Jellal riu. Seus passos agora eram dados muito lentamente, ou melhor dizendo, pausadamente. A nevasca se tornava gradativamente mais forte e seus pés tinham que se enterrar cada vez mais a cada passo. Não era mais possível nem localizar coisa alguma apartir de três metros a sua frente.

— Acho que estamos no corredor da morte, não é? — Ironizou. — Se pelo menos eu pudesse usar magia para me tornar mais rápido... Porém isso não fará você mais leve, só me cansará mais ainda... — Ele mordeu o lábio. — Mas, sabe... Vai ficar tudo bem. Nós chegaremos na Fairy Tail logo, você dará um sorriso enorme para a Cana... Logo, logo... Só temos eu encontrar uma casa qualquer antes.

Quilômetros depois...

— Finalmente, outra árvore. — Ele descansou com o garoto deitado no seu ombro.

Jellal checou a temperatura do Sasato e bufou.

— Droga!... Tinha mesmo que esfriar tanto? — Ele apertou o punho e voltou a carregar o garoto desacordado nas costas.

Enquanto isso...

— Cansei! Cansei dessas suas explicações confusas!

Emi riu novamente.

— E pare de rir! — Ele bufou. – Eu vou sair logo daqui!

E então Natsu se encaminhou até o lugar que acreditava que Emi tinha surgido.

— Aonde pensa que está indo? — Perguntou Emi aparecendo feito um fantasma na sua frente.

— Hã? Para fora daqui, claro!

— Eu disse: “Para onde pensa que está indo?” — Perguntaram diversas Emi. Cinco exatamente. Cada uma em um canto daquele lugar estranho.

— C-como você... — Ele tremeu de raiva. — Grr... Não Importa! — Ele encheu seu punho de chamas. — Vou destruir todas vocês!

Natsu saiu correndo, socando cada Emi que via na sua frente. O problema era que todas elas... Desapareciam. O Dragon Slayer começou a enfurecer-se.

— Qual... De vocês — dizia ele socando cada uma delas, ou melhor, tentando — é a verdadeira?!

Todas as Emis riram e finalmente ele enxergou apenas uma.

— Cabe a você descobrira. — Afirmou ela.

Tomado pela raiva, Natsu pulou em direção à imagem na sua frente. Entretanto, ele foi parado por algo. Algo nos seus pulsos que fazia barulho.

— M-mais correntes?! — Indagou ele olhando para si. Não eram somente seus pulsos que agora estavam acorrentados, mas seus tornozelos também. — mas que porcaria é essaaa?!

Natsu encheu seus punhos de fogo e tentou se livrar daquelas coisas e nada. As correntes não soltavam, não queimavam e nem derretiam.

Emi riu novamente.

— Oops... Acho que me esqueci de dizer algo. Essas... São as verdadeiras correntes. — Disse a voz da morena.

Natsu expôs seus caninos nervosos.

— Por que... Por que você não me deixa ir? É o Akihiko que você precisa para o seu plano idiota!

O riso de Emi ecoou pela sala escura.

— Você será meu, Natsu Dragneel. Meu!

— Eu não sou seu! — Exclamou se remexendo.

— Você será minha fonte de poder, Dragneel! Minha! Só minha!

— Eu não sou nada seu! — Ele gritou se remexendo feito um animal. — Gr...Aah!

...

— Parede oeste, apenas um guarda presente. Não aparenta ser um Dark Slayer,m pois aparentemente não tem pele de Dragão em parte do corpo alguma. Minha aposta é que ele seja apenas um mago. Pretendo não atacar agora, vou descobrir onde se inicia essa tal barreira anti-magia e entender seus fundamentos. — Relatou Scarlet.

— Ok. Tome cuidado Erza. — Disseram todos.

— Já estamos chegando. Dê-nos alguns minutos. — Articulou Warren.

— Sim.

Erza suspirou e olhou novamente para o homem desmaiado. Inclinou-se e deu batidinhas na bochecha dele.

— Ei... Senhor. — Chamou.

— S-sim?! — Disse o homem assustado dando passos para trás.

— Sobre a barreira anti-magia, o que você sabe? — Perguntou segurando o homem pela gola, assustando o pobre homem mais ainda.

— O-o que eu sei? B-bem... Eu não sei muito. N-não sei onde ela começa, mas... — Ele engoliu em seco. — Sei que nenhum objeto movido à magia pode a ultrapassar, principalmente magos...

— Ah... Entendo. — Disse séria.

— J-já que entendeu... P-posso ir embora agora?

— Agora? — Ela pensou um pouco. — Não. Precisarei de você para uma pequena coisa, uma distração...

O homem engoliu em seco.

— D-distração?! — Disse temendo o que poderia acontecer.

— Ou quase isso. — Ela riu. — Você fingirá que é um mago que usa magia de Reequipar. Mas antes... Warren! Preciso que me ponha em contato com a Levy!

— Sim! — Assentiu Warren telepaticamente.