As Long As You Love Me escrita por Natyh Chase Jackson


Capítulo 13
Décimo Segundo.


Notas iniciais do capítulo

TERMINEI ESSA POHA DE CAPÍTULO.

Até que enfim eu voltei, batam palmas para mim.

Gente do céu, eu achei que esse bloqueio do cão, do diabo, do capeta, do Belzebu... Enfim do carinha lá de baixo fosse durar mais tempo, mas graças a Deus, aos deuses, as divindades lá de cima isso não aconteceu, o que me fez vir até aqui e postar um capítulo. Palmas, palmas.


Queria agradecer a todos os reviews que eu recebi no capítulo anterior, e no período que eu não apareci, o que faz quase dois meses. E falando em meses e coisas parecidas, eu estava vendo o dia em que eu postei pela primeira vez em ALAYLM e eu descobri que fez UM ANO de fic ontem. Isso não é maravilhoso? Eu acho que sim, e vocês?


Esse capítulo é dedicado a Seis, que dedicou a fic na semana passada, muito obrigada, você não sabe a diferença que isso fez na minha criatividade, por isso eu espero que vocês goste muito do capítulo, igual aos demais.
Agora chega de enrolação, pois eu tenho certeza de que vocês querem ler.
Boa leitura.




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– Vamos fugir? - eu perguntei e ele arregalou os olhos.

– Como? – ele me perguntou como se não acreditasse que aquela proposta tinha saído de minha boca.

– Vamos fugir? – voltei a perguntar e ele balançou a cabeça, como se me achasse uma louca. – Só você e eu. Vamos para longe deles? Para longe de tudo isso? – pressionei e ele me olhou cauteloso. – E então? Você topa?

...

Bom, algumas pessoas vão me chamar de louca e tentar me internar em um manicômio, outras apenas vão dizer que é mais uma rebeldia de uma menina rica e mimada, e ainda terão aquelas que acharão que é apenas um amor adolescente, mas eu propus ao Percy que fugíssemos. Fugíssemos dos rótulos, do preconceitos e principalmente do meus pais. E toda essa ideia maluca se deu durante o meu jantar em família, este que não tinha só a minha família.

A minha ficha diferente da do Percy, caiu assim que os olhos cinza e espertos de minha mãe recaíram sobre a minha pessoa.

– Quem são eles? – Percy me perguntou, disfarçadamente, quando beijou a minha têmpora.

– Não sei, mas saberemos em breve. – eu respondi sem disfarçar, enquanto meus olhos cravados em minha mãe, acompanhavam a sua silhueta cumprimentar aqueles dois estranhos.

– Phillipe, John. Que bom que vieram, fico feliz em saber que aceitaram ao meu convite. – minha mãe disse cortês, e o homem mais velho sorriu para ela.

– E como não aceitar, não é mesmo, Atena? Você sabe convencer quando quer. – o homem brincou e minha mãe deu uma risada suave, esta que ela só usava quando estava à frente de pessoas importantes.

– Eu não poderia deixar que jantassem sozinhos, ainda mais em uma noite tão bela. – Atena devolveu e aquilo me embrulhou o estômago. Eu não acredito que ela tinha chamado aqueles dois para algo em família. – Annabeth, querida, venha cumprimentar este meu velho amigo. – minha mãe me chamou e eu intercalei meu olhar entre os dois loiros, e o moreno ao meu lado, este último que parecia um pouco tenso demais.

Me aproximei de Atena e dos dois homens que estavam com ela.

– Phillipe essa é minha filha, Annabeth. - minha mãe me apresentou e o senhor de olhar divertido me abraçou apertado. – Acho que deve se lembrar dela.

– Como ela cresceu! - o tal Phillipe disse impressionado - Quando eu te conheci, você era do tamanho da minha mão. - o homem completou me mostrando a palma de sua mão direita e minha mãe sorriu, como se lembra-se do que ele estava falando.

