– Oi, Alicia... Também senti – digo, e retribuo o abraço.

– Bom.. É.. Faz tempo que eu to querendo falar com você... Sobre o Cato. Nós estávamos saindo, mas só pra conversar, como amigos... E meio que pra fazer ciúmes em você. Não fique com raiva, por favor.

– Não irei ficar! Cato me contou.. tá tudo bem! Não tem com o que se preocupar. Mas você soube o que aconteceu com o Cato agora pouco? – pergunto, querendo desabafar com alguém.

– Não, mas me disseram que um pessoal da Capital veio aqui.

– Pois é... Cato foi transferido de treinamento, para a Capital.. Vai ficar lá por um bom tempo... – digo lagrimando.

–Ah, amiga! Sinto muito... Ele me disse que gostava tanto de você! E agora.. deu tudo errado! – ela diz me abraçando.

– Eu gosto dele, Alicia! Ele me disse antes que me amava, mas não consegui dizer o mesmo, porque estava desesperada Alicia! E agora ele se foi! E não sei como vou ficar sem ele.. – digo a ela, e choro cada vez mais.

– Amiga, não fica assim... não vale a pena! Eu sei que você gosta dele, mas ele pode demorar demais lá.

– Eu sei, mas.. eu amo ele! E ele se foi... e agora.. – não consigo falar. Choro sem parar. Alicia me abraça e me diz palavras confortantes até eu parar de chorar. Ela está certa. Tenho que superar a saída de Cato, não posso ficar assim até ele chegar, quem sabe daqui a 1 ou 2 anos. Tenho que seguir em frente. Talvez ele também siga, do jeito que ele é... voltando a ser pegador na Capital. Sei lá. Acabo dormindo e nem percebo. Acordo com minha mãe me chamando para jantar, e Alicia está deitada do meu lado.

– Acordou amiga? – ela pergunta.

– Bom, acho que sim né? – nós rimos. – Vamos jantar, estou morrendo de fome! – ela assente com a cabeça.

Depois de jantarmos, voltamos para o meu quarto, e assistimos tv. Pedi para Alicia dormir aqui, caso tivesse outra crise de choro. Tomo banho, digo boa noite para Alicia e vou dormir.

Acordo com o sol batendo na minha cara, Alicia estava abrindo as cortinas:

– O Sol nasceu! Bom dia!

– Bom dia... Acho, só acho que estou cega.

– Vamos! Se levanta! Não quero me atrasar para a escola!

Tomamos banho (n/a): não juntas, pls., nosso café da manhã, e vamos para escola. Chegamos e todos voltam suas atenções para mim. Cato. Que saudades estou sentindo dele. Ignoro todos e vou para sala de aula, no exato momento em que o sinal toca. Aula de quimíca... Dai-me paciência. Minha dupla era Cato na aula. Nossas turmas se juntavam nas aulas de química, física, biologia e educação física. De repente, um garoto senda do meu lado. MEU. DEUS. QUE. LINDO. Alto, cabelo castanho, corpo atlético... Senhor! Sou interrompida em meus pensamentos quando ele fala:

– Oi, sou Luke.

– Prazer, Clove.

– Odeia essa aula tanto quanto eu? – ele pergunta.

– Aham, até mais eu acho. – ele sorri. Pelo amor de Deus, que sorriso! – Você é novo aqui? Nunca te vi por aí.

– Sim, mudei de escola... Aquela não estava me agradando muito.

– Como assim? Por quê?

– Os garotos de lá são muito babacas, e as meninas só ligam pra beleza.

– Bom, aqui tinha um garoto assim... Mas ele é legal depois que conhece direito.

– Tinha? Por quê? Ele morreu? –ele pergunta confuso.

– Não! Ele foi para a Capital treinar lá. – começo a ficar triste e ele parece perceber.

– Ele era seu namorado?

O professor chega e eu não respondo a pergunta.

– Então?

– Não, ele não chegou a ser.

– Senhorita Furhman e Senhor Asgard, estou atrapalhando a conversa de vocês? – o professor nos pega de surpresa – Silêncio, por favor.

