Telling Lies escrita por Yokichan
Notas iniciais do capítulo
Shipper: Uchiha Sasuke x Karin
Classificação: +18
Enquanto os outros dormiam, ela jogou a capa preta sobre os ombros e desapareceu nas sombras. Cruzou os corredores escuros e gelados do velho forte em ruínas que eles haviam escolhido para passar a noite. Amanhã seria a missão outra vez, a fuga e a caçada, a perseguição. Mas só amanhã.
À noite ela não pensava nessas coisas.
Os trovões faziam estremecer as paredes de pedra quando ela entrou no quarto dele. A porta estava destrancada — sempre estava. A claridade bruxuleante de uma vela acesa num canto permitia vislumbrar os contornos de uma mesa, uma cadeira e uma cama, tudo o que havia no quarto. O ar rescendia a poeira e coisa velha.
Ela foi até a cama e deitou-se ao lado dele.
Sabia que ele não estava dormindo. Ele quase nunca dormia, atormentado pelas trevas e pelos próprios pensamentos. Pelos pesadelos que não o deixavam em paz por onde quer que ele fosse. Era assustador acordar no meio da noite e dar de cara com aquele par de olhos negros bem abertos e fincados em seu rosto.
Ela esperou.
A chuva caía pesada do lado de fora.
Então, em algum momento da madrugada, ele virou-se para ela, para aquela mulher que estava ali toda noite e que, ele sabia, o seguiria até a morte, e puxou-a para si. E percebeu, um calor formigando pelo corpo, que ela não usava absolutamente nada por debaixo da capa.
Sasuke preferiu não ter visto aquele brilho nos olhos dela.
_________________________________________________________
Ela gemeu baixinho quando ele meteu-lhe a mão entre as pernas e tocou-lhe o sexo molhado. Ofegou, os olhos perdidos no escuro, quando ele tomou-lhe um seio com a boca — aquela boca úmida e quente — e sugou-lhe o mamilo com vontade. Depois fez o mesmo com o outro. Estremeceu quando o viu tirar o membro rijo de dentro das calças e quase gritou quando ele a penetrou com força, de uma vez só. E enquanto ele se movia dentro ela, indo tão fundo de um modo que a fazia enlouquecer, Karin não pôde evitar murmurar a pergunta que há tempos a perturbava.
— Você gosta de mim?
E como ele não respondeu, o rosto enfiado em seu pescoço:
— Você me ama?
Ele mordeu-lhe o lóbulo da orelha e mentiu num sussurro.
— Sim.
Porque sentia pena daquela mulher que nunca teria nada.
_________________________________________________________
Sim.
Ela arqueia o corpo para trás, as tábuas da cama rangendo debaixo deles, e morde o próprio lábio. A boca dele sobre o bico de seu seio, mordendo. E então a língua. O clarão que entra pelas fendas da janela e o trovão sacudindo o forte abandonado. O quarto que parece pegar fogo.
Oh, tão quente.
E ele disse sim. Ele a ama.
Ele desliza com facilidade para dentro dela. Ela está molhada de suor e solta um choramingo quando ele a toca lá, naquele ponto que a faz surtar, dedos acariciando-a enquanto ele continua a invadi-la. Dói — oh, não, não, não... — quando Sasuke se retira de dentro dela. Ela o olha estarrecida, inconformada. Não sabe por que ele parou e está a ponto de suplicar para que ele continue, mas então ele conduz a mão dela até seu membro latejante.
E Karin entende.
Ele a ama, não ama?
________________________________________________________
Sasuke fecha os olhos e respira fundo. Ela tem seu membro na palma da mão e massageia-o de cima a baixo, devagar, com vontade, como ele gosta. O sobe e desce da mão dela, daquela mão pálida e delicada, o faz estremecer. É como se uma onda de prazer o estivesse arrastando para longe, para além dos limites que ele pode controlar.
Agora com mais força.
Um som rouco escapa-lhe do fundo da garganta e ele sente que não será capaz de segurar aquilo por muito mais tempo. E quando ela inclina-se até ele e desliza seu membro para dentro da boca, oh, tudo o que Sasuke vê é uma escuridão doce como açúcar.
_________________________________________________________
Então ele a joga sobre a cama, abre-lhe as pernas — ela solta um gritinho — e afunda entre elas. Agarra-lhe as coxas com uma força que deixará marcas no dia seguinte e arremete contra ela como que louco, possuído por um desejo quase selvagem.
Karin finca-lhe as unhas nas costas e geme entre dentes.
Murmura o nome dele.
Puxa-lhe o cabelo.
O mundo está desabando lá fora e eles nem percebem.
E quando, finalmente, ele une-se a ela numa estocada final, ela estremece. Estremece com o grunhido abafado de Sasuke e com aquela coisa quente que escorre-lhe do meio das pernas. Ele tomba, exausto, sobre seu peito — o rosto entre os seios quentes e redondos dela — e ela o abraça. Respiram juntos, primeiro ofegantes, depois mais devagar. E enquanto acaricia as costas dele com as pontas dos dedos, Karin pensa naquele sim.
Então sorri, os olhos brilhando na penumbra.
Sasuke não pensa em nada.
_________________________________________________________
Já não chovia mais quando ele saiu de cima da mulher adormecida e foi deitar-se na outra ponta da cama. Queria que ela o deixasse agora. Queria ficar sozinho. Havia dito que a amava e agora se arrependia disso. Seria irritante se ela acreditasse naquilo mais do que deveria.
Olhou-a dormir, nua sobre a cama, e pensou na garota que havia deixado para trás há muito tempo. Pensou naquela garota de cabelo cor-de-rosa que ele costumava desprezar e sorriu ao constatar que sentia a falta dela. Se fosse Sakura ali ao seu lado, talvez ele gostasse de dividir a cama.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!