– Annie, esse é o filho de Phillipe, John Colleman. - Atena disse, e discretamente, me empurrou na direção do rapaz de cara fechada. - Vocês costumavam brincar juntos, quando crianças.

– Bom, eu não me lembro... Então, prazer em te conhecer. - eu disse e estendi a mão para cumprimentá-lo

– Faço de suas palavras as minhas, Annie. - ele respondeu carregando o meu nome de segundas e terceiras intenções. E antes que eu pudesse me afastar, me olhou de cima à baixo.

Percy que ainda estava parado atrás da minha mãe, se mexeu desconfortável, e eu voltei para o seu lado.

– Bom, Phillipe, John esse daqui é meu namorado, Percy Jackson. - eu os apresentei e o sorriso da minha mãe vacilou. Se ela pensa que me vai me jogar pra cima desse idiota, ela está muito enganada.

Percy estendeu a mão aos dois e com toda a educação que Sally deu os cumprimentou.

Philippe o cumprimentou educadamente, já John demorou alguns segundos para apertar a mão do meu namorado de volta, tanto é que seu pai o acotovelou discretamente para que ele fosse, no mínimo, educado.

– Vamos entrar, senhores? - minha mãe questionou com um sorriso e rapidamente se encaminhou para dentro do nosso apartamento, fazendo com que os Colleman a seguissem, deixando assim Percy e eu para trás.

– São seus parentes? – Percy me questionou, e eu neguei com a cabeça. – Então, o que estão fazendo aqui?

– Não sei. – respondi de cara fechada, mas logo tratei de colocar um sorriso no rosto - Vamos? – questionei, e ele enrijeceu os músculos ao meu lado. – Vamos, Percy. Não é como se minha família fosse lhe matar e servir no jantar. – disse tentando acalmá-lo, no entanto surtiu o efeito contrário, é óbvio.

– Nossa, assim você me ajuda demais. – ele respondeu irônico, e eu dei um sorrisinho de lado, antes de puxá-lo pra um beijo de tirar o fôlego.

– Só para dar sorte. – eu disse, quando nos soltamos e ele riu suavemente, antes de me puxar de novo.

– Sorte dupla. Só para garantir. – Percy disse quando eu arquei a sobrancelha em uma questão muda, o que me fez rir e dar-lhe um selinho, antes de puxá-lo em direção a sala, onde meus parentes ainda cumprimentavam aqueles dois estranhos.

– Phillipe que prazer em te rever. – meu tio Hermes disse cumprimentando o homem com olhar divertido, enquanto seu filho falava com os meus primos e com a minha Tia Afrodite.

Meu pai cumprimentou o homem mais velho como se o conhecesse desde criança, o que eu não duvidava muito. Já o tal John não parava de olhar na minha direção, e isso estava irritando meu namorado, por isso apertei sua mão tentando acalmá-lo.

Pigarrei tentando atrair a atenção de todos para mim, o que eu não consegui, por isso tentei uma segunda vez e obtive sucesso.

– Bom, família esse daqui é o meu namorado, Percy Jackson. – antes que eu terminasse de falar minha tia Afrodite já tinha corrido até nós dois, e cumprimentava o Cabeça de Algas animadamente.

– Ah, então você é o rapaz que tem o coração da minha sobrinha nas mãos? Parabéns, rapaz. – minha tia disse toda romântica e Percy sorriu, lindamente.

– Não sei se tenho o coração dela em minhas mãos, mas o meu já não me pertence há um bom tempo. – ele respondeu galante e minha tia quase desfaleceu em seu colo.

– Ares, por que você não é romântico igual a ele? – Afrodite voltou-se para o seu par com raiva, e o armário de músculos encolheu os ombros perante a fúria da minha tia.

– Percy, aquele é Ares. Namorado dela. – disse apontando para o grandão cheio de cicatrizes e Percy deu um aceno de cabeça, este que foi retribuído com uma carranca.