– Depois nos falamos. – sussurro.

Depois de uma aula tediante, o sinal bate sinalizando o recreio. Sou sempre a última a sair da sala. Coloco minha mochila em cima da mesa, e quando vejo, é tarde demais. Todo meu material no chão. Mas que.. penso.

– Parece que você precisa de ajuda. – Luke me dá um susto.

– Que susto meu Deus! Só parece? – Ele ri, e logo sorri. Céus, aquele sorriso de novo.. Ele me ajuda a pegar meu material que caiu – obrigada – digo sorrindo

– Por nada. – ele retribui o sorriso – Vem.

Nós saímos para o recreio, e vejo Alicia em seu armário.

– Oi Clo! – ela diz.

– Oi, esse é o Luke. Luke, essa é Alicia.

– Prazer. – ele diz, e logo Alicia fica corada.

Ficamos conversando até o sinal bater. Me despeço de Luke e vou para aula.

Tédio. Muito Tédio. Até presto atenção nas aulas, mas dou graças a Deus quando sinal bate, sinalizando o fim das aulas. Saio da sala e vou embora. Mas vejo Luke na porta da escola, rodeado por garotas. Não ia demorar pra isso acontecer. Quando olho para ele, nossos olhares se encontram. Ele sai do monte de garotas e acompanha meus passos. Sorrio discretamente.

– Oi! – ele diz.

– Oi! – digo na mesma empolgação. – você vai treinar hoje?

– Sim, e você?

– Vou. Qual sua habilidade?

– Lanças. Não vou nem perguntar a sua, todos sabem.

– A é? E qual é?

– Facas. Quem não sabe? – rio.

– Bom, te vejo no treino então.

– Posso te acompanhar até em casa? – fico corada com essa pergunta. – Você fica linda corada, sabia?

– Hahaha. Claro. – ele coloca seu braço no meu ombro e assim vamos até minha casa.

Nós andamos até a minha casa conversando, e descobrimos que a casa dele é algumas após depois da minha.

– Entregue. – ele diz.

– Obrigada. Te vejo no treino? – dou um beijo em sua bochecha.

– Aham. Até lá.

Subo e fico olhando ele ir embora. Tomo meu banho e vou almoçar. Faço meu dever e descanso um pouco. Preciso fazer um telefonema.

– Alô?

– Luke? É a Clove. Tudo bem?

– Sim, faz 2 horas que não nos vemos, acho que não aconteceu muita coisa nessas horas. – nós rimos.

– É... Enfim, queria saber se eu poderia ir com você para o treino hoje, se não for muito incômodo. Sei lá... – O QUE DEU EM MIM? POR QUE ESTOU FAZENDO ISSO? CADÊ A GAROTA FRIA E FECHADA QUE NÃO TINHA SENTIMENTOS POR NINGUÉM?

– Ah, claro. Daqui a 10min estou aí.

– Ok, tchau.

Desligo o telefone e fico esperando. Me troco e escuto a campainha tocar. Vou direto para o banheiro porque ainda não amarrei meu cabelo.

– Posso entrar? – pergunta Luke após bater na porta.

– Pode! – grito do banheiro. Amarro meu cabelo num rabo de cavalo alto e saio do banheiro.

– Nossa...

– O que? – pergunto.

– Ér... Nada não. Melhor irmos né?

– Sim, vamos. – no exato momento em que estamos saindo, o telefone toca e vou atender.

– Alô?

– Clove? – pera, essa voz...

– CATO! – digo, transbordando alegria.

– Oi baixinha! Tô morrendo de saudades, de verdade.

– Ah, eu também. – vejo Luke ficar me observando, atento a cada palavra.

– Então, como estão as coisas aí?

– Ah, normal. E por aí?

– Também. O treino aqui é muito puxado. Também tem muitas gatas aqui. – ele diz numa tentativa de me fazer ciúmes.

– Haha.

– Vamos Clove, não quero que nos atrasemos. – diz Luke.

– De quem é essa voz, Clove? – pergunta Cato.

