As Long As You Love Me escrita por Natyh Chase Jackson


Capítulo 2
Primeiro.


Notas iniciais do capítulo

Oie.
Milhões de desculpas mas eu estava muito ocupada com a outra fic.
Espero que ainda estejem acompanhado a fic.
Espero que gostem.



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Cinco anos atrás.

Aquele entra e sai de pessoas na minha casa estava começando a me incomodar. Por que esta festa tinha de ocorrer justo hoje? Ah, claro. O destino adora se divertir com a minha pessoa. Sinto algo tremer em meu bolso do short e eu pego meu celular, onde a tela brilhava mostrando uma nova mensagem.

Parabéns para a gente. S2

Sorri com a mensagem do meu namorado, Percy Jackson.

Acho que o correto seria... Parabéns para você.

Apertei o botão para enviar, e em menos de um minuto a resposta chegou.

Talvez, mas gosto de pensar que você também faz parte desse dia tão especial.

Dezoito de Agosto.

Com certeza, esse é um dia muito especial, tanto para mim quanto para o meu namorado. Até porque é o dia em que começamos a namorar, há exato um ano. Além de ser o aniversário de Percy.

 Você não irá poder me encontrar hoje? 

Meus pais irão dar uma festa, não poderei ir. Quando eles viajarem para o Canadá daqui três dias poderemos nos ver. 

Apertei o botão de enviar, realmente triste por esse pequeno infortúnio. Meus pais não sabiam que eu namorava e eu espero que não descubram tão cedo, mas a questão é: Atena e Frederick nunca aceitariam o meu relaciomento com Percy, e o motivo é simples e claro. O preconceito que vem de gerações seria mais forte do que a vontade de me ver feliz. Por isso, não falo que namoro um garoto do Brooklin.

Mas vai demorar muito. Sério que não posso passar ai, hoje?

Afirmo que fiquei tentada a dizer sim, mas, infelizmente, não poderia correr o risco de meus pais encontrarem Percy em uma festa para a alta sociedade nova iorquina.

Você sabe que não, Cabeça de Algas. Mas eu prometo que não sairei do seu lado, quando nos encontrarmos.

Irei cobrar, Sabidinha. Vou tentar dormir um pouco, essa noite foi corrida no restaurante.

Boa noite, e sonhe comigo.

Mandei apesar de serem nove horas da manhã.

Sempre.

P.S: Caso consiga escapar durante a tarde estarei na Manhattan Bridge.

A simples menção da pista de skate, fez com que me lembrasse do dia em que conheci Percy. Com toda a certeza do mundo, aquela não fora uma boa primeira impressão, para ambas as partes.

Flashback:

Um ano e meio antes.

Eu estava assistindo televisão, na ampla sala de estar do triplex dos meus tios Hermes e May Castellan, enquanto meus pais estavam no Taiti, segundo eles, precisavam fechar um negócio importante com uma empresa de turismo local. Como se eu fosse burra o suficiente para acreditar nessa mentira. Eles queriam passar um tempo sem mim, como se eles já não fossem ausentes o bastante em minha vida.

Já passava da meia noite, mas o sono não tinha me atingido ainda, por isso achei que assistir televisão faria com que a inconsciência chegasse mais rápido. E eu estava quase conseguido, quando escutei um barulho vindo da cozinha, e logo em seguida um xingamento baixo, mas o silêncio que estava na sala foi suficiente para que eu ouvisse.

Nunca fui de ter medo das coisas, por isso andei na ponta dos pés até a cozinha enorme do apartamento dos meus tios, aonde eu encontrei meu primo, Luke Castellan, com um skate e uma mochila preta nas costas.

Ele é loiro, alto e musculoso, confesso que é um pedaço de mau caminho, mas por ser meu primo conheço cada defeito, o que faz com que eu o veja como um irmão mais velho.

- Indo aonde? – ri quando Luke pulou de susto.

- Annabeth do céu, não me mata de susto. Sou muito novo para ter um ataque cardíaco. – o Castellan disse com a mão sobre o coração.

- Como você é dramático. – eu disse andado até o meu primo. – Então, vai aonde?