– Hey, seja bem-vindo a família. Sou Apolo. – meu tio disse e apertou a mão de Percy sorrindo. – Até que você sabe escolher bem, Aninha.

– Aninha? – meu namorado perguntou erguendo a sobrancelhas na minha direção, e meu tio apenas riu se afastando.

– Esses são meus tio Hermes, Artémis e May. – disse na ordem em que estavam em pé, e Percy os cumprimentou com um aperto de mão educado.

– Meus pais você já conhece. – apontei Atena e Frederick que apenas acenaram com a cabeça e voltaram a falar animadamente com o tal Phillipe, o que me deixou muito, muito brava.

– Antes que a Annie me apresente, eu sou Luke. – meu primo estufou o peito para vir falar com Percy, e eu quase me amaldiçoei, quando uma risadinha escapuliu pelos meus lábios. – E já avisando, se você magoar a minha priminha eu te quebro em três.

– Cale a boca, Luke. Não está vendo o cara, não? Ele é o dobro do seu tamanho, é capaz dele te quebrar em seis. – Tio Apolo disse para provocar Luke, fazendo com que todos rissem, exceto meus pais e os dois penetras, estes que pareciam mais interessados na conversa em que estavam tendo.

– Vá se ferrar, Apolo. – Luke devolveu com raiva, o que aumentou a rodada de risadas, deixando-o ainda mais furioso.

– Oi, espero que não se assuste com a nossa família. E seja bem-vindo. – Silena disse estendendo a mão para Percy, este que sorriu e a apertou de volta. – Boa sorte! – minha prima desenhou com seus lábios delineados, e meu namorado assentiu com a cabeça, devolvendo com algo como: Vou precisar.

– Essa é minha prima Silena. – me apressei em apresentá-los, pois tinha me esquecido que eles ainda não se conheciam. Na frente da minha família, é claro.

Depois de devidamente apresentado, Percy e eu nós sentamos e logo começou o interrogatório:

– Quantos anos você tem, Percy? - Tia Artémis foi quem deu o pontapé inicial.

O Cabeça de Algas sorriu antes de responder:

– Dezoito.

– Nossa, não parece! - Tia Afrodite exclamou surpresa.

– Realmente, parece que você é mais velho. - Tia Artémis concordou com um sorriso discreto no canto dos lábios. - Você aparenta ser muito maduro. Estou certa ou errada? - minha tia voltou a inquirir, e Percy fez cara de confusão.

– Depende do que a senhora acha maduro. - ele devolveu com um sorriso e Artémis sorriu de volta, parecendo satisfeita com a resposta.

– Trabalha? - questionou e Percy assentiu, fazendo sorrir ainda mais - É isso que eu chamo de maduro.

– Faz faculdade? - Tio Hermes questionou medindo-o de cima à baixo. E estava mais o que óbvio que ele não tinha ido com a cara dele.

– Infelizmente, eu perdi a prova que me daria uma bolsa no ano passado. Minha mãe tinha passado mal no dia, e como é somente ela e eu, tive que socorrê-la. – ele respondeu passando a palma da mão sobre o jeans de lavagem escura que usava, pelo visto ele estava bem nervoso.

– Falando em faculdade, o que você está fazendo John? – meu pai perguntou de voltando para o Colleman mais novo, este que ostentava um sorriso presunçoso no rosto.

– Administração Empresarial. E pretendo assumir os negócios da família assim que meu pais me permitir. – respondeu com o peito estufado, e Percy apertou a minha mão, com certeza, ele estava se sentindo ameaçado.

– Bom, esse ano ele já começará a trabalhar na empresa e eu espero que daqui dois anos ele já esteja tomando conta de tudo aquilo. – seu pai respondeu orgulhoso, e eu direcionei um meio sorriso em direção ao meu namorado.

– E você Percy, o que pretende fazer? – minha tia fez favor de voltar a centralizar a conversa em meu namorado, e eu assenti com a cabeça agradecendo-a, silenciosamente.

