Um ano se passou desde que cheguei à Fairy Tail. Muita coisa mudou em tão pouco tempo... Novos laços foram criados, assim como antigos se romperam. Acho que a mudança mais drástica fora entre mim e Natsu. O começo de um grande amor se tornará apenas em uma grande amizade, e isso se tornou inimizade. Isso mesmo. Declaro aqui mesmo, neste instante que eu odeio Natsu Dragneel.

Não que isso seja totalmente verdade, claro. Ele realmente me odeia, mas não é como se fosse um sentimento reciproco. Meu pai começara a mandar cada vez mais ameaças de que destruiria tudo que é importante para mim, caso não voltasse para casa. Não que não me preocupe com meus amigos, mas ao mesmo tempo não quero ser odiada por todos. Muito menos por ele. Mas também ele é a última pessoa do mundo que quero ver ferida por minha culpa.

Melhorei tanto minha habilidade em mentir que nem mesmo ele percebeu isso, nem minha melhor amiga Erza Scarlet desconfia sobre isso. Claro, ela é assustadoramente forte, mas um fracasso no assunto, então não é surpresa que ela não tenha percebido. Além do mais não estou dizendo que tenha algo para se perceber a não ser que meu ódio é falso. Não é como se eu o amasse ou coisa do tipo... Ele é apenas um grande amigo! E não, eu não estou mentindo.

Por incrível que pareça Laxus virou meu melhor amigo, apesar de quase ninguém da guilda gostar muito dele e todos estranharem essa nossa amizade. Eu discuto tanto com ele que só perde para Natsu, mas realmente gosto dele. Apesar da aparência ele se importa muito com a guilda, e é confiável. Foi obrigado a atacar a guilda por seu pai, que me pegou como refém e ameaçou me matar. Evergreen fez uma estatua exata a mim, e devido às circunstâncias ninguém percebeu. Nisso, foi expulso da guilda me obrigando a não contar nada. E mesmo fora da guilda nos encontrávamos praticamente todos os dias.

Decidi partir numa missão com ele, mesmo com o mestre negando com todas as forças, que durariam quatro meses. Obriguei-o a me treinar durante esse tempo – sim, minha personalidade continua a mesma e talvez muito pior. – e acordei em mim novos poderes, que surpreenderam tanto a ele quanto a mim.  Decidimos ficar mais dois meses viajando e treinando esse novo poder absolutamente destrutivo, e agora estamos voltando para Magnólia.

Estou com dezessete anos, e Laxus insiste em dizer que não mudei absolutamente nada, embora isso me irrite muito, sei que ele está mentindo. Ficar seis meses com uma pessoa faz você conhecer todas suas manias, por piores que sejam. Acredite em mim, o loiro tem manias estranhas, e se nega a andar em meio de transportes por causa do enjoou e eu concordo plenamente com ele. Antes andar em transportes era desagradável, agora ficará insuportável! Fico até mais enjoada que ele, então ambos decidimos ir a pé, e isso ajudou para aumentar a resistência no corpo de ambos. Se antes ele já era forte, nem queira saber como ele é agora. Durante todo esse tempo só consegui derrotar ele uma única vez! E isso lhe deixou com uma horrível cicatriz no peito, apesar de eu não me lembrar de nada, tivemos que pagar pelas coisas que eu destruí. Mas Laxus insiste que não devo me culpa pelo ocorrido então desistir de tocar no assunto.

O motorista do trem avisa que chegamos a Magnólia e meu coração para. Seis meses longe dele. Não seria estranho chegar brigando com ele? Mas seria mais estranho ainda não brigar com ele. E eu sei que minha aparência mudou! Estou mais alta, meus cabelos antes compridos, agora estão curtos e os cachos sumiram, além do meu corpo esta ainda mais desenvolvido, mas de acordo com o loiro isso é porque eu fiquei gorda. E isso é mentira, OK? Eu havia emagrecido por culpa desse monstro que como vingança tem me obrigado a treinar dia e noite!

Já ele não havia mudado em nada, tirando a nova cicatriz no peito, e talvez esteja mais musculoso do que antes. Há, e ele havia ficado ainda mais sádico que antes! E se vê no direito de me punir esticando meu rosto, além de botar para correr qualquer cara que venha falar comigo, mas não vejo problema nenhum nessa parte. Mas acho que isso é protetor até demais.

- Isso é realmente nostálgico. – fala o loiro, e percebo que já estávamos na frente da guilda. Agora ela estava incrivelmente grande! Meu pai mandou outra guilda me sequestrar, e eles aproveitaram para destruir de vez a guilda. Consegui esconder parte da verdade, então depois de um tempo eu e Laxus partimos. – Que cara engraçada a que você tem ai. 

- Cala a boca. – digo emburrada e ele começa a modelar meu rosto. – Iço doe. – Lê-se: Isso dói. 

- Olha como fala com seu senpai. Kouhai idiota. 