- Quem disse que eu vou sair? – Luke perguntou erguendo a sobrancelha e eu o olhei, cética.

- Talvez, seja o fato de você ter decido a escada da área de serviço, como se não quisesse que ninguém te visse, ou o fato de você estar arrumado, com o skate e uma mochila. – disse enumerando esses pequenos detalhes com os dedos. – Ou, talvez, eu seja vidente e descobri que você estava saindo. – complementei sarcástica.

Luke soltou um muxoxo e me olhou pidão.

- Não conta para os meus pais, por favor! – quando Luke pede, por favor, significa que a coisa é séria e importante. – É que eu estou meio de castigo e não posso sair até segundas ordens. – o garoto completou e eu abri um sorriso maligno.

- Não conto, se você me contar aonde vai. – Luke pareceu pensar por um tempo.

- Eu ia dar um role por ai, nada de mais. – o Castellan disse abanando a mão em sinal de descaso.

Balancei a cabeça em negação e Luke arregalou os olhos.

- Essa sua desculpa está muito vaga, acho que tio Hermes vai acordar de péssimo mau-humor amanhã. – disse olhando minhas unhas.

- Você é má, Annabeth. Muito má. – Luke disse andando até a escada por onde descera. – Eu só ia numa pista de skate aqui perto, nada demais.

- Como assim ia? – perguntei arregalando os olhos, esses não eram os meus planos.

- Ia, do verbo não vou mais. – Luke disse subindo as escadas.

- Você pode ir. – eu disse e ele abriu um enorme sorriso. – Se... – ele me interrompeu.

- Sabia, eu não vou sair com nenhuma das suas amigas. – o garoto disse grosso e eu revirei os olhos.

- Deixe-me terminar de falar, por favor. – eu pedi e ele ficou quieto olhando fixamente para mim.

- Eu não conto nada para o tio Hermes, se você me levar junto. – Luke arregalou os olhos.

- Com quem você aprendeu a ser chantagista? – o loiro perguntou e eu soltei uma pequena risada.

- Tive bons professores. – disse dando de ombros e ele sorriu. – Então, vai me levar? – eu perguntei esperançosa e meu primo desfez o sorriso.

- Não.

- Como assim não? – perguntei batendo o pé.

- Não, eu não vou te levar lá. – Luke disse e bateu o pé também. – Simples assim.

- Eu se fosse você me levava junto, até porque tio Hermes vai adorar saber que o filho dele, que por sinal está de castigo, estava tentando sair escondido de casa. – disse e dei de ombros, pronta para me virar, quando o loiro me chamou de volta.

- Ótimo você quer ir, não é mesmo? – ele não me deu tempo de responder. – Você tem dois minutos para se arrumar.

Dei um enorme sorriso e subi as escadas, silenciosamente, buscando em minha mente algo para vestir.

Com certeza, meu primo iria encontrar seus amigos da Goode, escola onde nós dois estudamos, então eu tinha que estar bem arrumada. Até porque aqueles meninos eram tudo de bom.

Eu coloquei uma calça skinny de marca, uma blusa regata da Hollister e um moletom branco da GAP, peguei uma bolsa de mão da Cuoco Channel e coloquei meu celular e alguns documentos, até porque sair em Nova York há essa hora era um perigo.

Desci as escadas rapidamente e encontrei com Luke na área de serviço de seu apartamento.

- Annabeth, pelo amor de Deus. Nós vamos a uma pista de skate e não a um desfile de moda. – meu primo disse exagerando.

Luke nunca fora muito ligado a moda e, ou ao dinheiro que seus pais têm. Por isso suas roupas era o mais simples possível, eu também era assim, mas gostava de aproveitar a mordomia que meus pais me ofereciam. 

- Luke essa roupa está muito simples, não sei por que implicar com ela. – disse na defensiva e o loiro revirou os olhos, mas abriu a porta saindo pela mesma e a mantendo aberta para que eu pudesse passar. – Onde fica essa pista?

- Você vai saber. – Luke deu um sorriso malandro, que me deixou desconfortável.

Uma coisa que eu sabia, e muito bem, era que quando Luke Castellan dava aquele sorriso, era sinal de encrenca.