– Biologia Marinha. – o Cabeça de Algas respondeu feliz e eu sorri junto.

– Hum, então você gosta de água? – Tio Apolo questionou e o meu moreno assentiu. – Já ganhou ponto comigo rapaz.

– Falando e faculdade, a senhorita já pensou no que quer fazer, Silena? – Tia Afrodite questionou olhando para sua filha, que sorriu e assentiu feliz.

– Claro que sim, mãe. Tanto é que eu já mandei a minha inscrição para a Faculdade de Moda em Paris. – minha prima respondeu saltitando e batendo palmas. – Também mandei para Oxford na Inglaterra e para Harvard aqui mesmo, obviamente.

– Você quer tentar ir para Paris? – minha mãe perguntou e logo colocou um olhar sonhador no rosto. – Paris é tão bela, romântica. Você iria adorar.

– Ai, tia a senhora fala como se eu nunca tivesse ido lá. Paris é minha segunda casa. – Silena brincou fazendo todos rir.

– Realmente, a França é um país belíssimo, mas eu prefiro a Inglaterra. – Phillipe diz, e meu pai apontou para ele assentindo com a cabeça.

– Falem sério, esses lugares são para gente velha, eu prefiro mesmo é Ibiza na Espanha. – Tio Apolo deu um sorriso malicioso, fazendo-nos entender o porquê de sua preferência.

– Falando em Ibiza, tio, você me prometeu que me levaria lá. – Luke deu uma de menino mimado e cruzou os braços com um biquinho ridículo nos lábios.

– Só quando você for maior de idade. – Apolo respondeu e May fechou a cara.

– Nem pensar que você vai para aquele antro de perdição, Luke. – minha tia resmungou e meu primo ficou com raiva, e antes que ele continuasse com a expressão de “sou um menino mimado, e quero tudo para ontem’, Tia May o cortou dizendo – Conversaremos disso depois. Agora fica quieto.

– E você, John, qual é o seu lugar preferido? – minha mãe perguntou e o idiota estufou o peito antes de responder.

– Já estive em tanto lugares que é difícil escolher um preferido, Atena. – como eu disse, idiota. – Mas eu acho que a Suíça é maravilhosa, mas tenho que me render a Grécia, é muito interessante a arquitetura dos templos e dos prédios históricos. – retiro o que eu disse. Talvez ele não seja tão idiota.

– Olha, Annie, que coincidência. – minha mãe bateu palmas animadas, e eu dei um sorriso de lado em sua direção. – Bonito, rico, e gosta, praticamente, das mesmas coisas que você. Isso não é demais. – e quase que eu perco a minha mão depois dessa frase.

Percy me olhou de esguelha e eu neguei com a cabeça.

– Não mãe, não tem nada de demais nisso. – respondi e vi Tia Afrodite fuzilar minha mãe com o olhar. Ainda bem, pois achei que somente e eu tinha percebido o que minha mãe queria fazer. Tia Artémis também olhava para minha mãe com o cenho franzindo, e pelo que aparentava não estava gostando nada, nada do que estava acontecendo.

A conversa seguiu-se nessa linha, meus tios questionavam algo para Percy, este que respondia e meus pais tentavam mostrar o quanto John era mais viajando, o quanto John era inteligente, o quando o John era isso ou o quando o John era aquilo, e eu dei graças a Deus quando a empregada viera avisar que o jantar já podia ser servido.

Quando chegamos à mesa do jantar, a raiva que eu já estava sentindo dos meus pais triplicou, pois eles me avisaram que seria um simples jantar, logo subentende-se que não teria nada de extravagante, mas eles fizeram questão de servir a mesa de modo convencional, como se estivessem recebendo a realeza em nossa casa.