- Então pode entrar primeiro. – reviro os olhos quando ele protesta. – O velho finalmente admitiu que voltasse para guilda depois de você finalmente concordar em contar a verdade para ele. Admita que esteja nervoso! – Ele fica irritado ao ouvir isso, e abre as portas da guilda com tudo, fazendo todos pararem o que estavam fazendo antes e ficarem surpresos, e alguns até chorarem, ao ver Laxus. – Que entrada foi essa? Quer quebrar a porta? – grito zangada e as pessoas finalmente me notam, pulando e chorando ainda mais. Disse apenas há meu grupo: Erza, Gray, Happy e Natsu sobre a missão, mas como sempre Mira sabe de tudo ela deve ter dito para quem perguntava.

- Quieta. – novamente começa a brincar com o meu rosto. – Deve mostrar respeito aos mais velhos, e não fazer escândalos na frente de outras pessoas. 

- Diz isso mais foi você que quase quebrou a porta. – murmuro irritada. – Yo mina! – dito isso todos vem correndo nos abraças e chorando, mas não encontro os três. – Não é melhor ir falar com o mestre? Aproveita e o informe sobre os resultados da missão. E tira essa expressão falsa do rosto e sorri logo! – ele me fuzila com o olhar novamente e se dirige à sala do mestre. – Onde estão os três?

- Ah, está tendo uma união de guildas. – explica Mira. – Uma guilda das trevas estava planejando algo então eles foram derrota-los. 

- Perdi mais alguma coisa? – digo ironicamente e ela pensa. 

- Sabe o ataque da Phantom? Dois membros da ex-guilda entraram. Gajeel e Juvia.

- O que come ferro e a da chuva? – ela concorda rindo. – Hm... Está radiante sabia Mirajane? Será que devemos isso há volta de certo loiro? – a albina cora violentamente e nega com a cabeça. 

- É por sua causa Lucy! Não diga bobagens! Laxus-san te influenciou muito! Esta ainda mais parecida com ele. 

- Eu? Nunca. – emano um forte poder, mas logo o reprimo. Isso sempre acontece quando perco a paciência, e Laxus apesar de muito trabalho não conseguiu arrumar isso.

- Uau. Isso explica porque demoraram tanto tempo para voltar. A guilda já estava começando a ficar preocupada sabia? Principalmente um certo alguém. – sorrio internamente. 

- E quando eles voltam?

- Hm... Não tem uma data certa. Eles foram já faz quatro dias, talvez já estejam voltando.

- Eh... A guilda é tão calma sem eles aqui. – ela solta um risinho. – Senti falta deles durante esse tempo. 

- Principalmente do Natsu não é mesmo? – concordo com a cabeça sem perceber e ela ri da minha expressão.

- Mira! 

- Vingança. – ri novamente, e pega uma taça de champanhe. – Para celebrar. 

- Oh! Finalmente! Laxus não me deixa beber, isso tava ficando sufocante. – pego a taça mas sou impedida de bebe-la. 

- Só porque voltamos, não significa que as regras tenham mudado. – diz o demônio pegando a taça e a bebendo em apenas um gole. 

- EI! Então porque você pode?!

- Nas cidades normais é legalizado apenas há partir de 21 anos. Então decidi adotar essa regra aqui também. 

- Em mim você quis dizer né? Seu chato! – mostro a língua e ele bate na minha cabeça. – Isso doeu. – murmuro jogando uma praga mentalmente nele.

- Vocês realmente se dão bem não é mesmo?

- Ciúmes?! – começo a rir da expressão dos dois e ele me bate novamente. – Você deveria parar de toda vez que fica com vergonha bater nas pessoas! Posso acabar morrendo um dia desses.

- Seria horrível. – diz ironicamente me fuzilando não somente com o olhar, mas com sua aura também.

- Como foi à conversa com o mestre? 

- Estranha. – murmura bebendo novamente. Maldito. Mas ele não pode me impedir quando eu estiver em casa, hehe.

- E rápida. - completo. - Eu deveria falar com ele também? - o loiro afirma e subo as escadas. - Mestre?

- Lucy! Quanto tempo... - ele é interrompido por um forte abraço meu e logo retribui rindo. - Mas não ache que não terá punições por ter feito uma missão com a ajuda de alguém banido! 

- Hi, Hi. 

- Agora me conte o que aconteceu nesses últimos seis meses.

- Por onde posso começar... Achamos uma das seis magias santas. -dito isso o velho cai para trás. 

- NANI? 

Poderia dizer nossa conversa, mas prefiro deixar surpresa para a ação. Além do que estou louca para ir para casa beber alguma coisa.

Chego em casa e encontro uma punica garrafa sobre a mesa e dispensa vazia. Estavas prestes a dar queixa na policia ou coisa assim, quando reparo num bilhete junto à garrafa. 

- Baka. – pego a garrafa e vou para meu quarto pondo ela em cima da cabeceira e me jogando na cama. – Finalmente em casa! – bebo toda a garrafa e depois durmo tranquilamente.