Descemos pelo elevador da área de serviço, até porque, em um prédio freqüentando pela Alta Sociedade de Nova York, é quase um desrespeito encontrar com os empregados na área compartilhada do prédio.

O elevador parou no subsolo, para ser mais exata na garagem aonde era possível ver sedans de luxo, e esportivos que custavam mais que o triplo de um utilitário.

A Bugatti Veyron Super Sport de Luke estava estacionada em sua vaga, quando eu me dirigi até ela, recebendo um olhar estranho do loiro.

- Aonde você pensa que vai? – o garoto me perguntou e eu corei.

- Não vamos de carro? – perguntei debilmente, e meu primo negou com a cabeça.

- Para aonde vamos não precisaremos disso. – então ele saiu andando na minha frente.

Saímos da garagem escondidos, pois tinha dois seguranças de plantão na entrada do subsolo. Já na rua Luke chamou um táxi que perguntou nosso destino, ele que estava na frente junto com o motorista sussurrou algo para o mesmo, que arregalou os olhos, mas assentiu quando Luke mostrou o dinheiro.

- Pessoas como vocês não são comuns naquele lugar, ainda mais há essa hora. – o motorista disse puxando assunto. E eu não estava entendendo absolutamente nada.

- É, mas não somos como as outras pessoas daqui. – Luke disse seco e o motorista se calou.

O caminho fora silencioso, mas uma inquietação tomou conta de mim, quando percebi que estávamos saindo de Manhattan indo em direção ao Brooklin.

- Por que estamos indo para o Brooklin? – perguntei retoricamente, e Luke riu desdenhoso.

- Você não queria vir junto? Então, estamos indo para a Manhattan Bridge, conhece? – Luke perguntou em falso tom de inocência.

Nunca fora de ter preconceitos com o subúrbio de Nova York, mas também não o freqüentava e pelo o que eu já ouvira falar preferia manter distância do lugar.

- Você é louco? – perguntei para Luke, que deu de ombros. – Esse lugar é perigoso.

- Era. – o loiro disse e emendou – Ficam dois policiais lá.

- Como sabe disso? – perguntei abismada.

- Você acha que fiquei de castigo por quê? Meu pai não gosta que eu socialize com os mendigos de Nova York. – o loiro disse imitando o pai. – Idiota. – murmurou no final.

- Então, por que está indo para lá?

- Annabeth, lá não tem mendigos, as pessoas são legais. – Luke disse e eu juro ter visto o motorista sorrir.

- Mas têm drogados. – eu disse, ultrajada.

- Que parte do tem dois policiais, você não entendeu? Só um louco usaria drogas na frente de um policial. – Luke disse e eu tive que concordar, mentalmente. – E para a segurança da princesa não iremos para o Brooklin, a pista de skate fica na maravilhosa ilha de Manhattan, ainda estaremos no seu palácio, Vossa Alteza. – o garoto disse sarcástico e eu lhe dei um soco no braço fazendo o motorista rir.

- Idiota. – eu murmurei e terminei a viagem emburrada.

Logo chegamos, o motorista nos deixou próximo ao local, nos despedimos e Luke o pagou. Andamos cerca de duas quadras e logo encontramos uma espécie de parque, com diversos obstáculos e rampas. O local era rodeado por um portão e na única entrada que pude visualizar tinham dois policiais, que liberavam a entrada.

Lá dentro tinha diversos skatistas homens e para a minha surpresa, mulheres. Também tinhas alguns pichadores.

- Aquilo não é ilegal? – perguntei apontando discretamente com a cabeça, três garotos que usavam um spray para desenhar na parede.

- Aquilo, minha querida prima é grafite e não pichação. E não, não é ilegal. – Luke disse e me arrastou até a entrada.

Luke cumprimentou os dois policias e entramos. Meu primo me pegou pela mão e me levou até os três garotos que faziam o grafite.

- Fala pessoal! – meu primo gritou os assustando.

- Hei, Luke. – o primeiro a se virar foi um cara negro tinha calças largas e usava uma camiseta regata branca, que estava toda colorida. Na cabeça ele usava um chapéu rastafári nas cores, vermelho, preto, verde e amarelo. – Vejo que trouxe convidada. Quem é? – ele perguntou para Luke.