A mesa estava composta por milhares de talheres de prata, taças de água, vinho e suco além do chamado “prato de apresentação” e ou “prato de serviço”, o sous-plat, para quem não sabe ele funciona como uma bandeja. É um prato raso um pouco maior que o prato comum, deixado diante do comensal. No serviço à francesa, sobre ele são sucessivamente colocados o prato de sopa e, na sequência, o primeiro prato e depois o principal, e o prato de queijos, se houver. É removido junto com este último, antes da sobremesa. Nada demais, para mim e minha família, que fomos acostumados a participar de jantares de gala, mas Percy, que comia simplesmente com um garfo e uma faca aquilo estava mais para uma cena de terror.

– Para que tanto talher? – ele perguntou baixinho ao meu lado, e eu apenas me limitei a fuzilar minha mãe com o olhar, esta que pedia para que os demais se sentassem e aproveitassem o jantar.

– Imite a Silena, caso o jantar se inicie. Preciso falar com a minha mãe. – resmunguei fechando minha mão em punho e ele assentiu tomando seu lugar a minha direita.

– Mamãe, podemos trocar uma palavrinha? – questionei ainda de pé, e minha mãe hesitou ao se sentar.

– O jantar será servido, minha filha. – ela desculpou-se me evitando.

– Será breve, mãe. Por favor. – pedi com cara de cachorrinho que caiu da mudança, e Atena parecia irredutível, já que Phillipe teve que interceder para que ela falasse comigo.

– Vá falar com sua filha, Atena. Finja que somos de casa. – o homem loiro disse e sorriu para Annabeth, que devolveu o gracejo de forma agradecida.

– Bom, eu espero que seja rápido. – minha mãe disse e se levantou me acompanhando até a sala de estar.

Não esperei que chegássemos de fato a sala para começar a despejar a minha fúria sob ela.

– O que a senhora acha que está fazendo? – questionei com raiva, e ela me olhou como se estivesse confusa, mas ela não me engana.

– Do que está falando filha? – se fez de cínica, e ainda teve coragem de colocar a mão sob o coração, como se estivesse ofendida.

– Não se faça de tonta ou você acha que ninguém percebeu o que você está tentando fazer? – perguntei controlando o meu tom de voz, afinal eu não precisava que ninguém ouvisse a nossa discussão.

– E o que eu estou tentando fazer? – aquele sarcasmo dela me tirava do sério.

– Você está tentando humilhá-lo e além disso ainda está me empurrando para cima daquele bastardo que nem era para estar aqui. – quase gritei a última parte.

– Eu só estou querendo que você veja, que pode conseguir coisa muito melhor que este tal de Percy. – minha mãe disse o nome do meu namorado como se sentisse nojo.

– Ninguém é melhor que o Percy, pelo menos não para mim, já que é ele quem eu AMO. Será que dá para entender? – questionei gritando, agora eu estava pouco me importando para quem ouviria nossa conversa.

– Você o ama? Como pode afirmar com tanta certeza que o ama se ainda não viveu o suficiente? Hein, me explique! – ela pediu, mas não deixou que eu falasse, pois logo emendou – E não, eu não posso entender o porquê de você estar com esse suburbano pobre que não tem aonde cair morto, se pode ter alguém como você: rica e poderosa. John diferente desse seu namoradinho poderia ter dado tudo que você merece.

Ri com o sarcasmo pingando de minha boca e neguei com a cabeça, e quando fiz tal movimento vi que Percy estava ali, observando toda a nossa discussão.

– Vejamos se não é o pé-rapado que não tem onde cair morto. – minha mãe debochou e meu namorado se voltou para mim.

– Eu vou indo, Annabeth. – Percy disse derrotado e minha mãe sorriu quando o viu se direcionando para a porta do nosso apartamento.

– Percy, volte aqui. – pedi, fuzilando minha mãe com o olhar, mas ele não me ouviu continuou andando em direção a saída. – Percy! – corri até ele e o agarrei pelo braço, fazendo-o parar. – Não dê ouvidos à ela, Cabeça de Algas. – pedi acariciando seu rosto, mas ele não devolveu as minhas investidas.

