Nossa Eterna Usurpadora escrita por moonteirs


Capítulo 42
Em seus braços


Notas iniciais do capítulo

Oi povo lindo, aqui estou eu de novo hehe.
Eu tinha planejado postar esse capitulo mais cedo, mas depois da surpresa da gaby no foro eu fiquei atonita e só agora consegui terminar srsr.
Espero que gostem ^^



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CD: Fique tranquilo, nada nem ninguém poderá nos separar mais, não vou permitir.

Carlos Daniel olhou Douglas Maldonado indo embora da casa e voltou-se para trás, onde visualizou Vovó Piedade e Rodrigo parados no mesmo lugar, confusos pelo que havia acontecido.

VP: O que ele quis dizer com a “farsa de Paola” Carlos Daniel?

CD: É uma história muito longa vovó Piedade, vou ver como Paulina está e depois conto todos os detalhes para vocês.

Carlos Daniel sabia que as devidas explicações eram necessárias para toda a família, a final de contas tratava-se de um assunto pertinente a todos eles, mas naquele momento ele não conseguia pensar em mais nada que não fosse Paulina. Tê-la de novo em sua casa, em seu quarto, poder respirar novamente seu perfume e se perder novamente em sua Iris verde, trazia uma esperança a mais para seu coração de que talvez brevemente poderia tê-la também em seus braços.

Com sua mente ainda fomentando toda a esperança que havia em seu coração, ele rapidamente subiu as escadas e correu em direção ao seu quarto, esperando encontrar a mulher de sua vida lá, entretanto, ao abrir a porta se surpreendeu ao não vê-la no aposento.

CD: Lalinha! – Disse ao sair do quarto e encontrar a empregada seguindo em direção as escadas.

Lalinha: Sim seu Carlos Daniel.

CD: Você sabe onde está a Paulina?

Lalinha: Sim senhor, a Dona Paulina foi para o quarto das crianças junto com a Gaby.

CD: Obrigado Lalinha.

Como se fosse apenas guiado pela vontade de fazê-la novamente sua mulher, Carlos Daniel andou rapidamente em direção ao quarto infantil e em um só impulso abriu a porta. Em um primeiro momento procurou Paulina com o olhar por todo o quarto, mas apenas a encontrou imagem de sua filha deitada no berço, olhando distraidamente para os pequenos enfeites que existiam no móvel. Intrigado por não achar sua mulher no aposento, ele voltou-se novamente para a porta na tentativa de encontrá-la em outra parte da casa, mas um pequeno ruído chamou sua atenção. Um choro baixo quase silencioso vindo de um canto escuro perto da cama maior o preocupou, seguindo aquele sinal de tristeza, Carlos Daniel se direcionou para a parte lateral da cama e se espantou ao encontrar sua amada sentada no carpete, abraçando suas pernas e chorando como se a dor que estivesse sentindo não tivesse fim.

CD: Paulina???

Paulina não respondia nada, apenas o olhou com grossas lágrimas em seus olhos e continuou a chorar, apesar de nenhuma palavra saindo de sua boca, sua mirada pode descrever toda tristeza que nossa eterna usurpadora estava sentindo. Carlos Daniel, não entendia o porque do choro mas sabia que ela mais precisava naquele momento era deixar toda a tristeza ser extravasada por suas emoções. Sem pensar duas vezes, ele se abaixou e em um movimento rápido a puxou para seus braços, a abraçava para que talvez todo aquele sofrimento fosse exterminado de seu corpo.

Ao ver Carlos Daniel parado perto da cama a olhando assustado, Paulina tentou pedir ajuda, mas não conseguiu, as palavras ficaram presas no nó que existia em sua garganta. Suas mãos tremiam, as lágrimas não paravam de cair de seus olhos e a dor que estava sentindo não parecia ter remédio. Em questão de segundos ela o viu se abaixar e a puxar para seus braços, ao sentir novamente aquele perfume, sua pele em contato com a sua e toda sensação positiva que aquele abraço trazia consigo, ela não conseguiu conter todo o choro que parecia ter chegado ao ápice. Não chorava pelo abraço em si, mas por saber que nos braços de Carlos Daniel ela estava segura, que nada nem ninguém a podia machucar. Seus braços eram sua fortaleza, e sentir-se protegida depois de meses acarretava em um alivio que ela não sabia como explicar.

Por um bom tempo, os dois ficaram sentados no chão do quarto em silêncio. Carlos Daniel a abraçava fortemente com o intuito de transmitir todo o amor que sentia, e assim, tentar entender que ele não permitiria que ela sofresse novamente. “Oh meu amor, o que eu daria para que você não tivesse sofrendo. Trocaria se pudesse todas as estrelas do céu por um sorriso seu.” Pensava enquanto acariciava com uma mão seus finos cabelos, afagando seu rosto e limpando suas lagrimas sutilmente com os dedos.