- Grover essa é minha prima, Annabeth. Annie esse é o Grover um amigo meu.

Eu cumprimentei Grover e o mesmo respondeu educadamente.

- Esse daqui é o Chris. – ele apontou para o garoto do meio, que limpava as mãos em um pano. – Também é meu amigo.

- Prazer, Annabeth. – garoto disse.

- O prazer é meu. – respondi educadamente.

- E esse daqui é o Perseu, mas conhecido como Percy. – meu primo apontou para outro garoto, só que esse ainda estava de costas para nós dois. – Hei, Percy! – Luke disse chamou sua atenção.

- Espera um pouquinho. – o garoto de cabelos pretos pediu e o loiro esperou. – Prontinho. – o rapaz disse afastando-se um pouco para admirar seu grafite, e só depois se virou para a gente.

Percy era muito bonito, tinha os olhos verdes, o cabelo era bagunçado, ele também estava sorrindo o que fazia com que duas covinhas aparecem no canto de sua boca vermelha, porém elas logo sumiram quando seus olhos caíram em mim.

- Quem é Luke? – o moreno perguntou, como se não tivesse ouvido meu nome, e o mesmo me analisava de cima a baixo, e ao final da avaliação fez uma careta mínima.

- Essa é minha prima, Annabeth. – Luke me apresentou de novo, e o garoto fez um aceno com a cabeça em sinal de cumprimento.

- Pensei que não viesse mais. – e então seu sorriso voltara a estampar seu rosto, quando ele falou com o meu primo.

- Tive alguns imprevistos. – o loiro murmurou coçando a nuca e eu dei um sorriso de lado. – Mas cá estou eu, não é mesmo? – Luke disse sorrindo. – Cadê os outros?

- A Rachel está por ai, a Clarisse está andando de skate e a Juniper está sentada ali. – Percy respondeu apontando para uma espécie de arquibancada, aonde tinha uma menina escutando música.

- Cadê os Stoll? Ou melhor, os Troll? – Luke disse e todos riram, com a exceção de mim, é claro.

- Estão de castigo por que ficaram na detenção... De novo. – Grover respondeu e os quatro voltaram a rir.

- Mas eles não conseguiram sair escondidos? – Luke disse, incrédulo e Percy respondeu:

- O Sr. Stoll está dormindo na porta do quarto deles, e no pé da janela do quarto está a Sra. Stoll. – as risadas se intensificaram, e até mesmo eu me atrevi a acompanhá-las.

Luke respirou fundo tentando recuperar-se das risadas e se aproximou de Percy que tentava fazer o mesmo.

Meu primo começou a dizer algo, mas só escutei algumas partes como: “Fica de olho...”, “Por favor, cara” e “Eu confio mais em você”, o que fez uma enorme suspeita tomar conta de mim, e a confirmação de que eles estavam falando sobre a minha pessoa veio, quando o moreno falou “Sinto muito, mas não sou babá de patricinha.”

Patricinha? Eu?

Aquele garoto não sabia com quem, ou melhor, de quem estava falando.

Luke falou mais algumas coisas e o garoto assentiu a contragosto.

- Annie, fica aqui com o Percy, enquanto eu dou algumas voltas. – antes mesmo que eu pudesse revidar Luke já estava a alguns metros de distância, em cima de seu skate. Percy me olhou intensamente, e murmurou alguma coisa inteligível e voltou-se ao seu grafite.

Eu continuei ali, parada esperando que ele me dirigisse à palavra, mas ele não me dignou se quer um olhar, então eu tomei a iniciativa.

- É sobre o que o seu grafite? – perguntei ficando lado a lado com ele.

O tal Percy me olhou e não falou nada. Olhei-o incrédula.

- Ei, eu perguntei para você. – eu disse e o moreno manteve-se calado. – Ah. Não vai me responder? Ótimo, talvez seja vergonha, pois isto está parecendo uma grade cabeça cheia de algas. Talvez, seja a sua. – eu disse para provocar.

O grafite dele era muito bonito, mas eu nunca diria aquilo para ele. Era uma cabeça aberta, e aonde devia ser o cabelo saia algumas riscas verdes. A cabeça retratada tinha uma expressão muito interessante, e os olhos também eram verdes, iguais aos de Percy.