– Sua mãe está certa, Annie. Eu não sou o certo para você. – ele disse olhando de esguelha para Atena, esta que mantinha um sorriso vitorioso nos lábios. – Eu só estou atrasando a sua vida, Sabidinha.

– Não, Percy. Você não está. – eu disse tentando pará-lo, mas ele logo se desvencilhou de meu aperto, e nesse momento todos os meus familiares já estavam na sala de estar.

– Sim, eu estou. – ele respondeu ríspido o que me assustou um pouco. – Você merece muito mais do que eu posso te oferecer. Você merece alguém melhor que eu.

Comecei a chorar tentando tocá-lo, mas toda vez ele me afastava. Percy olhou na direção de John e apontou para o loiro, que olhava tudo com um sorriso presunçoso no rosto, seu pai parecia um tanto quanto comovido com a cena, tanto é que ele tentava falar com o meu pai, este que nada vazia, apenas sorria satisfeito em ver Percy se afastando de mim.

– Você tem que ficar com ele, ou alguém como ele. Ele sim pode te oferecer tudo que você merece. Carros, casas, dinheiro, fortuna, fama, sucesso. – Percy pontuou com amargura na voz e depois se voltou para minha mãe, esta que estava sendo abraçada por Frederick, e ambos sorriam como dois idiotas. – Sua mãe está certa, e obrigado por me abrir os olhos, Atena. Eu, realmente, não pertenço ao seu mundo. Nem nunca pertencerei.

Percy se virou, abriu a porta e foi embora, me deixando com lágrimas nos olhos.

– Você viu o que fez? – perguntei gritando e minha mãe continuou com aquele sorriso idiota nos lábios, o que me fez pular em cima dela. Sim, eu parti para cima dela. – Eu te odeio! – exclamei ao desferir um forte tapa em seu rosto.

A raiva me cegava naquele momento, tanto é que antes de desferir um segundo tapa em minha mãe me voltei para o meu pai e também o acertei, e quando me voltei para Atena, Frederick agarrou minha mão no ar, e me olhou com raiva.

– O que pensa que está fazendo? – ele perguntou raivoso, e eu comecei a me debater em seus braços.

– Me larga. Eu te odeio. – eu gritava tentando me soltar, mas ele apertou ainda mais sua mão em torno do meu braço, deixando-me a certeza de que na manhã seguinte estaria roxo.

– Olha como você fala conosco. Somos seus pais. – Frederick rosnou e minha lágrimas começaram a descer em abundância.

– Não, vocês não são meus pais. Vocês são dois monstros. Eu odeio vocês. – gritei de forma histérica e Atena me deu um tapa no rosto, fazendo-me encará-la horrorizada.

– Cale a boca. – ela disse me olhando com seus olhos cinza tempestades, iguais aos meus. – Não está vendo que estamos te livrando de um zé-ninguém. Esse garoto é um pobretão sem educação, nunca que ele chegara ao pés de nossa família. Tente entender isso. – minha mãe repetiu seu monólogo e eu voltei a voar nela, agora em seus cabelos.

– Não fale assim dele. – gritei, enquanto puxava seus cabelos. – Ele é muito melhor do que vocês dois juntos. – berrei, mas dessa vez não estava agarrada em seus cachos, já que meu tio Apolo me agarrava pela cintura, me afastando de minha mãe, esta que estava sendo segurada pelo tio Hermes.

– Pare, Annabeth. – tia Artémis se pôs na minha frente, enquanto eu me debatia no colo de seu irmão. – Sei que o que sua mãe fez foi errado, mas ela não deixa de ser a sua mãe.

– Não, tia. Ela nunca foi a minha mãe, e a senhora sabe por quê? – perguntei ainda me debatendo e gritando como uma louca. – Ela nunca me deu atenção, e quando eu encontro alguém que o faz no lugar dela, ela o afasta, o trata como lixo e isso eu não vou admitir. – falei olhando nos olhos de minha mãe, que tentava se recompor.