–Tenho que ir pro treino, depois ligo pra você. Tchau.

– Vamos. – diz Luke.

Nós vamos andando até o Centro de Treinamento e vamos cada um para sua seção. Atiro as facas pensando em Cato. Será que eu já havia o esquecido? Não. Eu e Luke não passávamos de amigos. Nada mais.

– Bu!

– Caramba Alicia! Me mata logo!

– Desculpa – ela ri – então... Você e o Luke hein? Pegadora! Haha

– Não, não. – digo friamente – Cato foi embora não faz nem uma semana. Não o esquecerei facilmente. Não dá para esquecer, penso.

E acontece que estava certa. Depois de uns 6 meses da saída de Cato, consigo olhar Luke diferente. Estou me arrumando para sair com ele, o problema é: para onde? Não faço a menor ideia. Escolho meu vestido, um simples branco. Faço minha maquiagem simples e decido deixar meu cabelo solto. Me olho no espelho e vejo que estou razoável. A campainha toca e vou as pressas atender.

– Nossa. – ele fala boquiaberto – Você tá linda!

– Obrigada – digo envergonhada – você também – ele estava uma camisa branca de manga comprida de botões com calças jeans – para onde vamos?

– Só saberá quando chegarmos lá.

Ele bota uma venda em meus olhos e me guia até o lugar.

– Chegamos. – ele diz. Ele retira a venda e consigo enxergar bem o lugar. Uma árvore bem ao lado do lago. Consigo ver o reflexo da lua cheia no lado.

– É... Lindo!

–Pra você. Um piquenique noturno, o que acha? – ele pergunta sorrindo

– Perfeito... Só de estar aqui, com você já é perfeito. – dou um beijo em sua bochecha. Ele pega uma toalha quadriculada vermelha e branca e coloca na grama.

– Trouxe sanduíches... Espero que goste. – ele sorri

– Adoro. – retribuo o sorriso.

Depois de comermos, ele bota a cabeça no meu colo e deita. Tiro os cabelos de seu rosto cuidadosamente.

– Sabe, eu corro muito mais rápido que você. – ele fala.

– Aposto que não. – me levanto e saio correndo. Ele vem atrás de mim e nós não paramos de rir, até que ele consegue me pegar e me abraça por trás. Me viro e nossos rostos ficam uns 2cm um do outro. Nossas testas se tocam. O único barulho que escuto é o de nossa respiração. Então ele fala:

– Acho que alguém perdeu uma aposta.

– Quem será? – pergunto, ainda com a testa na dele.

– Tem que pagar.

– Com o que? – pergunto.

– Com isso.

Então ele me beija. Um beijo doce e calmo. O melhor que já dei, e o primeiro também. Quando o ar falta, nos separamos.

– Gostou?

– Aham, o melhor dia da minha vida, sem dúvidas.

– O meu também. Só por estar junto a você... E eu quero ficar junto de você todos os dia. Clove, você aceita namorar comigo?

– Não. – ele me olha confuso – seria doida se não aceitasse – ele sorri e me beija novamente. Começa a chover, e ele me gira. – Para! – Falo entre os risos.

– Ou o que?

– Ou... – ele me abraça e me carrega.

– Melhor irmos. Não quero que a minha “sogrinha” tenha uma má impressão de mim levando a filha dela tarde para casa.

– Que nada – falo rindo. Ele arruma nossas coisas e segura minha mão.

Nós andamos até a minha casa, e quando chegamos lá, ele me beija:

– Obrigada. – digo.

– Pelo que? – ele pergunta.

– Pelo melhor dia da minha vida.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

LUKEEEEEEEEEEEEEEEE ♥
Gostaram? me ajudem a criar um nome shipper pra Clove e Luke OJSdihbshsudhbwsh, comentem os os nomes que vcs acharem tops na balada!1
Deixem bastante review, assim não irei demorar p postar o próximo cap! (uma recomendação e eu posto o cap na hora!)
O próximo capítulo tem POV Cato!11 nos amem sajdhasifcyewhfhd
bj