- Aposto que esse cara ai é você. Um grande, Cabeça de Algas.

O moreno me olhou e abriu a boca para retrucar, mas de repente a fechou e voltou a olhar para seu grafite.

- Para quê brigar com essa patricinha? Com certeza, ela não sabe nada de arte. – o moreno murmurou alto suficiente para que eu ouvisse.

- Ei. Eu estou do seu lado, e para a sua informação eu entendo muito de arte. – retruquei olhando para ele.

- Talvez, você entenda de arte contemporânea, sabe? Aquela que seu pai, ou a sua mãe financia e dá grandes eventos para divulgar. Mas eu te garanto que você não entende de arte de rua. – o garoto disse, petulantemente, e eu me irritei.

- Para a sua informação eu entendo de qualquer tipo de arte. E o problema e meu e dos meus pais se eles bancam ou não eventos artísticos. – falei irritada.

- Tá bom. Se você entende de qualquer arte, até mesmo a de rua, me explica o que eu quis dizer no meu desenho. – Percy disse finalmente, virando-se para me olhar nos olhos.

- Eu... Eu diria... – na verdade eu não sabia como descrever aquela imagem, e o moreno percebeu.

- Não falei? Fica dando uma de sabidinha e nem consegue explicar uma arte que julga entender.

- Então, senhor Cabeça de Algas, você poderia me explicar esse esplendoroso grafite? – eu disse em um tom carregado de sarcasmo e Percy me avaliou por um bom tempo, decidindo se me contava ou não o que ele quis dizer através daquele desenho.

- Vamos colocar um pouco de cultura nessa sua cabecinha oca, Sabidinha. – ele disse irônico, mas não deu tempo para que eu pudesse retrucar, porque meio segundo depois ele continuou. – A cabeça aberta seria uma forma de mostrar que a pessoa tem que está aberta a novos pensamentos e os feixes verdes são idéias que estão saindo para o mundo. Satisfeita?

- É bem interessante a sua ideia, e eu diria até que é muito inspiradora. – falei dando o meu braço a torcer. Aquela explicação podia ser simples, mas querendo ou não expressava tudo que um jovem hoje em dia deseja: expressar suas idéias para o mundo.

- Meu Deus, quanta honra receber a critica de alguém da Alta Sociedade, isso é um sonho realizado. – Percy disse sarcástico e eu o olhei reprovadoramente.

- Já te disseram que você é um idiota? – eu disse emburrada.

- Hoje ainda não, Sabidinha.

- Você é um idiota.

- Digo o mesmo. – Percy disse me encarando e eu retribui o seu olhar.

Bufei e me afastei deixando-o com um olhar confuso.

Sentei-me perto de onde Grover iniciava um desenho e fiquei olhando-o desenvolver o grafite, até que me surgiu uma ideia.

- Ahn. Grover? – chamei sua atenção, e ele me direcionou um sorriso amigável.

- Oi?

- E-eu posso tentar fazer um? – perguntei receosa.

- Um o quê? – o garoto perguntou confuso, e eu direcionei o meu olhar para o spray que ele tinha em mãos.

- Você quer tenta fazer um grafite? – ele perguntou e eu assenti envergonhada. – Fique a vontade, esse daqui é o meu material pode usar o que quiser, enquanto isso eu vou ali e já volto. – ele disse e eu assenti sorrindo.

Antes de começar fiquei vendo Grover se afastar com um skate na mão e sentou-se ao lado da garota, que se eu não me engano, chama-se Juniper. Ele lhe deu um selinho e ela retribui sorrindo. Sorri para a imagem, mas logo voltei a minha atenção para o pequeno pedaço branco que tinha na parede a minha frente.

- Mãos a obra. – disse para mim mesma, e logo comecei a pensar no que eu desenharia.

Comecei o meu desenho, ou melhor, grafite e não era tão difícil quanto parecia.

Estava absorta em meus pensamentos que nem reparei na presença de Percy atrás de mim. Somente quando um spray não quis pegar, o moreno se revelou me ajudando.