– Isso é mentira. – meu pai partiu em defesa de Atena e foi ai que eu me enraiveci ainda mais.

– Mentira? – perguntei e me debati de novo. – Me larga, tio. – mandei enfurecida e Apolo me soltou, embora tenha continuado atrás de mim, caso eu tentasse partir para cima da minha mãe mais uma vez. – Você também nunca me deu atenção, papai. – resmunguei passando a mão pela minha roupa e voltei a olhá-los e os dois pareciam um tanto quanto chocados com a minha revelação. – Vocês só me davam atenção quando não tinham um contrato importante para ser fechado, ou quando não tinham nada melhor para fazer, até mesmo olhar a chuva caindo do lado de fora era mais agradável do que sentar e conversar comigo. – desabafei jogando para fora toda a sensação de abandono que eu sentia quando o assunto era meus pais.

– Isso não é verdade, Annabeth. Nós sempre estivemos ao seu lado. – minha mãe disse tentando se aproximar, mas eu afastei com o olhar, fazendo-a voltar para o seu lugar.

– Vocês estiverem presentes, de corpo, pelo menos até os meus doze anos, porque depois disso nem mesmo de corpo vocês estavam ao meu lado, sempre em viagens importantes. Vocês nunca me amaram ao ponto de cancelar algo e passar o dia comigo porque eu estava doente, era sempre uma babá, uma vizinha, até mesmo uma enfermeira, nunca vocês. – continuei a jogar todos as minhas frustações em cima deles – E quando eu encontro alguém, que realmente, goste de mim pelo o que eu sou e não pelo dinheiro que vocês tem, vocês o afastam. Nem chegaram a se perguntar se isso seria bom para mim, só pensaram em vocês. Como sempre. – gritei a última parte extravasando toda a minha raiva. – Mas eu tenho uma novidade para ambos. Eu não sou mais uma garotinha e eu vou lutar pelo o que eu quero. – dizendo isso sai correndo de casa e rapidamente me esgueirei para as escadas, já que esperar um elevador não seria muito rápido.

– Annabeth, volte aqui. – minha mãe gritou, mas eu acho que ela foi barrada.

– Deixe-a ir, Atena. Você não tem o direito de impedir. – a voz de minha tia Afrodite estava diferente de tudo que eu já tinha visto em minha vida, estava exalando raiva, o que não era característico da sempre amável, Afrodite.

Foi uma completa idiotice da minha parte, achar que eu conseguiria descer todos aqueles lances de escada desde a cobertura, por isso entrei em um dos andares abaixo do meu e entrei no elevador, que por sorte estava parado no andar e em um piscar de olhos eu estava no térreo.

Me olhar varreu o saguão do meu prédio, mas eu não encontrei nada, apenas Bob, o porteiro com um olhar desolado em direção a saída.

– Para onde ele foi? – perguntei em meio aos soluços que escapavam entre uma respiração e outra.

– Para a direita. – ele respondeu apreensivo. – Ele parecia bem bravo. O que aconteceu?

– Meus pais. – respondi simplesmente e sai correndo tomando a direção que Bob havia me indicado.

A essa altura Percy já devia ter ido embora, mas por obra do destino ou sorte, eu acabo encontrando-o debruçado sobre o capô do carro de sua mãe, este que estava a duas quadras de distância do meu prédio. Ele parecia estar tentando controlar a respiração, ou até mesmo a raiva por ter sido humilhado.

– Percy? – chamei receosa e ele me olhou com seus olhos verdes cheios de tristeza, o que me matou aos poucos.

– O que você está fazendo aqui? – ele me perguntou e eu tentei me aproximar, mas ele se afastou.

– Cabeça de Algas, não dê atenção ao que ela disse. – pedi e meu moreno continuou inexpressivo.