Sentir o calor de sua pele, ouvir a batida de seu coração e inalar o seu perfume foi como um calmante para Paulina. Depois de expelir toda aflição que sentia, ela foi aos poucos se tranquilizando nos braços do seu amado. Senti-lo novamente levou sua mente a reviver todos os momentos de felicidade que viveram juntos e perceber o quanto sentia falta dele, como se seus corpos chamassem um ao outro, suas almas necessitavam daquele contato para completar-se.

CD: Está mais calma meu amor?

Paulina: Sim, já estou melhor obrigada – Disse limpando os rastros das lágrimas de seu rosto.

CD: O que aconteceu minha vida? Você parecia tão forte ainda a pouco...

Paulina: É .... é que... não acredito que ela foi capaz de fazer tudo isso. – A lembrança voltou a machucar seu coração, impulsionando novamente as lágrimas em seus olhos.

CD: Calma meu amor, não chore. Vem, vamos conversar no nosso quarto.

Paulina: Sim, preciso colocar tudo o que estou sentindo e pensando para fora, e o meu choro pode incomodar a Gaby.

Em sinal de concordância, Carlos Daniel se levantou primeiro e estendeu a mão para sua amada, que a segurou com firmeza o suficiente para se levantar. Sem perceber eles seguiram  rumo ao quarto ainda de mãos dadas, apesar da separação o entrelaço de seus dedos era algo natural, como se as extremidades tivessem sido desenhadas para completar uma a outra.

Ao adentrar no quarto, Carlos Daniel soltou a mão de Paulina para que pudesse abrir e fechar a porta, voltou-se para a amada e percebeu que ela estava parada a poucos passos da porta olhando para o lugar, ela passava seus olhos por cada parte do aposento como se o estivesse reconhecendo.

Paulina: Nada mudou.

CD: Mudou sim.

Paulina: O que?  – Perguntou intrigada - Tudo parece está igual.

CD: Nada foi igual sem você aqui, nada fazia mais sentido, tudo ficou sem vida...

Paulina ficou emocionada com aquelas palavras de Carlos Daniel, fitava seus olhos tentando entender aquela frase. O amor que eles sentiam um pelo outro sempre teve a capacidade de ser transpassado através dos olhares, e naquele momento não foi diferente, ao olhar aqueles olhos castanhos ela teve a certeza da sinceridade daquela sentença.

Entretanto, aquele não era o melhor momento para falar de amor, depois das revelações daquela manhã, nossa eterna usurpadora se sentia frágil, confusa, decepcionada e imensamente triste. Não entendia como sua irmã havia sido capaz de cometer tantas atrocidades, como ela pode engana-los durante todo esse tempo, e como ela conseguiu confessar tudo tão friamente.

Observando que Paulina tentava desviar seus olhos dos deles, Carlos Daniel percebeu que ela precisava naquele momento era desabafar, as emoções do dia foram muito chocantes e intensas, e nossa eterna usurpadora precisava expor o que estava sentindo.

CD: Não precisamos falar sobre isso agora, vamos, me conte, porque você estava chorando? – Disse segurando sua mão e a levando para se sentar na cama.

Paulina: Por tudo Carlos Daniel, ainda não acredito que ela foi capaz de fazer tudo o que fez, isso... isso é doentio, ela se fingiu de morta, você sabe o que é isso?

CD: Eu também ainda estou chocado com toda essa história, mas você estava tão forte e segura lá, não entendo como...

Paulina: Eu fiquei forte naquele momento Carlos Daniel porque ela ameaçou os meus filhos, e isso eu não poderia permitir. Meu sangue ferveu e de repente as palavras estavam saindo de minha boca sem eu perceber, por eles eu me transformei, por eles eu criei uma coragem que eu não sabia que existia. Mas quando chegamos aqui, quando entrei nessa casa, tudo veio a minha mente, e quando eu coloquei a Gabriela no berço eu não consegui aguentar, não fui forte o suficiente para suportar a dor que eu estou sentindo, e ...

Paulina não conseguiu terminar o seu pensamento, novamente as insistentes lágrimas perseveraram em cair de seus olhos, seu coração estava machucado e ela não sabia como concerta-lo.

CD: Meu amor, você não precisa suportar isso sozinha, eu estou aqui do seu lado, eu te amo, e te prometo minha vida que nunca mais vou deixar você ou vou permitir que alguém nos separe.

Paulina: Você promete? Promete que não vai mais ficar longe?

CD: Prometo meu amor, sempre vou estar com você.

Paulina: Eu não aguento sem você meu amor, eu preciso de você. – Disse chorando.

CD: Você me chamou de meu amor? Você nunca mais tinha me chamado assim vida minha.

Paulina: Chamei sim, é isso que você é não é? O amor da minha vida.

CD: E você é mais que o amor da minha vida Paulina, você é meu tudo, sem você simplesmente eu não vivo. Eu te amo Paulina.

Paulina: E eu te amo Carlos Daniel.


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Notas finais do capítulo

ficou lindo não é *-* olhos brilham
@MissBracho_