- Está emperrado. Deixe eu te ajudar. – o garoto pegou o tubo da minha mão e com alguns apertos em lugares estratégicos fez o spray voltar a funcionar.

- Obrigada. – agradeci, mas não dei tempo para que ele dissesse mais nada, pois voltei ao meu mundo terminando assim o meu desenho.

Quando terminei o meu grafite, afastei-me da parede e analisei o meu desenho com um imenso sorriso no rosto.

- Está lindo. – Percy disse do meu lado me assustando.

- Que susto! – disse tentando manter meus batimentos cardíacos normalizados, mas não obtive sucesso. – Obrigada. – agradeci ao seu elogio.

- Você já fez isso antes? – ele perguntou curioso.

- O desenho, ou o grafite? – perguntei educadamente, pois diferente dele eu era educada.

- Os dois. – ele disse e eu analisei sua resposta.

- O desenho já, porque é a vista do meu quarto. Já o grafite é a primeira vez.

- A vista do seu quarto e para o Centra Park? – ele perguntou curioso e eu ia responder, mas ele foi mais rápido. – Esqueci que você é do Upper East Side.

Meu grafite era um dos meus esboços da vista do meu quarto. O Central Park iluminado pela luz do pôr do sol, que atravessava alguns prédios que ficavam na outra extremidade do parque.

- Não sei para que tanta abominação com o lugar que eu moro. – disse e olhei para Percy, que ainda tinha os olhos grudados no meu desenho.

- É que não é muito comum, ter pessoas de lá, aqui. – ele respondeu dando de ombros.

- Mas e o Luke? – perguntei confusa, afinal meu primo era do mesmo lugar que eu, e tinha o mesmo sangue correndo pelas veias.

- O Luke é diferente, ele está aqui desde sempre. Talvez já tenha me acostumado com a presença dele, mas com a sua não. – ele disse olhando para mim pela primeira vez, desde que o deixei falando sozinho, minutos ou horas antes.  

- É só você se acostumar com a minha também. – eu disse. Percy me olhou e parecia inquieto. – Quer me dizer alguma coisa? – perguntei, pois estava agoniada com a inquietação dele.

- E-eu... É-é... – ele gaguejou e eu dei um sorrisinho de lado ao ver o garoto tão nervoso. Ele respirou fundo e disse – Eu queria pedir desculpas pela maneira que eu te tratei antes. Eu não costumo ser assim.

Dei um largo sorriso e ele me retribui.

- Também não costumo ser irônica, e nem petulante. – eu disse, mas não pedi desculpas, pois não sou acostumada a fazer isso.

- Podemos começar de novo? – ele perguntou e eu assenti com a cabeça. – Prazer, Percy Jackson. – ele disse e eu sorri.

- Annabeth Chase, e o prazer é meu.

Flashback.

Depois daquele dia eu voltei inúmeras vezes a pista de skate e com isso acabei fazendo amizade com todos até mesmo com os Stoll que eram uma figura. Percy e eu acabamos nos tornando grandes amigos. Ele me ensinava a melhorar os meus grafites. E eu o ensinava a desenhar no papel, já que o moreno só era bom mesmo nas paredes.

Fui acordada dos meus devaneios com a minha mãe, Atena Chase, dizendo que já estava na hora de me arrumar.

- Filha, você ficará perfeita com o vestido que eu escolhi. Pode subir para seu quarto, que o cabeleireiro e o maquiador já estão lá. – minha mãe continuou gabando-se do quanto ficaríamos lindas, enquanto eu prestava atenção em meu celular em busca de alguma mensagem, mas não recebi nenhuma.

Então, subi para o meu quarto desejando estar nos braços de Percy em seu quarto, ao invés de estar no meu me preparando para uma tarde tediosa.


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Notas finais do capítulo

Na minha opinião esse capitulo está bem chato, mas ele foi necessário para vcs saberem como o Percy e a Annie se conheceram.
Como deu para perceber o próximo será de uma festa na casa dos Chase's, e será que tudo ocorrerá bem?
Não sei, só lenco para saber.
Mais uma vez espero que tenham gostado.
Obrigada por ler.
Deixe review. Beleza?
Beijos e até o próximo.