– Não tem como deixar o que ela disse passar em branco, Annie. – pelo menos ele me chamara pelo meu apelido, o que era um avanço. – Nós dois sabemos muito bem que eu não sou capaz de dar tudo que você merece. – ele continuou cabisbaixo, e eu me aproximei tocando-lhe o queixo, fazendo com que olhasse para mim.

– Tudo o que eu quero é o seu amor. Não me importo com dinheiro, fama, fortuna e afins. Me dói saber que você acha que seja isso o que eu quero. – respondi demostrando toda a dor que eu sentia em minhas palavras. – E se, eu realmente quisesse essas coisa namoraria com alguém igual ao John e não você. Percy, eu te amo e é você quem eu quero.

– Eu também te amo, Sabidinha. – ele disse e me abraçou o que fez meu coração se acalmar e apreciar o momento. – Mas eu não posso simplesmente passar por cima do que sua mãe disse. Entende?

Sim, eu o entendia. Tanto é que eu mesma não continuaria a namorar alguém depois de seus pais terem me humilhado. Sou orgulhosa demais para engolir sapos calada. Pensei um pouco, tentando achar uma solução para os nosso problemas, e eu te garanto que se estivéssemos em um desenho, uma lâmpada se acenderia sob a minha cabeça.

– Vamos fugir? - eu perguntei e ele arregalou os olhos.

– Como? – ele me perguntou como se não acreditasse que aquela proposta tinha saído de minha boca.

– Vamos fugir? – voltei a perguntar e ele balançou a cabeça, como se me achasse uma louca. – Só você e eu. Vamos para longe deles? Para longe de tudo isso? – pressionei e ele me olhou cauteloso. – E então? Você topa?


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? Eu sinceramente espero que tenham gostado, apesar de eu não ter gostado nada, nada desse capítulo, tanto pelas coisas que aconteceram, quanto pela bosta que isso está.
Se tiver erros me avisem que eu arrumo, não revisei com preguiça. Confesso. kkkk
Espero que me deixem suas opiniões sinceras. Tudo bem?
Se odiou? Deixe review.
Se gostou? Deixe review?
Se está péssimo e não tem como salvar? Deixem review.



Nesse meio tempo que eu fiquei fora eu postei uma One Thalico, deem uma passadinha lá e me digam o que acharam. Tudo bem?


Aqui está o Link: http://fanfiction.com.br/historia/469389/Challenge_Accepted/


Bom, eu sinceramente espero que tenham gostado e deixem comentários, afinal a fic está chegando ao fim e eu quero saber o que vocês acham que vai acontecer.


Bom, acho que vou ficando por aqui, e se vocês querem me ver de novo na semana que vem, já sabem a fórmula, não é mesmo? Se não aqui segue, anotem que é muito importante, cai na prova - encarnei um professora agora, Credo capeta, sai de mim -brincadeira- REVIEWS+RECOMENDAÇÕES=CAPÍTULOS MAIS RÁPIDOS. Entenderam? Espero que sim.


Beijos e até uma próxima.


P.S: Como eu disse, a fic fez UM ANO ontem, então deixem vários comentários para comemorar essa data tão especial. Combinado? espero que sim.



P.S.2: Eu estive pensando em uma coisa, e eu acabei meio que estipulando uma meta para ALAYLM, não sei se vocês estarão de acordo ou não, alguns até acharão idiota e tals, mas eu quero a sincera opiniões de vocês. Pode ser? Bom, a meta que eu pensei para ALAYLM é de pelo menos 250 reviews e 10 recomendações até o final dela. O que vocês acham? Podem falar a verdade. Tipo assim:
Natyh isso é mó besteira
ou
Natyh isso é coisa de autora chata e idiota.
Enfim me contem o que vocês acham. Okay?
Acho que é só isso.


Mentira.


P.S.3: Não esqueçam de passar em Challenge Accepted - One-shot Thalico.